sábado, 29 de setembro de 2012

Sempre Sua! - Capítulo 39 - Ich bin an deiner seite.


Fechei todas as janelas do meu apartamento, peguei minha bolsa e toquei as pétalas da rosa que Bill havia me dado naquela manhã pela última vez e então Sofia e eu saímos em direção ao elevador.
– Deixei meu carro na sua vaga de visitante. – Sofia avisou apertando o botão do subsolo, dentro do elevador.
Quando chegamos, ela foi a primeira a descer e andar até a vaga para visitante que ficava ao lado da minha vaga na qual ficava o meu carro que estava na oficina por infinitos vinte dias.


– Kate... O que...


Sofia olhou para mim e depois virou o rosto, olhei para seu olhar assustado e quando virei para o lugar onde ela mantinha seus olhos fixos, meus olhos também se arregalaram e meus lábios se abriram prontos para gritar.

Engoli o grito com uma mão na boca, fechei meus olhos, respirei e inspirei até a raiva passar. Até conseguir por meus pensamentos em ordem. Aquilo era uma miragem. Não era? Quando eu abrisse meus olhos aquilo não estaria mais na minha frente.
Mas assim que o fiz, nada sumiu e então minha raiva voltou com força total.
– Que grandíssimo filho de uma... – Minha voz estava mais controlada, a raiva ainda existia, olhei para Sofia que me deu um sorriso sem graça, mas não disse nada.
Peguei meu celular e disquei os números que já sabia de cor, esperei impacientemente e quando a voz soou risonha, tudo travou dentro de mim e a raiva abafou, num passe de mágica.
– Já sentiu saudades? - A voz aveludada disse ao atender. – Tudo bem?– ele cumprimentou sendo gentil
– Sim, estou ótima. - exclamei com sarcasmo.
Não parece tão bem.
– Bill...Bill... – Bufei soltando o ar de meus pulmões pesadamente.
Sim, vejo que aprendeu a falar meu nome, amor. – o riso do outro lado era um teste para minha paciência.
Poupe-me do seu sarcasmo, não estou para brincadeiras. – Esbravejei, sem levantar o tom de voz.
Hey, por que o motivo do ataque? - Ele perguntou como se não soubesse o motivo de minha ligação.
– Você não sabe? - Eu balancei a cabeça, andando no estacionamento do meu prédio. - Meus valores não estão à venda, pensei que tivesse deixado isso claro! - Tentei lembrá-lo mais uma vez, mesmo sabendo ser inútil. - Desista!
Explique o que esta acontecendo? – Bill continuava com seu sarcasmo intacto do outro lado da linha, testando-me ao limite.
–Há um carro em minha vaga, e eu tenho certeza que isso é culpa sua. – Disse a ele, olhando o enorme objeto na minha frente.
Um pequeno presente? – ele respondeu, com toda a calma do mundo.
– Bill, isso não é um pequeno presente. - Eu engasguei, baixei e voz sem deixar de ser firme. – Isso não é um pequeno presente, isso é um Audi Q4!
Você gostou? – ele perguntou com voz baixa, num tom extremamente carinhoso.

Antes de responder, ergui meu olhar e fixei meus olhos no carro, na cor: branca, com um laço vermelho imenso no capô e no vidro da frente, a frase “ Ich bin an deiner seite “ se destacava em letras vermelhas. Só podia ser ele, ninguém mais faria algo tão escandaloso assim.

– O carro é lindo, mas não posso aceitar. – Eu disse, quase caindo em suas artimanhas
Que bom que você gostou, as chaves estão no pneu dianteiro, no lado esquerdo.
– Você me ouviu? – Alterei minha voz. - Não vou ficar com ele.
E por que não? – Ele disse com indiferença.
– Por que eu já tenho um carro.
Que esta na oficina, com o motor todo desmontado e a lataria amassada.– Bill disse sério, mantendo o tom de voz firme.
– Mas eu ainda tenho um carro.
Dê o antigo para uma das suas instituições, faça o bem e fique com o Audi. – Ele respondeu como se fosse tudo muito simples.
– Tudo tão simples, não é mesmo?
– Kate, que drama! - Ouvi um suspiro alto, houve uma pausa antes de ouvir novamente a sua voz– Fiquei preocupado com você, andando a pé por ai.
–Esqueceu que ainda existe táxi?
Eu apenas quero o seu bem, às vezes você sai do escritório depois das nove da noite, é perigoso demais, você sozinha, na rua pegando um táxi. Quero você em segurança. – ele não ia desistir facilmente - Sei que esta pensando, mas agi com as melhores das intenções, pensando apenas no seu bem estar.

Minha vez de ficar em silêncio. Será que estava sendo dramática e exagerada? Não, eu não estava e se Bill fazia tanta questão de me dar o carro, então eu ficaria com ele e faria com o mesmo o que bem entendesse de agora em diante.

– O carro é lindo mesmo e sua intenção foi a melhor, peço desculpas por meu comportamento. – eu disse – Onde você está, gostaria de agradecê-lo.
Eu o ouvi rir do outro lado da linha, como se estivesse vencido uma batalha contra minha teimosia.
Vai ter que vir até o aeroporto, meu vôo para Los Angeles sai daqui alguns minutos, e nem peça, não vou dar recado nenhum a Dean. – Bill respondeu ríspido.
– Vai para L.A? – Perguntei tentando disfarçar a surpresa e minha tristeza embutida em minha voz - Não me disse nada sobre isso.
Sim, para terminar as mixagens das músicas. – ele explicou e depois de alguns segundos de silêncio ele pediu – Quer ir comigo?
–Não, não posso, quando você volta? – eu disse fechando os olhos, controlando minha vontade de aceitar a sua proposta. – Tenho uma série de compromissos sociais esse fim de semana.
Que pena, amor – Ela se sentiu novamente envolvida pela sensualidade da voz máscula. Precisava fugir daquele encantamento. – Adoraria mesmo que fosse comigo.
–Quer parar de me chamar de amor. – eu pedi, nunca reagi muito bem a esses apelidos românticos, talvez por que ninguém havia me chamado por um. Sentia-me entranha. - Meu nome é Kate. – voltando ao assunto da viagem que tinha me deixado sem chão, perguntei - Quando você volta de Los Angeles?
Daqui uns quatro ou cinco dias.
–Esperarei. – eu apenas disse, mantendo-me seca.
Só isso tem para falar? – ele era insistente, muito.
–O que estava esperando?
Um obrigado seria agradável de se ouvir. – mesmo com gentileza sua voz era determinada.
– Ok... Obrigada, posso mesmo fazer o que quiser com o carro? – tentei não sorrir, quando eu já sabia o seu destino.
Hum...É claro ele é seu agora. – seu sorriso soou gostoso do outro lado da linha. – Mas eu espero uma compensação quando voltar.
– Desculpe, mas... Não terá. – Eu o avisei.
Apenas um beijo me deixaria feliz, você me deixou louco hoje de manhã.– ele brincou, numa tentativa de me deixar menos tensa. - Quer dizer, você me deixa louco todos os dias, minutos e os...

–Pare de falar isso! – eu chamei sua atenção, num tom autoritário.

Adoro, quando você fala nesse tom de voz comigo. Faz me lembrar minha professora do ginásio.

Não consegui conter um sorriso. Um calor reuniu em minha barriga, como lava derretida. Droga, eu o amava e também sentia sua falta. Ele também me deixava louca, fora de mim.

– Quando chegar me avise. – eu falei por fim.

–Você será a primeira pessoa que eu avisarei quando chegar à Alemanha fique tranqüila - ele disse, logo em seguida sua voz soou rouca. – Mas para resolver nossas pendências.

– Pendências?

Temos coisas mais importantes para falar e fazer.

– Temos, qual?

Eu lhe mostrarei. Num jantar em minha casa. Só nós dois. – ele soprou do outro lado da linha, fazendo minha espinha fisgar. Ele sabia usar aquela voz, sabia usar as palavras certas e sabia como me deixar sem respostas.

Não faça isso comigo - eu supliquei, olhando para Sofia, que batia o dedo indicador em seu relógio de pulso, lembrando-me do nosso almoço. – Preciso ir, estou muito atrasada para o almoço.

Nos vemos daqui cinco dias, amor.

Antes de pedir mais uma vez que não me chamasse de amor, o telefone foi desligado.




Fiquei ainda parada, olhando para o carro com o grande laço no capô, Sofia estava parada com o ombro na porta dianteira, me olhando, com um sorriso debochado.

–Você sabia? – eu me aproximei e perguntei a Sofia. – E desfaça esse sorrisinho.
–Não fazia idéia. - A ruiva sorriu e se debruçou perto da roda dianteira e pegou o objeto barulhento, balançando no ar. – Vamos com ela para o almoço, não?
–É claro que não. – eu a olhei séria.
– Kate?
–Sofia, não vou me vender. – eu disse firme – O que eu quero dele são atitudes.
– Você esta certíssima. Mas você pode muito bem desfrutar até ele voltar, depois você o faz engolir as chaves, os pneus e tudo mais. - ela falava balançando as chaves no ar, como se quisesse me hipnotizar - Kate, viva hoje pois o amanhã pode esperar.
–Não vou ficar com o carro. – Disse a ela sorrindo. - Detesto ganhar presentes nessas circuntancias e ele sabe muito bem disso, faz isso para me provocar, mas esse carro terá um bom destino.
–Só pode estar brincando. – Disse ela em tom preocupado tentando pensar o que se passava em minha cabeça.
–Não estou, vamos no seu carro. – eu disse sorrindo.
Sofia jogou a chave do Audi Q4 no ar e a peguei não pude deixar de sorrir ao pensar no rosto de Bill ao saber o destino de meu mais novo presente, coloquei a chave em minha bolsa.
Com ajuda de Sophia tirei o laço de cima do carro, ouvindo a ruiva choramingar, com dor no coração, ao limpar o vidro onde estava escrito: “ Ich bin an deiner seite “. Trancamos e seguimos para o carro dela.

Ela entrou primeiro em seu carro, não muito feliz com minha atitude. Ligou o rádio, tirou seu cd da bolsa e colocou o cd Zimmer 483 e seguimos para o almoço, com uma hora de atraso.




Quando chegamos ao almoço beneficente, me derramei em desculpas, o leilão não havia começado oficialmente, estavam a minha espera, seguimos até a enorme mesa do buffet e fomos nos servir, sentamos numa mesa longe de todos.
– Esta com fome? - Sofia olhou para o meu prato farto e sorriu, com segundas intenções. – Muito exercício matutino?
–Pare com isso, não aconteceu nada do que esta pensando. – eu sorri sem jeito para a ruiva – Desde ontem não como nada, hoje de manhã, tomei apenas uma xícara de café.
–Hum... sei! – ela piscou divertida em resposta.
–Apenas, nos beijamos.
–Eu sempre adoro brigar com o Georg para depois irmos para cama, sabe como é, não há nada melhor que sexo de reconciliação. – Sofia fechou os olhos e suspirou alto. – E ele é tão incrível.

Eu quase cuspi todo o meu suco, fora minha tia Abby, não tinha essa intimidade em falar abertamente sobre sexo, nem com minha mãe.

– Juro que pensei que ele fosse tímido. – eu sorri sem graça, tentando não demonstrar o meu desconforto.
–E é! - ela levou o copo de suco de laranja à boca e depois de beber um pequeno gole, disse:
– Mas o que isso tem a ver com o que fazemos em quatro paredes? Quando estamos juntos, sozinhos, nos entregamos.

Fiquei calada, olhando aquela pequena figura ruiva e frágil na minha frente. “Frágil... quem disse?”

– Esta vendo essa pequena marca roxa. – ela mostrou o pulso - Passamos um pouco dos limites noite passada. – Ela suspirou e logo voltou a me olhar. - Você e Bill fazem muitas travessuras, juntos?
–É... A gente gosta de... fazer...
–Travessuras? – ela sorriu erguendo as sobrancelhas.
–Não! - eu olhei para os lados, para ver se ninguém estava olhando ou nos ouvindo, mas estávamos sozinhas naquela aérea. E só então continuei a falar. – A gente gosta de fazer... Amor?
Ela zombou de meu jeito ao falar a palavra amor e então prosseguiu.
– Do jeito que você e Bill são tímidos podia apostar que nem mesmo tiram as roupas.
–Lógico que tiramos! – eu disse indignada.
–Vocês variam muito as posições?
“Isso era mesmo assunto de um almoço beneficente?”
–Kate, você tem quase vinte anos, um namorado lindo, um relacionamento estável e ainda assim parece que acha tudo muito sujo e impróprio. Isso não é promiscuo quando você esta com a pessoa que você ama.
–Não... É que...
–Você já colocou a língua “lá” nele? - Sofia sorriu e concluiu a me ver tossir, sufocadamente envergonhada. - Bom, pela sua cor e pelos seus olhos arregalados apavorados, nem preciso esperar a sua resposta. Kate, fazer amor também pode ser divertido.
– Eu sei... Mas...
–E pode ser muito divertido, sem parecer uma coisa feia. – Sofia falava tão segura e experiente - e eu posso garantir os homens adoram pelo menos Georg, bom na verdade não posso garantir todos, mas o Georg... – Ela riu. - Com toda certeza! – A ruiva sorriu girando a bebida dentro do copo, antes de bebê-la - Que lugar mais perigoso, você já fez amor com Bill?
–Hum... Na casa da piscina. – respondi muito convicta que havia feito algo: Do mal.
–Isso é perigoso? - ela fez uma careta divertida – Minha avó consegue muito mais que isso. - ela sorriu e baixou o tom da voz quando confidenciou - Fiz no banheiro do avião, daquela vez que fomos para a Espanha.
–Então, você não estava passando mal?
–Depois eu realmente passei. - ela tentou parecer séria, logo depois abriu um sorriso largo. – Fizemos dentro do carro também.
–E isso é perigoso? - foi a minha vez de fazer a pergunta.
– Sim, se for dentro do carro do Gustav. – ela tentou conter uma risada alta.
–Não! – eu disse abismada, colocando as mãos na boca, para não rir - Ele gosta mais daquele carro, do que da mãe.
–Só para fazer poses para as mulheres, por que dirigir que é bom, um fracasso total. - Ela não pôde conter uma risada alta, muitas cabeças viraram em nossa direção.

– Ninguém pode entrar de sapatos no carro dele, que ele se enfurece. – quase sufoquei tentando não rir tão alto quanto ela.
– Se ele soubesse onde colocamos nossas bundas brancas, suadas e nuas!

Gargalhamos, eu sorri até sair lágrimas dos meus olhos, até minha barriga doer, talvez eu como eu nunca havia feito na vida. Ela parou de sorri se curvou em minha direção pegando meu braço com carinho, dizendo:
– Como sua nova amiga, é minha obrigação colocar um pouco de cores nessa sua vidinha tão preta e branca.

Hilária, era essa palavra para definir aquela pequena figura ruiva. Georg havia ganhado sozinho na loteria, Sofia era linda, amiga, doce, simpática e do modo que agia e falava do baixista, ela amava muito Georg. Eu tinha me rendido a ela, naquela tarde tive certeza que tinha conquistado uma nova amiga, quem sabe, uma irmã que eu nunca tive.

O almoço foi agradável, depois seguimos para o leilão, fiz um pequeno discurso, tirei algumas fotos, ao lado dos organizadores, assinei alguns cheques e quando esta seguindo para o portão da saída, senti uma mão em meu braço.
– Kate? – A voz baixa me chamou.
–Sim? – eu virei vendo o rapaz loiro ao meu lado.
–Prazer, sou Ryan Hreljac – ele disse abrindo um sorriso.
–Ryan? - eu também sorri estendendo a mão cumprimentando. – Eu conheço você... Bem, agora pessoalmente.

Ryan é um adolescente canadense, que em 1998, convenceu parentes, amigos e gente que nunca tinha visto antes a se engajar na sua idéia: construir poços para disponibilizar água limpa a seres que ele e nenhum dos seus compatriotas conheciam ou tinham visto pessoalmente.

– Adorei o almoço e o leilão. – ele elogiou sempre simpático.
– Obrigada por ter vindo, na verdade eu nem sabia que estaria aqui.
– Estava na cidade tentando encontrar possíveis colaborados para a fundação e então eu vi o cartaz no lado de fora do prédio. – Ele disse sem tirar o bonito sorriso de seus lábios. - Já está indo embora?
–Estava, na verdade, mas... Você queria falar comigo sobre alguma coisa?
–Gostaria de tomar um pouco do seu tempo?
–Claro todo o tempo que você quiser e precisar. – eu sorri, apontando para uma mesa próxima e vazia, sentamos os três e conversamos durante horas sobre sua vinda na Alemanha e sobre os próximos planos de sua fundação. Era incrível vê-lo falar de uma forma tão madura para um jovem de apenas 19 anos.
Antes de ir embora ele me agradeceu mais uma vez pelo que eu havia feito.
– Obrigado, nem sei mais o que falar e...
– Não diga mais nada, apenas mande a placa da sua fundação para o endereço que pedi. – Nós rimos enquanto Sofia me olhava espantada do outro lado da mesa.
– Enviarei ainda está semana. – Disse ele se despedindo e sumindo por entre tantas pessoas no clube.


Assim que saímos do almoço, segui para casa com Sofia, ela não subiu para o meu apartamento, ia encontrar com Georg, que no dia seguinte, também estaria em Los Angeles para a finalização do álbum.
–Kate? - ela me chamou, quando virei, a pergunta estava estampada em seu rosto miúdo. – Você vai aceitar o convite do Ryan?
– Disse a ele que iria pensar, mas sim eu vou aceitar.
– Bill não irá gostar muito do que fez.
– Eu sei, mas terá de aceitar, ele não pode me tratar desta maneira.
– Tudo bem, você sabe o que faz.
–Espero que sim. – Conclui.

Sorrimos, ela me deu um beijo estalado na bochecha e sai do seu carro, vendo-a partir.



Fui até o Audi, que estava na garagem, abri a porta traseira, peguei o enorme laço vermelho e subi pelo elevador, entrei em meu apartamento, jogando-o no sofá. Meu celular tocou dentro da minha bolsa, o peguei e li a mensagem:

Então, dirigiu o carro?”

Não respondi.

O telefone do meu apartamento tocou, deixei tocar até a secretaria atender, era ainda a voz da minha mãe, quando eu mudaria? Talvez nunca. Era tão doce, suave, sua última lembrança.

Sei que você esta ai...– A voz rouca me despertou do passado - Sei também não quer atender minhas ligações. Esta certa. Não vou forçá-la a nada. Só queria dizer boa noite... Adoro quando sorriso desse jeito.

“Como ele sabia que eu estava sorrindo? “ eu olhei para o aparelho de telefone da onde saia a voz meiga e aveludada.

O silêncio tomou a sala e de repente sua voz ecoou suave cantando:

Ich bin da, wenn du willst
Schau dich um dann siehst du mich
Ganz egal wo du bist
Wenn du nach mir greifst dann halt ich dich
An deiner Seite
Fü Immer...

Depois que o bip tocou alto avisando que havia terminado o tempo, andei até a janela, onde a noite estava caindo, senti saudade, falta de tudo: de sua voz, seu toque, seus lábios... Dele inteiro.

–Você joga muito sujo, Bill! – eu disse com lágrimas nos olhos tocando com as pontas do dedo as pétalas da rosa, amarela e laranja. – Mas, ainda não.

Bill me mandou mensagens todos os dias. Os sete dias que ficou em Los Angeles e mesmo com meus dedos coçando e formigando, eu não respondi e nem retornei a nenhuma.

Com certeza, ele ficaria furioso por essa atitude e com outra.

Bem, não iria me martirizar antes, lidaria com ele e sua fúria quando chegasse à hora.

Postado por: Grasiele

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