sábado, 29 de setembro de 2012

Sempre Sua! - Capítulo 23 - Cada dia... Melhorando.


–Estou entrando. Estou com o carro de David – foi à única que ele disse ao telefone.
Liguei para portaria para deixá-lo colocar o carro em uma de minhas vagas. Como ele já possuía um controle remoto, ninguém sabia de quem se tratava, na verdade sempre que perguntava eu falava que era meu irmão.
Depois que o jato com o pessoal da equipe da banda chegou à Alemanha no começo da noite, segui direto para o meu apartamento, Bill me ligou dizendo que já estava na casa da sua mãe e que a avó passava bem e que depois voltaríamos a nos falar.
Quando estava preste a decolar de Los Angeles para a Alemanha, liguei para Dean e avisei do imprevisto com a avó de Bill, fiquei aliviada por não precisar mentir, dizer a verdade era tão mais leve. Ele ficou chateado, tentou ainda colocar a culpa no ciúme de Bill, mas pelo temor da minha voz, consegui convencê-lo que ela tinha realmente passado mal.
A campainha tocou, trazendo-me de volta a realidade andando até a porta para atender. Abri e ele estava de cabeça baixa, eu o olhei, Bill levantou a cabeça e fixou seus olhos nos meus, seu olhar era intenso e de repente seus olhos ficaram brilhantes, cheios d’água.
– Aconteceu alguma coisa? – Arregalei os olhos ao vê-lo daquela forma – A sua avó est...
Não consegui terminar a frase ele diminuiu o espaço que existia entre nós dois em passos rápido e me abraçou, erguendo-me do chão, eu o enlacei meu pescoço e o abracei forte acariciando seus cabelos negros.
– Me diga o que está acontecendo.
Ainda pedi a Bill mas não mostrou nenhuma reação, e ainda sem me soltar, disse em seu ouvido.
–Ela ficará bem, não se preocupe.
–Não tem como eu não me preocupar. – Bill disse com o rosto dentro de meus cabelos. – Eu estou com medo. – o abraço de Bill era quase sufocante – Um medo diferente.
– Eu quero vê-la. – eu disse me afastando, beijando sua testa, seu nariz e por fim seus lábios. – Quero vê-la agora. – rocei a ponta do meu nariz no seu dele, mas o mesmo se afastou rápido.
– Não. Ela não pode receber visitas. – Vamos ficar aqui, amanhã eu levo você lá, prometo.
Bill abriu os olhos devagar esboçando um leve sorriso. Fui até a porta fechando-a, depois o enlacei pela cintura e o levei até o meu quarto, tirei seu tênis e o fiz deitar em minha cama.
–Quer conversar? – eu perguntei sentando-me ao seu lado correndo meus dedos sem seus cabelos negros.
–Não. – ele disse ainda triste.
– Comprei um dvd talvez pudéssemos assistir. – eu sugeri sorrindo.
– Ótimo! – ele também sorriu.
Levantei, fechei a porta do meu quarto, foi até o aparelho de dvd coloquei o filme apagando a luz deitei do seu lado na cama jogando meu braço ao redor da sua cintura.
O filme começou, era The notebook, Bill sempre comentava que queria muito assistir esse filme, antes de viajar para Los Angeles comprei-o para assistirmos juntos.
Realmente era lindo, até a parte onde conseguimos assistir.
O filme estava quase na metade, quando senti os olhos de Bill fixos em mim, virei a cabeça e seus olhos estavam me encarando.
Senti seus dedos deslizar por debaixo da minha blusa de pijama as pontas dos dedos de Bill, roçar de leve em minha barriga, eu fechei meus olhos e reuni forças para prestar atenção na continuação do filme.
A carícia continuava sutil. Bill retirou uma mecha de cabelo do meu rosto, aproximou seus lábios, da minha orelha, e não a tocou, apenas senti seu hálito quente tocar em minha pele, ele apertou minha cintura, sem ser rude, senti Bill chegar mais próximo do meu corpo, seus dedos mais uma vez, alisou minha pele, causando um leve arrepio em meus pêlos.
Eu me mexi diante do toque, o senti respirar mais forte, em meu pescoço, como estávamos de “conchinha” , quando me movi me rocei em seu corpo, sentindo sua excitação, fechei meus olhos, e ao mesmo tempo em que suas mãos apertaram minha coxa, seus lábios morderam de leve o meu pescoço, um gemido tímido escapou de meus lábios.
–Olhe pra mim! – Bill murmurou em meu ouvido.
Eu me virei e o fitei, vendo-se em meu olhar, Bill moldurou meu rosto com a mão, beijando- me, deitando de costas na cama, senti seu corpo pesando sobre o meu, aprofundando o beijo que só foi interrompido quando ele retirou minha blusa, logo em seguida tirando a dele.
Seus olhos percorreram meus seios, Bill me olhava inebriado, desceu sua cabeça e passou a ponta da língua, dura, em um dos meus bicos, mordi meus lábios reprimindo o som.
Bill parou novamente o carinho e retirou nossos shorts, nos deixando-os nus, apenas com a proteção vestindo-o, quando ele deitou seu corpo sobre o meu, pequenos calafrios se apossou dele, Bill continuou me beijando, enquanto movimentava-se e entrelaçava suas pernas na minha. fazendo-as abrirem para recebê-lo e quando eu senti meu corpo absorvendo-o devagar, nos olhamos e sustentamos o olhar, até ele estar todo dentro de mim.
–Kate...
Ele disse meu nome num sussurro rouco, soprando em meu ouvindo, fazendo-me arrepiar.
Joguei minha cabeça para trás fechando meus olhos soltando um gemido inaudível, Bill afundou seu rosto no vão de meu pescoço e o beijou, descendo até meu ombro direito, forçando sua cintura contra a minha, movendo-se num ritmo suave.
Unimos nossas testas no mesmo instante que Bill deixou meu corpo e voltou, só que dessa vez com um pouco mais de força aumentando os movimentos fazendo nossa respiração ficar ofegante e rítmica.
Senti os dedos de Bill entrelaçar nos meus em cima da minha cabeça, apertando-os com força, recebi uma leve mordida no lábio inferior e gemi baixo, ele fazia exatamente o que fazer para me transportar a outra dimensão.
Meu corpo dava sinais ao dele que estava perdendo o controle, então ele pesou mais sobre mim, movimentando seu quadril rapidamente, me fazendo contorcer, tremer e gemer o seu nome chegando ao ápice de forma arrebatadora, logo depois, foi a vez dele perder a razão.
– Acho que estamos melhorando nisso. – eu sussurrei fazendo-o me olhar sério.
–Está querendo dizer que antes era ruim?
–Não, estou querendo dizer que estamos nos superando...
– É, com certeza estamos. – seus lábios curvaram-se num sorriso.

Ficamos ligados por alguns instantes, até nossa respiração voltar ao ritmo normal e quando isso aconteceu, ele deitou na cama de costas ao meu lado e ficou segurando minha mão, até levá-la a boca beijando-a carinhosamente, logo depois me puxando para fora da cama direto para o chuveiro.
...

A campainha tocou e Bill pulou da cama, assustando-me, eu o abracei ate sentir seu coração voltar ao normal.
– Calma, é só a campainha. – eu me mexi para sair da cama, ele segurou meu braço com força, impedindo-me de levantar.
–Não atenda.
Eu olhei e não ia atender mais a campainha voltou a tocar sem parar, levantei da cama colocando meu roupão, seguindo para a sala, antes que a pessoa queimasse a minha campainha.
Virei a chave e abri a porta.
–Oi!
–Boa tarde. – ela disse sorrindo.
–Você tem um pouco de molho barbecue?
–Barbecue?
–É...molho para churrasco.
–Não, eu sou vegetariana - eu respondi simpática – Desculpe
–Ah tudo bem – a garota me olhou de cima abaixo e virou andando até o elevador apertando o botão quando ele chegou e a porta abriu, ela entrou e antes que a porta se fechasse ela voltou os olhos em minha direção e perguntou:
– Você mora sozinha?
–Sim, meus pais morreram num acidente de carro um pouco mais de um ano.
–Triste. – ela me encarou, sem parecer realmente triste - Desço um dia para conversamos melhor, estou com um grupo de amigas – ela ainda me olhava, séria – quer se juntar a nós?
–Não – eu respondi - outro dia prometo que aceito o convite.
Fechei a porta e ainda fiquei olhando fixo para o mesmo ponto, uma sensação estranha tomou conta do meu corpo, de repente um frio entrou pela janela, subindo pela minha espinha, arrepiando os pêlos do meu pescoço, fui até a janela da sala e a fechei, seguindo para o quarto.
–Quem era? – Bill perguntou assim que entrei.
–Minha vizinha.
– O que ela queria?
– Saber se eu tinha molho barbecue. – eu respondi a ele – Eu a acho tão estranha.
– Estranha como? – Bill se ajeitou na cama, incomodado.
–Não sei apenas estranha.
Vi o semblante de Bill se endurecer e seu maxilar enrijecer.
– Estava falando com minha mãe, ela disse que adoraria que você fosse morar perto de sua casa.
–Sua mãe disse isso, porque sua mãe diria isso? – estranhei a mudança de assunto de Bill.
–Ela gosta muito de você – ele disse – e gostaria que fosse morar perto da casa dela.
– Sua mãe não diria isso, e tenho certeza de que isso foi idéia sua. – eu disse sentando na cama – Aqui é minha casa, não vou mudar.
–Você não precisa vendê-la, alugue-a. – Bill deu de ombros.
–Gosto daqui e não me mudarei.
– Há uma casa linda, na mesma rua. – ele sorriu – Eu já estive olhando-a e acho que é perfeita.
– Bom então a alugue para você. – eu disse séria.
– Vamos olhá-la amanha. – Bill insistiu - Você e eu, estou com as chaves.
– Não, eu não vou. – Eu falei levantando-me da cama - Porque está insistindo tanto?
– Porque eu não posso querer que a minha namorada more perto de mim?
– Não sem motivos aparentes.
– Eu preciso de motivos para querer você perto de mim?
– Eu não sei me diga você...
–Não gosto quando você é cabeça dura desse jeito. – ele levantou e veio em minha direção.
–Não gosto quando você quer mandar na minha vida desse jeito. – Bill tentou me abraçar, me curvei e deite-me na cama novamente – Não vou alugar minha casa, e se continuar insistindo mudo-me para Los Angeles, aposto que Dean tem um quarto sobrando.
O canto da boca dele se contraiu em uma leve amea­ça de sorriso.
– Você não faria isso.
– Então continue falando sobre isso e verá.
– Porque você fica me provocando? – ele disse subindo na cama, abraçando-me por trás.
– Porque eu adoro...
– Mesmo?
– Sim, gosto muito. – eu sorri.
–Gosta mesmo? – ele imitou o meu gesto, só que dessa vez me agarrando pela cintura me virando na cama e ficando sobre mim.

E o momento ficou gentil, terno e convidativo novamente.
Mas ainda não sabia definir o que era mais estranho: minha vizinha, ou o pedido insistente de Bill para que eu mudasse do meu apartamento ou por final, a ligação que Bill fez para sua avó, da qual falei apenas um segundo com ela e ele me fez desligar apressadamente, sem me deixar quase me despedir.


....

– Essa cidade é simplesmente maravilhosa. – eu sorri piscando para Tom, que da janela da suíte no sétimo andar olhava algumas garotas na piscina.
–E essas garotas? – Tom sorriu – são maravilhosas. – Ele lambeu os lábios - Todas essas latinas se parecem com a Jessica Alba!
–Tom, meu Deus ainda com essa obsessão – eu disse sorrindo, recebendo outra risada dele. – Ela se casou em maio desse ano com o Cash Warren - eu dei um leve tapa em seus ombros – Desista!
Nesse momento Bill entrou no camarim, ele já estava pronto para a premiação dos Los prêmios da MTV Latina.
–Desistir de que? – Bill perguntou acendendo um cigarro.
–Jessica Alba – Eu disse apenas vendo Bill revirar os olhos.
–Ainda com essa obsessão. – Diferente de mim, ele não perguntou apenas confirmou. – Pare de sonhar feito um boboca.
–Sabe... - Tom abriu a porta do camarim e olhou para nos dois – Vocês me magoaram de verdade. – e apontou para Bill - Sangue do meu sangue debochando da minha pessoa.
Quando a porta fechou olhei para Bill, que sorriu diante da última frase de Tom.
–Não fomos legal com ele.
–Que nada. – Bill fez uma careta. – esta fazendo drama.
–Vou falar com ele. – quando seguia para a porta, ela foi aberta e David entrou no camarim.
– Bill chegou a hora ... – David sorriu e segurou a porta para eu sair.
– Nos vemos no hotel – eu disse olhando para Bill piscando com os dois olhos como sempre fazíamos, deixando os dois a sós.


.....

– O que houve? – Bill disse vendo o rosto fechado do manager, quando Kate saiu do camarim
David fechou a porta.
– Mais uma! – ele estendeu a mão e lhe entregou o pequeno envelope rosa. – O detetive que contratou?
– Nada. – David sentou na cadeira - Acho que vou dispensá-lo, essa garota ou seja lá quem for...É mais esperta que todos nós.
–Merda que droga de recado é esse? – Bill sentou na cama e olhando para David, leu:
– “ Espere o inesperado...Logo!
–Bill, no inicio pensei que ela apenas queria chamar a sua atenção.
–E agora? – Bill perguntou com medo da resposta.
–Se continuar dessa forma teremos que envolver a polícia, ela esta me assustando, eu não sei o que ela realmente quer com tudo isso. – David cruzou os braços na altura do peito – Não sei se ela te ama ou... se te odeia.
–Não sei o que pensar. - Bill disse mexendo nos cabelos – Não aguento mais, não aguento mais essa louca no meu pé me ameaçando.
–Que louca esta te ameaçando? – A porta estava aberta e a voz veio daquela direção. – Bill do que você esta falando?

Postado por: Grasiele

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