Minds (Mentes Psicopatas) - Capítulo 8

Eu quero me curar, eu quero sentir
o que eu nunca achei que fosse real
Eu quero me livrar da dor que eu senti durante tanto tempo
(Apagar toda a dor até que ela se acabe)
Eu quero me curar, eu quero sentir
como se estivesse perto de algo real
Eu quero encontrar algo que sempre quis
Algum lugar ao qual eu pertença.


08h23min. AM.
No porão da Mansão, Joyce estava tentando arrumar um plano para fugir das Minds, poder salvar seus amigos e a si mesma não seria fácil, mas ela teria que tentar.
Olhou para as correntes que a prendiam. Suas feridas cicatrizavam aos poucos. As correntes em seus pulsos e tornozelos eram prendidas por cadeados à senha. As Minds estavam sendo bem rígidas em mantê-la presa. Realmente eram psicopatas.
O local estava calmo e ventilado. O sol fraco entrava pelas frestas da porta de madeira; fácil de arrombar; Joyce teria de ser calculista. Teria que jogar igualmente com as Minds.
08h48min. AM.

E eu não tenho nada a dizer
Eu não consigo acreditar que eu não caí na real
(Eu estava confuso)
Olho para todo lugar só para encontrar
Não é essa a maneira que eu imaginei na minha mente
(Então, o que eu sou?)
O que eu tenho além de negatividade?
Porque eu não consigo justificar a forma que todo mundo está olhando para mim
(Nada a perder)
Nada a ganhar, eu estou vazio e sozinho
E a culpa é minha
E a culpa é minha


Na biblioteca da Mansão. Caroline e Gih liam um livro qualquer, mas que aos olhos delas era interessante. Lay e Laíse discutiam sobre a segunda Guerra Mundial; o que era um acontecimento divino para elas. Bill, Tom e Carine se uniam à elas apenas concordando oras discordando. Gustav e Letícia...Preciso mesmo dizer o que tanto faziam no quarto? Não né!? Mas irei narrar um pouco.
"aventura". Gustavo acordou a garota com beijos por seu corpo. O que a deixava arrepiada.
Letícia acordou aos poucos, ainda sonolenta. Mas após abrir os olhos e seus lábios serem atacados sedentamente por Gustav, sua sede de sexo cresceu, deixando seu sono ir embora rapidamente. A loira gemeu o nome de Gustav, com a voz levemente rouca depois do beijo.
Ele insaciável, querendo cada vez ir mais à fundo com seus toques, já foi a despindo. Letícia gostava de Gustav assim, selvagem no sexo. Para ela Gustav Schäfer era o melhor. Sem preliminares nenhuma, o loiro a penetrou arfando ao sentir tal ato. Aquela sensação para ambos de estarem completos não tinha igual. Era maravilhosa.
As estocadas de Gustav aumentavam conforme a sede de prazer de ambos. O calor emanava, parecendo entrar em estado gasoso. Parecia que havia fogo por ali.
Seus corpos se chocavam num movimento sensual, ensaiado, gostoso. Suas respirações descompassadas os faziam delirar de prazer. O ato ocorrido era tão selvagem que até a cama batia contra a parede, fazendo um barulho agudo.
Ambos estavam extasiados de prazer, fazendo com que, rapidamente, o orgasmo chegasse, os fazendo liberar seus líquidos em suas intimidades.
Um sentimento nunca sentido antes nascia em ambos sem ao menos perceberem.
11h07min. AM. - Na sala da Mansão.
—Eu sei que a Karol é dorminhoca. Mas ela já dormiu demais, não acham que aconteceu algo? —Carine se pronuncia estranhando a demora da amiga.
—De certo ela foi embora. — Brinca Laíse rindo de leve.
—É bem possível. Do jeito que Karolyna é... —Gustavo diz sério ajeitando os óculos nos olhos. Todos o olharam e assentiram.
15h53min. AM.
Na avenida Stürff de Pripyat.
—Vamos nos separar em três grupos. —Bill fala olhando seus amigos reunidos. —Eu, Carine e Laíse. Gustav,Caroline e Letícia.Tom,Lay e Gih. Encontraremos-nos aqui ás 18h30min.Vamos garotas? —Diz Bill e todos assentiram.
As garotas e Bill seguiram para o lado leste.Tom,Lay e Gih para o sul. Gustav,Letícia e Caroline para o norte.
Grupo de Bill:
—Hey! Aquele não é o carro do Georg? —Diz Laíse após ver o carro do amigo pela metade dentro de uma ex-floricultura.
Os três correram até lá. Olharam tudo dentro do carro e não encontraram a garota.
—Onde será que ela se meteu? —Disse Bill pensativo coçando o queixo.
—Será que ela foi atacada pelos tigres? —Carine falou com um pouco de medo na voz.
—Ou pelos leopardos? —Laíse diz como a amiga.
Grupo do Gustavo:
—Não achamos nada até agora. Acho melhor voltarmos. —Caroline se pronuncia olhando em volta.
O local estava cheio de prédios velhos e uma fumaça cinza rondava o lugar.
—Também acho. Já está ficando tarde. —Letícia diz e olha no relógio de pulso constatando a hora: 17h14min.
—Não! Vocês podem ir. Eu irei ficar e procurar a minha irmã. —Gustav diz determinado começando a andar mais adentro dos prédios.
—Gustav! Volta! Talvez alguém tenha encontrado ela. Temos que voltar. —Justificava Letícia correndo atrás dele.
Ela pegou em seu braço e o virou de frente para sí. O loiro a olhou sério. Mas após ver o olhar suplicante e doce da garota, ele bufou e assentiu para ela.
Grupo de Tom:
Tom e as garotas andavam por uma rua com poucos estabelecimentos. E logo a frente um parque de diversão.
—Vamos até aquele parque. Talvez a encontraremos lá. —Gih diz e o casal concorda.
Logo de longe, Lay avista uma onça pintada se alimentando de algo.
—Parem! —Exclamou a garota fazendo sinal para que eles parassem.
—O que foi amor? —Perguntou Tom a ela, olhando-a atentamente.
Lay os puxou para trás de um entulho qualquer e se abaixaram.
—Estão vendo? —Lay apontou para a onça que estava perto da roda gigante.
—A onça está... —Gih não conclui a frase após constatar que aquele era o corpo de Karol.
—É o corpo da Karolyna. Ainda bem que Gustav não está aqui... —Tom diz se lamentando.
—Não acredito nisso! A Karol não. —Lay diz com uma voz de choro.
E logo suas lágrimas desceram violentamente por seu rosto.
—Hey! Calma. —Tom afagava seus cabelos com carinho.
Gih chorava silenciosamente em seu canto.
19h19min PM. Mansão.
—Que droga! Ela não deveria ter saído de casa! —Gritava Gustav furioso após quebrar um vaso de porcelana.
—Calma Gust... —Letícia é interrompida pelo loiro.
—Calma? Como você quer que eu tenha calma Letícia? Primeiro foi o meu amigo. Agora a minha irmã! O próximo vai ser quem? Eu? Você? O Bill? Não sabemos! Eu quero ir embora e vou com ou sem vocês. —Falou Gustav vermelho de raiva.
Foi para o seu quarto xingando palavrões. As Minds observavam tudo silenciosamente.
—Gustavo está certo. Quem será o próximo? Não sabemos. Precisamos ir embora. —Carine diz em meio às lágrimas, e apreensiva abraçada a Bill.
—É? E vamos como sua anta? O carro da Gih está estragado. Do Georg está todo quebrado no meio daquela floricultura. Como vamos nove pessoas em um carro? Diz-me sua burra! —Laíse dizia irritada parando na frente de Carine.
—Olha como fala comigo sua otária. —ameaça a garota ficando de frente para a morena.
—E o que você vai fazer magrela? — Laíse Pergunta debochada rindo.
—Espera pra ver sua puta! —Gritou Carine.
A morena sem demora pulou em cima da garota dando socos em sua cara. Bill e Tom se levantaram para separar a briga. Mas Lay foi mais rápida entrando no meio das duas.
E no fim, acabou sendo acertada por um chute na barriga.
—LAYY! —Gritou Laíse após o acidental chute na prima.
A garota caiu com tudo no sofá se contorcendo de dor.
—Oh meu Deus! —Exclamou Letícia após ver uma linha de sangue descendo pela perna da garota.
—Lay, Lay, meu amor. Diz-me aonde dói. —Pedia Tom apreensivo.
—Se ela perder o bebê, a culpa é tua. —Gritou Carine para a morena.
—Foi você que a jogou na minha frente quando fui te chutar. A culpa é sua. —Retrucou Laíse.
Há essa hora Tom já tinha levado Lay para o quarto. Bill e Gih foram à cozinha preparar um velho chá que a avó de Gih a tinha ensinado fazer - A senhora era uma velha curandeira - Letícia tentava apartar a briga entre as garotas.
—Aíí Tom, dói muito. Eu não quero perder nosso bebê. —Diz Lay com a voz fraca, a respiração ofegante e o rosto se contorcendo em dor.
—Eu não vou deixar meu amor. —Tom dizia lhe fazendo carinho com uma mão em seu ventre.
Eu nunca vou me conhecer
até que eu faça isso por conta própria
E eu nunca vou sentir
nada mais enquanto minha feridas não estiverem curadas
Eu nunca vou ser nada até eu escapar de mim mesmo
Eu vou escapar
Eu vou me encontrar hoje

Postado por: Grasiele