sábado, 9 de julho de 2011

Nós Dois - Capítulo 35



Entramos no banheiro já nos beijando e derrubando a lixeira que ficava na entrada. De longe ele me jogou contra a pia. Eu me segurei no mármore, enquanto ele vinha na minha direção me encarando. Admito, fiquei com medo.
Seu rosto encostou no meu enquanto ele me suspendia me sentando na pia. Da mesma forma rápida, enfiou sua cintura entre minhas pernas e levantou minha saia tirando minha calcinha.

Mila: Se te pegarem trepando com uma menor de idade em um banheiro publico você é preso.
Tom: É mesmo? - Falou rindo pra mim enquanto abria a calça.
Ele me arrastou de volta pra sua cintura me penetrando com força, eu me curvei pra trás batendo minha cabeça no espelho, mas nem senti dor por isso. Cruzei minhas pernas em volta da sua cintura para conseguir me segurar.
Mila: Não, melhor, sua bunda vai parar na pagina da Bild...hahahaha!
Tom: Engraçadinha.

Firmei minha mão na lateral da pia enquanto ele continuava seus movimentos rapidamente, me fazendo ofegar e meu corpo tremer.
Suas mãos apertaram meu quadril com força, seu gemido ao me apertar me causou um pouco de dor por dentro.
Tom: Vem ca.
Ele me levantou e ainda em seu colo, ele me levou para um dos banheiros e fechou a porta. Ele se sentou comigo em seu colo. Firmei minhas mãos na lateral das paredes estreitas e comecei a pular o fazendo delirar. Ele encostou a cabeça na parede e ao gemer junto comigo fechava os olhos como se doesse o roçar do meu corpo no dele.
Ele rapidamente me levantou e ainda me segurando em seu colo me encostou na parede, quase derrubando a divisória que separava os sanitários. Em pé ele continuou me penetrando, minhas coxas o apertavam na cintura enquanto suas mãos me seguravam por baixo comandando o subir e descer do meu corpo.
Mila: Ahhn Tom. - Falei gemendo seu nome.
Tom: Isso, fala o meu nome.
Mila: Tom.
Ele gozou apertando meu corpo contra a divisória, e ainda gemendo de prazer me beijou abaixando aos poucos meu corpo até eu encostar meus pés no chão e enquanto eu descia sua boca foi beijando, meu colo meu pescoço e minha boca.
Tom: O que você fez comigo hein? - Falou sussurrando na minha boca.
Mila: Você se apaixonar?
Eu não acreditei que soltei isso. Ele me encarou parecendo confuso e se afastou um pouco.
Tom: Isso não poderia ter acontecido.
Ele me soltou e puxou a porta saindo de onde estávamos. Eu sai atrás estranhando essa reação. Ele foi pra frente do espelho, apoiou as mãos na pia e abaixou a cabeça.

Mila: Como assim, isso não deveria ter acontecido? Do que você ta falando?
Tom: Eu to falando que eu fiquei maluco, e que não me reconheço mais.
Mila: Otimo, eu tambem não me reconheço mais, e devia estar maluca quando entrei a primeira vez so seu carro. Porque eu sabia que cedo ou tarde você me diria isso.
Tom: Cedo ou tarde? - Ele me olhava através do espelho. - Você fez tudo direitnho não foi? Me queria nas mãos.
Mila: Do que você ta falando? Eu te enfeiticei? É isso que você ta querendo dizer? Não seja ridículo Tom.
Tom: Acabou. Acabou tudo.
Mila: Ham?
Ele se virou pra mim com o olhar assustado.
Tom: Eu devia te tratar feito a vagabunda que você é.
Mila: Mesmo? Mais do que já tratou? E eu não estou te entendendo, o que foi que aconteceu agora? O que foi aquilo que você disse la fora?
Ele veio de repente pra cima de mim e me segurou pelos braços me apertando tão a forte que me deixou com medo.
Tom: Esquece o que eu falei, escutou?

Mila: Espero que você saiba o que esta dizendo, eu espero mesmo, porque não ache que eu vou voltar a ceder a você, porque não vou.
Tom: Volta pro seu namoradinho de merda. - Ele falou enchendo a boca. - Você não é ninguem pra mim, talvez seja pra ele.
Eu não consegui fazer mais nada alem de olhar assustada pra ele, com o coração em pedaços. Eu não estava entendendo essa mudança repentina dele. Ele havia declarado pela primeira vez a minutos atrás no estacionamento que sentia algo por mim. Havia trepado comigo se entregando completamente, me consumindo inteira, e agora não queria me ver mais?

Ele mau me olhava nos olhos, tentando se concentrar em algo, parecia indiferença, mas não era, eu sabia disso. Agora eu sabia mais do que nunca.
Mila:Nunca mais me procure de novo.

Eu me soltei do braço dele com força e sai correndo pelo estacionamento do supermercado. Peguei minha sacola que havia deixado caída perto do Audi e vim andando pra casa. Mas incrivelmente não consegui chorar. Como todas outras vezes, em que eu me contorci de dor por causa dele, agora eu tinha certeza que ele fazia aquilo somente por causa de seu ego. Me lembrei do que Bill havia me dito uma vez quando eu disse que ele não havia me dito que estava apaixonado. Ele então falou " E nem vai dizer". Não foi uma possibilidade, ele nunca dizer, ele nunca diria mesmo.

Cheguei em casa e fui direto pra cozinha entregar o que minha tia havia pedido. Ela me olhou estranho.
Angela: Ta tudo bem?
Mila: Ta tudo bem tia.
Ela queria me dizer algo mais, estava inquieta.
Angela: Mila, sua mão ligou novamente, ela insiste pra você ir para o Brasil, passar pelo menos 2 semanas la.
Mila: Tia, eu não vou, eu não acredito nisso, ela não para de insistir. Eu já disse que não vou, que droga.
Angela: Mila, calma. Eu acho que você deveria ir, são somente duas semanas, e se ela não quiser que você volte depois eu vou te buscar.
Mila: Tia, você não entende, ela é loca, vai me prender la, vai querer bancar a boa mãe e me fazer ficar.
Angela: Eu sei disso querida. Tudo bem eu não vou insistir, você decide mas deve ligar pra ela.
Mila: Ok!
Angela: E você já sabe o que vai fazer nas férias?
Mila: Eu não sei tia.
De repente eu fui tomada por um vazio ao pensar nisso. Coloquei minhas mãos na cabeça me apoiando na mesa e suspirei tão fundo que lágrimas quase rolaram pelo meu rosto quando soltei o ar.
Angela: Mila, você não quer ir por causa do seu namorado, o Tom?
Mila: Ele não é meu namorado. - Falei quase gritando, ela se assustou.
Angela: Nossa, o que aconteceu, vocês brigaram?
Mila: Não, eu..eu..
Angela: Mila, escuta, eu sei que você odeia perguntas demais, e que se intrometam na sua vida, mas eu me preocupo demais com essa sua relação com esse garoto famoso. Eu queria te perguntar uma coisa, não interprete como invasão de privacidade.
Mila: Pode falar! - Disse tentando parecer tranquila, mas estava morrendo de medo da pergunta.
Angela: Você tem se cuidado? Usado camisinha?
Minha espinha congelou, me senti afundando no gelo. Merda.
Mila: Sim, tia..semp..sempre!
Angela: Ok.
Mila: Mas não se preocupa com isso, eu..eu, não estou mais com ele, se é que estive de verdade algum dia.
Angela: E o Peter?
Mila: O que tem ele?
Angela: Vocês saíram algumas vezes não foi?
Mila: Como amigos.
Angela: Hum ta.
Mila: Tia, o Peter, ele é legal, eu gosto dele, mas ele se adianta demais nas coisas, se eu dou uma oportunidade, pra ele é uma grande oportunidade, entende? Ele começar a querer se meter na minha vida. Mas quando ele não faz isso, ele é muito legal, atencioso, carinhoso.
Angela: Então você gosta dele.
Mila: Não sei tia, não sei de nada, não sei.

Eu não queria pensar nisso agora. Mas ao chegar no quarto e me deitar na cama, eu me obrigava a tomar alguma atitude. Se eu quisesse esquecer o Tom, eu tinha que começar a considerar dar aquilo que o Peter sempre quis de mim, meu coração. E eu iria tentar.

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