sábado, 9 de julho de 2011

Nós Dois - Capítulo 48



 Eu não conseguia enxergar bem seu rosto, mas vi quando ele se virou para me olhar.
Mila: Ainda mantem a chave la fora?
Tom: Alguem pode precisar.
Mila: Idiota.
Ele se levantou ignorando o meu xingamento. Depois de apagar o cigarro no cinzeiro logo ao lado, ele veio até mim.
Mila: Da pra você acender a luz? Essa escuridão ta me incomodando.
Ele sem responder foi até o interuptor e acendeu, iluminando toda a varanda.
Tom: Nossa, sua pele ta diferente, o sol te fez bem. - Ele falou umidecendo os lábios.
Depois foi se aproximando aos poucos de mim.
Mila: Eu preciso falar com você.
Tom: Fala.
Ele tocou meu braço, depois foi subindo os dedos até meu ombro.
Mila: Não me..
Tom: Não o que?
Ele puxou delicadamente a alça da minha blusa junto da alça do meu sutian. Eu olhei pro teto tentando me lembrar do que dizer.
Tom: Huuum, você ficou com marquinha. - Ele falou depois beijou meu ombro.
Mila: Se afasta Tom.
Tom: Porque eu faria isso? - Ele falou ainda beijando entre meu ombro e meu pescoço.
Mila:Não me toca.
Eu falei lhe empurrando, ele se jogou para trás assustado com a minha reação.
Tom: O que ta acontecendo?
Mila: Eu disse que vim aqui pra conversar.
Tom: Então fala Mila.
ele se afastou cruzando os braços e me olhando com atenção.
Mila: Como teve coragem de me pedir pra me afastar do Peter? Quem você pensa que é?
Tom: Você veio aqui pra me dizer o que já disse? Que não vai se afastar dele?
Mila: Não somente isso, eu vim jogar na sua cara que você NUNCA vai poder me pedir isso enquanto estiver de amassos com alguma vadia dentro do carro em postos de gasolina.
Ele me encarou intrigado com o que ele imaginava que eu não sabia.
Tom: Agora é você quem anda me seguindo?
Mila: Não, eu não estava te seguindo. Então você não nega?
Tom: Negar o que?
Ele falou voltando a se aproximar de mim e tocando meu ombro novamente, me provocando. Ele sente meu corpo tremendo, o calor saindo pela minha pele, desejando que ele continuasse.
Mila: Que estava com uma garota la.
Tom: O que teria demais nisso? Se era em você que eu pensava enquanto trepava com ela.
Eu empurrei com toda força a mão dele que me acariciava agora no pescoço, o encarei furiosa. Ele parou a mão no ar e me olhou quase sorrindo.
Mila: Você é um cafajeste mesmo, eu realmente cheguei a pensar que você ao menos tentaria negar, achei que precisaria mostrar uma foto pra você admitir.
Tom: Foto? Que foto? Você tirou uma foto?
Eu fiquei em silêncio não querendo responder, só agora eu lembrava que se ele soubesse que foi Peter, não deixaria barato.
Tom: Quem iria querer me ferrar com você. - Ele perguntou pra si mesmo.
Eu continuei calada, mas era questão de segundos para esperteza dele, se eu não estava la, no posto, só havia uma pessoa que faria isso.
Tom: Peter. Foi ele, não foi?
Mila: Se você acha que vai fazer alguma coisa com ele por causa disso, saiba que eu nunca mais olho na sua cara se você tocar nele.
Tom: Você continua defendendo ele.
Mila: E eu vou defender quem? Você? Eu já tenho feito merda suficiente. Já ter engravidado uma vez já foi muito, eu poderia ter engravidado de novo.
Tom: Isso é uma coisa que a gente pode ter cuidado, eu falei que você deveria tomar remédios.
Mila: Eu não vou tomar DROGA DE REMÉDIO NENHUM. Porque se eu conseguir fazer, o que eu coloquei na minha cabeça, essa é a ultima vez que você ta me vendo.
Tom: DO QUE você ta falando?
Mila: Eu to cansada, cansada de morrer de ódio de você, e te desejar mais por isso, cansada de esquecer do meu orgulho pra você tocar em mim.
Tom: Seu orgulho? E o que EU tenho feito? Isso tudo aqui era pra ser uma merda de uma trepada ou duas, mas eu to aqui feito um idiota, fazendo coisas que eu jamais achei que faria, com a raiva fugindo do meu controle porque eu não consigo lidar com outro FILHO DA PUTA tocando em você.

Ele chutou a caixa que estava perto do sofá mordendo o lábio de raiva. Eu me mantia encostada perto da mesinha que ficava perto da entrada, e como sempre gritávamos um com outro, sempre que tínhamos que dizer algo sobre o coração era assim que fazíamos, gritando, para doer menos talvez.
Mila: Se me tem nas mãos, porque não cuida mais de mim?
Tom: Eu nunca tive você nas mãos, NUNCA, você que me teve todo tempo, inteiro nas suas mãos, rastejando. Você ainda acha que eu preciso dizer que eu estou apaixonado por você? Olha pro meu estado deprimente.
Mila: Eu sou apaixonada por você, mas isso não me impede de ir embora.
Ele me olhou respirando tão forte que parecia ter saído de uma luta, ao mesmo tempo que ele parecia feliz com a minha revelação tambem estava agoniado.
Tom: Eu não posso deixar você ir embora, desculpa mas eu não posso.
Ele saiu de onde estava, um pouco distante de mim, e foi se aproximando de onde eu me encolhia perto da mesa.
Ele tocou meu rosto, eu me encolhi não querendo ceder, seu rosto se aproximou rapidamente do meu não me deixando escolha.
Mila: Não..Nã...
Ele me beijou me segurando pela cintura e juntando meu corpo no seu. Joguei meus ombros para trás tentando recuar, mas ele mantia minha cintura grudada na dele, e seu beijo deixava claro o quanto ele precisava de mim, tanto quanto eu precisava dele.
Ele se curvava por causa de sua altura para me beijar, e eu me curvava tentando desviar, mas o beijava tambem, na mesma intensidade. Estávamos quase caindo no chão da varanda.
Tom: Faz o que quiser comigo, faz.
Ele falou sussurrando no meu ouvido. Senti vontade de desmaiar, como era possível esse desejo me invadir de uma forma tão rápida? Ele era viciante, me assustava o que somente um sorriso dele me fazia sentir, eu jamais conseguiria fugir dele.
Mila: Me solta, me solta, eu tenho que ir.

Eu tentava falar enquanto ele me beijava, mas quase não conseguia pronunciar essas palavras. Ele já havia puxado as alças do meu sutian e esfregava meus seios em seu peito.
Mas por mais que eu quisesse me entregar, eu tinha de fugir, agora. Eu fui me afastando até a porta, com ele ainda me agarrando pela cintura e me beijando. No meio do caminho eu tive de parar porque ele me inclinou para trás para beijar meus seios, beijar não, chupar, me deixando sem ação, completamente maluca.
Eu gemi o agarrando pelo pescoço.

Tom: Huuu..huuuum. - Ele gemia ao lamber o bico do meu seio.
Mila: Pa..para pelo amor de Deus.
Eu consegui chegar até a porta e com a mão que tinha livre segurei na maçaneta e puxei para abrir, quando tentei me afastar, ele percebeu que eu tentava abri a porta.
Tom: Não, não, o que você ta fazendo?
Mila: Eu não posso ficar.
Tom: Claro que você pode.
Ele me puxou novamente contra seu peito, quase quebrando minha coluna ao meio. Eu tentei puxar a porta do mesmo jeito, mas ele a empurrou levando meu braço junto.
Tom: Não me deixa aqui desse jeito.
Mila: Você pode ir atrás de outra pra matar a sua fome.
Ele parou de me beijar me olhando nos olhos.
Tom: É isso que você quer?
Mila:Nã..não. Mas é o que você vai fazer.
Tom: Não, eu não vou, eu quero você, não quero mais ninguem.
Mila: Eu não posso ficar.
Falei abrindo a porta e tentando sair, eu consegui chegar até o gramado, mas ele me segurou pela cintura me arrastando para perto da porta.
Mila: Ta loco? Me solta, alguem pode ve...
Ele me calou me beijando novamente, me engolindo, tudo voltou ao silencio novamente, só nossos gemidos é que se podiam ouvir.
Eu apertava minhas mãos nas suas costas e por dentro da calça o puxando contra mim. E ele aproveitando minha distração, já conseguia abrir meu short e tentava abaixa lo.
Mila: Tom, para, para.
Tom: Eu quero você nua.
Mila: Ai me Deus.
Eu tirei suas mãos que puxavam meu short e as coloquei envoltas na minha cintura.
Mila: Camisinha, você tem de pegar uma.

E incrivelmente, como se tivesse certeza do que iria acontecer, ele tinha uma no bolso, quando ele por algum segundos abaixou para pegar no bolso da calça, eu consegui me desviar e correr.
Quase senti suas mãos rápidas me agarrarem, mas ele não conseguiu.
Eu corri feito loca sem olhar para trás, quando chegava quase ana rua, olhei para trás, Ele estava em pé com as mãos na cabeça parado no mesmo lugar. Devia estar explodindo de ódio.

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