sábado, 9 de julho de 2011

Nós Dois - Capítulo 29

Hoje eu acordei imaginando se ele já havia partido. Pra tal viagem para os Estados Unidos novamente. A preguiça não me deixava levantar da cama. Fiquei olhando pro teto pensando na loucura dos últimos meses. Como tudo havia acontecido tão rapidamente, me deixando de mãos atadas, entregue a algo que eu não poderia ter me entregado. E ele nunca me deixar ir embora não ajudava. Ele voltava, e voltava, sempre.
Eu não acreditava que ele tinha a mesma necessidade por mim que eu tinha por ele. Mas a verdade é que desde o primeiro dia, o dia em que a gente se encontrou pela primeira vez algo intenso aconteceu. E tudo depois disso passou a ser como um segredo, de nós dois. E qualquer um que entrasse no meio se machucaria. Mas parecia ser um segredo até para nós, eu jamais seria capaz de dizer que era perdidamente apaixonada por ele. E ele, jamais me deixaria saber que eu havia o feito se apaixonar.

Depois de me levantar, tomei meu café junto de minha tia e fui para mais um dia na escola. Eu e Monica andávamos juntas pelo pátio na hora do intervalo quando ouvimos algumas garotas que eram colegas de Monica falarem sobre o que o Tom havia feito com a tal stalker.
Monica olhou pra mim, quando elas começaram a falar da covardia que Tom havia feito.
Monica foi perguntar a elas sobre o que elas tanto discutiam. Uma das garotas começou a chingar o Tom dizendo que ele acabaria com a imagem do Tokio Hotel.

Monica: E porque você acha isso? A garota quase bateu na mãe dele. Ele é humano perdeu o controle. Ninguem pode julga lo.

Eu olhei admirada para Monica. Logo ela defendendo o Tom? Isso era novidade.
Outra garota tomou a frente da menina que havia falado antes concordando com o que a amiga havia dito. Eu olhava tudo um pouco afastada com as mãos no bolso do casaco.

- Sério, eu não sei quais os motivos que levou ele a fazer isso. Mas ainda sim foi muito ruim pra imagem dele. Isso pode prejudicar a banda.

- E tambem a garota, a tal da francesa la, estava querendo isso mesmo. Foi tapinha de amor pra ela, só isso.


Mila: Não foi tapa, foi soco. - Falei de onde eu estava.
As meninas me olharam rindo. E continuaram conversando.
- Ou então ele havia traçado ela, ela se apaixonou e ficou perseguindo ele.
- Ai, claro que não. A garota é feia.
- Hahaha, então o máximo que ela conseguiu de carinho dele mesmo foi um soco.
- Ta, mas um tapinha dele com aquela mão gostosa não ia mau.

Elas olharam rindo pra minha cara como se esperasse que eu concordasse.

Mila: Haa, não obrigada.
Monica: Ha não, a Mila não é muito chegada ao Tom, ela tem uma certa repulsa a bad boys.
Eu abaixei a cabeça rindo. Monica sempre aparecia com essas piadas.
Ela depois veio andando ao meu encontro e segurou no meu braço.
Monica: Ha vai, ele bem que teve vontade de te encher de bulacha.
Mila: Ha não, ele preferiria me matar logo de uma vez.

Novamente, quando eu voltava da escola com minha tia, Peter apareceu do nada para falar comigo. Eu resolvi lhe dar atenção. Minha tia entrou, e ele se aproximou do portão.
Mila: O que foi Peter?
Peter: Eu...eu, queria te pedir desculpas de novo, pelo outro dia..que eu falei daquela forma com você.
Mila: Tudo bem Peter. É só isso?
Peter: Não não..eu queria saber se você que sair comigo no final de semana. Eu prometo que vou me comportar de hoje em diante, juro.
Mas é claro, tinha que ter algo por traz disso, pedir desculpas era só o começo.
Mila: Mesmo? Mas o que eu queria que você dissesse, é que vai parar de agir como se fosse meu namorado. Pode ser?
Peter: Tudo bem, vou me comportar como um amigo.
Ele fez uma cara de criança abandonada que me fez rir. Se ele estava se esforçando, merecia uma chance.
Mila: Vai me levar pra onde?
Peter: A gente pode sair pra comer um pizza. O que você acha?
Mila: Por mim! Tudo bem!

Depois de ter respondido isso eu pensei em Tom. Eu pedindo permissão a ele para sair com Peter, e ele dizendo "Tudo bem". Haha, impossível. Segundo ele, se eu não me comportasse ele me mataria. Mas ainda sim, mesmo sabendo que ele ficaria louco se soubesse que eu sai com Peter, era ainda mais divertido. Eu arrancaria todo ódio que eu pudesse dele. Até ele se entregar.

No Sábado a noite, como combinado, me preparei para sair com Peter. Como já não fazia tanto frio, eu coloquei uma saia e um casaco leve. As 7 da noite, ele já me esperava no portão da casa de minha tia.
Ao me ver sair pela porta, ele abriu um enorme sorriso. Andamos até a porta da casa dele onde o carro estava parado. Fomos para o centro de Hamburgo, pra tal pizzaria que ficava em uma praça cheia de lojas e turistas.
A noite estava animada. Peter parecia estar mais relaxado ao meu lado. Ele não falou nenhuma vez no nome de Tom. Acho que ele queria mesmo esquecer que ele existia. Pelo menos enquanto ele não estava perto de mim.
Enquanto ele falava dos planos pra depois que terminasse o 2° ano, eu pensava no que Tom poderia estar fazendo nos Estados Unidos. Eu juro que tentava manter o foco, mas era difícil.

Peter jogava charme pra mim todo tempo, eu ria disfarçando, mas até que comecei a gostar da brincadeira. Tocava uma musica alta na praça, e eu mexia os ombros o provocando, mais como uma brincadeira do que realmente má intenções. Ok, eu sei que pra ele tinha todas más intenções do mundo.

Peter: Então, na Austria tem otimas faculdades. Eu realmente pretendo ir pra la. Eu já tinha visto algumas por la quando estive com minha mãe essa ultima vez.
Mila: Austria, é. Bom eu não sei pra onde eu vou depois que terminar o próximo ano. Você termina agora né?
Peter: Sim! Porque você não tenta alguma faculdade la tambem? Você já tinha dito que não sabia se ficaria na Alemanha mesmo, depois que terminasse o 2° ano.
Mila: Quer me arrastar com você é?
Peter: Se você quiser.

Peter era muito esperto. Eu estava enganada ou ele esta mudando de tatica comigo. Ele não iria desistir mesmo.
Ja perto de dez da noite nós fomos embora. Íamos pela auto estrada tranquilamente, quando Peter quis parar o carro.
Mila: O que foi? Porque você parou?
Peter: Mila eu..eu sei que eu não deveria, maaas...eu não aguento mais. Desde aquele dia que agente, enfim, a gente transou, eu não consigo para de pensar naquilo.

Eu olhei pra ele meio cautelosa. Ele parou o carro porque pretendia o que?
Mila: Peter, eu acho que aquilo foi precipitado. De verdade, você começou a agir como se tivesse algo comigo, e nós não temos.
Peter: Eu sei, eu sei disso. E eu não me importo.
Mila: Com o que?
Peter: Eu não me importo de estar em segundo plano, por enquanto. Porque eu sei que ele vai te magoar...
Mila: Haaa, la vem você.
Peter: Não, escuta. Eu sei que ele vai sempre te magoar. Mas eu não, eu não quero te usar.
Mila: Quem disse que ele me usa? Você anda entendendo tudo errado Peter. Eu sei muito bem o que eu estou fazendo, eu sei que não sou namorada dele nem nada do tipo.
Peter: Então porque ele trata você como se fosse seu dono?
Mila: Ele não é meu dono.
Peter: Mas age assim.
Mila: Vem ca. Porque a gente ta falando dele? Que saco Peter.

Ele se virou pra frente preferindo ficar quieto depois disso. Parecia gostar de se martirizar, sempre acabava falando do Tom nas nossas conversas.
Peter: Posso te beijar?
Eu olhei pra ele indecisa. Porque em vez de pedir não me beijava logo? Assim eu não teria de decidir primeiro.
Mila: Pet...
Ele então fez isso. Voou do seu banco até minha boca e me beijou. Eu em encolhi de costas para a porta, mas retribui o beijo. O cinto ainda o atrapalhava, ele tirou meio sem jeito e voltou a me beijar. A diferença entre ele e o Tom era bem nítida, bem clara. Todos os toques de Peter pareciam ser superficiais, era como uma criança com um brinquedo novo, não sabia por onde começar a mexer. Tom me tocava, sim como uma criança com seu brinquedo novo, mas ele sabia exatamente onde queria mexer primeiro, e sempre me pegava desprevenida.

A cada segundo que passava do nosso beijo, ficava mais clara as intenções de Peter. Ele me agarrava pelo pescoço me puxando contra seu corpo.
Sua cintura foi deslizando aos poucos por entre as minhas pernas. Uma de suas mãos tocava meio seio, que cada vez que ele apertava lhe provocava um gemido.
Ok, ele queria transar comigo, não é? Então eu daria isso a ele.
Enquanto ele me beijava, comecei a abrir sua calça. Ele deixou que eu abrisse e foi a empurrando para baixo com as pernas.
Peter: Espera, espera.
Ele tirou primeiro uma camisnha do bolso e se preparou para coloca la. Eu tirei minha calcinha enquanto ele a colocava. Depois de coloca la veio correndo e me puxou para o banco de trás do carro. Com a mesma velocidade ele voltou pro meio das minhas pernas, como se eu pudesse desistir a qualquer momento ou fugir.
Devagar, ele me penetrou, depois começou a entrar e sair com mais força do que de costume. Ele queria mostrar que era bom o suficiente, notei logo isso.
Logo nos primeiros minutos, meu telefone começou a tocar dentro da bolsa. Ele ignorou o toque, mas eu não consegui.
Mila: Peter, Peter, espera, para, eu tenho que atender. Pode ser minha tia.
Peter: Ai caramba.
Ele se afastou, e eu fui até minha bolsa que eu deixei em cima do painel do carro e peguei o celular. Voltei ainda de costas pro banco quando vi no visor. Era Tom ligando.
Mila: Merda. O que eu faço agora?

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