quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Minds (Mentes Psicopatas) - Capítulo 2


NARRADORA ON
Depois de uma noite perturbadora de sono, todos se levantam. Ainda estavam cansados. As olheiras a baixo dos olhos denunciavam a noite mal dormida.
—Eu estou morrendo de fome! —Exclama Karol, passando a mão em sua barriga. Gustav e Laíse concordam com ela.
Dentro de instantes estavam todos reunidos na enorme sala da mansão abandonada. Tiraram aqueles lençóis sujos dos móveis e se sentaram nos sofás e poltronas.
—Precisamos limpar isso daqui. —Diz Carine após o quinto espirro de sua amiga Lay. Ela tinha bronquite. O que não era nada bom, para quem iria ficar naquela mansão toda empoeirada.
—Não iremos ficar por muito tempo. Então não precisa. —Argumenta Caroline.
—Ok né?! Eu sei que estão todos com sono e cansados. Mas temos que ir buscar o combustível para os carros. Como não sabemos até quando ficaremos aqui, é melhor sim, dar uma arrumada. Tirar a poeira. Iremos nos separar em grupos. Um para o combustível, outro para ir atrás de comida e outro para limpar ,pelo menos, boa parte da mansão. —Bill fala e todos o escutam.
—Bem, eu vou à busca do combustível. —Disse Lay.
—Então, eu, Lay, Bill e Georg vamos. —Tom se pronuncia ficando de pé, com seu grupo.
—Eu, Carine e Gustav vamos em busca da comida. —Karol diz se levantando.
—E o resto fica e arruma a casa. Então, boa sorte. — Leticia disse e todos assentiram.
(...)
O grupo de Tom seguiu pelo lado esquerdo. Onde era menos habitado. Pensavam talvez que pudessem encontrar alguma fazenda ou coisa do tipo. O grupo de Gustav seguiu pela direita, indo para o centro da cidade.
Quem sabe nas lojas não haveria alimentos que ainda não estejam passados da data de validade?
(...)
Na mansão as garotas dividiram as obrigações. Caroline e Gih ficaram com o segundo andar. Laíse e Letícia no primeiro.
Enquanto todos pensavam que Joy estava se divertindo na cidade surpresa, ela estava realmente bem mais perto do que eles pensavam. Ela estava no porão da mansão acorrentada, cheia de hematomas. Todo esse tempo que esteve ali, só havia se alimentado de água e alguns pedaços duros e mofados de pães. Se Joy não se alimentasse devidamente o mais rápido possível, ela morreria.
As mentes psicopatas a mantinham vivam para satisfazer um de seus desejos: Ver a pobre garota sangrar. Tortura-la e vê-la sofrer; esse era um enorme prazer para elas. A única coisa que lhes importavam era o seu próprio querer. Joy tinha marcas de cortes por todo o corpo, suas feridas estavam infeccionando, e aquilo não era nada bom.
Na busca de combustível, os garotos e Lay estavam a quase uma hora procurando, caçando. Já estavam se cansando. Até que Lay vê duas latas grandes perto de uma árvore.
—Hey! Olhem. –A garota fala e Bill e Georg vão até lá e olham o conteúdo.
—É óleo...Mas a outra é gasolina. —Bill diz contente e os jovens comemoram um pouco, com dancinhas e musiquinhas esquisitas.
—Poderemos sair dessa cidade estranha. Isso é ótimo meu amor. —Tom disse alegre abraçando a namorada logo a beijando.
—Ok né ,gente? Chega! —Georg diz os separando.
—Tenha calma, Georg. Você vai ver sua Joy e sair da seca. —Tom brinca com o amigo , que faz uma careta emburrada.
–Tom, venha me ajudar com isso! —Exclama o gêmeo mais novo, pegando a lata de gasolina. Tom o ajuda e eles voltam para a mansão.
(...)
No centro da cidade de Pripyat – esse, pelo menos, era o nome que os jovens haviam enxergado na placa de entrada da dita cuja.
Gustav, Karol e Carine entram em um supermercado e lá procuram os alimentos que ainda não tinham passado da data de validade. O que não eram poucos, para a alegria deles.
—Gente, eu achei essas verduras. Ainda estão boas. —Comenta Carine com uma cesta em mãos.
—Eu achei esses enlatados. —Diz Karol.
—Bem, eu achei arroz e esses outros. -Gustav fala, enquanto empurrava um carrinho de supermercado.
Eles pegam mais algumas coisas e voltam para a mansão.
(...)
—Iremos ficar aqui até depois de amanhã. O carro da Gih está com uns problemas no motor. —Georg diz chegando à sala com Tom, onde quase todos estão reunidos. Menos Leticia e Lay que estavam na cozinha, Bill que estava no quarto, Laíse tomando banho, e Caroline na biblioteca.
—Tá de brincadeira né?! —Diz Karol, não acreditando.
–Não estou Karol. Mais tarde eu vou dar uma olhada e ver o que houve. Amanhã irei no centro da cidade tentar achar alguma oficina. —Georg explica, se jogando no sofá. O pai de Georg era mecânico, então, desde pequeno ,mesmo não querendo, aprendeu sobre carros. Tom também sabia muita coisa, pois era fascinado em carros. Tanto, que seus olhos amendoados chegavam a criar um brilho especial quando ele ganhava um novo bebê – como ele denominava seus carros.
—Ok né?!Vou até a cozinha, ver se as garotas precisam de algo. —Gustav diz, se levantando e sendo observado por todos ali.
—Aham. É mais fácil você comer toda a comida, do que ajudá-las. —Diz Tom risonho.
—Engraçadinho. —Gustav lhe mostra o dedo do meio.
(...)
No porão, a mente psicopata chega para torturar Joy mais uma vez, e vê-la sangrar. O maior prazer daquela mente era ver um ser humano sangrar.
—Olá querida Joy. —Cumprimenta com sarcasmo.
Joy olha para o lado, afim de não olhar para aquela pessoa que está estragando sua vida. A fazendo sofrer.
—Me tire daqui. — Suplica Joy com a voz falha.
—Hahaha. Outra piada, por favor. —Diz sem humor. Pega uma cadeira de madeira e se senta de frente a sua vítima.
—Vocês os trouxe até aqui? Por quê? Por que estão fazendo isso conosco? —Pergunta a garota chorando as poucas lágrimas que ainda lhe restavam. Estava magra, fraca.
—Não lhe interessa. O primeiro que vai sofrer em minha mão será seu queridinho Georg. Ai, ele é um trouxa. E aquele cabelo ridículo? Tenha dó, viu?! Agora sem mais delongas... —Fala com um tom de voz entediante, não aguentando mais aquilo. Pega uma faca bem afiada e vai até a jovem no chão.
—Por favor, não! —Suplicava mais uma vez. A mente psicopata nem lhe deu ouvidos, logo pegou seu braço esquerdo e o cortou não muito profundo.
Quando viu aquele sangue escorrendo, soltou uma risada maléfica e sugou o liquido.
—Hey! Você está demorando de mais. —Diz seu cúmplice. —Te vejo mais tarde querida. — Disse e saiu dali.
(...)
—Gente! O almoço está pronto. —Lay avisa chegando à sala. As pessoas que antes faltavam ,vinham de lugares diferentes da casa até lá.
—Hum, que cheiro ótimo. —Disse Caroline e Gustav vindo de um corredor.
—Gust, você não estava na cozinha? —Pergunta Karol confusa.
—Estava. Só que fui chamar Caroline na biblioteca. —Gustav diz e os outros assentem.
—Então, vamos almoçar não é mesmo? —Diz Carine ao lado de Bill chegando na sala.
—Vamos, vamos. Estou brocado. —Tom diz abraçando Lay por trás.
Uma das mentes psicopatas não gostou nada do que viu. Ela sempre amou Tom mais do que ela mesma. Todos foram para a sala de jantar e se sentaram. A comida estava ótima. Leticia e Lay cozinhavam maravilhosamente bem.
Os planos estavam ficando cada vez melhores. A próxima vítima nunca desconfiaria. Pobre Georg... Sentiremos falta dele.

Postado por: Grasiele

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