sábado, 9 de julho de 2011

Nós Dois - Capítulo 15

Porque me olha assim?

- É olhando nos seus olhos que eu conheço mais de você.


Eu fui andando apressada pelas ruas que me levavam até o estudio. Ainda de capuz e com as mãos congelando no bolso do casaco. Virando a esquina que me levava ao meu destino, me deparei com varias garotas sentadas na calçada de frente para a entrada principal do estudio. Elas estavam com mochilas, fumavam, tiravam fotos e riam auto.

Eu atravessei e fui andando pela calçada onde tinha os carros estacionados. Pensei que passaria despercebida. Mas todas olharam pra mim quando me aproximei andando apressadamente. Eu olhei rapidamente para elas e segui em frente. Elas não tiraram os olhos de mim, era como uma intimidação.
Depois que passei por elas voltei para a calçada do estudio. Olhei algumas vezes para trás, mas elas continuavam olhando.

Mila: Merda. Como eu vou entrar pela lateral pra chegar aos fundos?
Antes de virar e entrar pelo quintal olhei para trás. Elas ainda olhavam.
Mila: Ha, foda se!
Entrei correndo pelos fundos e fui direto pra porta que Tom havia falado. Assim que passei a mão pelo trinco, achei a chave. Abri e entrei.
Estava escuro la dentro. Fui esbarrando em algumas coisas até chegar em um abajour. Acendi e olhei em volta. Eu estava em uma sala cheia de caixas pretas e de rodinhas.
Mila: Caramba, pra onde eu vou?

Eu procurei a tal sala que nós havíamos transado pela primeira vez. Esse estudio parecia um labirinto, cheio de portas e salas grudadas nas outras.
Eu finalmente achei a sala depois de rodar o estudio todo quase no escuro. Me sentei no sofá e fiquei ali.
Meu telefone de repente tocou e eu dei um pulo.
Mila:Merda, merda, não faz barulho.
Olhei no visor, e era minha tia. Ela me ligou pedindo que eu não demorasse a voltar, porque havia dado no telejornal que uma nevasca esta chegando e que o tempo poderia mudar rapidamente.
Mila: Tudo bem tia. Eu não demoro. Prometo.

Agora eu ainda tinha que esperar ele chegar. Mas que doido. Tinha que vir direto pra ca?
Eu odiava esperar. Ainda mais quando era por ele que eu esperava. Ficava ainda mais nervosa. Será que sabem a gente se encontra aqui? Ou será que o Bill sabe que ele esta vindo pra ca me encontrar? Meus Deus, que irresponsável.

Não muito tempo depois, eu escutei alguem abrindo e fechando a porta da frente. Fiquei tensa. Logo depois escutei Tom xingando.
Tom: Merda, merda. Porra.
Eu fiquei rindo no sofá. Ele apareceu de repente na sala acendendo a luz. Ao me ver no sofá seu semblante irritado mudou. Ele sorriu safado pra mim depois mordeu o lábio.
Eu me levantei enquanto ele vinha na minha direção. Me assustei com seu entusiasmo. Ele me suspendeu do chão me dando um longo e quente beijo. Eu enrosquei minhas pernas em sua cintura, fazendo nós cairmos no sofá. Rimos juntos, mas logo ele ficou sério me olhando fixo nos olhos. Eu o encarei tambem, mas esse olhar me deixava inquieta. Seu olhar parecia perguntar algo. Eu imediatamente me lembrei de Peter, e nosso beijo.

Mila: Porque me olha assim?
Tom: É olhando nos olhos que eu conheço mais de você.
Mila: Você acha que eu escondo alguma coisa?
Tom: As mulheres sempre escondem algo.
Mila: Pergunte então.
Tom: Não precisa.
Ele olhou para baixo onde uma parte de meu seio estava a mostra. Ele soltou um pequeno gemido ao beijar lo.
Mila: Porque você estava xingando la na porta?
Tom: Aquelas garotas na porta, cercaram o meu carro.
Mila: Eu vi elas quando cheguei.
Ele parecia não dar muita atenção a conversa, falava enquanto beijava minha barriga e descia até o botão da minha calça.
Mila: Como foi a viagem?
Tom: Depois eu falo.

Eu tentava me manter concentrada na conversa mas ele dificultava as coisas. Não precisava dizer uma palavra pra me manter ali, fazendo o que ele queria.
Depois de tirar a minha calça, suas mãos vieram acariciando minhas pernas, sua boca atrapalhava meu raciocinio ao brincar com a amarração da minha calcinha. Eu queria mesmo saber o que ele tinha feito em Los Angeles. O que tinha feito longe de mim.
Ele puxou minha calcinha, voltando rapidamente pro meio das minhas pernas. Devagar ele afastou minhas pernas com suas mãos, e depois de olhar admirado entre elas por alguns segundos, começou a me chupar. Eu me segurei firme no braço do sofá, me contorcendo de prazer. Nunca havia sentido isso, e sentir isso pela primeira vez com ele, era até cruel.
Como ele podia gostar tanto de estar comigo? Eu não sabia nem um décimo do que ele já entendia sobre esse assunto. Parecia ser um poder que só ele tinha e usa lo contra mim era covardia.

Mila: Isso é covardia sabia.
Tom: Covardia foi o que você fez semana passada. - Ele falou se levantando, tirando as calças e pegando uma camisinha em um dos bolsos.
Mila: O que eu fiz?
Tom: Me deixou de pau duro e foi embora. Foi difícil voltar pra casa daquele jeito.
Mila: Hahahaha. Desculpa!
Ele colocou a camisinha sorrindo e se jogou em cima de mim, apressado em se satisfazer.
Instantaneamente depois de me penetrar ele gemeu alto segurando o sofá com força e fazendo minhas pernas se erguerem até seu ombros. Depois de me esquentar por dentro, ele logo quis trocar de posição, se deitou no sofá e me colocou em seu colo. Segurando firme minha cintura ele me erguia pra que eu pulasse em seu colo.

Tom: Isso, isso, pula meu bem.

Eu joguei minha cabeça pra trás já não suportando tanto prazer. Suas mãos seguraram minhas costas e ele se levantou chupando meus seios com vontade. Nossas cinturam se esfregavam uma na outra, e suas mãos me prendiam contra seu corpo.

Mila: Você não consegue ir mais fundo com esse seu pau gostoso?
Falei no ouvido dele. Ele soltou um gemido fraco e sorriu.
Me suspendeu de seu colo e somente com uma mão me jogou de quatro no sofá e com a outra puxou meu traseiro contra seu membro. Eu gritei ao sentir a dor. Com facilidade ele meteu, e continuou os movimentos de vai vem de antes.
Meus Deus eu parecia uma prostituta ao gemer, eu devo ter dupla personalidade ou algo assim pra conseguir me comportar assim com ele. Eu empinava meu traseiro parecendo uma cadela pra ele. Suas mãos me puxavam de forma acelerada contra seu pau me provocando tonturas, meus joelhos já escorregavam de suor no sofá de couro.
Ao gozar, ele caiu por cima de mim me fazendo cair de bruços no sofá, continuou esfregando seu corpo sujo no meu. Depois de gemer em meu ouvido, beijou meus pescoço ainda coberto pelo cabelo molhado de suor.

Ele se deitou de lado me fazendo virar tambem. Me puxou pra que eu ficasse mais perto. Eu fechei os olhos e deixei se corpo suado se encostar no meu. Minha costas tocavam seu peito nu, estava tão quente que me aquecia do frio que fazia.

Ficamos em silencio enquanto ele dava beijos suaves em minhas costas e meu pescoço. Essa nossa aproximação, que ficava a cada dia mais forte, me deixava inquieta. Ele me tocava como tendo plena conciencia que eu pertencia a ele. Não sei até que ponto ele achava que isso era realmente verdade. Ou se se sentia dono de mim assim como eu me sentia dele.
Me lembrei que já era para eu ter voltado pra casa.
Mila: Meu Deus, eu tenho quer ir embora. - Falei me levantando e o deixando no sofá.
Ele não falou nada, se levantou e ficou olhando eu pegar minhas roupas e me vestir. Eu terminava de colocar minha bota quando ele passou por mim pegou a calça e vestiu, depois acendeu um cigarro e se encostou cheio de pose na parede perto da porta.
Tom: Amanha eu não vou passar por aqui.
Mila: Vai fazer o que no Domingo? Alguma outra boate?
Ele riu, provavelmente ao lembrar da ultima vez que foi em uma.
Tom: Quem sabe? Depende de como eu acordar.
Mila: Haaam, ta bom.
Ele ficou rindo e tragando o cigarro. Eu me segurei pra não dar um soco nele. Passei pela porta esbarrando em seu braço e fui para os fundos, por onde eu tinha entrado.
Ele segurou a porta pra mim e eu ia saindo sem lhe dar um beijo.
Tom: Hey, hey.
Ele me puxou pelo braço e se aproximou da minha boca, mas não me beijou, esperou que eu me aproximasse mais, mas eu não o fiz. Ele molhou os lábios com a língua e ficou rindo da situação.
Tom: Eu quero um beijo.
Mila: Então me beija.
Ele me apertou contra parede e depois de esfregar as mãos pelo meu corpo me beijou, meus joelhos dobraram, mas ele me segurou pela cintura. Nós jamais poderíamos nos beijar assim em publico, era obsceno demais.
Mila: Me deixa ir!
Tom: Vai!
Ele me deu um ultimo beijo e eu sai. Mas não fui muito longe. Da varanda eu avistei duas garotas logo na saída dos fundos. Eu voltei me escondendo e bati na porta novamente.
Tom abriu perguntando o que tinha acontecido.
Mila: Tem duas garotas na entrada dos fundos.
Tom: Merda!
Mila: Eu não posso mais ficar aqui, eu tenho que voltar agora.
Tom: Ok, entra. A gente vai sair pela frente. Eu te deixo na sua rua de carro.
Tom foi comigo até a entrada. Ele olhou para a rua e viu que havia outras garotas la.
Mila: Elas não vão embora enquanto você não sair.
Tom: Não! E elas não podem te ver aqui de forma alguma.
Ele saiu e estacionou o carro mais próximo da entrada. Depois voltou.
Tom: Escuta, eu vou fingir que estou colocando alguma coisa no carro, a porta do seu lado vai ficar aberta, você corre e entra.
Mila: Tem certeza que não vão me ver?
Tom: Tenho, a porta é grande, tampa a visão. E elas vão estar prestando atenção em mim.Vem.

Ele saiu e foi para o outro lado. Enquanto as meninas mantiam a atenção nele, tirando fotos, eu corri e entrei. Logo depois ele fechou a porta do meu lado e entrou tambem. Ele arrancou com o carro fazendo as meninas se afastarem da entrada e depois cantando pneu correu com o carro. Chegando na minha rua, ele já ia parando o carro quando freiou bruscamente por causa de uma bicicleta que entrou na nossa frente. Eu olhei o garoto parado na nossa frente e não acreditei na minha falta de sorte. Era Peter na bicicleta. Ele ficou xingando Tom, que se preparou para sair do carro, eu o segurei pelo braço e decidi sair.
Peter arregalou os olhos ao me ver sair pela porta.

Mila: Ta tudo bem? Você se machucou?
Peter: O que? O que você ta fazendo nesse carro?
Tom saiu do carro determinado a brigar com Peter. Eu entrei na frente dos dois.
Mila: Tom para com isso. Peter foi um acidente.
Peter: É esse o seu namoradinho?
Tom: Quem esse babaca pensa que é? Namoradinho de quem seu merda?
Mila: PARA TOM.
Peter: Merda é você, seu babaca.

Tom me empurrou e partiu pra cima de Peter. Eu comecei a gritar para que eles parassem. Tom deu um soco em Peter, que caiu no chão.
Eu me joguei em cima dos dois e tentei puxar Tom que tentava socar Peter. Que por sua vez tentava segurar os braços de Tom e bater nele tambem. Eles se xingavam em alemão todo tempo, eu quase não conseguia entender o que eles diziam um por outro.

Mila: PARA PELO AMOR DE DEUS. ALGUEM VAI VER.
Tom se soltou dos braços de Peter que tentavam estrangula lo. Ele limpou a boca e se afastou. Agora eu tive de segurar Peter.
Mila: Peter..Peter...Peter. Para, para.
Peter: Haaaa, eu sei quem você é. Conheço bem essa sua cara. - Falou Peter apontando o dedo para Tom e com a boca sangrando.
Tom: FODA SE se você sabe! É bom que não esqueça a minha cara mesmo.
Mila: Tom, vai embora, vai pelo amor de Deus. - Ele voltou os olhos cheios de furia pra mim.
Tom: Depois a gente conversa.
Eu gelei com essa frase que me intimidou. E no calor da situação não entendi o que se passava ali. Passei as mãos pela rosto tentando me acalmar, eu nunca pensei que isso ria acontecer tão cedo. Peter e Tom se estapeando.

Tom entrou no carro batendo com força a porta. Eu subi pra calçada chamando Peter. Ele pegou a bicicleta do chão, mas ainda ficava na frente de Tom. Ele acelerou o carro pra cima de Peter, eu gritei.
Depois ele deu ré e passou por Peter com toda velocidade. Peter ainda tentou dar um soco no Cadilac mas não conseguiu.
Eu olhei para os lados e algumas pessoas olhavam da janela. Eu abaixei a cabeça e sai andando até o portão da casa de minha tia. Peter veio atrás me chamando, todo ralado e com a boca escorrendo sangue.

Peter: Mila..Mila.
Mila: Peter me deixa em paz.. - Eu me virei pra ele. - Porque você fez isso? Ficou loco? Quem você pensa que é?
Peter: O que você tava fazendo no carro dele?
Mila: Não te interessa Peter. Você não é meu namorado.
Nós vínhamos gritando pela rua, eu na frente e ele atrás arrastando a bicicleta. Entrei pelo portão da casa de minha tia e o deixei falando sozinho la fora.

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