terça-feira, 27 de novembro de 2012

Reparação - Capítulo 19


–Tom! – ela gritou saindo do quarto em passos rápidos. – Tom Kaulitz! - se ele achava que ia mandá-la embora e tudo bem, estava muito enganado. Ela não sairia daquela casa dessa forma, escorraçada. – Espere, seu... Seu desgraçado!
–Nossa conversa acabou! – ele desceu a escada em passos rápidos.
–Tom! - ela voltou a gritar.
–Acabou!
– Pare agora e vamos conversar!
–Não, não temos mais nada para falar. - Ele no fim da escada e ela no alto, se olharam, fuzilando-se.
–Temos sim, se você acha que...
–Cuidado, Lala!

O grito foi de dor, Tom correu. Bill que estava fora da casa também se assustou com o barulho e veio correndo parou onde o corpo da cunhada estava estirado no penúltimo degrau da escada.

–Deus, Laíssa! - Tom se debruçou ao seu lado – Fale comigo, Lala.
–Mamãe – Mateus chorou ao vê-la caída. Bill o abraçou.
–Estou bem, meu amor. – ela sussurrou para o filho, tentando acalmá-lo. – A mamãe esta bem, não chore.

–Não se mexa. – Tom a olhou de perto, sua respiração quente e ofegante perto de seu rosto. Ela pode sentir o aroma de seu perfume, um leve odor de masculinidade. O cheiro dele. O cheiro que ela tanto adorava. - Será que quebrou algo?

–Não sei, mas meu tornozelo dói... – ela gemeu quando o mexeu.
–Deixe-me ver se quebrou algo. – Tom mexeu em seu tornozelo – Minha nossa, como conseguiu rolar pela escada, quer me matar do coração? - Ele segurou o rosto dela em sua mão grande e quente, passou o dedo suavemente pelo arco de sua sobrancelha, desceu pelo nariz, até chegar a seus lábios parcialmente abertos. – Tem certeza que só dói o tornozelo?

A voz dele era tão terna e macia.

–Tire esses dedos de mim. – ela gemeu e segurou as lágrimas. - Não rolei a escada, apenas tropecei e torci o tornozelo.

–Como é teimosa! – Tom a advertiu, ainda muito próximo. – Quero ver se quebrou algo.

–E como vai saber, é médico por acaso? – ela disse a ele, seca.

–Olhe, vou levar Mateus no Ibirapuera, não quero que ele presencie essas brigas sem fundamento entre vocês dois, já basta o irmão no hospital, agora tem que presenciar esse clima de hostilidade. Não percebem que estão se magoando e magoando pessoas que amam vocês? – Bill pegou o sobrinho no colo com carinho andando até a porta de saída. – Deveriam se envergonhar de toda essa palhaçada.

–Me deixa dar uma olhada. – A voz de Tom era mais calma e menos arisca quando o irmão os deixou sozinhos.

–Não precisa, não quero que toque em mim! – ela também respondeu menos agressiva tentando se levantar, gemendo ao colocar o pé no chão. – Não toque mais em mim.

– Puta que pariu, quer parar de repetir isso! – ele resmungou segurando-a pela cintura quando ela cambaleou e quase caiu. – Sossegue esse traseiro enquanto pego gelo para colocar em seu tornozelo e não se mova.

Laíssa sentou no penúltimo degrau da escada examinando seu pé. Estava um pouco inchado e quando o mexia doía demais. Fez uma careta de dor e decidiu deixar-se a mercê dos cuidados do marido.

Ele voltou com um saco de batata sorriso congelada nas mãos.

–Não tinha gelo. – ele arqueou os lábios querendo sorrir.
–Tudo bem. – ela também segurou um sorriso.
– Ponha os pés para cima – Tom disse sentando no fim da escada, dando um tapinha em sua perna.
–Pode me dar, eu mesmo coloco.
–Deixa que eu coloco! – ele segurou o saco com força quando ela foi tomar de sua mão.
–Eu coloco.
–Coloque a porra do pé na minha perna, pelo amor de Deus e me deixe cuidar disso, tudo bem? - ele disse alterado.

Laíssa levantou a perna e pousou-a sobre o colo dele.

Quando seus dedos tocaram o local torcido em seu tornozelo, ela fechou os olhos, mordeu os lábios, gemeu de dor e segurou as lágrimas.

–Tente relaxar enquanto coloco o gelo. – ele pediu num tom de voz calma, o saco congelado queimava a sua pele, depois de alguns minutos, Tom tirou o saco de batata congelada e começou lentamente a massagear seu tornozelo, seus dedos apertavam e esfregavam, Laíssa fechou os olhos e jogou a cabeça para trás.

Ela gemeu. Não de dor.

– Tente relaxar, talvez doa menos. - ele pediu gentil ainda segurando o seu pé.


Relaxar? Com Tom massageando seus pés daquela forma?

Isso era humanamente Impossível.


–Ainda dói? – ele perguntou, ela abriu os olhos e tentou responder, mas palavras não saíram de seus lábios.

Dor? Onde?– Ela até havia se esquecido.

– Dói e muito. - Não o meu tornozelo! Ela queria dizer a ele.

–Fiquei apavorado quando te vi caída . – ele disse massageando seu pé. –Não me perdoaria se algo tivesse acontecido. – ele murmurou pressionando a sua boca contra o peito do pé machucado levando calor e tensão a todo corpo de Laíssa.

Ela tentou tirar os pés do colo dele, mas ele a segurou firme. Com a respiração acelerando, sensações prazerosas percorrendo-lhe as pernas até alcançar entre o meio de suas coxas, aquilo era tão bom... Muito bom!


Ele beijou novamente seu pé.


– Faça isso novamente. – ela pediu num sussurro, sem pensar no que pedia e as consequências que esse pedido podia causar.

Ele fez.

–Tom...

Acariciando o peito do pé com a língua e observando os mamilos da morena se enrijecer, ele passou a língua devagar, acendendo seu fogo e acelerando sua corrente sanguínea.

Laíssa fechou os olhos e apenas gemeu.

Oh céus! - Ela gozaria apenas com o toque de seus lábios em seu pé se ele continuasse a excitando daquela forma.


O toque dele era firme, insuportavelmente quente e delicioso. Sua língua encontrou o ponto mais sensível no peito de seu pé, acariciando-o a ponto de ela ter de controlar um gemido alto e rouco de prazer.

Então ele voltou à atenção para o pé esquerdo, mudando de posição de modo a olhar para ela e segurar um pé com cada mão. Ele dividia sua atenção entre os dois, beijando, lambendo e chupando até ela não conseguir conter os gemidos, que a cada momento ficava mais intenso.

Seu corpo estremeceu, arqueou as costas, abriu um pouco mais as pernas e sua respiração ficou ofegante.

–Tom... Oh!

Os dedos de Tom estavam em seus joelhos, suas mãos correram para suas coxas, apertando-a e levantando seu vestido até a cintura.

Ela não percebeu quando Tom tirou sua calcinha lentamente, e só percebeu o que ele desejava quando segurou seu traseiro com as mãos e a ergueu até sua boca. sua barba por fazer fazia cócegas na parte de dentro de suas coxas, sua respiração quente em sua intimidade lhe arrepiou e quando sua boca arrebatou-a com uma longa lambida, Laíssa apagou qualquer vestígio de fúria entre eles.

A língua de Tom e seus dentes nas partes íntimas, sugaram e incendiaram o corpo de Laíssa, fazendo-a gemer e mover sua cintura em direção aos lábios do marido, ele intensificou os movimentos, penetrando-a mais, ela gritou quando sentiu que algo dentro dela começou a queimar.

–Você me deixa louco. – ele disse desesperado, num gemido rouco arrancado de sua alma - Adoro como se derrete ao toque da minha língua.

Ela segurou suas tranças e não aguentando mais aquela doce tortura, suas pernas tremeram e suas costas arquearam da escada. Cada fibra do corpo de Laíssa implorava por ele, pedindo por mais.

Seus gritos incendiários foram arrastando-a para baixo em um poço sem fim, destruindo toda a lógica, ele havia lhe agredido, a enforcado e a colocado para fora de casa, mas não conseguia pensar em nada, nada além da língua dele levando-a para a entregue total.

–Não vou suportar mais... – ela sussurrou acariciando a cabeça de Tom entre suas pernas.

–Sim... Deixe vir... Goze pra mim... Laíssa...

E foi o que ela fez.

Atingiu o orgasmo gritando o nome dele, suas unhas cravadas nas costas dele, seu coração disparado, sua alma mais leve, sua boca seca, a cabeça rodando, uma sensação tão intensa que pensou que fosse levitar e sair de seu corpo.

Aquilo tinha sido incrível.

Quando ela finalmente conseguiu abrir os olhos, ele a olhava, sério.

– Bruxa! – ele disse passando as mãos nos olhos, nervoso. – Sua bruxa maldita! – Tom subiu a voz, gritando – Que feitiço é esse? – Ele a olhava fixamente, Laíssa mal conseguia respirar e não conseguia desviar os olhos. A frieza a atingiu como água gelada. Era inconfundível o que ela via em seus olhos agora. Hostilidade e arrependimento - Que tipo de maldição é essa, que me prende que me faz fazer essas coisas loucas. Perder o juízo sem saber onde estou ou quem sou. – Ele se levantou sentindo que sua fraqueza pela esposa ameaçava explodir suas artérias, seu coração. – Você é letal! – Tom estava perdido com uma ferocidade crescente no olhar - Você é uma droga, um entorpecente que me deixa completamente insano. - Jogou-lhe a calcinha - Por favor, feche essas pernas e se vista!

Ela estava arrasada por dentro, mas jamais admitiria isso ao marido, pegou a calcinha no ar, se levantou, endireitou os ombros, elevou o queixo em atitude desafiante, o olhou com raiva e o enfrentou:

–Vou me vestir e vou ver Diego depois venho para casa. – ela vestiu a calcinha com as mãos e as pernas trêmulas do intenso orgasmo que Tom havia acabado de lhe proporcionar – Não vou sair, ela também é minha.

–Sim, pode ir ver Diego, mas aqui não te quero mais.

–Meus filhos precisam de mim e é aqui que vou permanecer.

–Sério? Irônico isso ser dito por alguém que não estava aqui quando o filho chorava de dor.

–Isso foi um erro.

–Segundo erro e disse que se isso voltasse a acontecer eu os tiraria de você.

–Quem vai ficar com eles?

–Bill e Miranda vão morar aqui e cuidarão deles bem melhor que você.

–Não tem moral para atirar uma pedra quando seu teto é de vidro. – ela esbravejou.

–Você colocou a vida dos meus filhos em risco. – ele gritou furioso.

–Isso é uma imensa loucura. – ela gritou de volta, no mesmo tom.

–Loucura ou não, será dessa forma. A partir de hoje e nada vai mudar isso.

– Quando é que você fez uma troca de cérebro com um jumento? - Laíssa arrumou a roupa e pegou sua bolsa e antes de sair da sala mancando, ela o ameaçou:

– Não vou sair dessa casa e encoste a mão novamente em mim e acabará sem poder andar durante um bom tempo.

E saiu batendo a porta com força.

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog