sábado, 29 de setembro de 2012

Sempre Sua! - Capítulo 24 - Meu erro, minha vergonha!


–Que louca está te ameaçando? – A porta estava aberta e a voz veio daquela direção. – Bill do que você esta falando?
–Era só o que faltava. – Bill revirou os olhos sentando na cadeira em frente ao grande espelho do camarim, baixando a cabeça, colocando as mãos nos olhos, esfregando-os freneticamente em sinal de irritação.
–Você esta sendo ameaçado por quem? –Tom repetiu a pergunta.
–Tom, Kate não pode saber disso. – Bill levantou a cabeça e olhou para o irmão.
–Por quê? – Tom elevou a voz e perguntou franzinho a testa
–Por que se ela souber... vai me deixar. – Bill ao contrário do irmão disse num tom de voz baixa.
–Quem disse isso a você?
–Eu estou dizendo! – Bill encarou o irmão.
O silêncio tomou conta do camarim e só foi quebrado quando David interviu contando toda a história ao gêmeo mais velho, desde o princípio.
– Você é tão estúpido Bill, ela não deixaria você por isso. - Tom disse com a voz elevada após David ter contado toda história a ele. – ela tem que saber disso.
–Você acabou de ouvir o que David contou? – Bill perguntou ao irmão.
–Estou pedindo para você contar a ela e não ao mundo. – Tom explicou – Compreende a diferença?
–Não posso. – Bill pegou sua bolsa e a abriu pegando um cigarro acendendo-o já sem paciência com os pedidos insistentes do irmão.
–Não pode ou não quer? – Tom questionou a atitude do mais gêmeo mais novo.
–Os dois. – ele deu uma tragada e respondeu sem olhar para Tom.
–Esta mentindo para ela. – Foi a vez de Tom acender um cigarro e dar um grande trago.
–Não, estou apenas poupando-a. – Bill disse cerrando os olhos parecendo cansado de toda aquela conversa que não levaria a lugar algum.
– Besteira. - Tom fez uma careta para o irmão.
–Tom! – Bill gritou com o irmão, num sinal que não queria mais falar naquele assunto. – Não quero mais falar nisso. – Os três se entreolharam, mais silêncio - Vamos esta na nossa hora. – Bill finalizou.
–Colocamos um detetive. – Foi a vez de David explicar com calma.
–Clichê, é obvio que ela sabia que faríamos isso, se não podemos avisar a polícia, isso era o mais fácil a fazer. – Tom disse olhando para David.
–É, foi o que David pensou também. – Bill olhou para o irmão – Por isso dispensamos o detetive.
–O detetive acha que talvez ela nem aja sozinha, por isso a dificuldade no caso. – David voltou a explicar. – Tenho um amigo que foi da polícia alemã, pode nos ajudar, esse caso não é tão simples como pensávamos que era, precisamos de alguém mais especializado, no começo tratamos ela como uma fã apaixonada, mas parece que ela é muito mais que isso.
– Mesmo assim Kate tem que saber. – Tom disse, fazendo Bill revirar os olhos mais uma vez e apagar o cigarro no cinzeiro em cima da mesa.
–Não quero que ela saiba. – Bill foi curto e grosso - Essa conversa termina aqui e se você abrir essa sua boca...eu...eu
Os dois irmãos se olharam por alguns segundos. Tom foi o primeiro a baixar os olhos seguindo para a porta abrindo-a, porem Bill se adiantou e saiu na frente dele, quando passou por Tom, o mais velho segurou-lhe o braço e quando o mais novo o olhou, Tom apenas disse baixo:
–Fale para ela, Bill!
Bill baixou os olhos para a mão que segurava seu braço com força e por um instante fechou os olhos e suspirando alto, disse:
–Tudo bem. – Ele bufou abrindo os olhos e encarando o irmão – No EMA, eu conto tudo.
Mais uma vez houve o pesado silêncio e os irmãos se perderam cada um no olhar do outro, até David tossir e tira-los do transe, seguindo os três, junto de Gustav e Georg, para a premiação.





...



A noite no México rendeu-lhes quatro prêmios no MTV America Latina: Melhor canção com Monsoon; Ringtone (toque de celular); artista revelação internacional e melhor fã-clube (Venezuela).
A banda ainda se apresentou com duas canções: Monsoon e Ready set go, aclamados pelas nove mil pessoas presentes no recinto, estava claro que o México, era mais um país que a banda deixava a sua marca.
– O que esta pensando? –Tom perguntou a Bill ao ver o irmão mais novo com um olhar distante, no momento que o carro estacionou na frente do hotel, em Guadalajara.
– Esse prêmio é mesmo muito engraçado. – Bill tentou sorrir para o irmão olhando para o prêmio em formato de língua.
–Hum... sei! – Tom sorriu percebendo que Bill mentia.
–Não começa Tom. – Bill advertiu ao irmão.
–Não vou começar, não agora, mas se chegarmos ao Ema e você não contar a Kate. – Tom saiu do carro e antes de seguir para o saguão, virou-se sério - Eu mesmo contarei a ela.
–Tomara que o EMA demore a chegar! – Bill murmurou antes de sair do carro e seguir Tom pelo saguão do hotel.




...




E o vencendor é ... Tokio Hotel!

Monsoon explodiu em alto e bom som na Echo Arena confirmando o vencedor da categoria Headliner do Europe Music Awards de 2008, que acontecia numa tarde de Novembro quase sem sol, em Liverpool.

De longe pude ver primeiro o pulo de Bill, depois o abraço dele com Tom e logo em seguida, o toque de mãos entre Georg e Gustav, os quatro subiram ao palco, e Bill novamente foi o porta-voz da banda, agradeceu aos fãs como sempre e comunicou o recesso para as tão merecidas férias.

Nessa hora olhei para o telão no canto esquerdo do palco e percebi a fisionomia de Bill, era assustadora, estava mais magro e muito abatido, também não era para menos, ele não dormia, não comia, trabalhava demais e só tomava café.
Tom apareceu também no grande telão, também estava magro e apático. Agradeci por estarmos no fim do ano, assim eles parariam e usufruiriam um pouco de suas férias, mais do que merecidas, sem essa correria de shows e entrevistas.
A premiação acabou e de longe vi a banda se dirigindo em direção aos jornalistas para tirarem algumas fotos com o prêmio, então segui para o enorme salão no qual aconteceria a afterparty, não ficaria mais do que dez minutos, aquilo não era para mim, não gostava dessa ostentação de egos de estrelas, aquilo era um tanto quanto superficial para mim.
Não era por que Bill era meu namorado, mas ele e a banda não eram vazios como muitos daqueles “Pop Star” que estavam ali, que sorriam e quando davam as costas, falavam mal e alfinetavam uns aos outros.
Olhando para Peres Hilton, que ria com a Katy Perry enquanto olhava para a banda que posava para fotos, segui para o salão principal, entrei, fui até o grande bar e pedi uma bebida e quando já estava terminando, duas garotas, uma morena e outra loira encostaram ao meu lado na pequena mesa.
A loira estava com a cara lotada de maquiagem e jogou o cabelo loiro platinado no meu rosto ao se virar para sentar de costas para mim, enquanto a morena falava ao celular, sem parar.
–Não acredita no que meu agente acabou arrumar? – A morena disse para a loira assim que desligou o celular.
–Pelo seu sorriso, outra noite de sexo selvagem com algum pop star drogado.
–Você sempre acerta...quase. – a morena sorriu - Meu agente conseguiu um encontro com o Tokio Hotel, hoje após a afterparty.

Meu coração acelerou e eu congelei. Quase derrubei meu copo.

–Dessa vez tente tirar uma foto! – A loira alertou a amiga.
–Se quiser pode vir junto e poderá tirar a foto pra mim.
–Eu só vou se Bill Kaulitz for meu! – disse a loira de voz melosa enjoada.
Eu disfarcei e me virei para olhá-las. Ainda não acreditando naquilo que ouvia.
–Tudo bem! – a morena a olhou sorrindo com triunfo para a loira – Aquele jeito dele não me agrada em nada! –Ela bebeu um gole da sua bebida - Eu quero mesmo é o irmão dele, quero ver se tudo aquilo que ele diz, é realmente verdade. – a morena continuou - sairemos daqui, iremos para o Liverpool City e meu agente já confirmou que todos aceitaram fazer parte da verdadeira afterparty.
Meu celular tremeu na minha perna e antes de atender respirei por diversas vezes tentando me acalmar e não fazer nenhuma besteira.
–Você ainda esta aqui? – era Bill
–S-sim! – Eu respondi gaguejando
– Daqui dois minutos entraremos na festa, fique em um lugar que eu possa te ver – Ele murmurou – não vá embora antes disso.
Ele desligou o celular e percebi que as garotas não estavam mais na mesa ao lado.
Natalie se aproximou e a olhei, queria perguntar se ela sabia de algo sobre a verdadeira afterparty, mas por mais que vivíamos juntas, não sabia o grau de lealdade dela com a banda. Tentei me acalmar, e colocar em minha cabeça que jamais Bill iria aceitar uma proposta dessa e muito menos faria algo tão sórdido comigo.
Meu celular voltou a vibrar e eu o atendi, olhei para o lado onde a banda estava sentada e o vi com um sorriso nos lábios:
–Queria muito estar ao seu lado. – Eu sorri e desviei o olhar em sua direção - Pegue um táxi e me espere na sua suíte, me dê apenas trinta minutos para resolver algo e avisarei a David que estou indo embora. – ele me olhou e murmurou – Quero comemorar com você essa noite.
Assenti com a cabeça deixando o salão aliviada, a festa poderia acontecer, mas sem a presença de Bill, eu não pude deixar de sorrir em imaginar a decepção da loira ao perceber que o vocalista não seria dela aquela noite.
“Vaca” – eu pensei, talvez nunca teria coragem de falar tal coisa em voz alta, mas valeu a pena e sai daquele lugar me sentindo mais leve... Na verdade muito mais leve e feliz.

Entrei no táxi, e quando estava chegando ao hotel que estavam hospedados, o meu celular tocou e atendi sorrindo.
–Kate, desculpe antes de seguir para o hotel, eu passarei em outro hotel, o Liverpool City tem um produtor de um canal de televisão que quer fazer uma pequena entrevista com o Tokio Hotel, estarei na sua suíte em duas horas. Preciso falar muito sério com você.
–Bill? – Meu coração apertou e meu estomago deu um nó – Bill? – Ele havia desligado.

Eu ainda tentei ligar para o celular dele, porém sempre caía na caixa postal. O taxi parou na porta do hotel, eu paguei ao motorista e entrei no saguão em passos rápidos e furiosos, eu podia ligar em todos celulares da banda até o encontrar, mas eu não faria isso.
Apertei o botão do elevador e enquanto esperava olhei para o lado e mordi meus lábios, virei-me e segui para o bar do hotel, me sentei em uma mesa distante, e pedi uma das bebidas mais fortes do bar, gim com água tônica.
Quando o garçom colocou a bebida em minha mesa, já pedi outra dose, não conseguia pensar em mais nada, apenas os lábios vermelhos daquela loira colados aos lábios de Bill, fechava os meus olhos e só via a imagem dele tirando aquele micro vestido vulgar e barato dela.
Bebi a segunda dose, e tudo aquilo começou a fazer efeito na minha cabeça, até por que eu nunca havia colocado mais que uma taça de champagne na boca, coloquei minha mão em minha têmpora e não a tirei por alguns segundos, minutos... Ou horas.
Só fui me dar conta que o mundo rodava ao meu redor quando ouvi uma voz me chamar:
–Kate? – A voz chamou novamente – você esta bem? - levantei meus olhos e olhei para Natalie, parada na minha frente.
–Me deixe em paz, Natalie! – eu disse mal educada.
–Já estava ficando louca atrás de você e...
–Eu já pedi para você me deixar em paz! – Eu repeti baixo, até bêbada eu não tinha voz ativa ou uma atitude digna de mandá-la para aquele lugar.
Levantei-me e andei até o elevador, chamando-o. Natalie veio atrás de mim e quando tocou o meu braço, a olhei com desprezo e sussurrei a ela:
– Pela última vez, me deixa em paz! - Eu disse olhando-a com raiva - Por que você não vai puxar mais um pouco o saco do Bill... Bom isso se o saco dele estiver desocupado nesse momento!
Eu puxei meu braço e entrei no elevador quando ele parou no saguão e a porta abriu, eu desci no meu andar, Bill estava na porta do meu quarto e quando me viu correu até mim.
–Onde você estava? – Ele disse baixo, para não sermos ouvidos – Eu estava tentando ligar pra você, mas...
–Como foi a entrevista com as coelhinhas da playboy? – Eu o interrompi
–Que? – Bill disse tirando a chave da suíte da minha mão – Você esta bêbada?
Bill abriu a e o empurrei entrando e virando-me colocando minha mão aberta no peito dele o impedindo de entrar no quarto.
–Aqui você não entra! – Eu ordenei, empurrando-o – Vai se desinfetar antes de colocar suas mãos em mim, isso se eu permitir que você coloque-as em mim algum dia.
–Do que você esta falando? –Bill segurou minhas duas mãos e com facilidade, fechou a porta e a trancou. – Nunca te vi dessa maneira!
–Pra você ver o que a decepção faz com as pessoas!

Filha da Mãe, Tom abriu a boca” – Foi a primeira coisa que Bill pensou.

–Eu sei de tudo, Bill! –Eu disse o olhando com ódio.
–Sabe? – Bill me olhou com expressão temerosa.
–Sei da verdadeira afterparty da qual você foi no Hotel Liverpool!
– Verdadeira o que? – Bill perguntou franzindo a testa.
–A maldita festa que teve no hotel Liverpool com aquelas...aquelas...garotas.
–Como soube que havia uma festa lá? – ele perguntou, calmo.
A pergunta me fez parar e o olhar indignada, esperei ele me dizer que era mentira, que não tinha ido, que eu estava enganada, mas diante da frase que ele acabará de me dizer, Bill havia me traído realmente.
–Então, você... foi? - perguntei completamente chocada.
–Ao hotel? – Ele balançou a cabeça em afirmativo – Fui!
Meus olhos se arregalaram e vieram milhões de palavrões na ponta da minha língua, eu queria gritar, na verdade eu queria... matá-lo.
–Como pode fazer isso comigo, Bill? – eu perguntei elevando meu tom de voz.
–Fazer o que? – Bill me olhava sem entender.
–Não! – eu joguei minha bolsa com toda minha força nele e ele se abaixou rapidamente para não ser atingido. – Não se faça de idiota.
–Kate eu fui ao hotel, só que quando chegamos à suíte, tinha umas três garotas, eu pedi para elas saírem ou não daríamos a entrevista, Tom disse que elas não sairiam, a confusão se armou, então eu, Gustav, Georg e Natalie viemos embora e a entrevista será amanhã nesse mesmo hotel, sem as meninas.
Eu semicerrei meus olhos e perguntei:
–O que você esta tentando dizer?
–Eu estou dizendo a verdade, Kate! –Ele me olhou calmo, tentando não rir. – A minha condição em dar entrevista era que elas saíssem, Tom ficou de graça e acabamos discutindo. Ele ficou e eu estou aqui.
Eu o olhei e ele sentiu que eu ainda estava em dúvida.
–Quer que eu chame o Gustav e...
–Não! – eu disse olhando-o – Não precisa.

Eu sentei na cama e coloquei minhas mãos em meu rosto completamente envergonhada. A que ponto eu havia chegado. Eu tinha sido ridícula, infantil e mal educada. Pensei em Natalie, as coisas que eu disse a ela no elevador. Como tinha sido tão imatura.
– O que eu fiz? – eu disse num soluço, com a ficha caindo em minha mente.
–Hey...esta tudo bem! – Bill se aproximou, sentou ao meu lado acariciando meus cabelos.
Houve uma batida leve na porta, Bill perguntou sem sair de perto de mim e sem abrir a porta:
–Quem é?
–Ela esta bem? – Era Gustav, preocupado.
–Sim, Gustav! - Bill respondeu sem deixar de me olhar. – Ela vai ficar bem!
Bill foi até a porta e a abriu um pouco.
–Vou deixá-la dormir, não quero entrar. – ele simplesmente sorriu, virou e andou pelo corredor seguindo para a sua suíte.
–Vamos tirar essa roupa e tomar um banho, você esta parecendo um panda com essa maquiagem toda borrada. – Bill veio em minha direção começando a me despir pegando-me no colo me levando para a banheira.
Quando a água estava acima dos meus seios ele desligou e se sentou ao meu lado, passando os dedos entre os fios dos meus cabelos com toda paciência do mundo.
–Meus pais teriam vergonha de mim hoje! – Eu murmurei de olhos fechados
– Kate quem nunca deu um vexame na vida? - Bill tentou me tranquilizar.
–Desculpa! – Eu disse abrindo meus olhos mas não o olhando - Eu ouvi uma conversa de duas garotas, que o agente de uma dela, tinha arrumado o encontro delas com vocês no Hotel Liverpool e quando você me ligou eu surtei...Estou tão envergonhada.
– Você devia ter me perguntado antes de surtar! – Bill disse tentando conter o riso.
–Você está achando engraçado, não está? - O olhei vendo apartar o rosto para não rir, mas sem sucesso. - Tudo bem, pode rir eu mereço isso.
–Você ficou com ciúmes, eu adorei saber disso. - Ele disse explodindo em risadas altas - E você fica furiosa quando está bêbada, até tentou me matar com a sua bolsa.
–Você não sabe como é difícil ser sua namorada. – Eu disse agora o olhando, séria – Todas essas garotas querendo 5 minutos de sexo com você... Pode imaginar o que eu sinto quando penso nisso?
–Posso. – Bill disse, mesmo parecendo sincero, talvez ele sabia o que eu tinha que suportar.
–Não, você não tem noção, do que eu ouço quando estou perto de algumas meninas, suas fãs, ou garotas daquele tipo... – eu fiz uma careta – Todas querendo por um minuto tocar em você e desejando serem notadas por você, nem que for por um segundo. -eu sussurrei - Elas são tão vulgares... Elas falam sobre você de uma forma... Nojenta.
–Dessas garotas, você não precisa ter medo. Você sabe que na minha vida eu não priorizo sexo, necessito muito mais que isso para viver e você mais do que ninguém sabe disso. Tivemos nossa primeira relação com quase ano de namoro e eu nunca te pressionei e nunca te cobrei nada.
–Sim, eu sei.
–Mas, nem todas só querem sexo.
–De seus fãs verdadeiros eu não tenho ciúmes – eu esfregava minhas mãos freneticamente uma na outra – É um amor puro.
–Sou grato a eles por esse amor, Kate - eu olhava ainda para Bill, que estreitou os olhos – se estou aqui, é por causa deles.
– Mas, não estamos falando desses fãs.
– Eu sei. – Bill se abaixou colou seus lábios no meu, por um momento, e quando se afastou sorriu – Sabe, acho que damos tão certo por que em nossas vidas queremos muito mais que prazer carnal, não que isso não seja ótimo, mas antes disso vem o respeito, o companheirismo e o amor e é exatamente isso que me faz cada dia mais me apaixonar por você.
Bill desceu os olhos para os meus seios.
– Claro que além de ser incrível na cama, você respeita meu trabalho, minhas diferenças, minhas esquisitices, sempre me apoiando em cada passo da minha carreira, em cada degrau que eu subo você esta sempre me aplaudindo. – Bill sorriu beijando minha testa logo em seguida se afastou voltando a me olhar - E mesmo com todas essas dificuldades, de não podermos assumir nosso namoro, esses contra tempos dessas fãs mais abusadas, você me ama e me aceita ao seu lado... O que eu posso pedir mais. – ele sorriu e tocou meu queixo com seus dedos. - Pra que eu vou procurar algo lá fora se eu tenho tudo o que eu preciso aqui, Kate?
Mordi os meus lábios e segurei o choro, eu me sentia mil vezes pior depois de tudo aquilo que ele tinha dito. Baixei meus olhos e devia milhões de desculpas pela minha atitude.
Mas antes de falar mais alguma coisa, ouvimos uma batida na porta foi fraca, Bill levantou do meu lado da banheira, seguindo para fora do banheiro perguntando baixo quem era, ao ouvir o irmão, abriu a porta.




......


– Como ela esta? – Tom perguntou quando a porta da suíte de Kate foi aberta.
–Bem. – Bill apenas respondeu.
–E ai? – Tom perguntou entrando no quarto sorrindo parecendo se divertir com a situação. - Ela está bêbada mesmo? -
–Está. – Bill respondeu sem sorrir.
–O que colocaram no refrigerante dela? Gás demais? – Tom perguntou sorrindo, debochado.
–Cala essa boca Tom.
–Não posso. - Tom ria tanto que estava vermelho. - Kate está bêbada isso é muito engraçado, eu preciso conversar com ela antes que volte ao normal, ela pode me confessar muitas coisas engraçadas sobre vocês na intimidade enquanto esta nesse estado.
–Tom você não tinha um encontro com a dupla siliconada? – Bill perguntou, ainda sem achar graça.
–Encontros eu tenho todo dia, e isso pode nunca mais acontecer, onde ela esta? – Tom perguntou esticando o pescoço para olhar para dentro do banheiro.
–Vai dormir Tom. – Bill entrando na frente para que ele não a visse dentro da banheira.
–Tá, eu vou - Ele disse revirando os olhos. - A propósito você contou a ela?
–Não contei – Bill disse baixo – Não tem condições.
–Eu sabia.
– Dá um tempo Tom. – Bill disse bravo
–Eu vou contar a ela. – Tom disse seguindo para o banheiro.
–Pare! - Bill puxou Tom forte pelo braço - Desde quando me meti na sua vida? –
– Desde sempre!
–Essa não é a hora, Tom. – Bill abriu a porta do quarto para que o irmão saísse.
Tom olhou para o irmão e então bufou, ficando sério, balançou a cabeça e finalizou o assunto:
– Depois não vem com essa cara de cachorro sem dono pra cima de mim.

Bill não respondeu nada, apenas abriu um pouco mais a porta e deixou o irmão sair, fechando-a. Ainda ficou olhando para o nada por alguns segundos e só depois seguiu para o banheiro olhando Kate ainda deitada submersa na espuma da banheira.
–Era Gustav? – Ela me perguntou assim que sentei ao seu lado novamente.
–Não, era Tom.
– Aposto que veio rir da minha desgraça.
Bill sorriu fraco pegando um pouco de espuma de dentro da banheira, brincando com ela.
–Sim... Ele veio.
–Estou me sentindo tão envergonhada.
–Por causa de Tom? – Bill sorriu de canto de lábios – Não perca seu tempo.
–Não é só por ele... – Kate disse afundando sua cabeça dentro da água.
– Vou te colocar para dormir, venha. - Bill disse assim que enfiou suas mãos dentro da água e tirou Kate da banheira.

Bill colocou Kate em pé e a enxugou com cuidado, depois colocou uma camiseta branca e uma calcinha de algodão da mesma cor e a pegou no colo e a levou para cama.

Ele cobriu Kate com o enorme edredom, beijando a ponta de seu nariz, depois foi no banheiro tomou um banho rápido e colocou uma boxer preta, se enfiando em baixo do edredom, abraçando-a pela cintura fina.

Enroscaram-se, aquecendo um o corpo do outro, por fim Kate deitou a cabeça no peito de Bill, que enfiou seus dedos dentro dos cabelos molhados dela, acariciando-os com cuidado, até vê-la suspirar alto e finalmente adormecer.

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog