quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Almost Unreal - Capítulo 8


– Fala Tom, por favor... – implorei. Lágrimas já estavam sendo formadas embaçando meus olhos verdes.
– Rose eu menti que ainda estamos juntos, e que um dia estivemos, por que... – ele se aproximou de mim e passou a mão em meu rosto enxugando uma lágrima teimosa – Por que é o que eu gostaria que fosse a minha verdade.
Tom me beijou, não com malícia, mas com verdadeiro amor. Podia ser imaginação minha esse amor, mas pouco me importou naquele momento. O cheiro único que ele possuía me passava uma sensação de estar protegida contra qualquer coisa que não envolvesse Tom.
Ele me deitou delicadamente no sofá beijando meu pescoço.
Foi naquele momento profano que eu percebi o quanto eu queria e esperava por aquilo. O corpo dele clamava pelo meu e o meu respondia sem excitar.
– Eu amo você. – Tom murmurou em meu ouvindo enquanto eu sentia meu corpo sendo completado pelo dele.
Não consegui disser nada tamanho era o meu prazer, mas desejei disser o mesmo a ele de todo coração.
Aquela noite foi mágica como nenhuma outra, mas o dia sempre chega acabando com nossos sonhos...

Na manhã seguinte Tom não estava em nenhuma parte do quarto de hotel dele. Quando desci até a recepção e perguntei sobre ele, a mocinha me disse que ele havia saído cedo sem deixar nenhum recado.

Eu esperei então que ele me ligasse naquele dia... no dia seguinte... e no outro... e no outro... Mas minhas esperas foram todas em vão.

– Rose, você tem que sair dessa fossa amiga. – Barbie tentava me convencer de sair com ela numa noite após dias sem noticias de Tom.
– Não quero, não vou. – falei irritada com um bote de sorvete na mão e ainda de pijama.
– Você é quem sabe. – ela deu de ombros quando a campainha tocou, Barbie correu para atendê-la toda animada.
Bem que eu vi que ela estava arrumada demais pra quem só queria “sair pra dançar”, ela estava esperando alguém.
Enquanto ela ia até a cozinha pegar a bolsa que havia esquecido lá, eu fui até a porta ver quem era o felizardo.
– Bill? – meu queixo caiu ao deparar com o menino de cabelo estranho parado na porta.
– Ah... Rose... – ele pareceu constrangido – Oi.
– Rose, eu me esqueci de falar que eu sairia com o Bill hoje. – Barbie se juntou a Bill fora do apartamento enquanto eu ainda continuava boquiaberta segurando a porta.
– Cuidado Barbie, os homens da família Kaulitz não passam de enganadores e aproveitadores baratos. Use ele antes que ele use você! – desabafei nervosa fechando a porta na cara dos dois espantados.
Não queria ver nenhum casal apaixonado, muito menos meu suposto ex-cunhado e minha melhor amiga.

Chorei rios e oceanos assistindo Titanic e me entupindo de sorvete de chocolate.
– Jack seu idiota. – falei em lágrimas.
O filme acabou e eu fiquei trocando de canal à toa, até que eu vi um certo garoto de dreads num clipe da banda do mesmo, “Monsoon” era a musica. Assim que eu vi a cara daquele idiota dentro daquele helicóptero ridículo, com aquele olhar provocante que parecia me sedu...
– Cachorro! Desgraçado! – gritei me levantando e jogando o pote de sorvete na tela da televisão - Droga!
Comecei a soluçar de tanto chorar. Chorava de raiva, de ódio, de amor...
Decide ir afundar minhas lágrimas em litros de uísque.
Me “arrumei”, e nesse “arrumei” eu coloco mil aspas, pois a única coisa que fiz foi tirar o pijama colocando uma calça jeans e uma blusa enorme de moletom, calcei um tênis velho, prendi meus cabelos ruivos bagunçados em um rabo de cavalo e sai sem rumo.
Algo me guiou pra maldita boate onde eu conheci aquele infeliz.
Entrei e me sentei no bar, no mesmo lugar daquela noite.
Pedi um copo de uísque duplo e sem gelo, e fiquei lá, feita “cachorro abandonado”.
Eu não podia negar que amava Tom, mesmo depois de ter sido usada pelo mesmo. Eu o amava, e esse amor não era pouco. Era tão grande o que eu sentia por ele, que chegava a doer.

– Hm... Olá rosa vermelha... – a voz melodiosa e masculina fez-se ouvir no banco ao meu lado – Eu não a conheço de algum lugar?
Tom sorriu um sorriso que secou minhas lágrimas de dor fazendo brotar as de felicidade.
Ele me abraçou quando não pude impedir de que uma lágrima caísse.
– Eu tive medo, Rose. Do compromisso, do desconhecido – ele sussurrou em meu ouvido – Espero que você possa me perdoar um dia, porque eu t...
– Ah... - o interrompi - Eu amo você, seu traste. – sorri entre lágrimas – Amo tanto, que chega a ser quase irreal...

Postado por: Grasiele | Fonte

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