quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dangerous - Capítulo 11 - Outra Versão


– Filha da puta! – Gritei assim que ela arranco com o carro – Filha da puta! – Repeti, porém, de nada ia adianta. Ela já estava longe, provavelmente rindo da minha cara.
Chutei o chão levantando a poeira tentando voltar para a Terra, forcei a mente tentando me lembrar qual foi o ponto de partida que de inicio ao que somos hoje, de quando tudo realmente mudou, de como eu havia me tornado o que sou hoje, sem sombra de duvida um grandessíssimo filho da puta, e bem, ter feito meu amor de criança por Rokety ter se tornado isso: um jogo, no qual no final não havia perdedores ou ganhadores, havia somente obsessão pelo sofrimento do outro. Éramos compulsivos.
Até que chego um dia, em que, nos denominados inimigos com benefícios, e as coisas começaram a desenfrear, não fazíamos mais algumas coisas, mais o ódio permanecia ali, a arrogância, o cinismo, não saiam de nossos rostos, nem nas palavras. Eu mudei, ela também mudou, crescemos e nos transformamos. E junto o amor que um dia eu sustentei por ela, que agora era só uma lembrança.
Pois é, eu era apaixonado pela garotinha de olhos caramelo, mas juntos, com o tempo, fizemos esse sentimento evaporar, sumir no vento. E ele se perdeu, em uma esquina, nas palavras, nas atitudes e no tempo. Se foi, e creio que não voltara tão cedo.
Eu pelo menos achei que jamais ia voltar a vê-la novamente, que o que tinha acontecido anos a trás ia ficar lá, em hipótese alguma imaginei encará-lo," o passado", novamente reviver tudo outra vez. Pois eu não era o mesmo, eu tinha que ser o exemplo, junto com meu irmão, o cara romântico, que meninas do mundo inteiro suspiravam só de ouvir o nome.
Não é que eu não seja assim, não sou uma farsa, porém nem tudo que digo é verdade, às vezes temos que falar aquilo que as pessoas desejam ouvir, e só.
Pensei que com a idade, algumas coisas não me atormentariam como antes, mais não adianto, nos tínhamos fudido com nossas vidas de vez, tínhamos traçados caminhos diferentes, mais, porém, no final nossos caminhos voltaram a se entrelaçar, como que para nos fazer reparar os erros. Uma segunda chance? Só que quando estamos frente a frente nos tornamos tão insensíveis, tão egoístas e frios, que até eu mesmo me surpreendo com minhas atitudes.
Como hoje, parece que sua presença trás em mim tudo aquilo que eu não quero ser, mas quando vejo já estou sendo, agindo e falando. É como se a parte irracional dominasse a parte racional, em uma velocidade espantosa, e dali por diante quem tinha controle de mim é outra pessoa, mas eu sei que no fundo sou eu.
Virei metade do rosto, encarando o nada, e de repente senti repulsa de mim mesmo, ou da forma em como conseguia ter todas as mulheres do mundo e no fim sempre voltar para ela. Não importava com quantas mulheres eu dormisse, ou quantas delas eu enganasse, no fim eu sempre voltava para Roky, para seus braços e seu corpo em chamas, para seu sorriso insensível, e debochado, porém ainda assim doce e sincero, era como se a corrente de ódio que nos unia fosse maior que tudo,éramos como um imã, nem a distancia foi capaz de nos desgrudar, e, não importava o quanto brigássemos ou nos ofendêssemos, éramos ligados um ao outro. O que era uma merda na verdade. Que não podia ser ignorado, pois era obvio demais.
Bufei pegando meu laço jogado no chão e colocando ele por cima da camiseta amarrotada e sem metade dos botões - por culpa da Rokety - tentei arrumar meu cabelo, mas acabei desistindo de tentar algo com aquele ninho, e agora eu teria que enfrentar a luz do sol por mais tempo tentando achar um carro que me levasse pra casa, rosnei colocando meus óculos de sol e andando por aquela estrada vazia.
Ajeitei meus óculos e puxei meu maço de cigarros, trazendo junto meu isqueiro, sorri torto acendendo um cigarro e o levando até boca, puxando o trago e logo soltando à fumaça, sentindo o cheiro prazeroso arranhar minhas narinas e garganta, o que me renderia um belo de um puto câncer de pulmão.
A primeira coisa que fiz assim que andei alguns metros foi ligar para o Tom pedindo que viesse me buscar. Lembro-me da ultima vez que vi Rokety, ela ainda era uma menina, agora já era uma mulher, mais ela continuava a mesma.

Nessa época já éramos famosos de certa forma, fazíamos shows em várias casas noturnas e em outras cidades, e eu ia brevemente à escola, só pra ver alguns amigos, e entrega alguns trabalhos. Mas naquele dia eu tinha ido pra outra coisa. Todo mundo ia saber que a fodona da escola na verdade não era tão foda assim.
Já era fim de tarde, eu iria passar em casa, dar um beijo na minha mãe e em Gordon, pois íamos viajar para uma pequena turnê, aonde iríamos nos lançar mais no mercado da música. As visitas então iam ficar cada vez mais raras.
Subi no meu quarto, para memorizá-lo, e seria até bom, não queria estar perto para saber o fim trágico dela, ela mereceu. Se fosse eu no lugar dela, creio que ela não pensaria duas vezes, eu ainda fui bonzinho, contei só agora, claro que isso devia ao fato que ela sabia algumas coisas minhas.
– Está satisfeito? – Ouvi sua voz abafada pelo vidro da janela. – Além de contar ao meu irmão você tinha que contar ao colégio inteiro? – passou a mão no rosto limpando as lágrimas – Ah não! Você tinha que contar mais, contar tudo! – Bateu palmas rindo.
Sai da minha inércia e abri o vidro, pulando da minha sacada pra sua a encarando. Senti um arrependimento mais isso logo passou.
– E você? Acho que iria me enganar? – Perguntei-a encarando furioso.
– Enganar? – Repetiu com desdém – Que eu saiba nós não tínhamos nada, logo não tinha quem enganar, quem está se enganando aqui é você!
– Se aquilo era um nada – Falei no mesmo tom de desprezo que ela usou – Não sei o que pode ser um namoro!
Ela desviou o olhar, encarando o por do sol. Respirando profundamente.
– Deixa pra lá, agora todo mundo já sabe aquilo que eu me empenhei tanto em esconder. Obrigado – Voltou a me olhar, seus olhos não tinha brilho, era vago.
– Vai lá, diz tudo que você sabe sobre mim! – incentivei, apontando o nada.
– Pra quê? – Disse baixinho – Só iria confirmar o que você disse.
– Eu não falei tudo... – Falei lentamente, vendo ela me olhar cautelosa – tem uma coisa da qual só você precisa sabe mais ninguém...



– Entra ai – meu irmão mais velho disse, assim que parou da rua que eu lhe indiquei. Desencostei-me da mureta que estava e abri a porta – Quero te conta uma coisa.
– Pode falar – Disse colocando cinto e me ajeitando no retrovisor. Tom acelerou com um sorriso malicioso no rosto.
– Sabe aquela mina que estava acompanhando a Roky?
Dei de ombros.
– Não – balancei a cabeça – mais continua.
Tom fez uma cara de desgosto e continuou.
– Era a Aline, consegui o número dela, acho que vou sair com ela – Disse indiferente.
De repente uma ideia passou pela minha cabeça, talvez pro meu irmão aquilo era só uma mulher na sua agenda, ou na sua cama, mais pra mim, era um jeito de me vingar da Rokety.
– Você vai sair com ela – mandei firme.
Tom me olhou estranho.
– Como é que é? – me olhou um pouco serio. Tom odiava ser mandado.
– Olha – comecei – você vai fazer assim, vai sair com ela, e vai consegui o número dela pra mim, simples – expliquei sorrindo.
Ele balançou a cabeça, parecia pensar.
– Pense você não tem nada a perder – acrescentei.
– Eu sei – Falou – to pensando em um dia na minha agenda – Olhou pra mim e sorriu malicioso.

No caminho eu lhe contei minha conversa com a Rokety, e tudo que tinha rolado, até porque não adiantaria esconde segundo Tom ele tinha sentido, obvio que eu achei muito gay, mais eu continuei até a parte de agora.
– Você sabe muito bem que isso é uma injustiça né? – Tom perguntou indignado. E eu não compreendi.
– Como assim? – lhe encarei confuso.
Já estávamos dentro da garagem de casa, em um dos bairros mais chiques de L.A. Tom bufou e saímos do carro no mesmo instante.
– Esse era meu sonho! Meu! – Disse decepcionado, eu ainda não entendia. – o privilégio de transar no capo do carro deveria ser meu, pois eu sou o irmão mais velho – explico com um pouco de manha na voz.
E foi inevitável não revira os olhos diante na idiotice que ele disse.
– Ok, você quer transar no capo do carro? – Perguntei seriamente. Ele assentiu com uma alegria súbita – Então faz assim, abaixa as calças e se escora ali que eu já vou tá?
– Ah vá se fude Bill – me mostrou o dedo e entrou pra dentro. E eu fiquei ali rindo.
– Ah Tom se decida né! – Gargalhei – Quer ou não quer? Eis a questão – Disse, porém, ele não ouviu.


Eu estava impaciente, tamborilava os dedos na mesinha, olhando o relógio e conferindo o celular de minutos em minutos. Ele estava demorando.
– Querida cheguei! – Anunciou assim que entro em casa. Tiro a chave do bolso e deposito na mesa de centro em seguida se jogando no sofá ao meu lado.
– E aí? – Perguntei ansioso.
– Aqui – Retirou do outro bolso, um papel, aonde continha o número que eu queria.
O número dela.
– Olha bem como você vai usar isso – Me aviso.
– Quase achei que você não ia conseguir – Brinquei.Desviando do assunto.
– Missão dada, missão cumprida – Se gabou.
– Pode deixar vou usar de bom jeito – Garanti sorridente não acreditando nas minhas próprias palavras.
– Vamos sair à noite – Disse. Não era uma pergunta.
– Vamos é? – Lhe encarei, de modo desafiador. Arqueando a sobrancelha.
– Andreas veio de ''férias'', e nos convido pra dá uma volta – Explicou.
– Quando? Aonde? – Perguntei mais interessado.
– Em um lugar afastado da cidade, coisa proibida – Sussurrou sorridente. – Depois das dez, e quando termina só Deus sabe...
– Fechado – Garanti – Liga pra ele confirmando.

Deixei meu irmão esparramado no sofá e subi as escadas, não desviando em nenhum instante os olhos do numero que tinha no papel, eu queria liga, mais provavelmente quando eu ouvisse sua voz, a minha se esconderia em algum lugar dentro da minha boca. Pensei que nunca ia sentir isso que estou sentindo de novo, o medo, a raiva, a angustia, mais senti, mais uma vez, e mais forte.


Bufei. Mais uma vez, em um espaço de tempo de um minuto, o motivo era que estávamos com nossos carros, parados no meio do nada, em uma estrada de chão, em um lugar mal iluminado, esperando tediosamente que Andreas surgisse do além pra nos levar ao lugar que iríamos. E quando eu pensei em ir embora e ligar pro Andreas ir tomar aonde o sol não bate, seu carro surgiu ao longe, me fazendo ergue as mãos pro céu, sussurrando um aleluia mentalmente.
Ele paro com seu carro entre o meu carro e o do Tom abaixando o vidro, logo que a fumaça tinha se esvaído pelo ar.
– Quanto tempo!
– Já não era sem tempo! – Resmunguei. Ele revirou os olhos, ignorando meu comentário prosseguiu.
– Vamos, ou chegaremos atrasados – Disse – Me sigam, se puderem – Disse prepotente, acelerando seu carro, nos fazendo comer poeira.

Não pensei duas vezes, e acelerei, ouvindo ao fundo o pneu cantar, Andreas fazia zig-zag na pista, mais logo ficamos os três alinhados, sentindo o vento em nossos rostos. Não passou, muitos minutos, e logo tínhamos chegados. O lugar era bem diferente e bem afastado, tinha vários carros, de diversos tipos e marcas, as mulheres, a melhor parte, usavam roupas minúsculas.
– Adorei – Tom disse, em um tom de admiração – Ai mamãe! – esfregou as mãos, passando a língua nos lábios.
– Calma ai garanhão – Disse me encostando na lateral do carro, observando o paraíso de mulheres – Vai ter que deixar um pouco pro macho alfa.
– E viva a diversidade de espécies! – Andreas disse, olhando as morenas, loiras e ruivas.

Andreas nos trouxe em uma pista de corridas, as apostas eram altas, eu logo apostei, no que ele disse ser o melhor daqui. Logan.
– Como sabe daqui? – Perguntei a Andreas.
– Um amigo meu – Respondeu.
– Quando eles começam a correr? – Eu estava ansioso. Olhei para o lado e Tom não estava – Cadê o Tom?
– Daqui a pouco, disse que foi tomar um ar – Deu de ombros – O ''ar'' dele veste salto, é loira, tem uma boa comissão de frente e de trás – Respondeu, e nós caímos na risada.

Porém minha risada se desmanchou assim que vi ela, chegando, ela paro falo com um homem, parecia feliz, a maioria dos homens a comia com os olhos, mais assim que seus olhos se voltaram para Bruno, ela se enfureceu, não quis mais olhar, a vida dela não me interessa.
– Vai começa! – Andreas disse.
E em poucos segundos tom voltou, suado e ofegante.
– Nossa que ''arzão'' hein? – Ironizei. Rimos.
– Fazer o que né? – Limpou o rosto e mirou a pista – E que a brincadeira comece.

Todos os carros estavam posicionados , acelerando sempre. Assim que ele pegou o megafone, eu o reconheci. Jeferson.

– Hoje temos uma nova corredora – Anuncio Jeferson.
– Novatos – desprezou um dos corredores. Mais logo o reconheci, era Logan.
– Logan, se eu fosse você, revia seus conceitos – avisou – ela já correu bastante. – olhou para uma das corredoras. Era Rokety. – Hoje você vai ter uma corredora a sua altura.
– Jeff – Bruno chamou – 5 minutos pode ser?
– Rapidinho.
Então ela iria correr, isso era ótimo. Bruno se inclinou e falou rapidinho com ela, Rokety parecia confiante. Mais eu ia acabar com sua confiança. Peguei o celular do meu bolso, e procurei seu número.
– Você não vai fazer isso – Disse descrente do meu lado.
– Nada de mais, olha o número dela – Me defendi.
– Bill eu sou seu irmão, vai menti pra mim? – Arqueou a sobrancelha.
– Ela vai sobrevive e-...
– Uau! – Andreas exclamou, passando a mão na cabeça, abismado – Que novata do caramba velho! Bill você vai perde seu dinheiro
E quando eu vi, meu dedo tinha apertado o botão, e eu já estava ligando pra ela, como toda pessoas racional, ela não iria atender, mais como era de espera, ela atendeu.
– Alô – Disse ríspida.
– Deixo aonde a educação? – Respondi sarcasticamente.
– Olha eu até poderia ser educada com você, mais acontece que você não merece nem minha atenção – Bufou do outro lado da linha. Eu ri, da sua tamanha estupidez, de brigar comigo no meio de uma corrida.
– Que ironia então, você está me dando sua atenção agora.
– Depois que você quebrar a cara não diga que eu não avisei – Tom disse, se afastando e ficando do lado de Andreas.
– É o apocalipse mesmo você na- – Ela não terminou de falar, ouve um estrondo do outro lado da linha, voltei rapidamente meus olhos para a pista, mais desesperado do que o normal. Mais não pude ver nada.
– Droga, seu veado! Viu o que você fez eu fazer? – Disse furiosamente, e eu soltei um suspiro de alivio, imperceptível aos seus ouvidos.
– Que barulho foi esse, caiu da cama? – perguntei sapeca – pelo barulho... – ri, mais era de felicidade, uma felicidade súbita, era só por saber que ela estava bem.
– Não seu idiota bati numa curva – respondeu raivosamente. Menos mal.
– Correndo – Disse em um tom pensativo, mais era claro que eu sabia o que ela estava fazendo. – Cuidado. Vai que... – E quando eu vi eu já tinha falado, tocado no assunto intocado, essa não era minha intenção.
– Vai que o que? – Perguntou. Mais ela sabia o que eu quis dizer.
Suspirei.
–Sabe né, vocês irmãos tendem a fazer a mesma coisa. – ri nervoso. Querendo que por esses milésimos, ela tivesse juízo, e não fizesse nada de errado. Fosse forte.
– Filha da puta! – Gritou no celular – Culpa sua! – eu sentia o ódio nas suas minhas palavras. E aquela preocupação de repente não existia mais. E o meu ''eu'' arrogante falou por mim.Quando ele devia se calar.
– Eu? – Disse inocentemente – Desculpa mais corridas não são pra amadores. – engrossei a voz, sentindo a raiva se apoderar das minhas palavras. – Seu irmão era de maior e vacinado, Ele sabia muito bem o que fazia – Disse rudemente – ninguém o obrigou a nada.
– Você sabe o motivo! Não seja faça de idiota – Gritei novamente do outro lado.
– Claro que sei – respondi ríspido – uma vagabunda igual você que não consegue se prende a um homem só, e parece uma cadela no cio, dá e depois não arca com as conseqüências. Ou melhor – ri sem humor – arca, mais de um modo diferente.
E assim que disse essas palavras, me arrependi no segundo seguinte de telas dito. E quando eu ia me desculpa, só ouvi o Tu-Tu-Tu do outro lado da linha. Era tarde demais para tudo, para desculpas e para palavras não ditas. De longe o barulho do carro derrapando sobre o chão era alto o suficiente para todos ouvirem, inclusive a mim. Levantei meus olhos, não crendo no que meus olhos viam, tudo que eu não queria aconteceu, e era culpa minha.
Por fim, seu carro paro na encosta de um muro. Sem permissão meu corpo se colocou ereto, indo em direção a ela, mais Tom me barrou.
– Agora não Bill.
– Mas... – Tentei argumenta.
– Não – Disse mais firme.
– Mina louca velho – Disse Andreas com a mão na cabeça e de boca aberta, diante da cena.
– Se lembra da Rokety? – Tom perguntou.
– Sim, sim vagamente – Andreas respondeu sem importância.
– É ela ali naquele carro. – Respondi com a voz falha.
Andreas me olho com os olhos arregalados.
– Que porra de mundo pequeno?! Vamos embora, daqui a pouco pode aparece tira – Avisou – isso não seria bom pra vocês.

A ultima imagem que tive, sobre aquela cena, foi de Bruno desesperado, eu por varias vezes agradeci por Bruno existi na vida dela, pois na maioria das vezes, ao invés de ser um ombro amigo, eu somente piorava as situações, afinal nunca fomos amigos, para dar conselhos.

Eu estava atordoado , sem rumo, sem direção,fica mentalizando que ela ia ficar bem, não é tão ruim, pensei.
Mais é ruim o bastante.Acrescentei.
Deixei que Tom respondesse as futuras perguntas de Andreas no andar de baixo, enquanto eu amanhecia o dia, pensando nela, em como ela estava, se estava bem, o que tinha quebrado, e a pior de todas, se estava viva.
''Do jeito que eu sou azarado, creio que pra minha infelicidade você não morreu''
Lhe mandei essa mensagem, querendo que ela visse o real significado por trás dessas palavras grossas. Eu esperava que ela não tivesse mal.
''O que não me mata me deixa mais forte'' Respondeu.
E o que eu senti, creio que não poderia ser descrevido, mais a paz que me invadiu era boa demais, alivia a minha alma. O sorriso que se formo nos meus lábios era gigantesco.
Eu estava feliz por mim, feliz por ela. Pela minha Rokety.

Postado por: Grasiele

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