quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Minds (Mentes Psicopatas) - Capítulo 9


Narradora on:
Tom estava desesperado, não sabia o que fazer enquanto via o amor de sua vida perdendo seu filho.
—Hey liebe! Vai ficar tudo bem. —Ele tentava ao menos lhe transpassar confiança. O que de nada adiantava, pois a garota já havia perdido seu filho sem ao menos perceber.
A gravidez era de risco.
Lay já não sentia tantas dores, e suas lágrimas desciam lentamente por seu rosto caindo no lençol branco. Tom segurava sua mão fortemente e acariciava seu rosto.
—Tom... Eu. —Ela soluçava em meio às palavras. Não tinha coragem de dizer a Tom o que havia acontecido. Ela já sabia, ela sentia que não tinha mais nenhum ser dentro de si.
—Eu perdi. Eu perdi nosso bebê. —Disse Lay apenas num fôlego.
Tom abaixou o olhar. Não sabia o que dizer.
A junção de ambos, o fruto do vosso amor...
Agora não existia mais nada. Aquela coisinha pequena que crescia dentro do ventre de sua amada... Aquele ser que o chamaria de "papai"...
O moreno deixou algumas lágrimas escaparem e abraçou fortemente a garota que estava fraca, pálida como uma porcelana recém-comprada.
FLASH BACK ON:
Era de madrugada em Pripyat.
O céu coberto por nuvens escuras, o vento frio entrando pelas frestas da janela daquele quarto onde os dois jovens se amavam intensamente sem se preocupar com o que ocorria a fora.
O moreno se deitou ofegante ao lado da garota a puxando para seus braços; ele aconchegou e cobriu ambos os corpos presentes ali.
—Até agora não caiu a ficha que vou ser pai. —O Kaulitz falou acariciando o ventre de sua amada.
—Logo você se acostuma. —Lay diz logo lhe dando um selinho demorado.
—E se for gêmeos? Ou até trigêmeos? Imagina como vai ser!? Minha mãe vai amar saber que será avó. —Tom diz eufórico com um sorriso largo nos lábios.
—E você?...Vai amar ser pai? —A garota pergunta e Tom a responde sem hesitar: — Sim. Com a mesma certeza de que eu respiro. Lay, para mim esse filho é muito mais que bem vindo. Eu já o amo com todas as minhas forças. Você, ele e Bill são as melhores coisas que já me aconteceu. Eu fico grato por ter aparecido em minha vida. —O Kaulitz diz fazendo a garota derramar lágrimas de seus olhos.
—Eu... —Tom a interrompe colocando o dedo indicador em seus lábios cor de rosa.
—Não diga nada. Apenas seja minha... Minha mulher. —Ele sussurra em seu ouvido.
—Eu já sou Tom. Sempre fui tua. —Lay diz e ele simplesmente nega.
—Não do jeito que eu quero. Lay, aceita se casar comigo? — Tom fala se ajoelhando na cama.
A garota se senta rapidamente e o olha tentando processar o que o moreno disse.
—Tom... —Ela fica sem fala e sorri pra ele.
—Só diga que sim. Seremos uma família. Eu, você e nossos filhos. —Diz Tom se aproximando dela e colando seus lábios num encaixe perfeito.
—Sim! Eu aceito Kaulitz. —Disse Lay após o beijo.
FLASH BACK OFF:
Os jovens ainda estavam abraçados e chorando silenciosamente.
A ira dentro de Tom aumentava; ele iria se vingar.
—Tom? —Bill entra no quarto seguido dos demais.
Eles já imaginavam o que tinha acontecido.
O Kaulitz mais velho se sentou direito na cama e olhou furiosamente para aquela pessoa que causou aquela dor em si.
—Foi você! —Diz ele com a voz carregada de angústia, carregada de dor. A garota nega.
—Não Tom! Carine a empurrou pra cima de mim. Todos viram. —Laíse se pronuncia.
—Foi sem querer gente. Eu apenas tentei me proteger com a primeira coisa que vi. —Diz Carine segurando fortemente o braço de Bill.
—MENTIRA! —Tom grita furioso assustando as pessoas ali presentes.
Suas veias se dilatavam por suas mãos fechadas em punho .Ele estava super nervoso.
—Você provocou Laíse e empurrou a Lay de propósito. —Tom a acusou.
—Tom voc... —Bill é interrompido pelo Kaulitz mais velho.
—Tom nada Bill. Essa sua namoradinha matou o meu filho. Quem dirá se não foi ela quem matou Georg. —Diz ele com uma raiva visível no tom de voz.
Letícia e Gih em meio a essa discussão ajudaram Lay a ir ao banheiro se lavar.
—Olha o que você está dizendo Tom! Carine não seria capaz disto. —O loiro fala abraçando a garota de lado.
Tom não acreditava. Para ele seu irmão estava sendo um cego ao não ver a verdade.
—Por favor, vamos nos deitar. Por hoje já deu... Estamos de cabeça cheia. Aconteceram muitas coisas e precisamos descansar. —Gustav diz com um ar abatido.
Bill, Carine, Caroline, Gustav e Gih saíram do quarto.
Laíse ajudava Lay no banho. E Letícia trocava os lençóis da cama.
Tom se sentou cansado em uma poltrona que havia por ali.
Suspirou pesadamente.
—Eu sinto muito Tom. Essa criança iria fazer bem a vocês. Claro, se a gente conseguisse sair daqui. —Letícia diz após se sentar na cama e observar o amigo.
Tom a olhou esperançoso, com um plano em mente. Mas para isto ele teria de ser egoísta.
—Letícia...Eu tenho uma idéia. —Falou sorrindo fraco.
(...)
04hr38min. No porão da mansão.
Joyce tentava calcular como faria para despistar as Minds.
Elas eram sábias e provavelmente saberiam quando Joyce fosse tentar fazer algo. Mas ela tentaria, lutaria para sair dali.

Estou tão cansada de estar aqui
Reprimida por todos os meus medos infantis
E se você tiver que ir, eu desejo que você vá logo
Pois sua presença ainda permanece aqui
E isso não vai me deixar em paz

Essas feridas parecem não querer cicatrizar
Essa dor é muito real
Há simplesmente tantas coisas que o tempo não pode apagar

Quando você chorou eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou eu lutei contra todos os seus medos
Eu segurei a sua mão por todos esses anos
Mas você ainda tem tudo de mim

Você costumava me cativar pela sua luz ressonante
Agora eu estou limitada pela vida que você deixou para trás
Seu rosto assombra meus únicos sonhos agradáveis
Sua voz expulsou toda a sanidade em mim

Essas feridas parecem não querer cicatrizar
Essa dor é muito real
Há simplesmente tantas coisas que o tempo não pode apagar

Quando você chorou eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou eu lutei contra todos os seus medos
Eu segurei a sua mão por todos esses anos
Mas você ainda tem tudo de mim

Eu tentei tanto dizer a mim mesma que você se foi
Mas embora você ainda esteja comigo
Eu tenho estado sozinha todo esse tempo.

Quando você chorou eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou eu lutei contra todos os seus medos
Eu segurei a sua mão por todos esses anos
Mas você ainda tem tudo de mim.

Postado por: Grasiele

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