sábado, 29 de setembro de 2012

Sempre Sua! - Capítulo 36 - O sucesso e um grande amor.


– Muito azar encontrar Tom, novamente, no restaurante. – Dean disse assim que meu carro entrou na garagem do meu prédio, após três dias do meu esbarrão em Bill no estúdio. – Ele não precisava se expor desse modo. Gustav, disse que foi Martin que pediu para eles saírem em público para divulgar a Flipsyde.
– Se isso for realmente verdade, isso é lamentável. – eu disse estacionando na minha vaga e desligando o carro.
–Tom uniu o útil ao agradável. – Dean sorriu ao sair do carro e fechar a porta.
–Bom, se ele acha isso correto. – eu dei de ombros – Tokio Hotel não precisa desse tipo de marketing.
– A loira siliconada não vale todo esse esforço. – Dean sorriu.
Eu sorri e olhei para Dean, Chantelle era bonita, nunca havia falado muito com ela, o que eu sabia apenas era que ligava, pelo menos, cinco vezes ao dia para Tom. Mas, até um cego, olharia para ela com olhos de segundas intenções.
–Ela é uma loira muito bonita. – eu provoquei Dean.
–Sou mais as morenas. – ele concluiu com um sorriso malicioso. – E as tímidas.

Olhei para Dean confusa, com a sua declaração. Nossos sorrisos desapareceram. Seu rosto se inclinou e seu olhar desceu para os meus lábios, sua mão deixou seu bolso em direção a minha nuca e senti sua respiração quente, desviei meu rosto, e senti um beijo longo e terno em meus cabelos.
Dean respirou profundamente e antes que dissesse algo, o elevador chegou ao subsolo,a porta se abriu e entramos sem dizer nada.

–Esses sapatos estão me matando. – eu fiz uma careta sofrida e levei minha mão ao calçado, me desequilibrando e quando tombei para o lado, a mão forte de Dean envolveu minha cintura, no mesmo instante em que o elevador parou no térreo, e a porta abriu.
–O...oi! – a voz trêmula nos fez olhar ao mesmo tempo para aquela figura baixa.
– Oi. – Eu disse sorrindo, ainda sendo amparada por Dean.
– Você sumiu. – ela disse correndo os olhos para a mão que apertava minha cintura.
– Você também sumiu. – eu disse.
Ela se calou e percebi seus olhos fixos no braço de Dean, seus olhos voltaram para os meus, quando o elevador parou em seu andar, ela saiu feito um foguete sem se despedir.
– Essa garota é muito estranha – eu falei quando a porta do elevador fechou – ela me dá arrepios.
–Pensei que fossem amigas intimas? – Dean desfez o abraço e me olhou confuso.
–Nós? – eu franzi o cenho, sem entender – Por que pensou esse absurdo?
–Por que ela foi te visitar no hospital quando você sofreu o acidente.
–Ela? – eu perguntei confusa.
–Sim, sua vizinha. – ele afirmou, parecendo muito mais confuso que eu.


...


– Boa noite. – Já passava da uma da manhã quando Tom entrou na sala de instrumentos do estúdio. – Estão acordados ainda.
–Não, estamos todos dormindo de olhos abertos. – Georg respondeu sem levantar os olhos do baixo.
– Há-há! - Tom deu uma risadinha forçada dando um leve tapa na nuca do baixista. – Só não vou responder por que estou de muito bom humor.
– Então, a noite foi boa? – Georg tocou um refrão de uma música melosa no baixo para tirar sarro do amigo.
– Foi ótima. – Tom se espreguiçou dando um gemido de satisfação. – Por que estão aqui até essa hora?
–Queremos terminar uma música. – Gustav respondeu girando uma baqueta entre os dedos.
– Hum... – Tom sentou no banquinho, perto da pequena mesa, pegou uma faca e passou o conteúdo de um pote transparente numa torrada e a mordeu com vontade. Depois levantou o pote e olhando fixamente para ele, perguntou:
– Do que é esse patê?
– É de foie gras. – Georg respondeu.
–E que raio é isso? – Tom quis saber dando outra mordida na torrada. – Uma erva?
–Não, é fígado de ganso! - Gustav respondeu já sorrindo.

Todo o conteúdo que tinha na boca foi cuspida bruscamente no alvo mais próximo.

– Seu idiota, você cuspiu na minha cara. – Georg levantou bravo, passando a barra da camiseta no rosto.
–Desculpe! - Tom limpou a língua com um pedaço de papel, vendo o loiro seguir para o banheiro. – Por que não me avisaram que era patê de fígado de ganso, e por que deixaram trazer essa porcaria para cá?
–Foi John que trouxe, já avisamos que não gostamos desse tipo de comida. – Bill disse ao irmão sorrindo.
–Porra, Bill por que não avisou. - Tom retrucou furioso.
–E perder essa cena hilária. – Bill sorriu para Gustav, que também não se continha.
–Kate ficaria orgulhosa de vocês! - Gustav brincou com os irmãos - Os gêmeos politicamente corretos.
–Não optei em levar essa vida, por causa dela. - Tom olhou feio para Gustav, pegando o pote e jogando com raiva dentro do pequeno lixo ao lado da mesa. E olhando sério para o irmão disse:
–Custava avisar!
–Nem percebi você colocando essa droga de patê na boca. – Bill esbravejou, vendo que o irmão não estava achando graça alguma da situação. - eu estava distante.
–Faz um bom tempo que você não vive mais no planeta terra. – Tom disse olhando para o irmão que sem maquiagem parecia um fantasma. - Você vive distante e com essa cara de zumbi. Já se olhou no espelho esses dias?
–Não enche, Tom! - Bill retrucou ao irmão pegando algo dentro de uma cesta jogando nele.
– O que é isso? – Tom perguntou quando pegou no ar o que Bill havia atirado.
–Figo. – Georg respondeu. – Já vou avisando: É uma fruta.
–John trouxe também? – Tom questionou olhando para ela com curiosidade.
–Sim, quis se mostrar trazendo essas iguarias de outros países. – Gustav comentou, não escondendo a bronca que tinha do funcionário da Cherrytree.
–Nunca comi um figo. - Tom o segurou e com uma faca, dividiu-o em dois. – Li algo interessante sobre essa fruta.
– Dizem que são afrodisíacos. – Gustav sorriu para o guitarrista com um ar malicioso.
– Sim, é o que dizem. – Tom continuava a olhar a fruta – Será que dizem isso, por que ela parece uma...
–Ah, Tom nos poupe! – Bill o interrompeu antes de ouvir o final da frase.
– O que? – Tom sorriu com cinismo – Não posso dizer que ela parece com a parte íntima de uma mulher? - E para irritar o irmão mais novo, sabendo que pouco falava sobre sexo devido seu excesso de timidez, passou a língua de forma erótica na fruta.

Georg e Gustav, não resistiram à cena e caíram na risada.

–Hum... - Tom gemeu enquanto usava a ponta da língua para saborear a metade do figo. – Delicioso!
– E eu que dividi a mesma placenta com você!
– Não entendi se isso foi um elogio ou uma ofensa. – Tom olhou debochado para Bill e sorrindo lambeu mais uma vez a metade da fruta, fazendo uma cara de sem vergonha. - Você já fez isso na Kate?
–Acha mesmo que sou do seu nível para expor Kate a um comentário desses? - Bill respondeu.
–Sua timidez chega a ser irritante.
– Temos uma música para terminar. – Bill olhou para o irmão com raiva, tentando mudar de assunto.
–Hoje estou cansado, amanhã. – Tom se levantou do banco, se espriguiçou e bocejou.
–O trabalho em primeiro lugar. – Bill advertiu o irmão, pegando o fone de ouvido.
Você pensa assim. – Tom disse, colocando uma metade do figo inteira na boca - eu não penso... e tenho certeza que Dean também não.
Todos pararam o que faziam e olharam para o guitarrista.
–Por que disse isso? – Bill quis saber, tirando o fone da cabeça e colocando-o no pescoço.
– Eu vi Kate e ele, quando fui buscar Chantelle no hotel. – Tom respondeu ao irmão - ele parou alguns segundos para conversar e fez questão de dizer que estava hospedado no apartamento de Kate.

O maxilar de Bill fisgou de raiva.
–E daí? – Bill deu de ombros, tentando parecer o mais distante e indiferente possível.
–Ele deve estar comendo o figo dela.
Bill levantou rapidamente. Jogando o fone longe. Gustav e Georg também se levantaram talvez com medo de uma discussão mais violenta entre os irmãos. Não se metiam em brigas dos gêmeos, mas pelo assunto, o rumo daquela conversa, pela primeira vez teriam que intervir.
–Você podia ser menos vulgar ao querem me machucar! – Bill disse ao irmão o encarando, com o rosto vermelho de raiva.
–Não fui vulgar. – Tom sorriu de canto de lábios - vulgar seria se eu dissesse que: Dean esta comendo a Kate.
–Pega leve, Tom. – Gustav interviu, quando percebeu os olhos de Bill brilharam magoados. — Que droga! Por que você está sendo tão cruel com ele?
–Poxa, Tom - Foi a vez e Georg defender Bill – Sabe como Bill esta sofrendo.

Tom piscou várias vezes e baixou os olhos, percebeu que tinha ido longe demais, não agia daquela forma, ainda mais com o irmão que era o seu grande amigo e companheiro, seu coração apertou quando viu no olhar de Bill o quanto estava magoado e triste.
–Desculpa, Bill! - Tom sussurrou colocando as mãos no bolso da calça jeans. – Eu não devia ter dito isso. – ele continuou se desculpando - Só disso isso para você ver que tipo de mulher é a Kate.
– Cala essa boca! – Bill murmurou.
–Não, calo! – Tom respondeu sem alterar a voz também – Você esta aqui sofrendo e ela passeando de mãos dadas com esse filho da puta.
– Eles estavam de mãos dadas? – Bill perguntou com a voz embargada.
–Não. – Tom respondeu ao irmão. – Mas, poderiam estar.
– Desgraçado, filho da puta! Que raiva desse...
– Ela também não é nenhuma santa. – Tom não escondia a raiva que sentia por Kate. – Ela não te ...
– Já pedi para calar essa boca, mas que droga! - Frustrado, Bill esfregou a mão na nuca e olhou para o irmão - Você não sabe o que esta dizendo, nunca amou de verdade, não sabe o significado dessa palavra...Tudo para você se resume em pênis e vagina.

– Pode ser! – Tom esbravejou – Mas isso não muda nada. Você devia esquecê-la.

– Esquecer? - Sua voz saiu estrangulada e o sorriso de seus lábios saiu fraco – Como se fosse fácil!
– Quem sabe se você lembrasse que ela quase beijou Dean.
– Quase Dean a beijou. – Bill perdeu a paciência com Tom, aquilo já tinha ido longe demais e estava na hora de colocar alguns pingos nos is. – Ela nunca... jamais beijaria outro homem.
Tom o olhou perplexo ao ouvir o irmão defender a ex-namorada depois de tudo o que ela estava fazendo-o passar.
– Kate jamais teria permitido que Dean ou qualquer outro homem a beijasse ou a tocasse. – Bill baixou a voz - Não terminei com ela por causa desse maldito beijo. E sim, por que eu a amo demais e não quero que nada aconteça a ela.
–Bill, se é sobre as cartas, ela já sabe e outra, são apenas palavras de uma louca. – Georg tentou ajudar.
Bill sorriu triste, saiu da sala de instrumento, seguiu até o escritório, abrindo a primeira gaveta, pegou um envelope rosa pequeno. Quando voltou, entregou-o para o irmão.
Tom olhou para o envelope e o abriu, retirando o conteúdo de dentro e balançando-o no ar.
–Uma mecha de cabelo! – olhou para Bill sem entender – E...?
– E, que é uma mecha de cabelo de Kate. – Bill explicou.
Tom voltou a olhar e estreitou os olhos e então com indignação voltou a olhar para o irmão mais novo.
–Isso é sangue? –perguntou passando a mecha para Gustav, que depois de analisá-la, entregou para Georg.
–Sim. - Bill apenas respondeu.
–É da Kate? – Georg perguntou.
–Não. – Outra vez ele foi monossílabo.
–Então, ela sabe da Kate? – Gustav perguntou devolvendo a mecha para Bill.
– Parece que sim. – Bill respondeu. - John, algum tempo atrás contou para David que estava numa doceria com Kate, e quando estavam na calçada, um carro desgovernado quase os atingiu. Segundo ele, teve certeza que o carro tinha um alvo certo. - O vocalista colocou a mecha de cabelo dentro do envelope e continuou - Alguns dias atrás, David me confidenciou que Abby ligou dizendo que o médico que atendeu Kate no dia do acidente na escada, lhe disse que ela não rolou a escada somente, ela bateu a cabeça na parede para depois rolar alguns degraus, ou seja, pela forma que aconteceu, alguém a empurrou e com muita força.
–Mas, isso não pode ter sido tristes coincidências? – Tom perguntou ao irmão.
– Você acha? – Bill devolveu a pergunta.
– Talvez! – Tom deu de ombros.
– A gente não brinca com a vida de pessoas com estúpidos talvez. - Bill respondeu ríspido - Você acha mesmo que vou colocar a mulher que eu amo em risco, por um simples, talvez? - olhou para o irmão – Acha mesmo que vou deixá-la ficar cara a cara com essa psicopata? Uma louca que me manda pássaro morto, mecha de cabelo com sangue e que joga pessoas escada abaixo. – Suspirou profundamente e fechou os olhos, exausto daquele pesadelo - Ninguém sabe como esta sendo difícil todos os dias ter que: acordar, respirar, comer, dormir e viver sem Kate ao meu lado.

Bill estava com a voz baixa, com o olhar ardendo por lágrimas, falar sobre seus sentimentos era difícil sem se sentir emocionado, mas preferiu continuar desabafando e tirar um pouco da dor que sentia dentro do peito.

– Todos me criticam pelo meu ciúme excessivo com ela. – Ele sorriu olhando para Gustav, um dos que mais o criticava por tal sentimento. - Mas, o que sinto no fundo não é ciúme. – seu olhar ficou amargurado e seu olhar distante - O que sinto é muita raiva, é um ódio que consome minha alma. Ódio de vê-la com Dean e perceber que esta muito mais protegida e segura ao lado dele, do que do meu. Raiva de vê-lo proporcionar a ela, o que eu deveria estar lhe proporcionando, era meu dever fazê-la feliz.

Tom, Gustav e Georg se entreolharam, sem dizer nada. Não havia mais necessidade de palavras. Bill era a tristeza e angustia em pessoa, naquele instante, ele estava com a cabeça baixa e com as mãos sobre os joelhos. Sua vida sempre tivera um rumo tão claro, tão certo… Mas agora ele parecia totalmente perdido. Era nítido, o que acontecia, sua cabeça dizia uma coisa e seu corpo outra.
Uma guerra interna, da qual Bill sempre sairia perdedor.

Depois de alguns segundos de silêncio, Bill levantou a cabeça e continuou:

– E sabe o que me deixa mais puto, é que eu não posso ter ódio deles. Que tudo isso, que estou passando é por minha culpa. – Bill pegou um cigarro e o acendeu, tragou e depois de um tempo voltou a falar - Kate merece viver longe dessa loucura toda, ela já sofreu demais, enterrou pai e mãe no mesmo dia. Merece um dia construir algo sólido e real. Merece construir uma nova família e ser feliz.

–Deixe que ela escolha a vida que ela quer levar, Bill – Georg falou.
– Se uma desequilibrada estivesse atrás da Sofia por sua causa, o que você faria? – Bill olhou para o baixista - Se algo acontecer a ela, por sua culpa. Como se sentiria?
–Nunca me perdoaria. – Georg foi sincero.
– Eu prefiro sofrer agora, ao invés de carregar esse fardo pela minha vida inteira, se algo acontecer, eu não conseguiria viver nem mais um dia. – Bill passou as mãos nos olhos e balançou a cabeça triste – Abby nunca deixaria que eu tivesse um segundo de paz.

–Contar a ela, não seria justo? – Georg perguntou.

– Kate disse que enfrentaria essa fã, por mim! – Bill explicou ao baixista - ela não mata nem uma formiga, nunca falou um palavrão e nem levantou a voz. – Bill se lembrou do rosto frágil da ex-namorada ao falar – é tão delicada, que não teria nenhuma chance com essa demente. – seu suspiro foi de dor.
–Eu não sabia do cabelo com sangue... E nem dos outros fatores. - Georg disse olhando para Bill.
–Só David sabe. – Bill explicou aos três. – A cena do beijo com Dean foi uma grande oportunidade em afastá-la da minha vida. – ele levantou e andando até o microfone que estava espatifado no chão, abaixou e o pegou. - Lógico que fiquei muito puto, mas sabia que Kate se afastaria dele. Aprendi a confiar nela.
–David disse que a policia já tem duas ou três pistas dessa fã que lhe manda a carta. É verdade? – Tom perguntou.
–Sim, é verdade. – Bill confirmou.
– Olha, você agiu certo afastando Kate. – Tom olhou para o irmão, com um sorriso. – Mas, a forma que esta agindo com ela, esta errada.
– Errada? – Bill estreitou os olhos ao perguntar.
– É muito mais fácil vencer conquistando o seu inimigo.
– Tom Kauliz, o filósofo guitarrista! – Bill conseguiu sorrir.
– Vou te dar um conselho. – Tom não se intimidou com a brincadeira de Bill.
– Não pedi um, Tom! – Bill o interrompeu, dando um tapinha nos ombro do irmão.
– Mesmo assim vou lhe dar um. – Tom devolveu o tapa nas costas. - Até por que como nasci antes, absorvi toda inteligência, não restando muito a você. – o guitarrista andou até a cesta de figo e mordeu a fruta, dessa vez sem malícia alguma. - Meu irmão querido, a partir de agora serei seu professor sentimental.
– Guitarrista, filósofo e professor. Vou fazer um café antes que diga que merece ganhar um Nobel. - Gustav brincou saindo da sala de instrumento seguindo para a cozinha


Depois de alguns minutos, quando o baterista voltou trazendo uma bandeja com quatro xícaras de café, colocando-a sobre a mesa, cada um acendeu seu cigarro. Tom foi o primeiro a pegar e beber o líquido quente.
– Credo, você coou esse café aonde? Na meia suja do Georg? - Tom perguntou a Gustav olhando para a xícara com café.
– Minha meia, sua bunda! – Georg o xingou.
– Gustav é melhor se sentar ao lado de Bill, vocês precisam de umas dicas de conquista, por que se continuar fazendo café como esse, ninguém vai amá-lo de verdade.
–Amar? - Gustav perguntou sentando-se ao lado de Bill. – Tom Kaulitz sabe o significado dessa palavra?
– Diferente do que dizem, eu tenho um coração batendo dentro do peito pronto para encontrar minha alma gêmea. – Tom disse tocou seu peito, do lado esquerdo do peito, sobre o coração.
–Ah sim e porcos podem voar! - Georg disse ao guitarrista, fazendo todos sorrirem.


A madrugada seguiu com as brincadeiras e as dicas indispensáveis de Tom. Bill olhou para o irmão e para os dois amigos de infância e sentiu-se feliz por um momento. Afinal, realizar um sonho de menino com pessoas tão especiais não era para qualquer pessoa.
Mesmo com tantos problemas, Bill nunca se arrependeu do lugar de onde havia chegado do lugar que havia sempre almejado e sonhado, jamais pensou que tudo fosse tão complicado. Nunca passou pela sua cabeça, no momento em que sonhava com o estrelato, que fosse ter que escolher apenas UMA, das DUAS coisas das quais ele mais desejava conquistar no decorrer de sua vida adulta:


O sucesso e um grande amor... Um grande amor para morrerem com os lábios unidos.

“Morrer” – Bill pensou com raiva de si, olhou para a xícara de café que estava em suas mãos e fez uma promessa em voz baixa. Nunca mais sonharia com algo tão estúpido e jamais voltaria a tomar um café feito por Gustav.


...


– Meu Deus!
– O que foi Kate? – Dean entrou no meu quarto assustado depois de ouvir o meu grito.
–Ela... estava... Ela...
–Ela estava? – Dean sentou ao meu lado, na cama - O que esta dizendo?
– Ela era. – eu disse ofegante olhando com os olhos arregalados para Dean, depois o abracei com medo, quase o esmagando. - Era a minha vizinha que estava comigo no dia que sofri o acidente na escada.
Dean segurou pelos meus ombros e me afastou, perguntando incrédulo.
– O que?
–Ela estava lá... E me empurrou.

Postado por: Grasiele

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