sábado, 9 de julho de 2011

Nós Dois - Capítulo 39



 Menos de um minuto depois, alguem bate na porta, quase esmurra na verdade, eu ainda estava encostada nela pensando no que havia acabado de acontecer, e levei um susto.
Eu me virei e abri correndo. Peter arregalou os olhos depois me olhou de cima abaixo.

Mila: Peter, o que foi?
Peter: O que aconteceu?
Mila: Você estava vigiando a porta da casa até ele sair é?
Eu voltei para o sofá, Peter entrou e se sentou ao meu lado.
Peter: Aconteceu alguma coisa? - Ele perguntou com cautela.
Mila: Do que você ta falando Peter?
Peter: Vocês se beijaram?
Mila: Oh Deus, não Peter, nós NÃO nos beijamos.
Ele relaxou no sofá e se virou pra frente.
Peter: O que ele queria com você.
Mila: O Peter, não te interessa, e porque você voltou?
Peter: Porque eu já estava aqui antes dele chegar.
Mila: Ok, mas eu já vou dormir, você pode ir embora fazendo o favor.
Falei me levantando do sofá e indo até a porta.
Peter: Mas porque? Eu pensei que a gente ia ficar junto essa noite.
Mila: Ham? Não, a gente não vai ficar junto hoje a noite.
Peter: Foi por causa dele, não foi? Eu sabia que você mudaria.
Mila: Peter, não me afeta mais do que eu já to afetada ta bom, amanha a gente se fala.

Eu empurrei Peter pra fora e fechei a porta. Voltei por sofá e me sentei inquieta colocando a almofada no colo. Me lembrei dele deitado no sofá enquanto eu o provocava, e então feito uma pateta afundei a cara no encosto, o cheiro dele havia ficado ali. Droga, eu queria mesmo não resistir, daqui a pouco eu estaria ligando pra ele pra que ele voltasse correndo. Não, nunca, e eu não podia pensar que se não fosse comigo, ele iria se satisfazer com outra, eu ficava loca só de pensar.

No Domingo de tarde sai com Monica. Encontrei com ela na minha porta e depois fomos andando até o parque. Ela veio me contar que havia encontrado com Peter hoje de manha, ele estava irritado e não falou direito com ela.
Mila: Eu sei porque ele não falou direito com você, ele ta puto comigo.
Monica: Porque?
Mila: O Tom esteve la em casa ontem.
Monica: O QUE? Ta de sacanagem? Perai ele tinha te dado um fora.
Mila: Sim, eu sei.
Monica: E agora isso? Caramba, e o Peter ficou sabendo?
Mila: Não, pior Monica, ele estava la quando o Tom apareceu.
Monica: Putz? Mas eu nem ouvi os tiros la de casa.
Mila: Nem brinca com isso. Mas eles se jogaram no chão se estapeando, mas dessa vez eu consegui separar, eu tinha que fazer alguma coisa, ou eles iriam destruir a casa da minha tia.
Monica: Meu Deus. Mas o que ele queria?
Mila: Não, o pior foi que Peter contou sobre a gravidez.
Monica: Ai Mila, eu não acredito. O Que o Tom falou?
Mila: A gente só conversou depois de eu pedir para o Peter sair, e ele ficou puto, disse que era pra eu ter contado, se mostrou preocupado comigo, disse que errou que foi inrresponsavel em não ter usado sempre camisinha.
Monica: E aconteceu alguma coisa dessa vez?
Mila: Quase, a gente se beijou, ele tentou, mas eu disse não.
Monica: E ele?
Mila: Não acreditou que eu estava dizendo não. E sabe o pior, ele realmente achou que eu iria ceder depois do que ele fez.
Monica: Afinal de contas, porque ele foi la?
Mila: Monica, ele vai pra tentar dizer as coisas e não diz.
Monica: Que coisas?
Mila: Ele foi pra me ver, não tem outro motivo. Ele disse que tem sentimento por mim.
Monica: Mesmo?
Mila: Eu disse, paixão? Ele disse que era pior. - Monica me olhou com os olhos arregalados.
Monica: Ele admitiu é isso? Que esta apaixonado?
Mila: Ele já falou antes? Mas nunca com todas as letras, e é sempre de um jeito pra me deixar duvidas. Ai cara isso acaba comigo.
Monica: E você disse alguma vez com todas as letras que é apaixonada por ele?
Mila: Não!
Monica: Talvez seja isso, ele não vai dizer enquanto você não admitir.
Mila: Ele vai esperar sentado então, porque isso não vai acontecer.
Monica: E como você espera que tudo isso termine?
Mila: Não faço ideia, eu ainda dependo dele de uma forma que eu não consigo controlar, e eu não consigo ver a nossa relação como algo que vá ser saudável. Não tem como ser Monica, porque ninguem começa uma relação traindo, mentindo, enganando, eu nunca confiaria nele, e ele sempre desconfiaria de mim. Eu sei que eu conseguiria ser fiel a ele, mas ele não seria a mim.

Monica: Você acha que ele não conseguiria? Mesmo sendo louco por você?
Mila: Não, concerteza não, simplesmente porque ele não consegue ser, e não porque gosta mais ou menos de mim.

Uma semana depois e as férias tinham chegado. O calor já era bastante intenso e quase todo mundo da escola iria para alguma praia. Eu ficaria em casa. Monica viajaria na segunda semana. E pra mim não havia nenhuma possibilidade de ir para o Brasil.

Nessa primeira semana eu fui andar de patins quase todos os dias pelo bairro, passando sempre em frente ao estúdio. O carro dele estava la todas as vezes que eu passei a noite. Mas não o vi pelo lado de fora.
Eu voltava pra casa loca pra que ele me visse e viesse correndo atrás de mim.
Hoje a noite, quando eu passei novamente, vi o carro dele e do Bill parados em frente a porta. a Luz la de fora estava acesa. Quando cheguei no fim da rua tive a ideia de voltar e ficar espiando. Sei la somente pra vê lo. Nossa que idiota que eu era.
Quando me aproximei da entrada fui pelo outro lado afastada perto das árvores, e não pelo caminho que levava até a porta. Eu passei pela estufa e contornei o jardim até a outra lateral, afastada dos carros.
Fiquei agachada ali acho que quase meia hora esperando talvez ele sair pra fumar ou comprar alguma coisa como ele costumava fazer.
Batata. Ele saiu com Bill para fora. Enquanto Bill ia até o carro pegar alguma coisa, ele ficou parado perto da porta fumando. E eu já tremia de nervoso olhando pra ele ali parado, usando o gorro que costumava usar, de camiseta branca e calça larga como sempre.
Fiquei atenta, de repente Bill começou a conversar com ele. Da onde eu estava era um pouco longe, mas consegui escutar.

Bill: Toma o celular, você esqueceu. - Bill pegou de dentro do seu carro e jogou pra ele.
Tom: Anda logo!
Bill: Quando vai ligar pra ela?
Eu me encolhi maia ainda perto das plantas, ele poderia estar falando de qualquer garota.
Tom: Não sei.
Bill: Mas você quer ligar pra ela, liga logo.
Tom: E eu vou dizer o que?
Bill: Pedir desculpas seria uma boa.
Tom: Ham? Pelo o que? Por ter acertado um soco naquele filho da puta?
Bill: Nããão por isso, por ter feito ela sofrer já é um bom motivo.
Tom: Ela nunca me pediu desculpas.
Bill: Ok, você sabe o que acho, e na minha opinião você tem muuuuuitos pedidos de desculpa para pedir.
Tom: O caramba que eu tenho!
Bill: Tudo por causa de ciumes.
Tom: Vamos parar de falar nisso, fazendo o favor.

Eu não estava acreditando nisso, já era uma grande revelação, apesar de ter sido tão pouca coisa, acho que de uma conversa com o seu irmão gémeo eu poderia ter ouvido muito mais. E Bill havia ganhado ainda mais minha simpatia, convencer o irmão que ele me devia um milhão de desculpas não era uma tarefa fácil.
Eu agora não sabia o que fazer, Bill se preparava para entrar e logo depois Tom tambem entraria, eu tinha de chama lo, eu sei que me arrependeria depois, mas eu não aguentava mais.
Por milagre Bill entrou, e ele ficou ainda la fora terminando de fumar.
Eu me curvei para frente e tentei assobiar, mas comecei a rir e engasguei. Ele olhou para o lado, mas não na minha direção. Eu me controlei agora e assobiei mais forte. Ele na mesma hora, assustado, parou de tragar e se encolheu com medo, acho que pensou que poderia ser alguma stalker. Eu me agachei rindo, me levantei novamente e agora o chamei pelo nome.

Mila: Tom, aqui, olha aqui. - Falei baixinho.
Ele se curvou para olhar e quando percebeu que se tratava de mim ali agachada, ele arregalou os olhos não acreditando. Eu o chamei com a mão, ele olhou pra dentro do estúdio, depois fechou a porta. Ele jogou o cigarro pra qualquer lado e veio andando até mim perto das plantas ainda não acreditando que eu estava ali.
Tom: Meu Deus o que você ta fazendo aqui?
Mila: Isso.

Eu o agarrei pela blusa e o arrastei pra perto da parede encoberta de plantas que ficava na lateral, o encostei na parede e o beijei apaixonadamente. Ele ainda sem entender muito bem o que se passava, correspondeu e me agarrou pela cintura me levantando do chão. O beijo parecia nunca terminar, ficamos longos minutos nos beijando sem parar. Ele me virou contra parede, e agora eu que era imprensada sem poder escapar.
Eu me afastei pra tentar falar, pelo menos entre os beijos.
Mila: Eu tinha que vir, eu...
Tom: Eu não to acreditando nisso. - Ele falou sorrindo.
Mila: Eu não estava aguentando ficar longe. - Ele me segurou pela perna e beijava meu pescoço ao falar.
Tom: Você não podia ter feito isso, não podia, só pra me deixar com mais vontade..Mila...
Mila: Cala boca e me beija.
Eu nunca havia me sentido tão bem em ir atrás dele correndo somente pra sentir suas mãos no meu corpo, eu tinha certeza que seria correspondida, não era um desejo somente meu, da mesma forma que eu, ele queria isso.
Ele se abaixou na altura se ajoelhando na minha frente e depois de levantar minha blusa começou a beijar minha barriga. Eu me segurei em qualquer planta que havia por perto delirando ao sentir sua boca beijando meu ventre. Mas me assustei quando ele ainda de joelhos começou a levantar minha saia. Eu segurava os gemidos mas os suspiros eram inevitáveis. Sua boca percorria minha coxa e minha virilha, eu estava a ponto de joga lo no chão e arrancar toda sua roupa.
Ele se levantou já abrindo as calças, eu segurei suas mão não deixando ele tirar.
Mila: Tom, não, não, aqui não, não podemos.
Tom: Não não não, não faz isso, já faz tanto tempo, eu acho que vou explodir. - Ele tentava abrir as calças e eu não deixava.
Mila: Tom, não, você não tem uma camisinha e a gente não pode arriscar mesmo.
Tom: Oh gott, o que eu faço com você, hein?
Mila: Vem aqui.
Eu o encostei na parede, agora eu me abaixei na altura da sua cintura, e comecei a abrir sua calça. Ele assistia entusiasmado e olhando em volta enquanto eu puxava sua cuéca. Quando comecei a chupa lo, ele assim como eu, se segurou nas plantas em volta ao gemer. Depois ele me segurou pelo cabelo soltando gemidos baixos. Eu não fazia muito ideia de como fazer direito aquilo, eu o chupava inteiro, fazendo movimentos circulraes na cabeça e sugando feito um sorvete.

Bill: Tom?

Bill chamou Tom da porta do estúdio, eu me levantei e agarrei Tom pela cintura, ele me segurou tambem se segurando pra não rir. Eu encostei a cabeça no peito dele tentando abafar o riso. Nós estávamos a um passo de sermos pegos.

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