quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dangerous - Capítulo 3 - Bill


Ótimo. Já íamos começa com as provocações, eu xingando ele, e ele me falando – e mostrando – o que eu fazia. Eu sabia que estava exagerando, afinal ele só tinha se drogado algumas vezes, era isso que eu sabia pelo menos. Mas agora já tínhamos começado, e íamos até o fim.
– Então Bill, já contou a sua mãe que aqueles sangramentos no nariz, não é renite? – provoquei, Bill que até então segurava meu pulso, o largo, mas não foi nem um pouco delicado. Se é que ele conhece essa palavra.
– Não. E você, Rokety Françis já disse a seus pais, o que faz quando vê uma gilete? – retrucou. Ele tentava se mostrar calmo, esboçou até um sorriso de canto, mais suas mãos estavam cerrados em punhos.


Cansei. Ficar ali discutindo coisas inúteis com ele, não ia me levar a lugar nenhum. Droga! Quando eu penso que as coisas iam melhora, que tudo enfim estava se encaixando, que eu ia ter uma vida feliz dos lados das pessoas que amo,Bill me aparece dos quintos dos infernos. É minha cina. Ou é azar mesmo.

Sempre foi assim. Bill e eu aprontávamos um com o outro pra ver quem ia mais além. Desde de pequenos já mostramos indícios de que não íamos muito com a cara do outro. Mas quando grandes tivemos que mudar nossas costumes a amadurecer nossas ideias. Tínhamos responsabilidades de adultos, mas éramos tratados como crianças mal-criadas.

Levamos pra escola nossas brigas e desavenças, rebeldes, assim a diretora nos denominou. Discordo. Éramos apenas adolescentes querendo a todo custo descontar nossas frustrações um no outro de uma forma na da legal.
Éramos escrotos e arrogantes, grandes filhas da puta de merda. Se alguém ligava? Estavam poucos se lixando pra nós. Nem nós próprios.

Nossos pais eram pessoas importantes, tinham negócios que precisavam dá atenção diária deles. Eles nunca se importavam em dedicar um tempo conosco, fazer aquelas perguntas chatas, do tipo ''Como vai na escola?'' ou '' E os namorados, as notas?''. Era sempre trabalho, dinheiro e mais dinheiro.

E nós? A nos gastávamos eles com roupas lindíssimas pra eles nos esfregar na cara dos amigos deles, perfeitos bonequinhos. Talvez seja por isso ficamos tão rebeldes e escrotos, afinal aprendíamos que quem tinha status e dinheiro, tinha poder, e que por esse motivo éramos melhor que os outros.
E sendo assim eu podia fazer o que bem entendesse afinal meus pais não estavam nem aí e eu tinha dinheiro, e quem tinha dinheiro, podia fazer tudo.
Mas acho que o que me levou a ter um relacionamento mais próximo com o Kaulitz, foram nossos amigos, eu era muito amiga do Bruno, que vivia conversando com Tom e Georg, e Carol – minha amiga – tinha um rolo com Gustav. No final ficou um grupinho só
Eu, Bruno, Bill, Tom, Georg, Carol e Gustav.
O grupo mais odiado no colégio, pois ao contário deles, eu não fazia questão de ser boazinha ou legal, pisava e ainda cuspia naqueles pessoas,por isso eu sabia que ninguém realmente gostava de mim e de Bill, a gente sempre foi rudes e arrogante.
Talvez por isso minha relação com Bill deu tão certo assim, nós não exigimos nada um do outro, nos odiamos profundamente e isso bastava, na escola ou em casa ermos iguais. Mas isso mudou, muitas coisas mudaram.
Mais isso é outra história.




– Que sorte – Disse, me tirando dos meus pensamentos.
– Sorte? – Repeti, num misto de incredulidade e confusão.
– È, que sorte a sua, estou aqui e você ainda pode me pedi um autografo, quer mais sorte que isso? – Pergunto. Mais eu não acreditava no que ouvia, pessoas com o ego inchado são fodas.
– Sorte – repeti indignada – Só se azar mudou de nome. E quem foi que coloco nessa sua cabeça cheia de spray que eu quero um autografo seu? – perguntei com desprezo – Desculpe, mais eu não escuto qualquer porcaria, que jogam na mídia, e todo mundo escuta. – ele me encaro perplexo, obvio que ele sabia que eu estava falando das musicas dele, ou de qualquer porcaria que ele faz.
Ele jogou a cabeça pra trás, balançando ela negativamente, voltou a me encara, e depois mirou o capo do carro seguindo até ele, retirou o que me parecia um saquinho, despejou a farinha, e fez uma pequena fileira, a sugando em seguida.
– Ah! – Disse. Seu nariz estava vermelho, ele passou a mão freneticamente por ele, e depois soltou um pequeno espirro.

É me parecia que ele ainda tinha o hábito de se droga, e depois ainda vinha falar de mim. Paciência com pessoas desse tipo.
– Sabe qual a parte boa em você? – pergunto – se é que isso é parte boa – murmurou.
– Qual? – Disse, sem o menor interesse.
– Por que na real, nós nunca nos esforçamos nem um pouco pra nos darmos bem – retirou um cigarro do bolso. Esse ai tem os dias contados – , ou gostarmos e aturarmos um ao outro – deu uma tragada. Soltando novamente a fumaça na minha cara.
– Imbecil – Disse dando um soco no ombro dele
Ele sorriu e continuo.
– Sou eu mesmo com você , e você é a mesma comigo. Não precisamos fingir algo, por que de qualquer jeito vamos nos odiar e brigar igual, então não faz a mínima diferença.
– Que bom – Dei um sorrisinho, mais no fundo eu concordava com o que ele disse – Agora eu tenho que ir – Me afastei poucos passos, e Bill segurou um dos meus braços. Eu olhei pro braço que ele segurava e depois pra ele – Solta?
– E o beijo?
– Que beijo – Disse irônica.
– Esse – Disse, antes de selar nossos lábios.

E lá vamos nós, novamente.

Postado por: Grasiele

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