terça-feira, 27 de novembro de 2012

Reparação - Capítulo 10


Bill não respondeu a pergunta da cunhada, o celular dela tocou e Laíssa correu para sala, pegou-o na bolsa e atendeu:

–Alô?
–Laíssa? – a voz do outro lado da linha perguntou
–Sim.
É Matt – A voz rouca disse deixando suas pernas trêmulas. – Pode falar?

–Oi, quanto tempo. - ela disse baixo - Posso falar.

Gostaria muito de ver você.

–Matt...Eu...
Olha, gostaria de lhe propor algo. – ele a cortou.
–P-propor algo? – ela disse gaguejando. – O que?
–Calma, não é nada obsceno. – Matt sorriu do outro lado da linha - Mas só falo pessoalmente, um café amanhã, esta bom para você?
–Café? – Laíssa olhou para cozinha, Bill estava brincando com os sobrinhos – Amanhã?

Matt sorriu mais uma vez ao vê-la tão embaraçada.

–Sim, as nove no mesmo local que tomamos café naquele dia. Pode ir tranqüila que não vou invadir mais banheiro nenhum.

Ela fechou os olhos e pode voltar à cena do banheiro e sentir Matt forçando entre suas pernas.

– Tudo bem. – Laíssa respondeu balançando a cabeça tentando afastar os pensamentos – Estarei lá.

Então finalizou a conversa, desligou o telefone e seguiu para cozinha para terminar o jantar, Bill ainda brincava com Mateus e Diego no jardim da parte de trás da casa.


Tom chegou cedo aquele dia, trocaram longos olhares, sem uma palavra. Ele brincava com os filhos e ela fixou seu olhar nos três. O pai beijava com carinho os meninos, sentiu falta daqueles lábios em seu corpo.
O olhar dele se ergueu e fixou no dela. Mais uma vez não disseram nada

Logo em seguida Jörg e Miranda chegaram e juntaram-se para o jantar e depois ficaram conversaram até muito tarde na sala de estar. As crianças foram dormir cedo, já passava da meia noite quando o pai de Bill o levou para o hotel e em seguida, deixou Miranda em sua casa.

Laíssa deitou primeiro, no canto da cama, de costas para o lado que Tom dormia. Ele não demorou a deitar na imensa cama de casal. Não tentou puxar conversa e muito menos tocar a esposa.

Apenas, apagou o abajur do seu lado e simplesmente dormiu. Ou fingiu que dormia, como Laíssa.


...


No outro dia, no horário marcado, Laíssa chegou ao café, Matt já estava sentado em uma mesa, quando a viu levantou o braço acenando discretamente. Ela se sentou, pediu um café e quando a garçonete se afastou ela perguntou:
– Qual é a proposta?
–Bom dia para você também senhora. – ele brincou.
–Desculpa! – ela sorriu sem graça – Bom dia, tudo bem, como esta?
–Bom dia. Sim estou bem. – ele disse devagar abrindo um imenso sorriso.
–Matt, pare de me deixar curiosa e fale logo.
–Você é muito bonita... Muito! – ele a olhou com desejo
–Quer que eu morra de curiosidade? – ela sorriu sem jeito tentando mudar de assunto.
– Minha loja vai participar de um evento, um desfile de moda, na semana que vem, não gosto muito disso, porem é necessário nesse meio. – ele fez uma pausa quando a garçonete trouxe os pedidos. – preciso de alguém, bonita como você para ser promoter.
– O que eu precisaria fazer realmente?
–Receber meus convidados, levá-los aos seus respectivos lugares e recepcionar a imprensa. Só isso!
–Hum... Acho que dou conta.
–Eu também acho. – ele sorriu pegando-lhe as mãos apertando-lhe – Você é perfeita para a vaga.
–Eu aceito. – ela apertou as mãos de Matt nas suas.
–Não vai pedir ao seu marido antes?
–Não!
–Nem comunicar? – Matt perguntou franzinho à testa.
–Não! – ela repetiu a resposta. – Eu... Nós estamos nos separando.
Um sorriso imenso surgiu nos lábios de Matt.
–Você realmente ficou triste.
–Desculpe, não pude evitar – ele tentou controlar sua felicidade, tomou um gole de café e resolveu mudar de assunto:
–O evento começa nessa segunda, sempre das duas às seis horas da tarde.
–Tudo bem, pedirei a minha mãe para ficar com os gêmeos.
–Ótimo, vou lhe dar o endereço e esta aqui o seu pagamento – ele tirou um envelope e colocou sobre a mesa. Laíssa pegou e o colocou na bolsa, sem abri-lo. – Não vai abrir?
–Não, o dinheiro não é tão importante, já estou grata por lembrar-se de mim e dar essa oportunidade de me sentir útil.
–Quem sabe podemos fazer mais eventos juntos.
–Tomara. – Laíssa sorriu, bebendo seu café – Muito obrigado.
–Espere, queria que conhecesse minha loja. – ele disse quando ela fez menção de levantar.
–Na baixada?
–Não vamos demorar.
–Promete? - Ela olhou para o seu relógio.
–Pode confiar em mim. – ele levantou a mão para chamar a garçonete, quando ela se aproximou, ele pagou a conta e os dois saíram juntos da cafeteria.

Seguiram para baixada, um em cada carro, depois de uma hora, Laíssa estacionou o carro atrás do de Matt e desceu, ele a enlaçou pela cintura e a levou para dentro da imensa loja de dois andares de roupas femininas, masculinas e utensílios para praia.
–Quando disse que tinha uma loja, não imaginei que ela fosse enorme desse jeito. – A morena disse sorrindo, quando entraram no escritório de Matt, no terceiro andar.
–Quando eu inaugurei, ela era apenas uma pequena porta. – ele não escondeu o sorriso orgulhoso – E depois de oito anos, ela é isso tudo.

Matt mostrou todos os setores para Laíssa, apresentou os funcionários e quando voltaram ao escritório para ela pegar sua bolsa para ir embora, foi que comentou:

–Você é um vencedor. – ela disse olhando fixamente – Parabéns.
–Sim, eu sou! - o sorriso morreu em seus lábios – eu sempre almejei alto em minha vida.

O sorriso de Laíssa também desapareceu de seus lábios ao ver o olhar dele percorrendo seu corpo, olhava como se ela lhe fosse ser servida na próxima refeição.

–Tudo o que eu desejo... – Matt deu dois passos, fazendo Laíssa engolir seco – eu luto e conquisto. – deu mais um passo - adoro derrubar obstáculos – outro passo - confesso que tentei permanecer longe e fingir que esse era apenas um capricho – um último passo e seus corpos se encontraram. – mas isso é muito mais que um simples capricho, isso esta acabando comigo e me fazendo queimar, cada vez que penso em você, nua e gem...
–Matt...
–E toda vez que fala meu nome desse jeito, fico tão duro que...
–Pare! – a súplica saiu rouca. – Isso é um erro, melhor encerrarmos as coisas por aqui.

– Algo tão bom e gratificante não pode ser considerado um erro. – Ele olhou bem dentro de seus olhos. - eu quero e você também quer, eu sei disso. - Matt tomou a mão dela na sua e levou-a aos lábios.

Depois enfiou seus dedos em seus cabelos morenos, e aproximou seu rosto do dela. Lentamente, Matt passeou com a ponta da lín­gua por todo o contorno carnudo dos lá­bios de Laíssa.

– Eu... Estou muito confusa.

–Mas eu não estou, sei muito bem o que eu quero. Eu quero você. – a língua quente, molhada deixou os lábios dela e passou a lamber seu queixo, gemeu baixo quando sentiu a primeira pequena mordida em seu pescoço.

–Nunca estive com outro homem em toda minha vida. – sua confissão quase não deu para ser ouvida.
–Sempre tem a primeira vez. – ele gemeu e mordeu seu lóbulo da orelha.
–Não sei... – ela gemeu diante da carícia.
–Sabe, nós dois sabemos. – ele segurou sua cintura fina com força e a trouxe para junto do seu corpo, fazendo com que ela sentisse sua enorme excitação.

Fechou as mãos em uma atitude desesperada para não perder o controle sobre si mesma. O corpo estava rígido, bem como os bicos dos seios. Tudo estava rodando. Queria abraçá-lo, mas não po­dia permitir isso.

A boca exigente de Matt, agora passeava pelo seu ombro, a alça do vestido e do sutiã estava caída, e a língua e dentes exploravam seu colo. Ele mordeu de leve o ombro da morena e gemeu:

– Farei tudo o que for preciso para ter você... Tudo!

Ela precisava interromper aquilo imediatamente, ou en­tão jamais teria força para fazê-lo. Estava tão envolvida que abriu os lábios para pedir que ele parasse, mas o som de sua voz não saiu.

– Você cheira a... A algo que me deixa completamente fora de mim. - sussurrou tão próximo de sua boca que ela conseguia sentir o sopro da respiração em seus lábios, e quase sentir seu gosto.

Laíssa não entendia o que lhe ocorria naquele instante, nunca havia estado com outro homem e aquilo era tudo muito novo para ela.

Os dedos de Matt deslizaram para as costas de Laíssa e sua língua estava poucos centímetros de um de seus mamilos, quando Matt ia lambê-lo, uma batida forte na porta do escritório, os assustaram, fazendo seus corpos se separarem como se dessem choque.

Postado por: Grasiele

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