sábado, 9 de julho de 2011

Nós Dois - Capítulo 45



 Eu parei assustada com a batida da porta e não disse nada. Ele ainda apoiava a mão na porta não me deixando passar.
Tom: Olha pra mim.
Ele falou delicadamente, eu então olhei.
Tom: A gente não precisa brigar.
Mila: Eu vou esperar la fora.
Tom: Não, não vai.
Mila: Eu VOU esperar la fora.
Tom: Não, você NÃO vai.
Eu o empurrei para que saísse da frente da porta, mas meu esforço foi em vão, ele com facilidade me pegou pelos braços e me arrastou até a cama me jogando nela, e depois caindo por cima de mim.
Mila: Sai de cima de mim.
Tom: Não adianta ficar bravinha, só me deixa com mais tesão.
Mila: Termina de se vestir fazendo o favor, eu quero ir pra casa.
Ele riu do meu jeito irritado e fixou o olhar na minha boca, me ignorando completamente, que odio.
Tom: Porque ta vermelha? - Ele falou sorrindo.
Mila: Porque estou com ódio.
Tom: Porque esta com ódio? Eu disse alguma coisa pra te deixar desse jeito?
Mila: Não precisa dizer muita coisa.
Ele lentamente se aproximava da minha boca, alem de me provocar desse jeito, ele mantia sua cintura roçando entre as minhas pernas.
Eu já estava louca para beija lo novamente, eu admirei seus lábios se aproximarem dos meus e me preparei para beija lo.
Tom: Vou terminar de me arrumar.
Ele falou se levantando e me deixando daquele jeito na cama, e como se tivesse me dado a lição que eu merecia, ele me olhou satisfeito, enquanto se arrumava. Eu observei que seu pénis estava duro enquanto ele vestia a calça. Ele me encarou ao me ver observando e riu.
Tom: A conversa não terminou ainda. - Ele falou, depois piscou pra mim.
Eu mordi o lábio e o encarei enfezada. Ele pegou seu maço de cigarros e seu telefone.
Ele já se dirigia para porta, quando eu me levantei e antes dele abrir a porta eu a puxei com toda força empurrando contra ele, nem olhei para ver se machucou.
Já dentro do carro, quando saímos da rua dele, lembrei que tinhamos de passar em alguma farmácia, acabamos falando ao mesmo tempo.
Mila e Tom: Nós te...
Tom: Que passar na farmácia.
Mila: Que bom que você se lembrou agora. - Nos olhamos depois dizer.
Não muito depois perto do centro encontramos uma farmácia. Ele parou em frente e depois de estacionar, ele pegou 100 euros da carteira e me entregou.
Mila: Não custa tudo isso.
Tom: Não sei quanto custa, leva isso.
Eu desci do carro e fui em direção a farmácia, Tom colocou os óculos escuros e fechou o vidro.
Sem muito alarde, pedi logo para o farmaceutico a tal pílula. Ele me entregou a caixa pequena, e eu então paguei.
Mila: Obrigada. - Falei com a cabeça um pouco baixa.
Voltei para carro e logo depois de lhe devolver o troco, abri a caixa e peguei o comprimido, havia uma garrafa com agua em cima do painel, que eu peguei para ajudar a engolir. Tom tomou a caixa da minha mão para ler o que estava escrito.
Tom: Hey, hey, espera, lê primeiro antes de tomar.
Mila: Nem pensar, não quero esperar.
Eu tomei logo o remédio, me sentindo um pouco mais aliviada. Na caixa só havia um comprimido. Tom deu partida no carro para me levar para casa.
Tom: A gente tinha conversado uma vez sobre você tomar anticoncepcional, lembra?
Mila: Eu não vou tomar anticoncepcional.
Tom: E porque não? - Ele falou indignado.
Mila: VOCÊ que lembre de usar camisinha na próxima vez. Isso se houver uma próxima vez.
Tom:Porra, até agora eu não entendi o porque dessa irritação toda. Foi porque eu disse que não queria que você visse mais o idiota do Peter?
Mila: O problema, é que você NÃO TEM esse direito, entendeu agora?
Tom: Caralho, qual é o problema agora? Porque ta defendendo ele? Isso já me irritou.

Ele bateu com força no volante mostrando estar muito irritado, e eu do banco, tentava manter o controle, eu sabia o que estava fazendo, queria mesmo vê lo irritado. Eu estava mesmo afim de tirar proveito disso, se deixa lo com ódio de mim o fazia despejar tudo que ele tentava manter em segredo, eu manteria. Eu queria vê lo louco de ódio, e rastejando.
Tom: Você não vai me responder?
Mila: O que?
Eu quase ri depois dessa. Ele se virou pra frente bufando e rindo tambem, porque sabia que eu estava fazendo de propósito.
Ele foi o caminho que faltava ate minha casa mordendo de raiva e se segurando pra não explodir de odio.
Eu fingia indiferença, amando tudo isso.
Chegando perto da minina casa, ele parou o carro bem antes da minha esquina. Ele olhou para rua e para os lados, depois tirou o sinto para me beijar. Eu me afastei um pouco com a aproximidade de seu corpo, mas acho que ele pensou que eu pretendia me encostar para facilitar alguma coisa. Antes de me beijar, ele colocou uma das mãos entre as minhas pernas e apertou, eu a segurei tentando tirar, na verdade querendo que ele apertasse mais. Ele parou de me beijar estranhando minha reação.
Tom: O que foi? - Ele falou me olhando estranho.
Mila: Eu tenho que ir agora. - Falei tentando parecer fria.
Ele ficou em silêncio me encarando de um jeito tenso, ficando ofegante de repente.
Tom: Vai logo. - Ele falou se afastando.
Eu abri a porta e sai do carro, ele foi embora com o carro me deixando sozinha na rua.

Fui pensando o que ele poderia estar achando do que eu tinha feito, intencionalmente, é claro, pra que ele realmente pensasse que eu sentia algo por Peter. Na verdade nem eu sabia o que eu realmente sentia por Peter, na maioria do tempo, eu estava irritada com ele. Mas eu sinceramente agora estava um pouco surpresa pelo meu auto controle, acho que tudo que ele fazia pra me machucar estava fazendo um efeito ainda maior, a ponto de o melhor a se fazer era se afastar.
Eu o desejava com todas as minhas forças, mas o nojo de estar no meio de todas essas outras com quem ele saia, só crescia, eu me sentia acuada, e nunca conseguia me sentir por cima, porque meu coração doía, e tentar mostrar para ele que isso me magoava, até agora não havia surtido efeito, então seria o contrario. Ele precisava acreditar que estava me perdendo. Definitivamente.
Eu cheguei em casa um pouco desconfiada, olhando para os lados, mas não havia ninguem na sala, eu já ia subindo para o meu quarto, quando minha tia me chamou da cozinha.
Angela: Mila, é você? Vem até aqui.
Eu fui, e quando cheguei la, gelei dos pés a cabeça. Peter estava la com ela, ele me olhou sério, mas não disse nada. Eu olhei para minha tia que parecia estar normal.
Mila: Oi! - Falei desconfiada.
Angela: Peter veio da casa da Monica agora, e disse que você já estava vindo.
Eu olhei pra ele mordendo o lábio, querendo explodir de ódio, concerteza eu não deixaria essa passar, depois ele iria se ver comigo.
Mila: Ha é, foi.
Peter: Pois é.
Mila: E o que você ta fazendo aqui?
Peter: Eu vim pegar algumas revistas pra minha mãe, da sua tia.
Ele ja sabia de tudo, que eu havia mentido, que não havia dormido na casa de Monica, e concerteza sabia o porque da mentira, porque eu havia passado a noite na casa do Tom.
Angela: Mila, ta tudo bem? Você parece pálida.
Mila: Ham, ta tudo bem sim, deve ser falta de sol. - Falei encarando Peter.

Ele ficava parado la com as mãos para trás, se portando como se fosse superior a alguma coisa.
Angela: Ha minha filha, agora que esta fazendo calor você poderia sair mais para se divertir, ir a praia.
Mila: Em Hamburgo?
Angela: Sim, você pode ir com a Monica e os pais dela, eles sempre vão.
Mila: É, quem sabe..ééé, eu vou subir.

Quando cheguei na sala, percebi que Peter vinha atrás de mim.
Mila: O que foi Peter?
Peter: Queria falar com você.
Mila: Fala.
Peter: Quer que eu fale aqui pra sua tia ouvir?
Mila: Olha aqui, se você ta achando que eu te devo alguma satisfação por ter mentido, Peter, sai fora.
Peter: Não é isso, só acho que você anda se arriscando demais. Sua tia poderia ter ligado pra Monica. Hoje quando eu passei aqui ela disse que iria ligar para a Monica.
Mila: Ai você ficou sabendo que eu estava na casa da Monica, e foi la pra se certificar, não foi?
Peter: Se acha que eu fui la pra poder me certificar se você realmente estava la, sim eu fui, mas ja imaginava que poderia ser mentira.
Mila: Fala baixo. Mas que droga, o que você tem haver com isso?
Peter: Eu não tenho nada, é verdade, e eu poderia ter contado pra sua tia, mas eu não fiz isso.
Mila: Claro que não, você prefere jogar na minha cara, não é.
Peter: Não..
Mila:Olha aqui, isso já passou do limite, eu não quero mais você bisbilhotando o que eu faço ou deixo de fazer, se você continuar tomando conta da minha vida, até uma amizade vai ser difícil entre eu e você. Você entendeu?
Peter: Eu já coloquei isso na minha cabeça.
Mila: Não é o que parece, ou já se esqueceu do outro dia? Em que você me agarrou bêbado no jardim da sua casa? Isso tambem conta, eu ainda não sei porque eu olha pra sua cara.
Peter: Deve ser porque você tem uma certa queda por cafagestes.
Mila: Para de falar desse jeito Peter, parece que você quer ser como o Tom.
Ele me olhou enfezado com o que eu acabava de dizer, balançando a cabeça, ele olhou pro lado e mordeu o lábio irritado.
Peter: Ok, faça o que você quiser da sua vida, não tenho nada com isso.
Ele saiu pela porta a deixando aberta.
Mila: Finalmente percebeu isso. - Falei batendo a porta.

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