sábado, 29 de setembro de 2012

Sempre Sua! - Capítulo 22 - Ela esta perto...demais!


–Dean? – Eu continuei ajoelhada, apenas o olhando balançar o bracelete na minha frente, como se estivesse hipnotizada.
–Oi. – ele disse com um grande sorriso nos lábios – Por que não me disse que estava em Los Angeles?
Eu baixei os olhos, peguei rapidamente o bracelete de sua mão, e com dificuldade me levantei, tentando ao máximo desviar meu olhar do dele.
–Desculpe Dean... Eu pensei... – Eu disse abrindo um leve sorrindo – Mas meus dias estavam tão corridos, Jost me ocupou e...
–Tudo bem! – ele disse me abraçando e beijando minha bochecha – Estava brincando, Jost disse que você estava ocupada, que não teve tempo de parar para nada.
–Falou com David? – eu perguntei – Estava na premiação?
–Sim para as suas duas perguntas, ele disse que estava aqui. – ele falou - Ainda cumprimentei a banda enquanto estavam conversando com a Nicole.
–Nicole?
– A vocalista do Pussycatdolls - Dean explicou – Na verdade, não só a Nicole, todas as outras estavam conversando com eles muito animadamente.
– É uma noite muito importante para eles. – eu disse sem tentar me importar com o comentário de Dean.
–Sim, eu fico feliz por tudo o que esta acontecendo com eles.
– Devia ter ficado e curtido mais a noite. – eu disse – Afinal, não é sempre que há uma pussycatdoll na sua frente.
– Elas são bonitas, mas não me interessam.
–Você nunca foi um bom mentiroso. – eu disse sorrindo.
–Nunca fui, por que nunca menti para você. – ele comentou sério. - Quando David disse que estava aqui não consegui mais prestar atenção em mais nada.
Eu o olhei e não consegui responder nada.
–Bill ainda pediu para que eu ficasse, mas não consegui.
–Bill... Pediu? – eu perguntei
–Sim, mas eu disse que precisava te ver.
– Você disse isso... Para Bill... – eu sorri tentando me manter calma, olhando para minhas mãos vendo o celular em duas partes, imaginando Bill me ligado e não conseguindo falar. – Fico feliz que esteja aqui.
– Gostaria que fosse até minha casa, minha mãe adoraria revê-la, ela ficou muito feliz de eu ter reencontrado você e sua tia.
–Seria legal! - eu disse controlando minha agonia – eu adoraria revê-la.
– Vou pedir para ela fazer a torta de sorvete que você adora.
Eu olhei para o meu celular, pensei em Bill tentando ligar e tirando várias conclusões precipitadas do por que não estaria atendendo-o.
–Kate? – ele me chamou – Kate?
–hum? – tirei meus olhos do celular e voltei à atenção a ele.
–Quer ligar para ele e dizer sobre o almoço? - Dean perguntou fazendo meu sorriso morrer em meus lábios. Baixei os olhos e cruzeis os braços sobre meu peito. -Vai me dizer um dia quem é ele? - eu fechei meus olhos, triste. - Quem é ele e porque você está sempre sozinha?

– É complicado. – eu disse mordendo meu lábio inferior. – Não se preocupe.

– Pareço preocupado? – eu o olhei e ele bufou, soltando o ar, rendendo-se - Sim, estou preocupado, queria que confiasse em mim.

– E eu confio em voc...

– Olha os vencedores ai! – Dean disse sorrindo, me interrompendo e ao mesmo tempo se levantando para abraçar Bill, Tom, Gustav e Georg – Parabéns, esse prêmio não poderia estar em melhores mãos.

Eu olhei para Bill, que me olhou rapidamente e depois baixou o olhar. Levantei-me também e abracei Gustav, Georg, rapidamente abracei Bill e por último abracei Tom, que pelo jeito já estava meio aéreo, sorrindo muito, demorou em seu abraço me fazendo sorrir.
– Estou vendo que a noite foi produtiva – eu disse para Tom
–Muito e ela ainda não terminou – Tom voltou a me abraçar, me fazendo sorrir.
–Estou feliz por vocês, como Dean disse esse prêmio não poderia estar em melhores mãos. – Olhei para Bill - Tokio Hotel é a melhor banda da atualidade.
Georg e Gustav agradeceram, Bill não disse nada e Tom não entendia mais nada do que estava acontecendo ao nosso redor.
–Vamos, Tom – Bill segurou o braço do irmão - Vamos subir, você já bebeu demais.
–Eu estou feliz Bill – Tom sorriu - Você esta sentindo a minha felicidade?
–Não... Mas o cheiro de bebida sim! –Bill fez uma careta e enlaçou Tom pela cintura.
Tom se despediu de Dean e ainda deu um leve beijo no meu rosto.
Bill pegou o irmão, Gustav ainda o ajudou e Georg os seguiu logo atrás.
– Não acredito que esta fazendo isso com você? – Dean perguntou me olhando, incrédulo – Não percebe o que esta fazendo?
– Dean o que esta dizendo?
– Como pode se relacionar com ele? – Dean esbravejou – Como pode se apaixonar por ele?
Como ele havia descoberto?” – Meus olhos se arregalaram e minha garganta secou.
– Como conseguiu se envolver com Tom?
– Não... Não me envolvi.
– Como não? – Dean deu um passo à frente - a maneira como ele te abraçou, te beijou. Kate, ele nunca vai te levar a sério, ele nunca vai levar nenhuma garota a sério, não agora... Tom não é homem para você e nem você é mulher para ele.
– Eu sei disso. – eu disse - Ele só está bêbado e feliz.
– Tom só quer uma coisa e você sabe disso.
–Eu sei! – disse já nervosa. – Nunca me envolveria com Tom!
– Eu vi o modo que ele te...
–É o Bill! - eu quase gritei - É por Bill que eu estou apaixonada.
Sem responder, ele ficou olhando para o meu rosto por um lon­go tempo até piscar várias vezes e finalmente conseguir falar algo.
– O que você disse?
– Não estou com Tom, estou com Bill.
– Com Bill? – Dean tentou sorriu - Esta brincando... Pensei que ele... Fosse...
– Fosse Gay? Não! - eu o cortei bravo – Bill não é gay!
– Você gosta dele? É isso? - Dean franziu o cenho, confuso.
– É mais do que só gostar, estamos juntos... Em novembro faremos um ano de namoro.
Mais silêncio.
–Não podia mais esconder isso de você. Eu o amo e é meu amigo, sinto-me mais leve em ter lhe contado, não gosto de mentir pra você Dean.
– Ninguém sabe?
–Sim, algumas pessoas. – eu expliquei - Os meninos, nossa família, algumas pessoas da equipe, aquelas em quem Bill confia e mais ninguém.
–Pelo que conheço sua tia, ela não deve aprovar esse relacionamento.
–Sim, você a conhece bem.
–Ele deve me odiar nesse exato momento.
–Não sei... Talvez - eu disse – preciso subir.
– O almoço esta ainda em pé?
– Sim, venha me pegar às 14 horas. – eu dei dois passos e dei um beijo em sua bochecha, virando-me e passando pelo hall do hotel, indo para suíte de Bill.

...

Saki quando me viu no corredor, fazendo um sinal, sorriu e bateu de leve na porta e quando ele abriu, olhei dos dois lados rapidamente e entrei sem dar tempo dele falar algo.
–Pensei que fosse demorar ainda lá embaixo. – depois de um minuto completo ele falou.
–Não.
–Pensei que não fossemos nos ver mais. – ele disse não bravo, apenas magoado.
Eu o olhei e aquilo não podia mais ficar daquela forma.
–Eu contei a Dean sobre nós.
Bill apenas me olhou. Permaneci em silêncio por algum tempo aguar­dando que ele dissesse mais alguma coisa. Mas, nada. Bill apenas me olhava calado.
— Sinto muito — eu disse com sinceridade. - eu sei que ele não falara nada a ninguém – eu apertava minhas mãos - eu tive que contar para ele não ter esperança em algo que não pode existir entre nós. – e finalizei - ele é apenas um amigo.
–Eu não disse nada - Bill deu de ombros
–Mas, pensou.
Bill esboçou um leve sorriso parecendo, finalmente, relaxar.
–Como foi com a pussycatdolls? – eu perguntei também sorrindo – Elas são realmente bonitas?
–Pergunte para o Tom, ele conversou com a vocalista a noite inteira. – Bill se aproximou e tocou meu rosto com as pontas dos dedos.
–Fiquei feliz por vocês. – eu olhei para o lado e vi o astronauta em cima da mesa, caminhei até ele e o peguei nas mãos e a levantei. – Ela é linda.
– A primeira pessoa que pensei ao tocá-la foi em você. - Ele enlaçou minha cintura e devolvi o prêmio na mesa, virei e o olhei, ele me abraçou apertando-me em seus braços. – Obrigado por você estar aqui comigo. – seus braços soltaram do meu corpo e suas mãos tocaram meu rosto, trazendo-o para perto do seu, sua língua tocou meus lábios abrindo passagem... E minha mente se apagou!

O clima no quarto transformou-se completamente, Bill pegou uma garrafa de champagne e sentamos próxima a varanda, tomando cuidado para que ninguém nos visse e ele me contou alegre todas suas conversas, relatando todas as pessoas que conversou, a cada fato relatado seus olhos brilhavam e o seu entusiasmo me contagiava.
Bill estava realizado. Não era para menos, ele havia chegado onde sempre desejara. Um de seus maiores sonhos haviam se tornado realidade aquela noite e de alguma forma me sentia feliz por fazer parte disso.

...

Na manhã seguinte, me ergui da cama, ainda sonolenta, Bill estava com a adrenalina a mil, que quando ele conseguiu cair na real, já eram 4 da manhã, foi quando pegamos no sono, levantei da cama enfiei-me num robe e segui para o banheiro.
Depois da higiene matinal, coloquei minha roupa rapidamente e quando estava pronta, Bill se mexeu na cama, lentamente, despertando aos poucos.
–Bom dia... Ou boa tarde. – eu disse sorrindo – já é meio dia.
–Por que levantou da cama?
–Tenho um almoço na casa do Dean. – ele abriu os olhos e me encarou – vou para rever a mãe dele. Não faça essa cara.
–Pensei que ficaríamos na cama pelo resto do dia.
– Não jogue tão baixo. – eu sorri olhando-o - Prometo que não demoro e volto... – olhei para cama – para o seu lado.
–Tudo bem. – ele disse me olhando
–Antes vou tentar passar no cabeleireiro, aqui mesmo do Hotel – olhei no espelho e fiz um careta. – essa franja enorme esta me incomodando. – peguei meu bracelete, coloquei-o na bolsa e fui até a cama para me despedir – depois tomo um banho, vou para o almoço e quando você menos esperar estarei aqui. – dei um beijo rápido nele e deixei a sua suíte.


...


–Já vou! – Bill gritou deixando o banheiro e se enrolando na toalha, colocando a calça de moleton azul da Adidas, foi até ela e perguntou – Que é?

Não houve resposta.

–Quem é? – Bill perguntou mais uma vez. Como não houve resposta, não a abriu.

Bill se virou para procurar uma camiseta na mala, quando enfiou a cabeça para se vestir, ouviu o barulho na porta, quando voltou seus olhos viu o pequeno envelope rosa, no chão do quarto.
Agachou para pegá-lo e quando o abriu, correu até a mesa, pegou o seu celular ligando para Jost imediatamente e depois para ligou para Kate, no terceiro toque, ela atendeu.
–Kate? – ele gritou – Onde vocês esta?
–Acabei de pegar o táxi para ir até a casa de Dean.
–Volte agora.
–Bill não comece.
–Kate, preciso que volte já!
–Bill o que houve? – Ela perguntou assustada – Bill? Bill?
Ele já havia desligado.
A batida na porta foi forte e ele se apressou a atender. David entrou seguido de Saki.
–Ela esteve na minha porta! – Bill gritou olhando para David e depois para Saki. – Aqui, na minha porta! – ele estava transtornado - Ela esta perto...demais!
Bill entregou o envelope para David e o manager abriu olhando o conteúdo tentou apaziguar a situação:
–Isso não pode ser de Kate!
–Não sei... – Bill balançou a cabeça, confuso. – Ela disse que ia ao cabeleireiro.
– Mas você sabe se ela foi? – David perguntou.
–Não sei... Eu não sei. – Bill andava de um lado para outro – Saki, Kate esta voltando para o Hotel, fique de olho nela.
O segurança balançou a cabeça e deixou o quarto.
–Ela chegou perto demais... E isso... Se for realmente da Kate. – Bill olhou para o envelope e depois fechou os olhos.
–Bill, isso não pode ser da Kate, vamos esperar ela chegar e ver... Se isso pertence a ela ou não.
–Bill!! – Kate entrou no quarto atrás de Saki – O que houve?
O vocalista não conseguiu dizer nada, apenas olhou para Kate e depois olhou para David sentando na cama baixando a cabeça, colocando as mãos no rosto, suspirando alto.
O empresário vendo que Bill não conseguiria explicar começou a falar ou melhor, a mentir:
–A avó do Bill não passou bem, vamos alugar dois pequenos jatos, você vem no dá equipe. – sem mais nada a dizer se dirigiu até a porta e antes de sair sorriu para tranqüilizá-la – você ficou bem com esse novo corte de cabelo.

David deixou a suíte de Bill, quando chegou ao seu quarto, retirou o envelope rosa que o vocalista havia recebido, o abriu e tirou a pequena mecha de cabelo castanhos, sujo de sangue, pegando um pano e o enrolando, guardando-a dentro de uma pasta, junto com as duzentas outras, das quais metade, Bill nem sabia da existência.

Postado por: Grasiele

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