quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Como - Capítulo 2


– Vem. – ele me puxou pela mão para a entrada do prédio.
– Mas, Tom, seu irmão estará lá... Sabe que tenho vergonha de ficar perto do Bill quando você fica me assediando. – falei corando e não deixando que ele me puxasse mais.
– Bill não estará lá, ele foi visitar a dona Simone em Hamburgo. Seremos apenas nós dois essa noite. – puxou-me enquanto falava.
– Está tentando tirar a minha pureza, Tom Kaulitz? – perguntei vendo-o apertar várias vezes o botão do elevador.
– Você não é pura, meu bem. Então, eu não tiraria nada. – sorriu malicioso me encarando enquanto a porta do elevador se abria.
Tom me puxou para o lado, dando passagem para as pessoas. Alguns me olharam por um momento, outros deram pouca importância. Mas quando o elevador se esvaziou por completo, Tom me puxou para dentro dele e, quando as portas se fecharam, ele me prensou na parede apertando o botão do andar do apartamento que ele dividia com o irmão. Sedento para me beijar, ele procurou meus lábios, mas, rindo da pressa dele, eu desviei da boca dele, fazendo com que ele me beijasse na bochecha.
– Muito apressado você. – falei empurrando-o delicadamente e encarando-o.
– E você é muito má, querida. – reclamou apertando a minha cintura.
– Oh, prometo que serei boazinha quando o elevador chegar ao seu andar... – falei sorrindo meigamente – A não ser que queira que eu seja malvada. – insinuei me aproximando dele para, em seguida, morder a sua orelha.
– Hm. – ele gemeu – Seria muita ganância querer os dois? – perguntou apertando mais a minha cintura, fazendo com que os nossos corpos se colassem mais.
– Não, mas eu tenho uma condição. – disse acariciando-lhe a nuca delicadamente – Quero o Tom sem reservas, exatamente como ele é. Nada de se segurar comigo. – pedi sussurrando sedutoramente ao ouvido dele.
– Pois você terá. Tudo o que quiser, terá. – prometeu com a voz meio rouca, fazendo com que o hálito quente dele batesse no meu pescoço me arrepiando.
Eu ri dele e nos separamos rapidamente quando o elevador parou no sétimo andar. As portas se abriram e uma menininha segurando fortemente a mão de uma senhora, entrou no elevador. Tom estava impaciente ao meu lado. Enquanto o elevador subia, ele praguejava baixinho por morar quase no último andar e por não tem o elevador apenas para nós.
Quando as portas se abriram no vigésimo sétimo andar, Tom saiu do elevador feito um furacão com as chaves na mão. Desejei boa noite às duas que ainda estavam no elevador e segui para o apartamento onde estava uma porta aberta esperando pela minha entrada. Assim que entrei e, em seguida, fechei a porta, ele me agarrou e me prensou na porta, trancando-a. Ri fracamente da pressa dele, mas, quando tomou os meus lábios, concentrei-me em correspondê-lo e na língua dele brincando com a minha. Tom estava tão intenso, me beijava lascivamente e sem reservas como eu mesma pedira. Eu gostei, é, era realmente assim que o queria.
Tom, enquanto nos beijávamos, me guiou para o quarto que nem era muito longe da porta. Estávamos sozinhos e realmente faríamos aquilo. Eu o queria o tanto que ele me queria, se não mais. Por mais impulsivo e rápido que tudo aquilo fosse, eu já o amava.
Ele separou-se de mim, meio relutante, e me fez sentar na cama de casal do quarto. Estava escuro, então não consegui ver muitas coisas, mas, como todo quarto de um homem, se encontrava meio bagunçado. Eu não estava preocupada em reparar no quarto dele e sim nele, que estava parado a minha frente. Ele me deu um sorriso meio travesso antes de tirar aquela camiseta enorme.
Ofeguei surpresa e mordi o lábio inferior, mas, mesmo envergonhada, não consegui desviar meus olhos do corpo perfeito dele. Oh, céus, aquela barriga toda trabalhada, o peitoral musculoso, mas sem exageros... Enlouquecedor, é. Tom sorriu para mim e eu me afastei para o meio da cama.
A vergonha foi deixada de lado quando comecei a subir lentamente a minha blusa. Os olhos dele pareciam devorar cada pedaço que eu descobria. Sorri maliciosa para ele quando joguei a peça num canto qualquer do quarto. Tom me comia com os olhos ainda parado na beirada da cama, isso começou a me incomodar...
Não vai me atacar logo, é?
Chamei-o para a cama, coisa que foi muito bem cumprida por ele, que veio rapidamente para a cama me cobrindo com o seu corpo e grudando aquela boca a minha, me beijando lascivamente.
Os toques ficaram mais intensos. Livramo-nos do resto das roupas com pressa. Foi tudo rápido e intenso, como eu sempre imaginei que ele fosse. A mão boba dele logo invadiu a minha calcinha. Estávamos apenas com as peças íntimas, ele tinha se cansado da minha coxa. Ele tocou a minha intimidade, me fazendo gemer e arranhar as costas desnudas dele. O calor estava intenso, já podia sentir nossos corpos molhados, excitados.
Tom desceu a boca pelo meu pescoço, raspando aquele piercing do lábio pela minha pele. Eu gemi alto com aquilo. Logo ele abandonou a minha intimidade e me livrou do sutiã. Hum, aquilo foi realmente prazeroso. Ele brincou com os meus seios, me fazendo sentir coisas que eu nunca sentira antes, ora mordia, ora tocava-os... Delirante.
Tom sabia exatamente como dar prazer a uma mulher, ele era experiente enquanto eu era uma aspirante. Eu queria dar prazer a ele sim, mas, quem sabe numa próxima vez?
Oh, minha mente pervertida estava tomando conta de mim! Nem fizemos isso ainda e eu já estou pensando na próxima vez! Hum, mas ele fazia um trabalho realmente bom e que me fazia querer mais e mais.
Ele falou algo em meu ouvido, não me lembro o que era, mas sei que concordei e depois ele puxou a minha calcinha enquanto eu o ajudava a se livrar da boxer preta. Tom voltou a brincar com a minha intimidade introduzindo um dedo lá e me fazendo me mover conforme ele, o arranhando os braços. Ele gemeu com isso, não sei se foi de dor ou de prazer, mordeu meu ombro antes de começar a respirar próximo ao meu ouvido.
– Confia em mim? – perguntou com a voz rouca, fazendo com que eu me arrepiasse.
– Ah, confio. – respondi entre gemidos.
Então, ele se afastou de mim retirando o dedo de lá e pegou alguma coisa no criado-mudo, o que eu supus ser uma camisinha. Saiu momentaneamente de cima de mim antes de voltar com mais pressa do que o comum.
Tom ergueu o meu queixo, me fazendo encará-lo antes de me beijar com vontade e, em seguida, me penetrou de uma só vez. Ah, dor foi o que eu senti inicialmente, me segurei para não gritar. Não queria que ele parasse, então me concentrei no beijo. Beijei-o com vontade e fui me esquecendo da dor, que se tornou num incrível prazer... Ah, eu comecei os movimentos de vai-e-vem e, em seguida, ele aumentou as estocadas. Tom gemeu meu nome, foi tão bom ouvir aquilo que o fiz gemer e me chamar mais vezes. Arranhei-lhe fortemente as costas em meio aquele nosso ato, não estava me importando se ia ficar marcado ou não.
Quando chegamos ao ápice, eu primeiro e depois ele, desmoronamos na cama. Tom foi jogar a camisinha fora e eu me levantei procurando as minhas peças íntimas. Ao menos ia vesti-las, é. Entretanto, vesti apenas a calcinha e coloquei a camiseta dele que estava jogada no chão. Ficou enorme em mim, mas eu gostei. O cheiro dele estava impregnado nela. Ele apareceu de volta ao quarto quando eu estava voltando para a cama. Agarrou-me e me derrubou na cama, me beijando.
– Não imagina o quão sexy está vestindo essa camiseta. – falou antes de morder meus lábios.
Eu ri do elogio dele e acariciei-lhe as costas.
– Você também não está nada mal com essa boxer. – falei dando um selinho nele – Está muito gostoso, é.
– Hum, eu sei que sou muito gostoso. – falou todo convencido me apertando pela cintura – Agora eu quero dormir agarradinho a você. – apertou-me contra ele me fazendo rir novamente.
– Claro, claro, seu desejo é uma ordem, senhor muito gostoso. – falei me aconchegando no peitoral dele.
Tom acariciou os meus cabelos e beijou o topo da minha cabeça, puxou o lençol para nos cobrir e me abraçou mais apertado. No meu último momento de lucidez, eu o chamei e disse as três palavras que havia guardado por muito tempo.
– Eu te amo. – declarei-me.
A última coisa que vi foi um Tom sorrindo verdadeiramente para mim.

Acordar foi meio decepcionante. Pensei que iria acordar com ele ao meu lado ou que ele me acordaria, mas não. Quando me sentei na cama, procurando por Tom, não tinha ninguém lá. As roupas não estavam espalhadas pelo chão e tinha um papel no travesseiro dele. Peguei-o rapidamente e li.
“Você foi maravilhosa essa noite, obrigado.
PS. Deixe a chave na portaria, te ligo mais tarde,
Tom.”
Sorri para o papel e me levantei indo para o banheiro do quarto. Tomei um banho rápido e me sequei com uma das toalhas dele. Quando fui para a cozinha, encontrei uma bandeja com um café da manhã e uma rosa cor-de-rosa, com outro bilhete: Coma tudo. Comi tudinho como ele me pedira e levei a rosa comigo quando fui embora. Deixei as chaves na portaria e peguei um táxi.
A rosa não se abriu, murchou no segundo dia. Tom não me ligou naquele dia e nem nos outros dias que se passaram. Uma semana se passou, a rosa estava no lixo e meu coração despedaçado. Decidi procurá-lo para resolvermos isso, estava cansada de esperar um sinal de vida que ele não me dava. Entretanto, devia ter deixado tudo como estava, pelo menos a decepção não teria sido tão grande.

Postado por: Grasiele

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