quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Almost Unreal - Capítulo 4


– Como é que é? – perguntei assustada.
– Calma. – ele falou se sentando no meu sofá como se estivesse na própria casa – Nem vai se animando, não quero que você seja minha namorada de verdade...
– Ótimo. – me senti aliviada.
– Só de mentirinha. – ele completou.
– Do que é que você está falando? – perguntei irritada.
– Rose, qual foi à primeira coisa que você pensou quando me viu? – ele perguntou, esperou por uma resposta, mas, como ela não veio, ele continuou – “Mas que garoto impertinente! Ele com certeza nunca amou ou amará alguém de verdade.”- ele afinou a voz como se me imitasse.
– Não exatamente. – admiti.
– É, eu sei que você pensou coisa pior. – ele falou revirando os olhos.
– Mas o que isso tem a ver? – perguntei ainda sem entender aonde ele queria chegar com aquela conversinha.
– Bom, eu vou ser direto. – ele falou serio – Eu quero que você finja ser minha namorada até que todos, incluindo a mídia, acreditem que eu estou perdidamente apaixonado por você. Depois disso, você minha querida, me dará um fora que me deixará completamente deprimido e carente. Todos vão saber que eu tenho sim sentimentos. E, como todos já sabem, só se consegue esquecer um amor arranjando um novo.
– Tá, e por que eu faria isso? – o desafiei.
– Simplesmente por que você está em divida comigo. – ele falou em tom de ameaça – Você pode pagar essa divida me fazendo esse favor, ou eu mesmo me darei o trabalho de transformar sua vida num verdadeiro inferno.
Ele sorriu.
Pensei por alguns segundos. Mas, no fim, eu não tinha escolha nenhuma.
– Está bem. Eu farei o que você está me pedindo. – me rendi – Por onde começamos?
– Minha família. Eles acham que eu estou namorando a duas semanas. – ele sorriu maliciosamente.
– Você disse que estava namorando sem que eu aceitasse participar disso? – perguntei surpresa.
– Mas é claro. Você não teria como recusar. – ele piscou me provocando – O fato é: haverá um jantar amanhã em um restaurante perto do hotel onde eu e o resto da banda estamos hospedados. Como minha família está mesmo na Alemanha, você só poderá ser apresentada a meu irmão, Bill. Conhece?
– Conheço. – respondi revirando os olhos. Pelo menos a reputação do irmão gêmeo era melhor do que a dele.
– Então é isso. Esteja preparada, o Bill é legal, você só precisar ser gentil. Quero que você pareça ser a mulher mais interessante com quem eu já sai. – exigiu ele.
– Eu não preciso “parecer”, meu querido. – falei enquanto levantava e abria a porta para que ele fosse embora – Eu sou. Disso eu tenho certeza. Eu estarei preparada. Agora por favor, queira se retirar do meu apartamento.
– Você quer mesmo que eu vá? – ele perguntou e eu o olhei como se isso fosse obvio – Está bem então. Apesar de que eu adoraria alongar essa noite.
Ele se levantou.
– Adeus minha querida. – ele tentou me roupar um beijo, que é claro eu não permiti – Lembre-se que amanhã você é minha namorada.
Ele mexeu no piercing daquela maneira provocante e foi embora.

Quando Barbie chegou da festa, o que não demorou muito, eu lhe contei tudo. Ela de um lado achou que isso seria uma honra pra mim – o que definitivamente não era – mas logo admitiu que fosse um “pouco” exagerado da parte de Tom me pedir algo assim.

Na manhã seguinte, apesar de eu não querer, Barbie me levou as compras. Ela insistiu que eu deveria estar “apresentável” para conhecer Bill Kaulitz. Isso pra mim não representava grandes coisas.
No fim eu acabei comprando um vestido vermelho.

Eu já estava pronta quando a campainha do meu apartamento tocou. Abri a porta e Tom estava lá de braços cruzados.
– Você está perfeita. – ele elogiou me olhando dos pés a cabeça.
– Que bom pra você. – falei fazendo uma careta.
– Vamos? – ele me estendeu a mão.
– Quanto mais cedo começar... – ignorei a mão dele andando sozinha até o elevador – Mais cedo irá acabar.

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog