sábado, 9 de julho de 2011

Nós Dois - Capítulo 34



 Domingo de manha eu acordei com a cabeça estourando. Meu telefone tocava sem parar na mesinha ao lado da minha cama. Eu olhei o visor, a chamada era de Monica, eu resolvi atender.
Mila: Fala Monica.
- Oi..huuum. Ta tudo bem?
Mila: Não, mas vai ficar.
- Você já esta sabendo não é?
Mila: Sim.
- Ja falou com ele?
Mila: Não, e nem pretendo.
- Mas o que você vai fazer?
Mila: Monica, a única coisa que eu quero fazer e já estou fazendo, e tentar esquecer que conheci Tom Kaulitz algum dia.
- Mila, porque ele fez isso? Por causa do seu namoro com o Peter?
Mila: Não sei Monica, e eu e o Peter não estamos namorando, não sériamente. O que aconteceu foi que na nossa ultima conversa pelo telefone, quando começamos a falar muito sobre nós dois ele fugiu, como sempre fez. Mas eu não sei o que ele tem com essa garota, nem quero saber. Não é da minha conta Monica e eu já devia ter colocado isso na minha cabeça.
- Ta mas o problema é que ele não deixa Mila. Ele age feito um loco por causa de ciumes, você acha que isso é o o que?
Mila: Eu já deixei de tentar entender isso Monica.
- Mas você acha que alguem tem ciumes porque? Isso é amor.
Mila: Hahahaha, Amor? De jeito nenhum.
- E você sente o que por ele? Você morre de ciumes dele porque é apaixonada por ele, e acha que ele tem ciumes de você porque?
Mila: Porque ele se acha dono das coisas, ele acha que é dono de tudo. Eu posso falar por mim, sim eu moro de ciumes dele, por ele eu não posso dizer.

Eu não podia mesmo. Apesar de amar quando ele parecia um louco descontrolado por causa do Peter, isso não mudava o status do nosso relacionamento. Não que eu quisesse virar namoradinha dele, mas eu queria poder assumir o que eu sinto sem medo. Porque eu jamais admitiria, para ele, estar apaixonada enquanto algumas coisas não mudassem.
Mas ele deveria estar apaixonado, pela barbie americana. Levou ela pra jantar. Ela sentou no banco do Audi em que eu me sentei muitas vezes, e que muitas vezes me entreguei a ele.

Não sei porque mas eu tinha quase certeza que ele me ligaria, cedo ou tarde. E eu não estava em condições de ser amigável, nem deixaria ele encostar em mim. Ou então me procuraria para me dar um fora logo de uma vez.
Na quarta feira, quando eu voltava da escola, ele me ligou, eu estava ainda no carro. Desliguei o celular ignorando a chamada.
Angela: Ué, não vai atender?
Mila: Não quero.

Evitei sair por quase duas semanas. Ele me ligava quase todos os dias. Mas que droga. Pra que isso? Queria saber a minha reação diante do que ele tinha feito? O quanto eu estava com raiva, o quanto eu estava louca de ódio dele?
Algumas vezes sai na rua com Monica. Chegamos a ver ele com o Audi perto da rua do estudio, mas ele não nos viu. Eu logo me escondi atrás de uma lata de lixo junto de Monica.
Hoje a noite Monica me liga desesperada.

- Mila, Mila. você não acredita o que aconteceu?
Mila: Ai, o que Monica?
- O Tom me pegou hoje na rua.
Mila: O QUE?
- Eu estava voltando da casa da minha amiga, ele me cercou perto da sua casa. Ele estava de carro e quando me viu passando veio falar comigo.
Mila: Ham? O que ele queria?
- Falar com você. Ele perguntou porque você não estava atendendo as ligações dele a quase 3 semanas. Cara, ele tava tenso, bem tenso.
Mila: Como assim?
- Sei la, eu estava vindo andando e notei que era o carro dele parado antes de entrar na sua rua, que eu passo por ela antes de ir pra minha. Ai ele saiu do carro e me cercou na calçada perguntando de você, fiquei com medo. Acho melhor você falar com ele.
Mila: Eu não vou Monica, não vou mesmo.

A tarde eu e Monica saímos para dar uma volta. Dávamos voltas pelo bairro, eu de patins, ela de bicicleta. Quando me dei conta já estávamos perto da rua do estúdio. Eu travei os patins, não querendo continuar.
Mila: Monica, eu não vou passar pelo estúdio.
Monica: Ha fala sério Mila, ele não fica la fora o tempo todo,e e ele não vai te ver pela janela. A gente nem sabe se ele ta la.
Eu bufei não querendo mesmo assim, mas ela foi andando na minha frente, eu fui de má vontade atrás.
Quando avistei o estúdio de longe, já olhava sem desviar os olhos da entrada do jardim. Quando estávamos quase em frente, vi o carro dele parado na porta. E quando finalmente avistei a porta, ele estava la com Gustav.
Mila: Merda, merda, Monica! - Tentei falar sem gritar, ela olhou pra trás.
Monica: O que foi?
Mila: Eu vou te matar. - Ela riu.
Ele estava de pé e Gustav estava sentado em uma caixa preta de rodinhas. Quando ele me viu passando, tirou o cigarro da boca e ficou me encarando atento. Tive a sensação que ele sairia correndo a qualquer instante e me pegaria pelo braço me arrastando pra algum lugar. Gustav tambem olhou, para Monica e para mim.
Eu não olhei muito pra ele. Mas percebi que os dois pararam de conversar e ficaram nos olhando até dobrarmos a rua.
Monica: Ta vendo, ele não veio atrás de você.
Mila: Que ódio de você cara. Pelo menos isso, ainda bem que o Gustav estava com ele.

Eu corri com os patins na frente de Monica.
Monica: Hey, aonde você vai?
Mila: Pra casa.

Dexei Monica pra trás e corri pra casa. Eu tinha vontade de falar com ele, eu estava quase morrendo pra saber o que ele queria comigo. Não somente isso, mas beija lo, toca lo novamente. Eram mais de 3 semanas sem estar com ele. Meus Deus, o que eu estava pensando? Imaginando nosso próximo encontro. Isso não iria acontecer.

Em casa depois de tomar meu banho, eu desci para ajudar minha tia no jantar. Em sentei na mesa da cozinha vendo o que ela fazia.
Angela: Mila querida. Você já tomou banho, né?
Mila: Sim tia.
Angela: Seria pedir muito, pedir pra você ir até o mercadinho pra mim?
Mila: Haaaaa. - Fiz cara de cansada. - Ta bom tia, eu vou.

Coloquei um casaquinho leve, e então fui até o mercado comprar, um pacote de macarrão e oregano. Fui andando apressada até, passando pelas 3 ruas que me levavam até la. Cheguei no mercado passando pelo estacionamento escuro. Fui direto onde eu precisava pegar o pacote de macarrão e o tempero e paguei.
Meu celular vibrou quando eu saia pela porta do super mercado, quando olhei era uma mensagem. Tom quem havia mandado.

- Estou no estcionamento. Vem pra parte escura, a esquerda.

Mila: Merda.

Eu olhei na direção que ele falava e de longe vi o Audi. Ele estava em pé pelo lado de fora encostado na porta. Eu continuei parada olhando pra ele de braços cruzados olhando de longe pra mim. Fui andando calmamente até la. E a cada passada, minha pulsação acelerava.
Parei ainda um pouco distante dele e esperei ele falar algo.
Tom: Vai ficar dai me olhando?

Eu olhei pra baixo enfezada e fui pra mais perto. Ele continuava encostado no carro me encarado daquele jeito irresistível.
Mila: O que você quer Tom?
Tom: Porque estava fugindo de mim?
Mila: Eu não estava fugindo.
Tom: Estava sim.
Mila: Ok, e dai, se eu estava. E o que você queria comigo? Depois de ter aproveitado bem sua semana com a Barbie, queria olhar pra minha cara de idiota?
Tom: Porque você torna tudo tão mais difícil? Porque simplesmente não ignora o que eu faço, pra te esquecer?
Mila: Quanto a isso eu não posso fazer nada. Mas quanto a mim eu posso, e é o que eu estou tentando fazer. Mas você deixa? Não, você volta, e volta. Por que VOCÊ não vai embora?

Tom: Porque esfrega na minha que esta com aquele idiota? Porque você sabe que eu preciso provar que você minha, você sabe disso, e se aproveita.
Ele estava eletrico e gesticulava com as mãos o tempo todo, a cada frase que terminávamos o tom na nossa voz ficava ainda mais auto.
Eu já estava derramando lágrimas enquanto falava, nem sei quando fui que comecei a chorar. Ele falava descontroladamente na minha frente, querendo me fazer entender algo que sua boca não falava com todas as palavras. Me encostei no carro enquanto ele falava na minha frente.

Mila: Eu me aproveito? Você fala como se estivesse apaixonado por mim, me fazendo acreditar nisso. Sim eu sou sua, cada pedaço do meu corpo é seu. Mas você ignora isso, ignora o que eu sinto, e entrega o coração pra ela, enquanto eu fico aqui esperando você voltar.
Tom: O que? Ta maluca? entregar meu coração? Olha aqui, olha pra mim.

Ele me segurou pelo rosto molhado com as duas mãos e me encarou. Depois apontou pro peito.
Tom: Olha aqui, bem aqui, você vê alguma coisa? Não tem nada aqui. - Ele batia o dedo onde seu coração estava. - Você levou tudo, tudo.
Mila: O que você sente por mim então?
Tom: Eu não consigo dizer o que é, mas posso dizer como é.... Queima, até o ar que eu respiro arde.
Ele apoiou o braço na porta do carro onde eu estava encostada. Eu sentia o ar quente da sua respiração tocar meu pescoço.
Tom: Isso não é o suficiente pra você?
Mila: Não é o que você diz, mas como diz, não é o que você faz, mas como faz. Eu poderia acreditar que você é apaixonado por mim, mas eu nunca o sentiria de você.
Tom: O que eu podia fazer? Se você insistia em me machucar?
Ele agora voltou seu rosto de frente pro meu, encostando sua boca na minha enquanto falava. Sua mãos começaram a me tocar aos poucos, começando pelo quadril, que ele apertou me puxando contra sua cintura.
Mila: Você sempre me machucou Tom. - Eu fiz uma pausa. - Me deixa ir embora.
Tom: Não, você não vai sair daqui.

Ele me beijou me apertando contra o carro. Eu tombei minha cabeça encostando a no teto do carro, deixando ele beijar meu pescoço tambem. Havia algo de diferente no beijo dele, parecia estar aliviado. Ele parou olhando para os lados, e colocou as mão por debaixo da mina saia, continuando a me beijar. Eu dei um pulo ao sentir um de seus dedos me penetrando.
Eu levantei uma das minhas pernas na altura da sua cintura, ele a segurou apertando e puxando meu corpo contra o dele. Isso nós fazíamos na parte escura do estacionamento.
Mila: Tom, alguem pode ver, vamos sair daqui.

Ele sem responder, me pegou pela mão e saiu me puxando pra trás do mercado onde havia banheiros vazios.

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