quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Almost Unreal - Capítulo 1


– Agora eu estou certo de que se tivesse visto esse rostinho antes, jamais teria me esquecido.
O guitarrista da famosa banda usava todo seu charme para puxar conversa comigo no bar de uma boate onde eu curava minha ressaca moral arranjando uma ressaca física.
– Esquecer? Com certeza não! – ele falou mexendo no piercing do lábio inferior de uma maneira maliciosa enquanto tinha a ousadia de empurrar para minhas costas meus cabelos ondulados e ruivos que estavam a esconder meu rosto.
Como aquele jeito autoconfiante dele estava me irritando. Com certeza ele merecia uma liçãozinha para aprender a não confiar tanto em si mesmo.
– Mas será que essa prinzessin de fogo não sabe falar? – zombou ele.
Mas como era impertinente!
Imediatamente botei a mente para funcionar e logo em seguida já estava colocando minha lição para aquele abusado em prática. Foi até fácil, levando em conta a ajuda dos vários copos de uísque que eu já havia bebido.
– Claro que sei falar, amor! – exclamei com a voz mais enjoada que pude – Sou Caroline Shaw, sua criada, querido! - eu pisquei o provocando.
Essa não era uma atitude natural minha, mas bem que o dom-juan pediu algo do gênero.
A autoconfiança evidente nos olhos dele deu lugar a uma surpresa absurda por estar agora no lugar da caça.
Como será para ele provar do próprio veneno?
– Você tá sozinha? Eu não vi ninguém ao seu lado então... – ele falou se mostrando desconfortável.
– Querido, é obvio que não estou mais sozinha, afinal, existe melhor companhia que você: Tom Kaulitz? – eu o interrompi.
– Hã... Bom, mais agora eu tenho que... – começou a falar, prontinho para se livrar das garras da fatal “Caroline”. Mas é claro que eu não deixaria as coisas tão fáceis assim para o lado dele.
– Mas o que é isso meu amor? Agora que nossa conversa está ficando cada vez melhor, você quer ir embora? – falei o puxando e o forçando a voltar a se sentar no banquinho ao lado do meu – Tenho certeza que podemos alongar essa conversa à noite inteirinha, queridinho. Ou melhor: pra que conversar, não é mesmo?
Ele me olhava boquiaberto, imaginando, ao certo, como uma moça, até então, tímida, poderia mudar de atitude tão bruscamente assim.
No começo eu não pretendia ir tão longe, mais estava começando a me divertir com a cara de idiota dele. Que idiota mais lindo! Que tal Tom Kaulitz se sentir no lugar das incontáveis mulheres que ele já havia conquistado com sua beleza e extremo charme?
Ele não me conhecia, mais eu conhecia ele, por revistas e jornais, é claro. E tenho que admitir que ele estava fazendo jus a reputação de conquistador imposta à ele.
Embora estivesse acompanhado naquela boate, aproveitara-se da distração da morena que não lhe perdia de vista, para vir usar sua magia comigo.
Como invocada pelos meus pensamentos, a tal morena tratou de abrir caminho entre as pessoas que dançavam na pista de dança da boate, seguindo na nossa direção.
Para fechar minha pequena encenação com chave de ouro, eu enlacei o pescoço dele, colocando meus lábios de encontro com a boca carnuda de Tom.
– Isto é para que não se esqueça de mim, paixão! – declarei triunfante acendendo um cigarro e sobrando a fumaça bem na cara dele.
– Tom! – ainda pude ouvir a talzinha que estava com ele gritando, indignada, enquanto eu me distanciava não antes de beijar a palma da minha mão e soprar na direção de Tom.
Sai de perto deles o mais rápido que pude rindo a toa a procura de Barbie para irmos embora.

Postado por: Grasiele

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