terça-feira, 27 de novembro de 2012

Reparação - Capítulo 9


–Sim, eu quero o divórcio.

Aquilo atingiu Tom como uma flecha, bem no meio do coração.

–Quero que saia de casa ainda hoje! – Laíssa disse segura de sua resposta – Pode ver os meninos quando quiser.

Tom a olhava sem dizer nada.

–Nosso casamento acabou. – ela disse por fim.

Ele ainda estava imóvel, talvez não acreditando no que ouvia.

–Certo. – ele murmurou depois de um grande esforço – Se é isso que realmente quer?

Ela o olhou e não conseguiu responder, sua garganta estava fechada e se falasse alguma coisa, se desmancharia em lágrimas.

Ele andou até ela, estendeu sua mão e a tocou.

Primeiro em seu rosto, depois deslizou seus dedos para o pescoço da esposa e não suportando mais agarrou as mãos dela e a puxou para junto dele.

– Passe essa noite comigo.
–Não sei se é uma boa idéia. – seu murmuro foi quase inaudível
–Uma noite...
Tom avançou em direção a Laíssa e a beijou com paixão, suas mãos grandes percorriam seu corpo, ela gemeu percebendo que não conseguiria resistir por muito tempo, então ele a envolveu em um abraço.

Ambos gemeram.

Tom correu suas mãos pela cintura da esposa, quando ouviu outro gemido, usou seus dedos para acariciar suas coxas bem torneadas, levantando seu vestido, ousando nas carícias ao tocá-la por cima do tecido da calcinha.
Uma buzina e um farol alto os assustaram.
–Não! – ela disse empurrando-o.
–Uma noite...
–Não... Não! – Aquela negativa saia como um gemido sufocante.

Continue dizendo não mulher, demônios, gritou sua mente. - Mas ela não conseguiu.

Tom segurou sua cintura e a abraçou, depois segurou forte em sua mão e andando com ela em passos rápidos, chegou à recepção, passando pela recepção e com duas ou três palavras, Tom pegou a chave do quarto.
Com pressa seguiram para até o elevador, quando a porta se fechou, segurou sua mão e a trouxe para si, beijando-a com paixão e quando a porta se abriu saíram ainda com as bocas unidas.
Tom passou o cartão e entrou na imensa suíte, nem fechou a porta, Laíssa o empurrou contra a parede e abriu os dois primeiros botões de sua camisa, passando a mão em seu tórax, fazendo-o gemer, quando a esposa passou as unhas cumpridas e pintadas de vermelho sobre o volume em sua calça.

Ele jogou a cabeça para trás, fechando os olhos e gemendo alto.

A carícia quase o matou.

Em resposta, Tom a tomou nos braços, mordeu-lhe a orelha, e pediu num sussurro desesperado:
– Segure-se! - ela passou suas pernas em torno dele, os pés firmes nas nádegas musculosas.
Tom andou com ela abra­çada a ele até a pequena mesa, sentando-a na ponta, passando a mão atrás dela e jogou tudo o que havia em cima da mesa no chão. A esposa se assustou com a violência do marido.
–Tom, você é louco? Esse vaso, os cacos de vidros...
– Os cacos não podem me ferir. Não mais do que já estou quando penso no que fiz a você... meu amor... Você tem noção do que faz comigo? Tem noção como me deixa maluco?

Laíssa não respondeu, apenas uniu sua boca a dele e com as mãos trêmulas tentou abrir o zíper da calça de Tom.

Ele a despiu em um segundo, e em menos tempo livrou-se de suas próprias roupas e uniu seu corpo ao da esposa e sem demora em com um movimento brusco a preencheu além dos limites e ela o recebeu com um grito rouco, jogando a cabeça para trás, fechando os olhos não suportando tanto prazer, subindo, arqueando e buscando tudo o que o corpo do marido poderia lhe proporcionar.

–Tom... Não pare...

Tom segurou com força em sua cintura e investiu mais forte dentro de seu corpo.

Outro grito.

– Sinto tanto a sua falta... O vazio é grande demais... Eu te amo... amo... muito...Oh Laíssa!

Tom a segurou e a levantou da mesa virou-a de costas, deitando-a na mesa, empinando seu corpo para ele, suas mãos acariciou as costas suadas de Laíssa, suas mãos escorregaram para o meio se suas coxas, abrindo-as para ele.
E mais uma vez, sem piedade, a penetrou.
Laíssa gemia e arranhava a madeira da mesa tentando se segurar, gemeu alto e descontrolada, gritou e quando não aguentou mais, quando se afogou, chamou pelo nome de Tom diversas vezes, até deixar a cabeça descansar sobre a mesa.

Cansada, suada e confusa.

Tom a ergueu da mesa e a esmagou num abraço. Laíssa se aninhou em seus braços fortes, sorriu para ele. Ele a pegou no colo e a levou para o chuveiro onde tomaram um banho demorado, onde fizeram amor mais uma vez e depois deitaram na cama, exaustos.


Tom foi o primeiro a dormir, respirando alto e feliz.

Ele era lindo, muito mais que lindo. Laíssa contornou o desenho de seus lábios com a ponta do dedo. Sorriu quando ele resmungou algo e jogou o braço grande sobre seu corpo, abraçando-a trazendo seu corpo para junto ao dele.

Ela fechou os olhos e tentou dormir nos braços de Tom, mas não conseguiu.
Como poderia dormir depois de tudo o que havia acontecido entre eles?
Impossível dormir.
Impossível pensar direito.
Impossível continuar assim.
Impossível.






....






Chegaram em casa, o dia já havia nascido, Laíssa foi para a cozinha preparar café para mãe e para os filhos.
–Nada mudou entre nós. Depois de tanto Tempo, ainda temos este incrível efeito um sobre o outro. Ainda temos esse poder incrível que me deixa cada dia mais louco e apaixonado por você.
Tom tinha toda razão. Com um suspiro, ela apenas balançou a cabeça.
–Nada mudou realmente, Tom! – ela repetiu as palavras dele. – Pegue suas coisas e saia, o mais rápido que puder.

Laíssa se virou para sair da cozinha, antes seu braço foi puxado, seus corpos se chocaram com violência, seus olhos se fixaram e antes que ela pudesse dizer algo, Tom a beijou na boca.

–Credo! Estão se beijando que nojo – Diego entrou na cozinha gritando para a avó e para o irmão.
– Eles podem, eles são casados. – Mateus disse ao irmão.
–Eu nunca vou beijar isso é muito nojento. – Diego voltou a falar.
–Papai, podemos brincar de vídeo game e depois podemos ir no Mc Donalds?
–Hoje não dá Mateus. – Tom respondeu com um meio sorriso nos lábios.
–Por quê?
–Papai vai ter que sair. – ele olhou para Laíssa ao responder.
–Mas hoje é domingo? - Mateus perguntou ao pai sem entender – Você não trabalha, todo domingo brinca comigo e com o Di.
Tom olhou para a morena sem saber o que responder, ela olhou para a mãe, que baixou a cabeça e saiu da cozinha, deixando o casal sozinho com os filhos.
–Mamãe, pede pro papai não ir trabalhar hoje. – Diego correu para a mãe e abraçou sua perna. – Domingo sempre ficamos juntos... Só nós quatro!
–Hoje ele tem que ir, filho.
–Mas mãe...
–Seu pai tem que ir. – ela disse ao filho.

Mateus correu para mãe também e se enfiou no meio de suas pernas, afundando o rostinho em sua perna e soluçando.

O coração de Laíssa quebrou em mil pedaços. Se isso ainda fosse possível.

Ela se abaixou pegou Mateus no colo e acariciou seu rostinho com carinho.

–Papai vai ligar para a loja e vai desmarcar o seu compromisso e vai brincar o dia todo com vocês. – ela olhou para Tom que estava com os olhos marejados. – Agora, vamos lavar esse rostinho lindo para brincar com seu pai e com o Di.
–Você jura que ele vai ficar... – o pequeno soluçou – aqui conosco!

Laíssa pegou o filho no colo e antes de sair da cozinha,antes olhou para Tom, trocaram um olhar cheiro de perguntas sem respostas, ele teria que adiar a sua saída da casa, em nome do bem estar dos filhos.
–Sim, eu juro.

E saiu com o filho nos braços, sem saber ao certo se poderia sustentar esse juramento.



....




A semana foi passando, Tom chegava em casa sempre antes das 19 horas e passaram a jantar em família, depois sentava na sala de televisão para brincar com os filhos, o casal mantinha-se cada dia mais distante e falavam apenas o necessário.

Laíssa aguardava o momento certo para retomar ao assunto: Divórcio!

Pensava como faria aquilo sem magoar seus filhos.

Mas como? - Dia a dia ela pensava e não chegava a um jeito de fazer aquilo sem deixar aquela sujeirada toda respingar nos gêmeos.


...



Na quinta-feira da semana seguinte, Bill chegou para a alegria dos meninos que os adorava. O gêmeo mais novo de Tom também tinha lojas de instrumentos musicais espalhada pela Alemanha.
–Esta tudo bem, Laíssa? – Bill perguntou a cunhada, num português arrastado, quando ficaram sozinhos.
–Sim – ela respondeu simplesmente – E você como esta? Não cansou de enrolar aquela loira?
Bill sorriu, e contou que havia terminado com a loira e agora estava tendo um caso com uma ruiva, que não tinha paciência para relacionamentos longos e que de crianças já bastava os sobrinhos.
– Percebi Tom um pouco abatido e triste.
–É? – Laíssa foi evasiva.
–Ele andou fazendo alguma bobagem?
–Esta perguntando isso pela boa fama que ele sempre teve?
–Ele era solteiro e nunca foi santo. –Bill defendeu o irmão – Mas posso garantir que depois de você isso cessou.
–Coloca a mão no fogo por ele?
–Hum? – Bill fez uma careta sorrindo – Não vivo no Brasil, não entendo essas gírias estranhas.
– Esqueça! – Laíssa apenas disse.
– Tom nunca te trairia, e eu coloco minha mão no fogo. – Bill a olhou sério.
–Tenho pomada para queimaduras no banheiro da suíte, sei que vai precisar – Ela brincou com o cunhado sem sorrir.
–Você ainda o ama?
– Mais do que tudo na vida. – a resposta veio rápida e sem titubear.
–Tenho certeza de que ele também.
–Tem? – Laíssa virou para o cunhado ao perguntar.

Bill não respondeu a pergunta da cunhada, o celular dela tocou e Laíssa correu para sala, pegou-o na bolsa e atendeu:

–Alô?
–Laíssa? – a voz do outro lado da linha perguntou
–Sim.
É Matt – A voz rouca disse deixando suas pernas trêmulas. – Pode falar?

Postado por: Grasiele

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