quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Minds (Mentes Psicopatas) - Capítulo 7


Narradora on:
Já era tarde em Pripyat. O sol se escondia entre as nuvens negras de chuva, e os jovens tentavam pelo menos esquecer, mesmo que por um minuto, que seu grande amigo morreu e que eles corriam um perigo enorme naquela cidade abandonada.
—Olhem o que achei! Um tabuleiro ouija. —Diz Letícia à Laíse e Carine.
Elas estavam na biblioteca da mansão procurando algo que os divertisse.
—Então vamos jogar! —Fala Carine animada.
Saíram dali e foram para a sala onde todos se encontravam. Como a energia estava faltando, velas iluminavam o local, e cada um deles tinham uma lanterna em mãos. Coisa que haviam trazido para a viagem.
—Um bom clima para o jogo. —Disse Laíse colocando o tabuleiro no meio da sala.
—Que jogo? —Pergunta Gih curiosa assim como os outros.
—Achamos um tabuleiro ouija e vamos jogar. —Leticia fala chegando com um copo de vidro.
—Eu não vou jogar. —Karol nega se encolhendo no sofá.
—Muito menos eu. —Caroline murmura.
—Ah gente! Não vai acontecer nada demais. —Gustav fala indo para o meio da sala.
Depois de muito relutar Karol e Caroline se juntaram com todos ao redor do tabuleiro.
—O que iremos perguntar? —Pergunta Bill olhando todos.
—Eu serei um cafetão? —Tom pergunta e todos colocam o dedo no copo.
—Como assim não? —Diz ele indignado após a resposta ser NÃO.
—Cria vergonha na tua cara Tom. Se você for ser um cafetão, esqueça que eu e seu filho existimos. —Lay ameaça e Tom a olha espantando negando rapidamente com a cabeça, o que fez todos rirem.
—Ok, ok. Agora é minha vez. —Gih diz e todos se calam esperando sua pergunta.
—Eu vou conseguir todos os meu objetivos? — Ela pergunta e a resposta é SIM.
—Vamos conseguir ir embora daqui? —Karol pergunta e todos ficaram surpresos pela resposta que fora NÃO.
—Georg...Você está aqui? —Essa pergunta de Letícia fez a maioria rir.
—Não brinque com algo assim Letícia. —Reprova-a Caroline a olhando assustada. Karol faz o mesmo.
—Como vocês são bobas. Nada vai acontecer. —Bill fala rindo de leve assim com Tom, Gust, Laíse e Letícia.
Colocaram o dedo novamente no copo que os respondeu um SIM.
—Cansei gente. Eu vou dormir, deviam ir também. —Karol fala se levantando.
—Karol tem razão. Estou com sono. Boa noite. —Caroline acompanha a amiga.
—É né, eu também vou para o quarto. A noite foi longa. —Letícia se levanta espreguiçando-se.
—Sei bem por que. —Brinca Laíse a olhando maliciosa.
—Eu também vou. —Gustav diz,e os dois seguem para o quarto.
Os demais ficaram em silêncio.
—Bem, já que não tem nada pra fazer eu vou dormir. Você vem Tom? —Lay fala se levantando.
Tom assente com a cabeça e a segue.
—É, eu também vou. —Carine diz e Bill concorda.
—A diversão acabou. —Murmura Gih.
Seguiram para seus devidos quartos.
| 1h23min. | As minds começam a jogar.
Karol estava só em seu quarto.
—Está com o modificador de voz? —Sussurra uma das Minds entrando no quarto com cuidado para não acordar a próxima vítima.
—Sim. —Responde seu cumplice.
Esconderam-se atrás da cortina da janela. O quarto estava todo escuro. As Minds então começaram a fazer barulhos de que tinha alguém andando pelo quarto. Pegaram tinta vermelha e fizeram passos no chão.
Lembram que tinham raspado a cabeça de Georg? Então, colocaram aquele cabelo sedoso em cima da cama, bem ao lado da garota. Com um modificador de voz, uma das Minds começou a dizer coisas sem sentido.
Karol começara a despertar. Ela se remexia na cama e suava frio. Estava tendo um pesadelo. As Minds percebendo isso, rapidamente saíram do quarto. Karol se sentou na cama bruscamente ofegando, olhou ao redor.
Sua janela estava aberta e as cortinas voavam com o vento. Um pouco de claridade vindo da lua iluminava o quarto, onde ela pôde avistar o cabelo de Georg ao seu lado na cama.

(Por que hoje parece ser noite?
Alguma coisa aqui não está certa hoje
Por que estou tão fechado hoje?
Paranóia é tudo o que me resta
Eu não sei o que me estressou primeiro
Ou como a pressão foi alimentada
Mas eu sei exatamente como é
Ter uma voz no fundo da minha cabeça)


Pegou-o e logo constatou de que era de seu amigo. A garota já tremia de medo. Tateou o criado mudo e achou a lanterna a ligando e iluminando o quarto analisando cada canto.
Encolheu-se na cama assim que viu as pegadas com suposto "sangue", Karol estava super assustada. Mil e uma coisas passavam por sua cabeça e ela precisava sair dali...Levantou-se e saiu da mansão silenciosamente.
Só que antes pegou a chave do carro de Georg. O ligou acelerando e saindo dali. As ruas estavam congelantes. Karol não pensava direito.O que lhe importava era sair daquela maldita cidade.
A garota sentia frio. Olhou para o banco de trás pelo retrovisor e viu uma blusa de frio. Se virou e o pegou. Mas assim que retornou a seu assento bateu o carro violentamente num tigre. Tentou desviar, mas acertou em cheio numa loja.

(Como um rosto que guardo dentro de mim
Um rosto que acorda quando eu fecho meus olhos
Um rosto que observa toda vez que eu minto
Um rosto que ri cada vez que eu caio
E assiste tudo)
O carro entrou parcialmente em uma ex-floricultura. Karol se machucou de leve. Sua testa tinha um corte médio que sangrava. Estava zonza. Saiu do automóvel e com dificuldade conseguiu sair do estabelecimento.
Andou pelas ruas e avistou os restos de um parque de diversão. Os brinquedos estavam velhos e enferrujados. A jovem não estava em sã consciência. Estava tendo ilusões. Ela via Diego, seu ex-namorado, lá em cima da roda gigante.

(É como estar paranóico olhando para trás É como um furacão dentro da minha cabeça
É como não poder parar o que ouço aqui dentro
É como o rosto interior estar bem debaixo da minha pele)
Não pensou duas vezes antes de subir lá. E foi o que fez. Correu e subiu naqueles ferros enferrujados. Pouco a pouco ela chegava em seu destino. Parou e olhou para baixo. Rapidamente, ela voltou ao seu consciente e começou a chorar desesperadamente.
Ela não conseguiu achar um jeito de sair dali. Seus músculos já doíam pelo frio e por ficar naquela mesma posição.
Karol não tinha escolha. Iria morrer de qualquer jeito. Sem forças, seu corpo caiu bruscamente e sua cabeça foi degolada por uma barra de ferro em pé que perfurou seu pescoço.

(Eu sei que eu tenho um rosto em mim Recorda a todos os meus erros para mim
Você tem um rosto por dentro também
E a sua paranóia provavelmente é pior
Eu não sei o que me atormentou primeiro
Mas eu sei que eu não suporto
Todos agem como se o fato que importa é que
Eu não posso acrescentar o que você pode)
Seus olhos negros arregalados foram se fechando aos poucos. Os animais antes escondidos foram se aproximando aos poucos e acabaram se alimentando do corpo ensanguentado da jovem.

Postado por: Grasiele

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