quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

He Was My Angel - Capítulo 11 - Don't Jump

 Ela estava fazendo isso porque achava que a vida de todo mundo seria melhor se ela não existisse. Ela nem pensou no Bill naquele momento. Ela só pensou que se ela se matasse, ela poderia encontrar seu pai e então poderiam viver juntos. Era um pensamento extremamente errado. Pois no dia seguinte, Bill iria pedir ela em namoro.
 Ela foi dormir tentando tirar esses pensamentos suicidas da cabeça. Ela sonhara com sua mãe morta em um caixão. Aquela noite foi muito atormentada para ela.
 De repente Lindsey acorda com algumas batidas na porta. Até que a porta se abriu sozinha.

 –Olá Bela Adormecida! Acorde e vamos lá pra baixo! – Disse Bill, indo até ela e dando-lhe um beijo na testa.
 –Claro Bill. Já me levanto e desço. – Disse ela, com um sorriso amarelo no rosto.

 Lindsey esperou Bill sair e colocou uma blusa de manga comprida preta e uma calça jeans Skinny preta e um All Star também preto. Deu uma última olhada no seu braço e viu que só restavam vestígios de uma noite atordoada. Ela foi ao banheiro e lavou-o. Fez sua higiene matinal e desceu para sala de janta.
 Lá ela encontrou Bill, risonho como sempre, Tom, cochichando algo ao ouvido de Karin e fazendo-a rir. Bill a chamou para tomar café da manhã.

 –Vem tomar café, Schön! – Disse Bill, sorrindo para Lindsey.
 –Ahm, eu estou sem fome e então acho melhor esperar o almoço. – Disse Lindsey, se sentando no sofá, passando pelos três, sem dar bom-dia para Karin e Tom.

 –Haha! Virou anoréxica agora, hein? – Disse ele, rindo sarcasticamente.
 –Me diga você! – Disse ela, sarcasticamente.

 Fez-se silêncio por um momento até que o telefone tocou e a primeira a se levantar para atender foi Lindsey.

 –Alô? – Disse ela em tom de desanimo.
 –Alô Lindsey! Que saudades! – Disse a voz na outra linha.
 –Quem está falando? – Ela falou, indiferentemente.
 –Sua mãe Lindsey! Como vão as coisas?
 –Vão bem! E como está você? – Pergunta Lindsey, tentando se animar.
 –Muito bem! Acabei de ter alta!
 –Que bom mãe!
 –E eu estou voltando pra Austrália hoje mesmo! No vôo do meio-dia!
 –Estou ansiosa para te ver mãe! – Disse Lindsey, animando-se um pouco.
 –Ótimo! Estou levando muitos presentes para você e Karin! E você já falou com Martha e Annie?
 –Não. Elas nem ligaram ainda. Acho que estão se divertindo bastante! – Disse Lindsey, sorrindo um pouco.
 –Bem, posso te perguntar uma coisa, Lindsey?
 –Fala.
 –O que está acontecendo com você?
 –Nada mãe! – Disse ela, ficando um pouco brava.
 –Como nada? Olha tua voz! Está tão depressiva! O que aconteceu? Conta-me!
 –Já disse que eu estou bem mãe! Eu não estou deprimida! Que coisa! – Disse ela, irritando-se bastante.
 –Olha, seja lá o que for que está acontecendo, saiba que não vale á pena! – Disse Sra. Stolhen, com um triste tom de voz.
 –Quer falar com a Karin mãe? – Perguntou Lindsey, tentando mudar de assunto.
 –Passa o telefone! – Disse Sra. Stolhen, animando-se novamente.

 Elas conversaram por um bom tempo. Então Bill decidiu ir falar com Lindsey.

 –O que está acontecendo, Mein Blume? – Falou ele, sentando-se ao lado de Lindsey.
 –Nada não. Acho que ainda estou atordoada com a notícia que minha mãe está voltando! – Disse ela, forçando um sorriso.

 Á tarde, eles ficaram na piscina, jogaram bola, caminharam, jogaram vídeo game, ou seja, Bill não teve coragem de pedir Lindsey em namoro, mesmo depois de ter comprado ás alianças, quando ela estava fora ontem. De noite, Lindsey avisou que ia dormir na casa de uma amiga, perto dali e logo falou o nome do prédio. Ela pegou um casaco, mas ao ir, acabou esquecendo-o. Bill, como um “amigo” muito prestativo, depois que viu o casaco dela no sofá, saiu atrás do prédio que ela havia lhe mostrado. Ele foi andando calmamente e então viu o prédio de longe e avistou algo inacreditável. Uma pessoa em cima dele. Sabia que o que a pessoa queria era se jogar de lá, pois estava muito na beirada. Ele chegou um pouco mais perto para conseguir ver quem era. Então avistou Lindsey. Ele calmamente enlouqueceu. Fora correndo para a portaria.
 Ele foi barrado, mas deu um soco que vez o porteiro desmaiar. Foi correndo para porta que dizia “escadas” e então a abriu e foi correndo pelas escadas. A cada degrau, ele parecia ficar mais pesado. Cada vez chorando mais, ele foi correndo mais rápido, mesmo que se sentisse mais pesado. Todo seu romance com Lindsey passou pela sua cabeça. Chorou cada vez mais, então avistou um pequeno portão de ferro no final das escadarias. Ele abriu-o impulsivamente e avistou-se com a imagem de Lindsey na beirada no prédio. Ela o olhou chorando. E ele foi balbuciando as palavras:

Não torne isso real
Não pule
As luzes não vão te guiar
Elas estão enganando você
Não pule
Não deixe as lembranças irem embora
De mim e de você
O mundo está lá
em baixo
Fora de vista
Por favor, não pule!

 Ele pronunciava as palavras com certa dificuldade. Lindsey ainda estava olhando para ela.
Apenas pegue a minha mão
Eu vou te dar uma chance
Não pule

 Bill correu até Lindsey e parou. Olhou em seus olhos e pronunciou.

 –Eu pulo por você! – Estendeu sua mão para Lindsey e ela aos prantos, agarrou-a.
 –Me desculpa! Eu não mereço mais viver deste jeito! Eu não te mereço! – Ela disse, abraçando-o e chorando.
 –O que? Você é a coisa que eu mais amo neste mundo! A sua mãe te ama! – Disse ela, tentando consola-la.
 –Eu amo você mais do que tudo na minha vida! Eu te amo incondicionalmente! Amo-te pra sempre! – Disse ela, agarrando-se em Bill.
 –Viu? Muitas pessoas te amam e esse mundo precisa de você! – Disse ela, dando-lhe um beijo demorado.

 Depois de alguns minutos, eles foram para casa. Ao chegarem na portaria, o porteiro ainda estava desacordado e então não falaram nada e simplesmente saíram.

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog