quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dangerous - Capítulo 9 - Ligação


Fui marchando, sentindo a raiva se esvair pelo corpo, não que ele fosse uma propriedade minha, mais eu o considerava como tal, a mulher conversava toda alegre, tentando inutilmente chamar a atenção dele, mais não conseguia, pois seus olhos estavam esbugalhados, olhando em minha direção.
Quem é essa? – Disse em alemão, no maior tom ríspido que achei.
A criatura, tiro sua atenção por instante do seu fútil agarramento com B. e olhou de cima a baixo para mim. Minha vontade naquele instante, era enche-la de pergunta, mais não ia perder meu tempo com ela.
B. deu um pigarro forçado, chamando a atenção.
E então? – continuei.
Minha nova namorada – Respondeu um pouco inseguro, devido ao meu olhar de reprovação a sua nova namorada.
– Dá pra falar em uma língua local? – Sua voz enjoada, atingiu meus ouvidos. A puta em questão estava com a mão na cintura, e a outra na cintura de B.
Oh, eles tinham intimidade,emocionei.
Isso acabou me irritando, eu devo confessar nunca fui muito propicia a divida, pais, amigos e meu irmão, quase sempre eu achava um jeito de fazer eles terminarem, com raras exceções,algumas eu vi que amava outras eram só pistoleiras. Eu decidi que não me rebaixaria ao nível dela e sim conversaria, civilizadamente, até o ponto de eu perde a paciência, o que era uma coisa que eu não tinha.

– Jeferson – Chamei ele pelo seu nome inteiro, o que fez ele me olha estranho, pois eu sempre o chamava de Jeff – vem cá.
Jeff acerto, o que me parecia, os últimos detalhes da próxima corrida, e veio cautelosamente até a mim.
– Sim – arqueou a sobrancelha, desconfiado – Alguma coisa?
B. olhava a cena curioso, tanto quanto Jeff.
– Quero correr – afirmei decidida. Não olhei a cara de B. mais sabia que ele não aprovaria.
E como se fosse pra pedi permissão Jeff olhou instantaneamente para Bruno, que estava com o semblante num misto de preocupação e incredulidade, devido ao fato de que eu disse que não ia correr. Mas sou instável, certas situações exigem certas atitudes.
– Correr?! – ele se desvencilhou da loira e se dirigiu a passos largos e decididos até a mim – Como assim correr? Você não pode correr!
– Tanto posso como vou – o encarei, levantando uma sobrancelha de modo desafiador – Você não pode me impedi – sorri cinicamente.
Bruno balançava a cabeça passando a mão na testa, limpando um suor invisível. De repente ele levantou a cabeça, e me encaro, parecia mais aliviado.
– Você não tem carro. – Falou sorrindo vitorioso.
– Tenho – assim que disse , seu sorriso se desfez – O meu carro, ele é veloz o bastante. – Blefei, eu sabia que não era.
– Nem que seu carro fosse o mais veloz do mundo, você não vai correr! – esbravejou, agora ele já estava irritado – Você, mais do que ninguém sabe o que acontece quando alguém corre com raiva, com a cabeça cheia, quer um remember? – Cuspiu as palavras na minha cara, não medindo-as.
Pensando que aquilo tudo era por causa de uma vadia. Se antes eu já a odiava,agora eu quero sua cabeça numa bela de uma bandeja, com o direito de uma maça na boca. Mas apesar de suas palavras dolorosas eu não voltei atrás.
– Me empresta – pedi a ele.
– Rokety....
– Sim ou não? – insisti.
Quando eu ia abri a boca pra pedi mais uma vez a vadia interferiu.
– Garota se toca – e eu nem a menos vi quando ela tinha vindo na minha direção, ao meu lado, e ainda por cima estando o dedo na minha frente – Ah já sei, você deve ser aquelas patricinha mimadas né? – Disse num tom pensativo – Olha ouvi meu amorzinho, ele sabe de tudo.
Ah ele sabe sim, só não sabe aonde a namorada dele está se metendo, pessoas não sabem dá amor a vida.
– Garota, se enxerga, vai fala pra quem quer te ouvir, não se meta nas conversas dos outros, lugar de puta é na esquina, eu me pergunto o que você faz aqui – disse prepotente, exercendo toda minha alta superioridade em cima dela, que me olhou espantada. Bruno nem Jeff se intrometiam, eles tem juízo, coisa que falta nesse ser. – agora se você me dá licença. Obrigado.
– Rokety – sua voz continha dor,desespero,preocupação, e um pedido desesperado para mim deixar tudo aquilo de lado.
Mais infelizmente a fúria me dominava, não me deixando ver nem ouvir nada, somente aquele meu objetivo insano: correr. Mais eu vi, ele a amava, os olhos dele não mentiam, o amor dele eu via que era verdadeiro, mais o dela, esse ai dava pra ver que era só por causa do dinheiro, odeio o dinheiro, porem não nego que ele é necessário nas nossas vidas.
Mais agora ele me tirava uma pessoa, uma pessoas importante, talvez seja exagero, ou drama, não sei, não quero saber, só sei que sempre vou odiar qualquer pessoa, que venha tira a atenção que eu acho que é só minha.
Eu sei que isso não é pra sempre, um dia ele vai achar uma garota legal, mais eu sei que não é essa, e quando ele encontra, eu vou apoiá-lo, é isso que os amigos fazem,
– Não – o cortei antes que ele continuasse – Vai curtir sua namorada. Como é o nome dela?
– Não importa – disse visivelmente triste – vai lá ganha por nós – deu um sorriso, porém sem humor nenhum.
Minha vontade, foi de pedir desculpas, volta e dar uma abraço apertado nele, e dizer que eu não ia correr. Mas meu coração dizia isso, já meu cérebro, esse dizia pra mim seguir em frente, isso era o certo.
Me virei dando de cara com Jeff.
– O Carro – agora já não soava como um pedido, porém eu não estava o obrigando.
Ele soltou um profundo suspiro e me entrego a chave, apontando um carro um pouco afastado da multidão.
– Obrigado – agradeci, lhe dando um abraço apertado.
– Cuidado
– Hey – coloquei minha mão em seu peito – não sou novata.
– Mostre isso ali na pista, e eu vou pensa no assunto.
Lhe mostrei a língua, e me encaminhei até seu carro, mas sem antes ouvir as perguntas irritantes '' quem é ela'' '' porque ela estava brigando com você '' , revirei os olhos diante de tanta futilidade de uma pessoas só.
Entrei no carro dele, todo equipado, próprio para corridas, passei a mão pelos botões que existiam no painel, creio que não vou usa muito deles,eu ia vencer. Liguei e me dirigi a linha perfeita de carros, aonde era o inicio da corrida. Os outros corredores, aceleravam mostrando o quão potente era o carro deles.
Assim que parei, no ultimo lugar no lado esquerdo, os olhares dos outros corredores se voltaram a mim, mais eu não me intimidei, fiquei na minha esperando. No meio da pista, havia uma moça, com uma faixa vermelha nas mãos, assim que ela soltasse a brincadeira ia começa.
– Hoje temos uma nova corredora – Anuncio Jeff.
– Novatos – desprezou um dos corredores.
– Logan, se eu fosse você, revia seus conceitos – avisou – ela já correu bastante. – me olhou de relance – Hoje você vai ter uma corredora a sua altura.
– Jeff – ele chamou – 5 minutos pode ser?
– Rapidinho.
Ele saiu, deixando ela lá, e veio correndo aonde eu estava, chegou ofegante e se encostou na soleira da porta do carro.
– Dá tempo – Disse rapidamente.
– Está tudo bem, eu não vou desistir, vai ser moleza – o tranqüilizei.
– Tem certeza? – me olhou nos olhos. Ato injusto.
– Sim – respondi – como eu disse moleza.
– Está brava?
– Eu – mais é claro que sim, mais não é com você, pensei – imagina de boa, vai lá curtir – disse irônica, me referindo a vadia – aproveita.
– Bruno! – Jeff gritou.
– Ok – respondeu, se virou pra mim – Cuidado.
– Hey, eu não sou novata.
– Não sei – deu de ombros – se você ganhar, a gente conversa.
E antes que eu pudesse retruca, ele tinha ido. Voltei a me concentra, a mulher no centro do palco levantou a faixa lá em cima, e no instante seguinte, eu já tinha acelerado, ficando do lado de Logan, que parecia se divertir, como se a vitoria já fosse dele. Doce ilusão.
– Desculpe novata – Gritou – Hoje você vai come poeira – Sorriu e acelero, me ultrapassando rapidamente.
Engatei a segunda marcha acelerando, eu podia ter passado ele, mais eu queria lhe dizer umas coisinhas.
– Desculpe Senhor Experiência nas Pistas – ironizei – mais quem vai comer poeira vai ser você.
– Não se você comer antes – retrucou.
– Então não dê o seu melhor, pois ele será pouco – Disse, segundos antes de o deixar pra trás.
E eu devo confessar, correr era maravilhoso, a adrenalina era única, mais do mesmo jeito que ela dava sensações maravilhosas, ela dava sensações dolorosas. E sem permissão, elas me invadiram, mostrando as mesmas cenas de hoje, porém a única mudança era os personagens, no lugar do Bruno, era eu, e no meu lugar era Gabriel.

– Para, vamos conversar – pedi desesperada, segurando seu braço, tentando o fazer para e olhar pra mim
– Depois Rokety, depois – Ele falou exaltado, e nem ao menos olhou pra mim, e sem nenhum esforço retirou minha mão.
– Me perdoa, por favor, não faz isso! – implorei, mais ele não se amoleceu.
– Porque você não pediu minha ajuda? Hein? – Se virou me encarando, e ódio era nítido em seu olhar – Você podia ter morrido! Porque tende a fazer as coisas erradas? Porque?
Ele nem ao menos me deu chance de resposta, se virou e continuo caminhando em direção ao seu carro.Eu chorava descontrolavelmente,chorava por mim, chorava por ele,me sentia suja, meu próprio irmão me censurando, eu sabia que era errado, mais era a única solução, e era tudo culpa do kaulitz.
– Já acabou – solucei – está tudo acabado. – falei um pouco alto, mais nada adianta ele estava decidido.
Eu fiquei ali parada, sem poder fazer nada, assistindo de camarote me irmão ir de encontro com a morte, por causa de mim, por um erro meu,eu me sentia a pior pessoas do mundo, por ter o magoado da forma mais estúpida da face da terra.


Eu já não estava na liderança, e agora isso pouco me importava, porém isso não me impedia de ganhar, Logan estava a alguns segundos da minha frente, ele só ganhava porque não tinha competidores competentes. Mais eu ia acaba com sua faminha de corredorzinho de quinta e era hoje.
Acelerei novamente, acionando o nitro, o que me deu um impulso gigantesco, me fazendo somente lhe mostra a língua quando passei por ele e mais nada. A vitoria era minha.

– Mais que diabos! – Exclamei, quando senti meu celular vibra no bolso na minha jaqueta. Olhei no retrovisor, vendo a distância do meu carro para o dele – Acho que dá – retirei o celular do meu bolso – numero privado, há vá pros quinto os inferno – porém mesmo assim eu atendi. – Alô – Disse ríspida.
– Deixo aonde a educação? – Disse sarcasticamente.
– Olha eu até poderia ser educada com você, mais acontece que você não merece nem minha atenção – coloquei o celular no outro ouvido o sustentando com o ombros. Eu só ouvi seu risinho do outro lado.
– Que ironia então, você está me dando sua atenção agora.
– É o apocalipse mesmo você na-
Não terminei de falar, eu estava tão concentrada em xingá-lo que me esqueci que nessa etapa na estrada tinha muitas curvas, e eu acabei batendo a traseira do carro.
– Droga, seu veado! Viu o que você fez eu fazer? – Disse furiosamente, dirigindo com uma mão só.
– Que barulho foi esse, caiu da cama? – perguntou – pelo barulho... – riu.
– Não seu idiota bati numa curva – respondi raivosamente.
– Falando no telefone enquanto corre, interessante – Debochou o ser do meu lado – Thau.

E eu nem podia reclama por ele ter me passador, eu estava falando com o filha da puta do Bill.
– Correndo – Disse pensativo – Cuidado. Vai que... – deixo a frase no ar.
– Vai que o que? – engatei a outra marcha, fazendo outra curva, ou eu acelerava, ou eu perdia pois a linha de chegada era a mais duas curvas e Logan estava na frente, com uma pequena vantagem.
–Sabe né, vocês irmãos tendem a fazer a mesma coisa. – riu.
Ele tinha mexido na ferida, e ainda ria, como ele pode?
– Filha da puta! – Gritei no celular – Culpa sua! – eu sentia o ódio em minhas palavras, pois eu apertava o volante com uma força totalmente desnecessária.
– Eu? – Disse inocentemente – Desculpa mais corridas não são pra amadores. – engrossou a voz – Seu irmão era de maior e vacinado, Ele sabia muito bem o que fazia – Disse rude – ninguém o obrigou a nada.
– Você sabe o motivo! Não seja faça de idiota – Gritei novamente com a toda a raiva que podia.
– Claro que sei – respondeu ríspido – uma vagabunda igual você que não consegue se prende a um homem só, e parece uma cadela no cio, dá e depois não arca com as conseqüências. Ou melhor – riu sem humor – arca, mais de um modo diferente.

Desliguei em sua cara, não querendo ouvir ele jogar a culpa de um lado para o outro, como se ela fosse uma bolinha de ping pong, passei as mãos no meu rosto enxugando as teimosas lagrimas que caiam dos meus olhos. Suspirei e no segundo seguinte só ouvir um estrondo, e vi o carro girar diversas vezes, até que ele paro no que me parecia um poste, fechei os olhos lentamente, sentindo o sangue escorrer pela lateral do meu rosto.
No final Bill estava certo, irmãos tendem a fazer a mesma coisa.

Postado por: Grasiele

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