sábado, 9 de julho de 2011

Nós Dois - Capítulo 27

 

 Tom olhou para Peter sem se afastar de mim. Eu comecei a tremer de medo do que eles poderiam fazer agora.
Ele me deu um beijo rápido na boca, claro que com a intenção de provocar Peter, e foi na direção dele.
Peter: O que esse cara ta fazendo aqui? Você sabia disso?
Tom: Porque? Vai me bater?

Tom empurrou Peter, e Peter o tentou empurrar de volta, eu entrei correndo na frente dos dois tentando fazer alguma coisa.
Mila: Parem, parem pelo amor de Deus. Vocês não podem brigar aqui.
Peter: Ela ta comigo agora. Acho bom você se afastar.
Ai merda, Peter não.
Tom: O que? Ela não esta com você seu idiota. Nunca esteve.
Peter: Chega mais perto, chega.

Peter provocou Tom pra que ele viesse pra cima. E claro que foi atendido. Tom partiu pra cima dele e lhe deu um soco na cara, Peter caiu no chão e Tom foi novamente pra cima dele. Os dois começaram a se socar feito dois malucos no chão. Eu gritava para eles pararem, mas nenhum dos dois me notavam gritando ali. Tom bateu a cabeça de Peter no chão varias vezes, eu pensei que ele fosse desmaiar naquela hora.

Mila: Tom, você vai matar ele. PARA AGORA.

Peter conseguiu dar alguns socos em Tom, mas ele apanhou muito mais. Tom era maior que ele, quase 1.90 de altura, e tinha as mãos mais rápidas tambem.
O segurança que Tom havia dispensado antes, apareceu correndo, logo atras Bill e Andreas tambem apareceram. Dei graças a Deus por isso. Eu já estava chorando descontroladamente de tão nervosa.
O segurança segurou Peter e Bill agarrou Tom pela cintura o jogando pra trás.

Bill: Tom, Tom.! Para para, chega. O que você ta fazendo?
Ele falou segurando Tom pelo rosto e olhando bem na cara dele tentando chamar sua atenção, mas Tom não tirava os olhos de ódio de cima de Peter, que agora que eu podia ver, estava sangrando muito. Andreas veio tentar me acalmar colocando a mão em cima do meu ombro, mas nem escutei o que ele falava.
Bill: Mila, Mila!
Bill veio até em mim enquanto agora, Andreas puxava Tom em direção ao carro.
Bill: O que aconteceu? Porque eles brigaram?
Mila: Eu..eu...eu vim com o Peter..ee! - Eu falava desnorteada.
Bill: Peter? Ata, ta explicado.
Tom: Mila, você vem comigo. - Eu olhei pro Tom sem saber o que dizer, todos olharam.
Peter: Ela veio comigo, e vai voltar comigo seu otário.

Tom se soltou de Andreas e correu pra bater em Peter novamente. Agora eram os três , Bill, Andreas e o segurança, que se enfiaram entre os dois tentando separar os chutes e socos que eles distribuíam.
Mila: Tom, Tom. Eu vou voltar com ele.
Tom parou de bater em Peter e olhou pra mim ofegante por causa da luta. Não achei que ele pararia para me encarar daquela forma. Eu me encolhi e não disse mais nada.
Tom: É isso que você quer? Ir com esse merda?
Eu fiz que não com a cabeça, chorando, mas não disse nada.
Mila: Porque você ta fazendo isso? Não faz isso comigo, não é justo.
Tom: O que não é justo? Você é minha, não dele. - Eu olhei em choque pra ele depois de ouvir isso.
Peter: Quem te disse isso?
Tom ameaçou bater nele novamente, Bill e Andreas correndo entraram na frente.
Mila: Vai embora Tom.
Bill e Andreas me olhavam com um pouco de pena eu acho, e bastante chocados com a situação. Mas ele parecia ter mais pena do irmão que estava fora de controle.
Tom: Me solta. - Ele falou para o Bill.

Tom foi andando sozinho em direção ao carro sem olhar pra trás. Ele dificilmente me perdoaria por isso. Mas que droga, porque tinha de ser assim? Dexei Peter com o seguranças e os outros no estacionamento e vim andando desnorteada até o carro de Monica. O que ele havia dito me voltava a cabeça. "Ela é minha". Sim, eu era, sempre seria.
Peter veio atrás de mim gritando pra eu esperar.
Mila: CALA BOCA PETER. Para de me gritar.
Peter: Porque me trouxe aqui? Você sabia que ele estaria aqui não é? Foi pra fazer ciumes pra ele não foi?
Mila: Eu quero ir embora, me leva pra casa.
Ele saiu puto até a outra porta, e depois de limpar a boca machucada, ele abriu a porta quase a arremessando do outro lado da pista.
Durante o caminho ele me fez as mesmas perguntas. Eu olhava pra pista e não respondi nenhuma. Saltei do carro quase antes dele parar na minha porta e o deixei falando sozinho.

Entrei devagar em casa. Minha tia não estava na sala, deveria estar no quarto. Eu tirei minha bota antes de subir a escada e fui pro quarto. Imagina se eu tenho que dar mais uma explicação para minha cara inchada de e olhos vermelhos de tanto chorar.
Me enfiei de baixo do chuveiro e fiquei ali por horas, deixando a agua quente molhar minhas costas. Olhando pro chão, a única coisa que eu conseguia pensar era em tudo que o Tom havia dito. No quanto ele foi agressivo com Peter por minha causa. Pensei no que eu deveria fazer agora. Me lembrei desse ultimo beijo, que ele me deu como se fosse ultimo. Como ele sempre fazia.

Eu fui me deitar de toalha mesmo, completamente exausta apaguei na cama. Acordei no meio da noite com meu celular tocando dentro da bolsa.
Mila: Ham? Mas que droga!
Eu fui até a bolsa e peguei o telefone. No visor mostrava 5 chamadas perdidas do Tom. Meu Deus eram 2 da manha.
Eu liguei de volta, ele rapidamente atendeu.

Mila: Tom?

- Eu preciso ver você, agora!

Mila: Tom, você ta loco? São 2 da manha eu não posso sair.

- Eu to aqui na sua esquina, desce rápido. Sei la, pula pela janela, sai pelos fundos. Da um jeito. To te esperando.

Ele desligou, e como sempre não me deixando responder. Ele não iria embora enquanto eu não descesse. E eu tinha de descer. Eu não tinha duvidas que fugiria no meio da madrugada para encontra lo. Mas me assustava ter de encontra lo agora, depois de tudo que aconteceu.

Eu me vesti correndo, e enquanto me vesti planejei o que faria. Era inevitável ter de fazer isso. Eu coloquei travesseiros em baixo das cobertas, caso minha tia viesse até meu quarto em algum momento. Sai do meu quarto na ponta dos pés e desci até a porta. Abri bem devagar. E sai andando apressada até o portão. A rua estava completamente vazia e silenciosa. Olhei na direção da esquina em baixo das árvores e vi o Audi parado la. Minha pulsação acelerou que mau tive fôlego para correr até la. Estava tão feliz de encontra lo assim.

Eu abri a porta do carro e entrei. Quando olhei pra ele reparei logo na marca no canto da boca, provavelmente do soco de Peter.
Mila: Meu Deus Tom, o que deu em você? Já viu que horas são?
Tom: Eu não consegui ficar em casa. Não depois do que aconteceu. Eu queria saber...
Ele fez uma pausa antes de continuar.
Mila: Saber o que?
Tom: Você ta com ele?
Mila: Não, não estou.

Ele me olhou daquele jeito que eu amava. Me desejando e satisfeito por eu afirmar o que ele amava ouvir. Era pra isso que ele estava ali. Sem esperarmos mais um segundo se quer, partimos pros braços um do outro, e nos beijamos. Tom caiu por cima de mim me beijando feito um loco. Eu lambia sua boca e ele a minha, depois sugava minha língua me tirando todo o fôlego.

Com uma mão ele abriu minha blusa exibindo meus seios que ele chupou com vontade me segurando firme pelas costas. Enquanto isso eu abri minhas pernas apoiando uma em cima do painel e a outra no banco.
Eu o ajudei a desabotoar a calça, ele bateu a mão com força na porta atrás da minha cabeça tentando se apoiar, e me penetrou gemendo de prazer ao me sentir quente por dentro.
Eu estava com a coluna toda torta, o banco do Audi parecia um banco de carro de corrida, e atrapalhava.
Ele então me puxou para o seu colo e sentou no banco. Eu me sentei em cima dele. Ele me olhou nos olhos afastando meu cabelo que caia sobre o seu rosto.
Mila: Não me olha assim. - Falei, pulando em seu colo.
Tom: Gostosa. - Ele falou encostando a boca na minha, só pra piorar a situação.

Nossos corpos se envolviam como se fossem um só. Quando ele já não aguentava mais meus movimentos, me segurava pela cintura e me apertava contra seu peito me obrigando a parar por alguns segundos.
Mila: Meu Deus Tom, o que a gente ta fazendo?
Tom: Trepando.
Ele riu safado pra mim, e eu ri de volta. Seu membro escorregava com facilidade pra dentro de mim.
Ele me jogou um pouco para trás para ligar o aquecedor do carro. Logo começamos a pingar de suor. Sua blusa comprida começou a atrapalhar, eu então a levantei e ele me ajudou a tirar.
Tom: Isso, pula, pula...Aaahn!

Ele tombou a cabeça pra trás e eu beijei seu pescoço suado. De repente parece que tudo ficou em camera lenta. Ele voltou seu rosto de frente pro meu e me encarou, algo no meu peito começou a doer. Seus olhos me desejando era o que mais eu amava ver. Seus dedos finos me apertavam na cintura me prendendo em seu colo. Agora eu me joguei pra trás deixando ele me dominar por completo. Fechei os olhos o deixando beijar meus seios até ele gozar me puxando de volta e me apertando contra seu peito, me fazendo gemer com o calor do seu corpo.
Eu ia me levantar saindo de seu colo, mas ele me segurou me puxando para um longo beijo.

Ultimamente, nas ultimas vezes que a gente vinha se encontrando, toda vez depois que a gente transava fica alguma coisa estranha no ar. Como se tanto eu quanto ele tivessemos algo para dizer.
Depois do longo beijo, eu me levantei e fui para o outro banco. Ele se ajeitou e fechou a calça. Eu procurei primeiro minha calcinha que havia ido parar debaixo do banco dele. Eu me curvei pra de baixo do banco em que ele estava dando oportunidade dele me tocar novamente. Eu quase escorreguei pra de baixo do banco quando senti sua mão apertar meu clitores por tras.
Eu voltei pro meu banco e de frente pro painel, coloquei minha calcinha, ele assista com atenção.
Mila: Eu tenho que voltar.
Tom: Escuta. Eu vou viajar novamente. - Ele falou esperando minha resposta.
Mila: Aproveite a viagem.
Ele me fitou apertando os olhos não esperando essa minha provocação.
Tom: Aproveite a viagem?
Mila: Sim. Americanas..sabe? Então...
Tom: Eu jamais faria isso, ainda mais se eu estivesse apaixonado. Eu seria fiel, sabe?
Mila: Você não esta apaixonado. Você não sabe o que é isso.
Tom: Verdade, eu não sei.
Mila: Por isso, sem problemas.
Tom: Ha não, eu nunca tive. Quer dizer, outro dia ficou um pouco complicado quando minha ultima vitima achou sua calcinha dentro desse carro e ficou tendo crises de ciumes. Quase não rolou.
Eu abaixei a cabeça rindo. Eu não sabia até que ponto isso era brincadeira. Mas eu já estava ardendo de ódio.
Mila: E a minha calcinha? Onde ta?
Tom: De baixo do meu travesseiro.
Mila: Ok, me devolve quando puder, porque com a que esta na casa do Peter já são duas que eu perco.
Ele riu, mas com tanta raiva no olhar que eu quase corri dali. Eu fiquei com medo apesar de estar rindo.
Tom: Se comporta até eu voltar viu.
Eu não falei nada, e ainda com o mesmo sorriso, joguei um beijinho pra ele e me preparei pra sair. Ele rapidamente me segurou.
Tom: Agora sem brincadeira. Eu te mato, escutou? Se você deixar ele chegar perto de novo.

Eu olhava pra boca dele enquanto ele dizia isso. Desejando que ele dissesse mais, eu o beijei o fazendo amolecer a mão que segurava meu braço, ele de olhos abertos ainda me ancarando, me beijou tambem.

Mila: Não mata não!

Depois sai correndo do carro.

Sem olhar pra trás entrei em casa fazendo o mínimo de barulho. Como ele era tolo. Peter podia tocar em qualquer parte do meu corpo, poderia me beijar quantas vezes quisesse, mas jamais correria nas minhas veias, jamais tiraria minha capacidade de respirar, jamais corromperia meus pensamentos, jamais me faria sua somente com um olhar, como ele me faz.

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