sábado, 29 de setembro de 2012

Sempre Sua! - Capítulo 43 - Um Bill mais... Mau!


Estava colocando o último saco que suplemento no jipe para seguirmos para outra vila, quando Ryan veio correndo em minha direção, com meu celular em mãos, tocando.
A minha sorte é que eu não era acostumada a guardar telefones na agenda do aparelho e não apareciam nomes no visor. Ryan estendeu o braço e me entregou o celular, sorrindo.

– Obrigada, Ryan – eu disse a ele retribuindo o sorriso.
–De nada. - Ele piscou e se afastou.

Observei Ryan andar até o acampamento, quando ele estava longe, atendi.

–Oi. – eu disse, sabendo o que eu ouviria naquela manhã.
Oi – ele disse do outro lado da linha com uma voz de tristeza.
–Tudo bem? – eu perguntei sabendo que nada andava bem.
Não. – ele respondeu sincero – Quero você aqui na Alemanha.
– Eu também queria estar ao seu lado. – eu disse encostando na lataria do jipe - Também não estou muito contente em não estar ao seu lado nesse dia em especial.
Francamente. – ele disse bufando.
–Francamente, o que? – eu perguntei a ele.

Ele apenas respirou alto e continuou calado, eu apenas ouvia sua respiração do outro lado da linha, sei que havia mil coisas a serem ditas, mas também sabia que ele apenas deixaria dentro de sua mente, não repassaria seus pedidos e nem sua raiva.

– Bill, essa era uma missão impossível de adiar, ontem ainda tentei alugar um jato pequeno, mas aqui não é como Alemanha ou Los Angeles.

Outro suspiro triste do outro lado da linha.

–Não vai dizer nada? – eu perguntei num sussurro.

Não tenho certeza que haja alguma coisa para dizer.– ele por fim disse – Você se despediu de mim na África dizendo que viria para a Alemanha. Depois no outro dia, me ligou dizendo que estava na Namibia, depois na Angola, no outro dia em Congo e agora diz que não consegue sair dai, onde você esta hoje?
–Nigéria. – eu respondi. – Bill, o Ryan recebeu esses mantimentos tinhamos que distribuir, a fome dessas pessoas não pode esperar.
Entendo tudo isso.– ele continuava com a voz baixa – Mas não é pecado eu querer que minha namorada se afaste dessas pessoas por um dia apenas, que fique comigo no dia do meu aniversário.
–Prometo que eu compenso. – não tinha muito o que fazer ou falar.
Bill sorriu sem força.
–Onde vão comemorar?
No parque Heide Park Soltau.
–Espero que se divirta! – eu disse sincera.
Espero que volte logo para a Alemanha.
–Voltarei em dois dias. – eu informei - Poderemos comemorar, só nós dois.
Sim, pode ir se preparando. – ele finalmente sorriu e de repente um monte de voz entrou dentro da ligação. – Tenho que ir, o pessoal chegou.
–Divirta-se. – eu desejei – E quando tivermos frente a frente digo tudo o que preciso dizer.

Bill se despediu feliz em ter que esperar apenas dois dias para a minha chegada.

Só que para a nossa infelicidade, esses dois dias , triplicou.



...


–Kate vai morar na África agora? – Tom ironizou ao entrar no carro.
–Não. – Bill disse entrando no banco do passageiro e fechando a porta de mal humor – Nem pergunto mais que dia que ela volta para não ficar frustado cada vez que ela liga dizendo que não virá no dia marcado.
–E esse Ryan?
–O que tem ele?
–É de confiança? - Tom ligou o carro e seguiu em direção a casa do baterista.
–É um bom menino.
–Da forma que fala parece que ele tem dez anos. – Tom sorriu.
–Ele tem dezesete ou dezoito anos. – Bill falou olhando o irmão – Tom, pare de pensar sujeiras.
–Não estou pensando em nada.
–Kate esta centrada em ajudar em causas humanitárias, não transforme isso em algo sórdido.
–Não sei, a falta de sexo pode queimar alguns neurônios.
–Com certeza, somente para você que tem essa mente podre. – Bill respondeu sem tirar os olhos das casas que passavam rapidamente pela janela do Audi.
–Se você dá uma assistencia decente, não tem com que se preocupar.
–O que você quer dizer com assistência decente? – Bill o olhou e perguntou franzindo a testa.
– Você a pega direito? – Tom perguntou sem rodeios.
–Lá vem você...
–Você a satisfaz?
–Sim! – Bill respondeu rápido – Quer dizer... Acho que sim!
–Acha? - Tom desviou os olhos da rua e olhou o irmão mais novo – Ela chega ao orgasmo?
–Sim... Acho que sim!
–Bill, as vezes tenho vergonha em dizer que você é meu irmão.
O gêmeo mais novo apenas olhou o mais velho, voltando seus olhos para fora da janela do carro.
–Já usou a língua e os dedos? – Tom voltou a perguntar depois de alguns segundos de silêncio.
– Podemos mudar de assunto! – Bill disse com a bochechas em brasa.
–Você dá uns puxões de cabelo, uns tapas na...
–Jamais vou fazer algo desse tipo com a Kate! – Bill disse olhando horrorizado para Tom.
–Vai ver que enquanto você esta com esse puritanismo o outro esta descendo o...
–Tom, não conclua essa frase! – ele o cortou bravo.
– Bill em quatro paredes, a gente tem que fazer a garota suar, implorar para não parar e por fim gritar nosso nome enquanto chega ao clímax. – Tom disse com um sorriso safado no rosto - Tem que fazer a garota ficar de quatro literalmente por você.
– Nossa Tom como você é pornográfico! - o irmão o reprimiu – Você chega a ser nojento.
–E você é devagar! - Tom disse ao irmão – Com certeza, ela te acha um sem graça e sem criatividade na cama!

Bill o olhou, enfurecido. Abrindo a boca para se defender, mas a fechou.

Chegaram a casa do Gustav, em silêncio, subiram calados no elevador e quando tocaram a campainha e aguardaram a porta ser aberta, Bill olhou para Tom e disse furioso:
–Tenho certeza que Kate esta satisfeita com a nossa relação sexual.
Tom abriu aquele sorriso que as vezes Bill odiava e perguntou:
–Tem certeza?
–Sim. – Bill respondeu de forma quase inaudivel quando Gustav abriu a porta e Tom entrou, deixando Bill para trás com seus pensamentos – Acho... que tenho.
–Acha que tem o que Bill? – Gustav perguntou a Bill sem entender o que o vocalista dizia.
–Não enche você também, Gustav! – Bill disse impaciente.
–Obrigado pelo parabéns e pelo presente.

Bill não respondeu ao amigo, entrou no apartamento, furioso pelo ponto de interrogação que o irmão havia colocado em sua cabeça, pensou em procura-lo para dizer que realmente, ele tinha certeza, que Kate era feliz com a vida sexual que ele lhe proporcinava, quando seus olhos parou, arregalados fazendo seu coração disparar.





...


Os olhos cor de mel arregalaram-se e entendi que o tiro saiu havia saido pela culatra e o que imaginava, não havia acontecido. Então, deixei minha taça de champagne no canto da mesa e perguntei para Gustav se podia usar o escritório.
–Claro. – ele respondeu, viu meus olhos correrrem para Bill - Tranque a porta e falem baixo.
Sai da sala, no momento que o baterista se afastou seguindo em direção de Bill.

Entrei no pequeno, porém bem arrumado e esperei andando de um lado para outro, estalando meus dedos e tentando normalizar minha respiração.
A maçaneta da porta virou, ele entrou.
Nossos olhares se fixaram por alguns minutos.
–Pensei que fosse ficar surpreso quando me visse.
–Acredite, eu fiquei. – ele respondeu.
–Mas pensei que fosse ser uma surpresa boa, por que será que não é isso que vejo em seus olhos.
–Você conseguiu chegar finalmente na Alemanha. – ele cruzou braços e continuou sério – No dia do aniversário do Gustav.
–Foi o dia que eu consegui chegar.
–No dia do aniversário do Gustav – ele repetiu - Não o do meu!
–Está falando sério? – eu perguntei ao mesmo tempo que tudo ficou nítido e comecei a entender o motivo da sua raiva.
–Muito sério.
–Esta com ciumes de Gustav?
–Não. – Claro que esta! - eu pensei - Estou com ciúmes da atenção que disponibiliza com ele. – Bill revelou - Você foi a primeira chegar ao hospital quando ele tomou a garrafada na cabeça. Foi você que o levou para casa e você que dormiu com ele.

–A mãe dele estava viajando com a irmã. Não tinha ninguém próximo a ele. - eu expliquei – E outra, me preocupo muito com ele.

– Esteve na casa dele um dia inteiro cuidado e dando remédio para ele.
– Fiquei com você por dez dias.
–Você ligava todos os dias para ele. – ele realmente estava com ciúmes – Não, posso dizer nada pois estávamos separados, mas ...
–Eu amo o Gustav! – eu levantei a voz achando tudo aquilo um exagero, um absurdo - Ele é muito importante para mim. Um amigo, um irmão que eu gosto de conversar, desabafar e de...
–Mimar... Você o mima demais. – Bill me interrompeu – Você se esforçou para vir ao aniversário do Gustav e não no meu.
– Esta sendo muito injusto! – eu sorri nervosa daquela situação, que era totalmente desnecessária - Não vou ficar aqui ouvindo isso.
–Por que é a verdade?
–Por que é... Pra que gastar saliva sendo que você já tirou suas próprias conclusões.

Eu passei por ele, esbarrando em seu ombro com força, abri a porta e em passos largos e rápidos deixei o escritório, avistei Gustav na cozinha, dei-lhe um abraço e um beijo carinhoso na bochecha.
–Nem preciso perguntar. – ele disse baixo.
–Vou embora antes que jogue alguém pela janela. – eu brinquei com ele.
–Fique e jogue, posso dizer no tribunal que foi um pequeno acidente.
–Você é um amor. – Dei mais um beijo em seu rosto.
Despedi-me rapidamente de Georg e Sofia e segui para fora do apartamento, apertei o botão e aguardei que o elevador chegasse até o andar. Não demorou muito para que a porta se abrisse, eu entrei, encostando-me no canto, com a cabeça baixa.

“Como ele podia estragar tudo daquela forma?”– Pensei enquanto a porta se fechava.

Um barulho impediu a porta de fechar, levantei meu olhar assustada.

–Será que poderia deixar a porta do elevador fechar? – eu disse ao ver Bill parado no meio da porta, impedindo que ela se fechasse. – Esta segurando o elevador, quer dar licença.

Mesmo usando palavras educadas, não deixei de ser rude.

Ele entrou no elevador e deixou a porta fechar, com nos dois dentro dele, sozinhos, eu revirei os olhos, estava triste com ele, ter ciúmes do Gustav, onde ele havia tirado essa atitude mais infantil e idiota.

–Era para fechar a porta, com você do lado de fora! – eu disse enfurecida sem olhá-lo.

Bill me olhou cruzando os braços na altura do peito, encostando na parede de espelho, calado.

Eu continuei com o olhar baixo e também não quis mais puxar mais assunto, só queria ir embora e resolver tudo o que havia para resolver, talvez aquela briga tenha facilitado um pouco as decisões a serem tomadas.

O elevador parecia que nunca chegaria ao térreo, o silêncio prevalecia e pesada entre nós.

– Eu exagerei! – ele de repente disse, eu continuei imovel e com os olhos fixos no chão. – Desculpa!

A porta do elevador abriu e andei apressada para sair, sem dar atenção aos seus pedidos de desculpas. Bill entrou na minha frente e não se moveu.

A porta do elevador se fechou.

–A porta fechou e eu queria sair daqui! – Eu o adverti aumentando o tom da minha voz e antes que eu apertasse o botão do térreo novamente, ele apertou o botão da garagem. – O que pensa que esta fazendo?
Sem responder, Bill me segurou pelo braço, quando o elevador parou e abriu a porta, me puxou com força em direção ao carro do Tom.

–Bill, Não! - eu gritei
–Kate, eu já adimiti que exagerei. – ele pressionou meu corpo contra o carro.

–Ok! - Eu o empurrei e apertei os passos tentando ir embora, meu braço foi puxado com brutalidade, Bill segurou na minha cintura me arrastou e praticamente me jogou dentro do carro. – Quero ir para minha casa. Você já estragou tudo mesmo e eu me sentindo péssima por ter ficado tanto tempo longe de você, por ter perdido o seu aniversário, que idiota que fui. – ele entrou no carro e segurou minhas mãos - Me solte!

Ele segurou minha nuca, aproximou seu rosto do meu, eu tirei a sua mão e me afastei.

–Pára... – eu pedi ele.
–Kate! – ele gemeu o meu nome – Desculpa.
–Gustav é muito mais que um amigo seu, é meu amigo também e o considero quase como meu irmão! - Aquilo saiu da minha boca quase como um trovão - E nada vai mudar apenas por que você tem a mente imunda e para de me segurar – eu disse me desvincelhando dele – Vou para casa e prefiro que não me ligue.
–Eu te levo para casa. – Bill disse colocando a chave na inguinição.
–Não quero!
–Kate... é apenas uma carona! – ele me olhou sério ligando o carro – Gustav disse que você veio sem carro.
–Sim, por que eu queria fazer uma surpresa a você e poderiamos ir a algum lugar sem nos preocupar com o carro, mas você estragou tudo.
– Kate!
–Uma carona, Bill - eu apontei o dedo em sua direção nervosa - Nada mais que isso.

Virei a cara para ele e não o olhei mais por todo caminho, não troquei uma palavra com ele, seria apenas um carona, ele pararia o carro em frente ao meu prédio, eu desceria sem nem olhar para trás.

“Onde já se viu, ter ciúmes de Gustav!“



...


O carro parou na frente do meu prédio, eu sem olha-lo coloquei a mão na maçaneta para abri-la e sair, desceria sem me despedir e ainda faria algo que nunca pensei em fazer na vida, bateria a porta do carro e torceria para quebrar todos os vidros.

–Kate... por favor espera! – ele disse segurando meu braço, apertando seus dedos magros.
–Não! – Eu disse decidida.
–Kate! - ele apertou os dedos no meu braço e me puxou para dentro do carro.
–Esta sendo infantil e também esta me machucando.
– Eu pedi desculpas! – com a outra mão ele fechou novamente a porta - deixa eu subir e a gente conversa melhor. – ele se aproximou - Diga que sim!
Meu cérebro me aconselhou a não responder, mas já era tarde demais. Não tinha armas para lutar contra o feitiço de Bill ainda mais quando suas mãos me apertaram forte virando-me e me trazendo para perto de seu corpo num movimento brusco.

Ele me encarou por segundos, até me segurar pela nuca e forçar um beijo, e num primeiro instante, não consegui corresponder ao beijo, porém seus dedos apertaram minha nuca e a massagearam com destreza.

Ele suspirou tão convidativo dentro da minha boca, que minha mente traiçoeiramente, se entregou e mandou sinais para todo o meu corpo e fui me entregando aos poucos, até estar totalmente envolvida e entregue as mãos e aos lábios de Bill.

O beijo foi acontecendo, Bill me encostou no banco e estava com todo corpo praticamente em cima do meu, nos beijavamos na rua, en frente ao meu prédio, correndo todos os perigos, mas nada parecia importar, apenas quando ele desceu os lábios para o meu pescoço e em seguida para o meu colo que percebi que estavamos avançando para um campo minado e no meio da rua.

–Bill...estamos na rua...Todos conhecem o carro do Tom aqui na Alemanha....e...pare...

Ele parou de beijar o meu colo e me olhou, sua boca molhada e inchada, sua respiração quente soprava em meu rosto, meus pelos arrepiaram-se ao fitar os olhos amendoados suplicando por perdão e por mim.
–Me deixe subir.
–Não...Não acho que devo depois de sua atitude de hoje! – eu gemi, mas estava indecisa.
–Por favor... Deixa! – eu franziu a testa ao pedir.

Por alguns segundos, nossos olhares se encontraram e sustenta­mos até rapidamente desviar o olhar, Bill não disse mais nada, segurou meu queixo com o dedo, virando meu rosto de encontro ao seu e apenas roçou a ponta de seu nariz bem desenhado no meu.

O clima dentro do carro ficou tenso. O ruído do tráfego lá fora diminuiu, podia ouvir minha pró­pria respiração descompassada, foi quando percebi que estava perdida e que não mais nada para fazer.

Peguei meu controle na bolsa e abri o portão do prédio, ele entrou com o carro e estacionou ao lado do meu, descemos em silêncio e subimos para o meu apartamento.

Abri a porta, deixando que ele passasse primeiro, depois entrei e tranquei a porta.

–Quer um caf....

Eu me surpreendi quando, antes mesmo de terminar a frase, Bill me puxou e enlaçou os bra­ços em torno da minha cintura, tomando meus lábios num beijo furioso e sufocante, sua boca esmagava a minha.

– Pelo visto, não vai querer tomar café. - eu disse ofegante. - Ou alguma outra bebida.

–A única coisa que eu quero e desesperadamente... é você!

Seus lábios tomaram os meus, a força do desejo era quase incontrolável, sem poder negar mais, seu toque queimava minha pele, também me deixei levar pelo imenso desejo, co­lando meu corpo ao dele com gemidos sufocados de prazer.

–Tire isso... antes que eu rasgue. – ele segurou a barra da minha blusa e a passou rapidamente pela minha cabeça e depois pelo braços, jogando-a longe.

Bill segurou o cós da minha calça e com rapidez deslizou minha calça e minha calcinha para baixo, por sobre seu quadril.

Tinha a impressão que aquele não era o Bill, era um Bill mais... Mau!

Um Bill mau, e eu estava adorando.

–Bill, esta tudo bem? – eu me assustei com sua atitude, ele nunca havia sido tão violento e tão impaciente.


Em resposta, senti as mãos de Bill acariciarem meus seios, segundos antes dele tomar um dos meus ma­milos entre os lábios, sugando-o e mordiscando-o, primeiro devagar, depois sua língua e seus dentes mordiam quase me machucando, fazendo-me atirar a cabeça para trás e morder os lábios para não gemer mais alto.

Mais um pouco minhas pernas não me sustentariam mais.

Ofegante e enlouquecida, fui deixando pon­tos avermelhados nas costas de Bill, causados pelo efeito das minhas unhas, em meio as caricias dos lábios quentes dele em minha pele.

Devagar, Bill foi deslizando os lábios sobre o meu corpo nu, até alcançar minha barriga lisa, sua língua contornou meu umbigo e minhas pernas fraquejaram, os dedos magros dele apertavam a pele da minhas coxas e seus dentes mordiam e depois sua língua suavizava a dor.

–Bill... o que esta havendo com você?

Em resposta, ele apertou seus dedos em minha pele delicada e pálida descendo sua língua até minha coxa, sem que eu esperasse, Bill procurou entre minhas coxas, beijando o ponto mais sensível do meu corpo e com a ponta da língua começou a prová-lo.

Cravei meus dedos em seus om­bros e fechei meus olhos.

Por mais que eu tentasse, meus gemidos não conseguiam ficar presos em minha garganta, chegou um momento que mordia tanto meus lábios para segura-los, que senti o gosto do meu próprio sangue.

– Isso é bom...

– Obrigado. Mas vai ficar ainda melhor. – ele parou apenas por um segundo para prometer o que parecia o impossível, fazer aquilo ficar melhor.

E ficou. Muito melhor.

Eu tinha certeza, não sobreviveria a todo aquele prazer, sua língua passou a sugar rápido. Bill afun­dou os dedos em minhas pernas, enquanto fazia loucura com os lábios, língua e dedos.

O piercing gelado em contato com meu corpo quente. Eu estava prestes a morrer em seus braços, aquela pequena peça de metal fazia milagres e despertava sensações que eu nunca havia sentido.

–Bill... Ah...

O ar pareceu su­mir dos meus pulmões. Eu ia desmaiar... Era impressão minha ou eu flutuava?

Rendida, encostei-me na porta, ainda entregue aos lábios ávidos de Bill que deslizou as mãos pela minha pele úmida, enquanto continuava sua doce tortura com os lábios, exigindo mais, mais... Até que tudo pareceu escurecer e senti um furação subir pelos meus dedinhos dos pés, queimando minhas pernas e qaundo atingiu minha coluna eu percebi que cairia se ele não me segurasse.

–Não posso mais... Bill...

Bill não deixou que eu chegasse ao ápice, então me segurou e me levou até o sofá, antes de se sentar, livrou-se das próprias roupas, sentou-se e me pu­xou para o seu colo de maneira quase selvagem. Levanto-me e em um único movimento, nos uniu.


Meu gritou com certeza havia despertado Klaus no térreo.


Sem deixar de me olhar nem por um instante, ele minha cintura fina com suas mãos grandes e apertando seus dedos na minha pele, começou a me movimentar em seu colo, nossos corpos um roçando no outro, um dentro do outro, um sufocando os gemidos do outro.

Segurei em seu ombro e acelerei meus movimentos, Bill fechou seus olhos, jogando a cabeça para trás e foi a vez dele gemer alto, despertando algo animalesco dentro dele, seus dedos entraram dentro dos meus cabelos e fecharam com violença segurando os fios e os puxou, trazendo-me para ele.

Seus lábios morderam meu queixo, meu lábio inferior e sua língua deslizou pelo meu pescoço e quando meus dedos cravaram em seus ombros e acelerei meus movimentos, dominando o ato, controlando o nosso prazer, sua mão aberta acertou minha nádega, num tapa ardido.

Não entendi o por que, mas aquilo alavancou nosso desejo a um patamar incontrolável e suas mãos envolveram minha cintura me ajudando nos movimentos, nossa respiração falha e nula dava sinais que chegariamos ao fim em poucos segundos.


Não podia esperar mais, não conseguia esperar mais para despertar o grito preso em minha alma. Segurando seus ombros, inclinei a cabeça para trás, ao mesmo tempo em que um gemido mais alto e mais prolongado anun­ciou que eu ia explodir.

E então, eu explodi.

Explodi em um grito de agonia, satisfação e felicidade.

Gritei o nome de Bill quando tudo partiu em milhões de pedaços multicoloridos bem diante dos meus olhos. Liberei dias, meses de saudade, agonia, tristeza e desespero.

Libertei tudo que eu não suportaria mais dentro do meu coração, da minha alma e da minha vida.

Então, meus braços envolveram o corpo de Bill, que não demorou muito, fechou os olhos, arre­batado por uma intensa onda de prazer. Gemeu, ao sentir meus lábios e a minha língua em seu pescoço, e quando o mordi com vontade, foi o complemento perfeito para aquele mo­mento tão especial ser finalizado.

Ouvi meu nome ecoar pela sala.

Silêncio. Apenas nossa respiração pairava no ar.

Os braços dele envolveu meu corpo, em um abraço aconchegante e desabamos no sofá completamente exaustos, ofegantes, sorrindo e felizes.





...


–Preciso que me carregue até a banheira. – eu brinquei depois de algum tempo, ainda envolvida em seus braços.
– Eu ia te pedir exatamente isso. – ele sorriu beijando minha testa suada. – Deixa eu voltar ao meu corpo, que te carrego até a lua se quiser.
–Não, até a banheira esta muito bom.

Ele levantou do sofá e segurando em minhas costas e em meus joelhos me levou até a beira da banheira, ligando as torneiras, me deslizou até a água morna, juntando-se a mim logo em seguida.

O banho durou mais do que deveria, e antes que desmanchassemos, levantei e peguei o grosso roupão pendurado e o vesti, quando estendi outro para Bill, ouvi a campainha do meu apartamento tocar.

–Quem será essa hora da noite? – ele perguntou franzindo a testa.
–Não sei, ninguém foi anunciado no interfone.
–Será que exageramos nos gritos? – Bill disse sério.
–Será? – eu respondi medrosa – Fique aqui que eu já volto.

Sai do banheiro, a campainha tocava sem parar, como se a pessoa estivesse desesperada.

–Já estou indo! – eu gritei e apertei os passos, o barulho ecoava pelo apartamento inteiro. – Quem é? – eu gritei sem ter tempo de olhar pelo olho mágico.

– Abra a porta! – a voz pediu abafada do outro lado da porta, e então se identificou impacientemente:

É a Jill!

Postado por: Grasiele

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