terça-feira, 27 de novembro de 2012
Reparação - Capítulo 18
–Desculpe, fui eu. - a senhora disse com um copo de água e um comprimido na mão. – Pensei que fosse de Matt e desliguei, estava tocando incansavelmente, pensei que ele tinha esquecido e desliguei.
Laíssa o ligou e quando viu que havia vinte e nove ligações perdidas, lembrou-se que havia dormido e não havia ligado para a mãe, que devia estar preocupada com ela.
– Que droga. – ela ligou para casa e ninguém atendeu depois para o celular da mãe e também ninguém atendeu. – Que cagada que eu fiz - no exato momento que desligou a ligação, o aparelho tocou e ela atendeu rapidamente.
– Alô? O que? Oh meu Deus ... Estou indo... Estou indo o mais depressa possível.
Laíssa chegou correndo na sala de visitas do hospital, quando avistou Tom, com uma aparência desalinhada e os olhos vermelhos de chorar, parou ao lado da porta. Estava pálido e com um brilho de raiva nos olhos e quando a viu, ela estancou, ele estreitou seus olhos e andou em sua direção.
–Tom...
Foi o único som que conseguiu dizer quando viu o marido se aproximar e a segurar pelo ombro com força e a levar para sala ao lado vazia, onde fechou a porta e só então perdeu o controle:
– Você ficou louca, Laíssa? Onde esteve? Estou telefonando para o seu celular a horas! –Tom a chacoalhava enraivecido - Onde esteve e que... – ele a soltou com raiva e correu seus olhos no que ela vestia. – Que roupa é essa? Esta cheia de areia? – sua raiva crescia a cada pergunta – Por onde andou?
–Eu estava na praia.
–Praia? - ele balancou a cabeça não acreditando no que ouvia - sua vagabunda sem noção seu filho estava sendo operado as pressas? - Tom a precionou contra a parede. – estava transando com quem? – ele gritou - Fala!
–Tom, esta me machucando. – A morena tentava escapar, em vão, Tom a precionava contra a parede e seus dedos fincaram em seus braços. – Pare!
–Eu vou te matar por sua negligência. – ele envolveu o pescoço da esposa com as mãos grossas e a apertou com raiva, ela arregalou os olhos e tentou empurra-lo, mas não conseguiu
–Tom... não... – ela tentava falar com ele.
–Pelo amor de Deus, Tom! – Miranda entrou correndo na sala separarando-os – Tire suas mãos dela e pare de gritar feito um louco, se não percebeu estamos em um hospital - a mulher olhou para o genro furiosa - Isso não é hora e nem momento. – ela voltou seus olhos para a filha. – Onde esteve, Laíssa Kaulitz?
–Mãe, eu sinto muito. – ela disse olhando para Tom, que bufou, baixou a cabeça e encostou a testa na parede da sala, fechando os olhos tentando se acalmar.
–Que roupa é essa? - Miranda voltou a perguntar.
Laíssa tinha saido correndo tão desesperada da casa de Matt e acabou esquecendo de tirar a camisa dele, que ficava como um vestido e nos pés vestia apenas havaianas enormes, também de Matt. O Taxista olhou estranho quando ela entrou no carro, mas ela o tinha ignorado totalmente. – Você quase me matou de preocupação.
–Mãe, como Diego esta? – ela ignorou a pergunta da mãe. – Quero ver meu filho!
–Bem. – Foi Tom que respondeu ainda fora de si – Graças a sua mãe, que se fosse por você meu filho tinha morrido.
–Nosso filho! – Laíssa gritou. – Ele é eu também.
–Ei...Ei... Olha o volume! - Miranda a reeprendeu.
–Nosso? – Tom sorriu sarcástico – MEU filho, pois enquanto a gente se preocupava e rezava por ele aqui no hospital, você estava vadiando pela praia, sabe se lá com quem.
–Não, eu não estava. – ela olhou para sua mãe, suplicando por ajuda - Mãe eu não estava.
A porta da sala de visitas foi aberta e um homem alto, vestindo branco entrou, era o médico de Diego. Tom parou de falar e correu em direção dele perguntando do filho.
–Ele já acordou doutor, posso vê-lo?
–Sim, ele já acordou e esta ótimo. – o médico disse – Vocês podem entrar e vê-lo.
–Graças a Deus. – Miranda fez o sinal da cruz e respirou aliviada.
–Eu vou entrar.
–Eu também vou – Laíssa disse ao médico, que a olhou sorrindo.
–Não – Tom a olhou com ódio depois que o médico saiu da sala. – Miranda e eu vamos entrar.
–Tom, ela pode entrar. – Miranda disse vendo o desespero da filha.
–Ela não vai entrar – Tom gritou furioso – Ela vai para casa e cuidar de Mateus, vai fingir que ainda é uma boa mãe.
–Tom, eu vou entrar. – Laíssa disse – Preciso ver Diego!
–Miranda, você entra primeiro. – ele disse segurando a sogra pelos ombros e levando para fora da sala, prevendo o que aconteceria, antes de sair ela o alertou:
–Não ouse tocar num fio de cabelo dela. Adoro você, mas isso não permiterei.
–Desculpe, Miranda. – Tom disse a sogra. – Isso não se repitirá.
Não? Dúvido!– Laíssa pensou enquanto via a mãe desaparecer e Tom fechar a porta devagar, demorando alguns segundos para se virar e encará-la.
–Vou ver Diego! – Laíssa ergueu o queixo e andou até a porta.
–Vá embora! – ele pegando-a pelo braço e a apertou com violência – Vá embora, estarei em casa daqui a pouco e vamos conversar. - ele a empurrou - pode me aguardar.
–Vou vê-lo! Quero saber o que ele teve.
–Não! – Tom esbravejou - Verá e saberá só depois da nossa conversa.
–Seu desgraçado. – ela o atacou.
–Vamos começar com os adjetivos? – ele segurou o rosto de Laíssa com força e o ergueu forçando o encontro de seus olhares. – Vagabunda, putinha, vadiazinha, piran...
–Tudo bem. – Laíssa esbravejou e se afastou. – Vou ficar com Mateus, mas volto ainda hoje para passar a noite com Diego.
Ela o olhou, abriu a porta e partiu. Se ficasse e o enfrentasse seria pior, muito pior, voltaria a noite com mais calma, com roupas decentes e dormiria com o filho.
***
Chegou em casa de táxi, encontrou Bill e Mateus brincando no quintal, riu ao ouvir a risada gostosa e contagiante do pequeno com o Tio. Andou até eles, abraçou o filho e depois cumprimentou o cunhado com um abraço demorado.
–Como ele esta? - Bill perguntou.
–Quem? – Laíssa perguntou sabendo que a situação de Tom era bem mais preocupante que a do filho.
–Tom eu vi como ele esta e tenho dó de você, estava perguntando do Di!
–Esta bem, parece que foi apêndice, Tom pode explicar melhor quando chegar. – Laíssa explicou a Bill - vou entrar tomar um banho, depois se quiser pode ir.
–Não, vou ficar até Tom chegar. – ele esta furioso e fora de si, estou com medo que faça alguma besteira.
–Como me bater?
–Não sei, talvez pior.
“O que seria pior?” - pensou beijando o topo da cabeça de Mateus, entrando na casa e subindo as escadas como se carregasse trezentos kilos nas costas, entrou no banheiro e viu o seu estado no espelho, era de dar medo.
O cabelo parecia um ninho de passarinho, sua maquiagem estava borrada e vestia apenas a camisa flanelada de Matt, esquecera toda sua roupa n praia, na verdade nem sabia como tinha feito para se despir.
Tudo era tão vago e distante de suas lembranças.
– Matt! - ela pensou em ligar, mas estava tão cansada e dolorida que decidiu esperar, arrancou a camisa e entrou dentro do box, tomando uma ducha quente e demorada, depois vestindo suas próprias roupas, desceu e preparou o almoço, quando estava servindo Mateus filho, ouviu o carro de Tom estacionar no quintal.
Seu coração parou. Suas mãos derrubou o copo com suco de tão trêmulas que estavam.
Olhou para Bill, que a olhou e só desviou os olhos quando o irmão mais velho surgiu e parou na porta da cozinha, tirou os óculos escuros e deu a ordem ao irmão mais novo.
–Bill, fique com Mateus. – ele disse olhando para Laíssa – e não o deixe subir no quarto.
–Tom, você não acha que deve se acalmar primeiro?
–Obrigado por tomar conta de Mateus – Tom apenas disse e depois quando voltou os olhos para Laíssa disse:
–Venha!
Ela não se moveu.
–Vou dar almoço para Mateus na sala. – Bill disse poupando o sobrinho, que até aquele momento não sabia de nada o que havia acontecido com o seu gêmeo.
–Vai querer que eu te arraste pelos cabelos até o quarto?
–Se encostar em mim, eu te mato!
–Nunca te bati. – Tom brincou coçando o queixo – Bom, também nunca havia sido traido.
–Não te traí!
–Suba ou te arrasto pelas escadas.
Laíssa andou, passou por ele, o seguiu, que entrou no quarto e depois que a esposa passou, trancou a porta com a chave.
– Onde esteve? – Tom perguntou e antes dela responder ele se adiantou – Responda sem mentiras.
– Na praia, com um amigo. – ela respondeu, sem mentiras.
–Mas que praia? Que amigo? Por que dormiu fora de casa? - ele perguntou olhando para a porta do banheiro que estava aberta, desceu os olhos, viu a camisa de flanela e as havainanas no chão, sujas de areia - Estava com Ian?
–Não, ele se chama Matt!
Houve um silêncio mortal entre os dois. Tom ficou ainda mais pálido e Laíssa corou, baixando os olhos, com vergonha.
–Matt? – ele perguntou – Já é outro amigo? Já mudou de homem? - ele arregalou os olhos, não acreditando, estava chocado. - Que grandissíssima vagabunda você virou, a cada semana vai para cama de um macho diferente.
–Não, Tom – Ela se defendeu – Não fui para cama com nenhunm deles.
–Não? - Tom andou até o banheiro e pegou a camisa na mão - Só uma camisa e mais nada, nem calcinha e nem sutiã, onde deixou suas roupas íntimas?
Laíssa o olhou e não respondeu. Seus lábios tremeram e ela os mordeu para controlá-los.
–Onde as deixou? – ele berrou assustando-a.
–Na casa de Matt, mas não é isso que esta pensando.
–Não?
–Não, ontem a Mônica ligou e...
–Mônica?
–Sim, ela ligou e disse que...
–Cala essa boca, não pedi nenhuma explicação a você. - ele gritou com ela segurando-a pelo ombro e a levando de encontro na parede – Mônica? Esse tal de Matt também é amigo dessa vadia? É ela que esta selecionando seus parceiros de sacanagem agora?
–Não, é nada disso. Me deixe explicar. Por favor!
– Não! – ele gritou, ela fechou os olhos - Só para começar, sinto vontade de quebrar todos os seus ossos. Isso a amedronta? Está com medo de mim? Pois deveria. Eu mesmo estou assustado. Portanto, não me venha com desculpas. Não se atreva a vir para cima de mim com suas pobres, vazias e mentirosas desculpas.
–Não são mentiras.
Tom moveu-se tão rapidamente que ela nem sequer teve tempo de fugir. Agarrou-a antes de ela ter dado dois passos. Pegou-lhe pelo cabelo com tanta força, que ela deixou escapar um pequeno grito de dor e a jogou na cama.
– Por que seu namoradinho não veio com você?
–Não estava em casa quando acordei.
–Então, realmente fez sexo com ele?
– Te disse que não fiz sexo com ele. - ela tentou mais uma vez em vão - estava triste ontem, ele me ofereceu um ombro amigo ... eu acabei dormindo na casa dele.
Por um minuto, pensou que Tom fosse espancá-la.
Os olhos dele queimavam. Fuzilou-a e por um instante, pensou sim em bater nela.
Mas ele se controlou e perguntou em voz baixa:
– E ele conseguiu te consolar, foi bom deitar em seu ombro?
– Eu apenas peguei no sono, sozinha. - Laíssa se levantou da cama. – Foi só isso que aconteceu e mais nada.
Laíssa voltou-lhe as costas seguindo para o toalete, enojada daquela conversa. Mas ele agarrou-lhe o braço e o torceu com violência.
– Vamos ... Conte-me mais sobre seu amantezinho caiçara!
Ela tentou livrar-se dele, mas ele a agarrou com mais força, machucando-a.
–Me solta! – ela tentava se desvencilhar – Tom, por favor... Pare!
–Fale mais sobre seu amigo Matt, vamos quero saber! - ele torceu mais seu braço e sussurrou em seu ouvido, ignorando suas súplicas. - Estou curioso para saber mais sobre como ele a consolou.
–Esta doendo, pare!
–Fale, sua putinha traidora!
Laíssa perdeu o controle e falou.
– Sim, Tom! Ele me consolou e foi ótimo. - ela deixou as lágrimas rolarem - Ele muito melhor do que você! Ele é gentil, compreensivo, carinhoso e gostoso. E nada disso se aplica a você, seu traidor de merda!
Pelo espelho do quarto, Laíssa pode ver a reação dolorida no rosto de Tom.
Seu olhar sofrido fixou no dela e ali ficou por um bom tempo.
Como se ele estivesse digerindo cada palavra.
Lágrimas brilharam nos olhos de Tom.
– Sinto muito, Tom. Não queria dizer isso. Sinto muito.
– As suas palavras não significam nada para mim. O que você tinha para dizer já foi dito. Não volte atrás agora. - Ele a soltou com violência, como se tivesse nojo de tocá-la.
–Realmente, não queria ter dito isso.
–Vá para o inferno. – ele pegou a camisa de flanela de Matt do chão e jogou nela - Toma pegue essa camisa e volte para os braços consolador do seu amante.
–Que?
–O que foi? Rolou tanto na areia da praia ao fazer sexo com o namorado que entrou areia nos ouvidos? - Tom riu sarcástico - Pegue a blusa do seu amante e suma dessa casa.
–Não pode fazer isso.
–Posso e vou! – ele destrancou a porta do quarto, abrindo-a. - Nessa casa você não fica mais nem um segundo.
Tom virou as costas e partiu.
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