sábado, 9 de julho de 2011

Nós Dois - Capítulo 41



 Eu cheguei em casa bastante assustada com o comportamento de Peter. Quando percebi, estava tremendo dos pés a cabeça. Jamais imaginei que Peter poderia agir dessa forma. Eu estava um pouco acostumada com o temperamento explosivo do Tom, mas não com Peter. Sera que o problema era comigo? Seria minha culpa todo esse descontrole de ambos?

Eu subi pro quarto. Antes passei pela porta da minha tia para avisar que havia chegado. Fui pro meu quarto pensar no que fazer. Primeiro se eu ia ou não pra casa de Tom amanha, e no que fazer depois dessa reação de Peter. Primeiro, a partir de agora, eu teria de evitar o máximo por Tom e Peter frente a frente. Por mais que isso me tirasse do sério, a maneira como Peter queria se sentir dono de mim, eu sabia que eu tinha a minha parte na culpa. E não, não era a maior parte, porque qualquer outro no lugar de Peter já teria desistido. Foi o que eu tentei fazer, mas, todos os "não" que disse a Peter pareceram não fazer efeito nenhum, e um único "sim", foi o suficiente para chegar onde chegou.
Ainda não era dez da noite, resolvi ligar logo para Monica. Eu inconscientemente já aceitava fazer essa loucura de "fugir" para a casa do Tom amanha.

Mila: Monica, eu preciso te pedir uma coisa?
- Hum, fala!
Mila: Preciso que conte uma mentirinha pra mim, quer dizer, só se perguntarem na verdade, mas acho que isso não vai acontecer.
- Ai ai ai, fala o que é?
Mila: Que se por acaso minha tia perguntar, amanha eu vou dormir na sua casa.
- Ok, ta, mas se é mentira que você vai dormir na minha casa, você vai dormir onde?
Mila: Tom quer me levar pra casa dele.
- Affe, mas é claro, nem sei porque eu perguntei, na casa do Peter que não seria, claro.
Mila: Você faz isso por mim?
-Cara, isso é sério? Espera ai, deixa ver se eu capto a mensagem, ele veio atrás de você de novo, depois de tudo que aconteceu, do que ele disse?
Mila: Na verdade agora a noite, eu que fui atrás dele.
- Mas naquele dia, ele que foi atrás de você, na sua casa.
Mila: Isso quer dizer alguma coisa?
- Haaam, acho que você sabe o que quer dizer.
Mila: Eu tenho medo quando as cosias começam a ficar bem. Quando a gente fica mais de dois dias sem brigar. Ou quando ele parece estar cedendo, entende?
- E você deve ter muito cuidado com isso. Mesmo que ele seje louco por você, e te deseje como nunca desejou ninguem, ele luta contra isso, já percebeu não é?
Mila: Acho que sim.

No dia seguinte, passei o dia nervosa imaginando como seria conhecer a casa dele. Encontrei minha tia na cozinha, que me olhou estranho ao me ver sorridente.
Angela: Haaaam. Ta tudo bem?
Mila: Ta sim. Éééé, tia eu posso dormir hoje na casa do T..ééé da Monica.
Putz eu quase me ferrei agora, idiota.
Angela: Claro, você esta de férias, é uma boa ideia.
Mila: Hehe, é já estou de férias, obrigada tia.

Logo depois eu corri para o quarto e peguei minha bolsa de médio porte para juntar algumas coisas. Peguei minha escova de dentes, uma calcinha, uma blusa e uma saia jeans. Acho que era suficiente. Eu estava tão entusiasmada, primeiro porque passaria uma noite na casa dele, e tinha tambem tantas outras coisas, a confiança em me levar pra la, passar uma noite inteira com ele sem me preocupar em voltar pra casa. A única vez que havíamos ficado juntos em um quarto, foi na vez em que ele veio até a casa da minha tia naquela noite em que ela saiu, depois nunca mais. Desde então só foram brigas e na maioria das vezes só conseguimos estar juntos dentro do carro e algumas vezes corridas no estúdio.

As 7:50 eu me despedi de minha tia e fui para o portão. Quando eu ainda fechava olhei, na direção da esquina. Ele já estava la esperando, com o Cadillac. Isso me dava um ódio, ele estava la mesmo sem saber se eu iria ou não, sem ao menos ter combinado direito comigo ou perguntado se eu poderia ou não. Eu odiava quando ele mostrava ter o controle da situação.
Eu fui andando apressada até la, olhando algumas vezes para trás. De repente Peter poderia estar me vigiando.
Entrei no carro, e quando olhei pra ele, ele sorria satisfeito. Depois se inclinou até mim para me beijar, mas de repente, antes de conseguir beija lo, levei uma lambida na buchecha.
Mila: Meu Deus que susto.
O cachorro dele estava no banco de trás. Tom fez carinho na cabeça dele e o puxou para que se sentasse.
Tom: Mila Chippu, Chippu Mila.
Mila: Foi ele que te perturbava naquele dia no telefone?
Tom: Foi!
Mila: Mas que coisa linda. Porque você trouxe ele?
Tom: Não queria deixar ele sozinho em casa. Bill foi com os outros pra casa da minha mãe.
Ele olhou pra mim dando aquele sorrisinho de canto de boca.
O cachorro era branco com manchas pretas, e enorme. Eu não consegui conversar com o Tom quase o caminho todo. Até Tom se imputecer com o animo do cachorro comigo e mandar ele ficar quieto.
Tom: Vem ca.

Ele falou ainda dirigindo e tirando os olhos rapidamente da pista. Eu me inclinei e lhe dei um beijo, ele me beijava e ao mesmo tento tentava olhar pra frente. Eu continuei debruçada sobre seu banco beijando seu pescoço e brincando com sua orelha enquanto ele dirigia. Ele ficou rindo tentando manter a concentração. Eu desci minha mão pro meio da suas pernas, ele se encolheu e me olhou mordendo o lábio.
Mila: Olha pra freeeente.
Ele se virou me deixando toca lo. Coloquei minha mão por dentro de sua calça segurando seu pau, depois subindo e descendo. Ele se contorcia algumas vezes, me fazendo rir.
Eu apertei um pouco mais forte, ele se encolheu no banco soltando um gemido.
Tom: Mila, para, para, eu vou acabar batendo.
Eu fui tirar minha mão, mas ele segurou não deixando. Eu olhei pra ele sem entender.
Tom: Pode ficar com a mão, só não mexe muito. Em casa a gente continua.
Ele sorriu depois me beijou.

A situação era estranha, e muito intima ao mesmo tempo. Parecíamos um casal de namorados. Ele com todo entusiasmo do mundo me levava pra casa dele. Ainda era difícil entender todo esse interesse que ele tinha por mim.
Quando chegamos, entramos primeiro por um portão que era coberto, depois o carro passou por um caminho que levava até uma garagem meio coberta ao lado da casa. Quando abri a porta o cachorro saiu correndo para o gramado e ficou esperando todo elétrico por mim e Tom.
Tom jogou o brinquedo que estava dentro do carro pra ele, depois se virou para trancar a porta.
Na frente havia uma grande gramado, eu fui pra la brincar com o cachorro que estava doido por atenção. Tom brincou um pouco com ele, mas, mais me assistiu brincar com o cachorro do que brincou junto. Ele parecia estar impaciente.
Tom: Mila, vamos entrar?
Mila: Espera ai, não ta vendo que ele quer brincar?
Tom: É, eu tambem quero.
Eu olhei pra ele fazendo cara feia.
Tom: O que foi?
Ele foi entrando pela porta da frente me chamando com a mão. Eu deixei o cachorro la fora e entrei. Quando entrei olhei em volta, reparei que a casa não parecia em nada com uma casa de dois garotos solteiros, era bem arrumadinha.
Tom foi andando por um corredor depois de uma sala com uma mesa de jantar, eu fui atrás. Ele entrou em quarto, o quarto dele.

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