terça-feira, 27 de novembro de 2012

Reparação - Capítulo 23


– Quero que seja minha esposa novamente. - ele começou a acariciar-lhe as faces com os lábios e o canto da boca. – Quero que seja minha, só minha... Como antes. – Tom estava desesperado – Não sei mais o que dizer ou fazer para que entenda que não posso mais viver sem você. – Ele a segurou pelos ombros firmemente. – Quero você ao meu lado novamente, não suporto mais um dia longe de você e dos nossos filhos. – Durante um momento só houve silêncio, então Tom suspirou e disse - O jogo acabou Laíssa, agora!

–Oh, Deus Tom... Sim... E... Eu quero... Mas... - ela colocou as mãos na boca para abafar o choro. Suas palavras se afo­garam em soluços. - E Raquel?
–Você acredita realmente que tive alguma coisa com essa mulher? - a pergunta era carregada de dor e angustia.

– E... Você teve?

E ali estava á pergunta de um milhão de reais.

– Não vou te responder. – ele me olhou sério - Se ainda pergunta, é por que tem duvida da minha fidelidade. – ele então se levantou, pegou a toalha ao lado da banheira, enxugou as mãos e antes de sair disse:

– Vou deixar que você descubra por si mesma, mas lembre-se que no fim quero um pedido de desculpas e de joelhos!

–Mas...

–Pouco. Falta muito pouco, Laíssa!

–Pouco para que? – Ele fingiu não ouvir. – Tom... Do que esta falando?

Não deu tempo de mais nada, ele fechou a porta deixando-a sozinha no banheiro.

Ficou na água, mais um pouco, até senti-la morna e depois fria, na verdade estava com medo de sair porta a fora e encarar Tom, estava indo tudo tão bem e ela só devia ter respondido “Confio em você, não saia desse banheiro, fique e faça amor comigo como antigamente”.

Mas, ela havia estragado tudo.

Saiu da banheira, vinte minutos depois, voltou para o quarto, enrolada em um dos roupões atoalhados que havia encontrado atrás da porta, ela esfregou os cabelos molhados enquanto seguia para o closet, pegou sua roupa e quando voltou ao quarto para se vestir, parou e olhou em cima da cama, nela havia um vestido de chiffon preto super curto e uma calcinha da mesma cor, minúscula, ao lado uma sandália da Carmen Steffens que Tom havia lhe dado de aniversário, junto com o vestido.

Ficou olhando para aqueles objetos separados, um frio correu pela sua pele, um sorriso brotou em seus lábios, ela estava no jogo ainda. O que ele estava aprontando?

Sem hesitar tirou o roupão, passou um pouco de Dolce&Gabbana Light Blue e se vestiu. Secou os cabelos rapidamente, passou uma maquiagem leve e vestiu a sandália, pegou uma bolsa pequena e apagou a luz do quarto.

Desceu as escadas, ouviu vozes no escritório e foi direto para o cômodo.

Ele parou assim que a viu cruzar a porta, os olhos cor de mel semicerraram enquanto olhava para baixo para observar o curto vestido que ele escolherá. Sua pele se arrepiou em resposta ao olhar e Laíssa detestou perceber que havia corado.

–Mamãe, você esta linda. – Diego correu para abraçá-la.

–Você é a mãe mais linda desse mundo - Mateus também correu enlaçando os pequenos braços nas pernas nuas dela. – Mamãe não é linda, papai?

Laíssa levantou os olhos e Tom captou-os num sorriso charmoso e sexy ao mesmo tempo.

–Muito linda... Papai tem muita sorte! - ele andou até eles – Miranda vai ficar com eles.
–Aonde vamos? – ela perguntou a ele.
–Por ai! – Foi à única coisa que ele respondeu. – Não confia em mim?

Não foi apenas o que perguntou, mas sim o modo como perguntou que fez com que ela ficasse rígida, e ele, sorrindo.

– Eu confio! - Laíssa então riu, sentindo a onda agradável de prazer tomar conta de seu corpo.

Tom a levou em um dos melhores restaurante de São Paulo, o jantar aconteceu praticamente em silêncio e aparentemente rápido, tomaram champagne e talvez por esse motivo Laíssa se sentisse cada vez mais perturbada e ansiosa pelo que viria a seguir.

–Quer sobremesa? – Tom perguntou.
–Peça a conta... Agora! - ela disse colocando o guardanapo na mesa e olhando intensamente para o marido.

Tom sorriu e a atendeu.

–Obrigado, a noite foi ótima. – ela sentiu o frescor da noite em seu rosto quando sairiam do restaurante.
–Foi? – ele a olhou, cheio de más intenções.
–Sim... E quero que ela fique muito melhor.
– Quer? – ele sorriu com malícia, fazendo-a sorrir também, ele a abraçou forte, enquanto seguiam para a guarita do manobrista.

Laíssa o abraçou também, inalando todo o seu perfume, começou a dar leves beijos primeiro em seu tórax e depois mais audaciosa subindo pelo pescoço e no queixo.

– Deus, como eu desejo você - Tom murmurou quase perdendo a sua razão - Não posso esperar pelo carro para nos levar de volta para casa.

– Não precisamos esperar. Na verdade, eu não quero esperar - sussurrou Laíssa, e o grunhido dele a fez saber que aquela era a resposta que Tom mais queria e esperava ouvir. – Quero você aqui e agora.

Quase por instinto, eles se afastaram das luzes e entraram nos recessos escuros do jardim. De um lado, uma cerca viva os protegia da visão de quem estava no restaurante do outro, o luar e os reflexos da luz da cidade davam o ambiente ideal para o momento.

Um cenário perfeito para um sexo rápido e louco.

As mãos de Tom percorriam o corpo dela e ele nunca parecia tocá-la o bastante, sempre queria mais, Laíssa se aproximou dele, fazendo-o gemer, as mãos do marido desceram para os quadris dela e a puxou para mais perto.

– Eu quero você - ela falou, porque não havia mais necessidade de mentir, nem de esconder a verdade. Era verdade e, além disso, Tom sabia que ela estava o perdoando. – Rasgue minha calcinha e faça sexo comigo... Duro, sem preliminares... Apenas enfie e me faça gozar!

Ele explodiu diante daquele pedido.

Tom a empurrou contra as costas de um banco de madeira, pegando-a por trás com as mãos, e a levantou, sentando-a no topo do banco. Laíssa sentiu o beijo frio do ar quando ele levantou a saia do vestido. Ela tremia, sentia as costas ardendo quando os dedos dele se aproximaram do objetivo, provocando-a.

– Você está com frio? – ele murmurou, fazendo carinhos com o rosto no pescoço dela.

–Estou queimando e se não enfiar rápido, acho que morrerei.

Um puxão foi suficiente para ele rasgar sua calcinha e jogá-la no chão.

Então, com um grito rouco e abafado, ele a penetrou.

Aquela felicidade do momento da união dos corpos, por senti-lo em si, amando-a com violência. Não havia nada melhor como aquilo no mundo. Era tudo o que ela sempre quis. E então ele se moveu no inicio lentamente.

–Forte... Quero você entrando dentro de mim.

–Não quero te machucar.

–Oh Tom... Eu quero que me machuque... Não tenha dó... me machuque... adoro quando me machuca.

–Você é uma menina muito má! – ele deu um tapa em sua nádegas nua.

–Sim... Eu sou!

–Caralho... Lala... Tão molhada... Tão deliciosa... Não vou aguentar por muito tempo.

–Não aguente... me morda... me lamba... me bata... me coma... Faça o que quiser comigo... Sou tua... Tom... Só tua!


Ela choramingou completamente fora de si, louca e possuída pela chama do desejo.

Estava no seu limite, na beira do abismo.

Ela o arranhou, mordeu e o beijou.

Laíssa colocou as pernas ao redor de Tom, apertando-o e o puxando para mais perto. E ele correspondeu às exigências dela. Ela se entregava mais e mais e ele concedia tudo de si, até que não havia mais o que oferecer, para nenhum dos dois.

–Mais forte, mais fundo....Tom... Oh... Não pare... Eu vou gozar!
–Goze... Dê tudo para mim... Tudo! – ele bateu mais forte em sua bunda.
–Tom... Oh mais forte ... vou gozar...Tom – ela gemeu alto, segurou firme, jogou a cabeça para trás com a boca semiaberta, quando ele aumentou as investidas.

E quando ela chegou ao clímax, chamou seu nome tão alto que Tom teve de enfiar sua língua em sua boca e silenciar a morena com um beijo longo.

Laíssa se sentiu derreter, desfazendo-se em minúsculas partículas que se espalhavam no vento e se uniam com as estrelas e as luzes da cidade, antes de descer lentamente para a terra de novo.

– Você morre de desejo por mim. – ele sussurrou em seu ouvido.

– Morro e a culpa é sua. – ela gemeu, quase sem ar - Você é irresistível.

– Somente irresistível. Não pode desenvolver isso e elevar um pouco mais?

– É muito gostoso também. Cada delicioso centímetro do seu corpo.

Ele nada disse apenas sorriu e a abraçou com mais força. Ela ainda estava muito fraca nos braços dele, sem energia e com a respiração cortada, Laíssa encostou a cabeça no peito de Tom, as batidas do coração dele altas em seus ouvidos.

– Eu amo você - Ela sussurrou. Sobre o peito dele, enquanto lágrimas escorriam silenciosamente de seus olhos. – Te amo e senti tanta a sua falta.

Ela pertencia a ele de novo e nunca se sentira melhor, nunca o levara tão longe fazendo amor. Tom encostou a cabeça na de Laíssa, beijando o seu cabelo. Vulneráveis, as paredes que ela construíra ao redor de si finalmente haviam desmoronado.

– Coloque isso... e nunca mais a tire.

Laíssa observou e viu a aliança de casamento na mão do marido.

Ela lhe estendeu a mão esquerda, Tom introduziu a aliança no dedo anular da esposa, depois levou a mão aos lábios e beijou o anel demoradamente.

–Vamos para outro lugar, quero você ainda e não pode ser na nossa casa, não com sua mãe lá para ouvir seus berros implorando par eu ir mais forte... Esta noite seremos só eu e você. Sem críticas. Sem interpretações nem análises. Sem arrependimentos. Apenas gritos, gemidos e você elevando meu ego.
–Terei o maior prazer e, elevar tanto o seu ego quanto o seu enorme e delicioso p...

Ela não teve tempo de terminar a frase, Tom a puxou novamente para um beijo violento e a desceu de seu colo, ajudando-a se recompor, como dois adolescentes felizes e com medo de serem pegos pelos pais, correram para frente do restaurante, o manobrista entregou o carro e seguiram para continuar a noite, num lugar mais privado onde pudessem selar as pazes repetidamente sem serem interrompidos.


...


Chegaram a casa no Domingo de manhã, sorrindo e conversando baixo para não acordar Miranda e seus filhos, Laíssa fez o café da manhã, enquanto Tom colocou a mesa. Foi um dia especial em família, no almoço Bill e Jörg se juntaram a eles para um churrasco.

Tudo estava perfeito. Tudo finalmente havia entrado no eixo.

Ou quase tudo.


Até o outro dia, na Segunda à tarde.

Tom terminava uma reunião com o gerente de sua loja do Rio de Janeiro, quando o telefone tocou.

– Tom, não consegui entender o que essa senhora dizia. – a secretária disse nervosa.

–Passe a ligação. - Um arrepio gelado percorreu sua coluna. Alarmado, atendeu. - Miranda, o que houve? Não entendo o que diz. Fale devagar!

–É Laíssa... Oh Deus... Tom... Venha rápido!

Postado por: Grasiele

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