quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dangerous - Capítulo 15 - O Lado Avesso Da História


– Por favor, pessoal colaborem – Pediu em uma voz tão suave, que se não fosse um assalto, não conseguiríamos definir que aquilo era na verdade uma ordem escondida através de palavras leves.
E olha como o mundo é, não que o mundo seja um lugar fácil de viver, aonde todos vivemos na igualdade, mais veja, você da tudo de si, dá seu sangue pra que consiga algo melhor as vezes nem é por você, mais sempre vai vim alguém pra acabar com o pouco de felicidade que você ainda tem.
Bruno pagou e ainda paga o preço do erro de sua mãe, que ainda jovem e sem um futuro abandonou seu primogênito em uma casa de adoção qualquer, não que ele tivesse culpa, mais Richard o culpava por ter tido tudo que ele não teve, inclusive amor.
E ainda que tenha sido um ato desesperado de uma garota jovem, talvez tenha sido crucial para o que aconteceria no futuro.
E assim como Bill era meu carma ou cruz na minha vida, do qual eu vi que não adiantava eu fugir, pois sempre iríamos fazer escolhes aonde nossos caminhos possivelmente iriam se cruzar, Bruno também tinha a sua cruz pra carregar, que sua mãe morreu sem levar ao destino final, e que ficou pra ele, sem escolhas, sem lamentações.
Seu nome era Richard Smmartinel, o sobrenome Coller se derivava do pai de Bruno, e não da mãe. Como era amiga de B. lembro perfeitamente como tudo começou, mas ao contrario de mim e de Bill, esse ódio não existiu desde sempre, ele foi se desenvolvendo com o tempo, e com a convivência. Bruno e Richard já foram crianças normais, daquelas que brincavam e não fazia atos pra machucar um ao outro, mais isso foi há muito tempo atrás, tanto tempo que talvez nenhum deles se lembre. Mas eu lembro, lembro cada segundo e cada palavra.
Quando B. tinha mais ou menos dez anos de idade, uma criança inocente e sem noção de nada, Claire e Feris chegaram com a noticia de que ele teria um irmão, mais que ele seria um ano mais velho, nunca o disseram a verdade, ambos não sabiam que na realidade eram irmãos de sangue e não de coração. Claire em hipótese nenhuma iria dizer a verdade, deu a Richard tudo que uma criança na idade dele poderia ter e tudo que o dinheiro poderia comprar, mais desde pequeno ele já mostrava indícios de uma pessoa de má índole.
Mais ele sempre usava a desculpa que era adotado que seus pais verdadeiros não o amavam, isso para tudo. Mais nada do que ele fazia poderia se justificar, ele fazia mal as pessoas por prazer de vê-las sofrendo. E isso não tinha desculpa.
B. sempre foi o que é hoje, doce e meigo, era até mesmo zoado na escolinha por andar com uma garota, mas ele não se importava naquela época, a nossa amizade valia mais que tudo. Mais meu amigo também se desviou, apesar de ter menos motivos que eu e Richard, afinal, Claire sempre foi presente, e Feris um ótimo pai, e apesar deles trabalharem tanto, sempre tentavam ter tempo pra Bruno, e conseqüentemente Richard. O que só me faz crer que a única culpada de seu desvio naquela época seja eu mesma. A garotinha fútil, sem vida e sem sentimentos.
Nós fomos crescendo e Richard ficava cada vez pior, irreversível,a um ponto que ninguém o queria por perto, só seus amigos doentes igual a ele, mais tarde descobrimos que ele praticava do mesmo esporte que Bill, só que dez vezes pior, e isso se espalhou pras bebidas, cigarros e todo tipo de orgia, usava e abusava do que o dinheiro o proporcionava, era desleixado nos estudos e na sua vida, e depois que a desculpa da adoção estava gastada ele começou a usar de que seus pais não o amavam porque Bruno era melhor que ele, o que era uma puta de uma verdade, mais ele reclamava e não movia um dedo do lugar pra tentar pelo menos se igualar a Bruno, que apesar de ser persuadido por mim, ainda tinha mais juízo que Richard.
Se assim estava ruim, quando Richard descobriu toda aquela farsa só faltou quebrar a casa porque os moveis ele conseguiu, xingou meio mundo e descontou tudo em Bruno suas frustrações com a vida, que na verdade o único culpado de sua vida ser do modo que era, era única e exclusiva dele, e de mais ninguém.
Meu amigo apesar de não ter nada haver com aquilo, se sentiu culpado por algo que na verdade não era culpa sua. E seu irmão se aproveitou dessa fraqueza dele o deixando mais pra baixo sempre que podia. Isso me enfureceu, em uma das suas palhaçadas pra deixar B. triste eu avancei sobre ele, deixando uma marca em seu rosto, se antes ele já não ia com a minha cara por causa de Bruno, passou a me odiar com a mesma intensidade que culpava o mesmo.
No final de nossa formatura, o momento em que estávamos dando adeus a nossa infância e adolescência, foi que Richard virou e seguiu sua vida, deixando todos pra trás, do mesmo jeito que sua decisão foi um alivio para alguns de nós, foi o começo de uma depressão pra mãe de Bruno, que não aceitava que seu filho tenha a deixado como ela fez há alguns anos atrás.
Mais todo sofrimento tem um fim.
Em uma noite que seus pais vinham de avião de uma longa viagem, em que foram fazer um tratamento longe do país, uma das turbinas pegou fogo, fazendo o avião perder o equilíbrio e cair em alto mar, matando todos os passageiros desse terrível acidente.
E quem deveria estar ali pra ajudá-lo estava em algum lugar, e eu preferia assim, pois eu dei apoio em dobro para ele, nunca vi B. tão abatido como aquele dia, ele não falava, não comia, não expressava emoção alguma, seus olhos eram inexpressivos e evasivos, e por vários dias ele ficou nessa inércia até que ele voltou aos poucos ao seu normal.
Passado algum tempo Richard voltou, diferente e com pessoas psicopatas e maléficas como ele. Não quis saber sobre seus pais, mais quis saber do dinheiro que ele tinha por direito. Bruno a contragosto dividiu os bens da família, o que Richard achou o cumulo afirmando ser o mais atingido naquilo tudo. Mas só ele enxergava aquilo.
Enfurecido ele se foi tão rápido como chegou para atormentar Bruno, jurando nunca mais querer ver a cara dele e vice-versa, mais agora vemos que isso é uma mentira.
E antes que eu pudesse me afundar em memórias de uma época dolorosa de meu amigo, o próprio retrucou o pedido de Richard.
– Só por cima de meu cadáver! – Berrou a todo pulmão, encarando furiosamente seu irmão, que se divertia.
– Não é uma má ideia – Colocou a mão no queixo, fingindo pensar.
Ainda sobre a mira de uma arma, eu vi Bruno tirando a sua de seu bolso, mirando ele no palco do Cassino.
– Vai embora daqui agora! Ou eu...
Richard o interrompeu mais serio.
– Ou eu estouro a cabeça da nossa querida Rokytizinha – Esbanjou sarcasmo, fazendo sinal para o palhaço me leva até ele.
O palhaço que recepcionava me pegou bruscamente pelo braço, sem me dar qualquer chance de me defender, Bruno ficou inquieto a me ver naquela situação, fiz que não com a cabeça ele parou olhando desesperado para os lados. Enquanto o palhaço ainda me levava, eu vi os nossos seguranças entrando pelo corredor.
Kevin o líder da segurança estava com mais ou menos 20 homens, que estavam disfarçados entre os cientes do Cassino. Bruno e Jeferson que estavam mais próximos da equipe se se juntou a eles, vendo a grande movimentação os palhaços se defenderam apontando suas armas aos seguranças que faziam o mesmo com eles.
O palhaço me entregou a ele, que levantou a arma que usava me mostrando rendida. Mais eu tentava me manter calma, o que era difícil com gemidos de medo das pessoas.
Através do ponto eletrônico, eu pude ouvir tudo que se passava, como se estivesse com eles, podia ouvir o coração acelerado de Bruno só por sua respiração ofegante, o silencio de Jeferson, o murmuro dos outros seguranças sobre o que fazer.
Vai dar merda. Foi inevitável não pensar assim que vi o salão sendo invadido pelos outros seguranças de Kevin, agora estávamos cercados, não tinha volta, tudo começaria e terminaria aqui. Richard apertou ainda mais a arma em minha costa.
Respirei fundo.
Meu deus o que eu faço agora Jeff? – O ouvi sussurrar.
Você vai ter que fazer o que ele está pedindo – Murmurou Jeferson.
Senhor podemos chamar Bruce, ele e sua equipe estariam aqui em 20 minutos – Diferenciei como ser Kevin, e como assim Bruce?
Não vamos envolver a SWAT, qualquer coisa isso aqui é só um treinamento e... eu não sei droga! – Pude ver B. passar a mão na nuca e suspira pesadamente.
Resolvi me fazer presente, isso poderia ajudar.
Se acalmem vocês – Pedi baixinho, e os três me olharam. – Tentem tirar os convidados da– – Tentei terminar o iria falar, mas Richard me deu uma olhada sugestiva.
Cuidado, por favor... – Falou com suplica.
– Gente se vocês não sabem eu estou com pressa, muita pressa, então maninho será que você poderia adiantar o meu trabalho e me levar até o cofre? – Ele perguntou com a voz arrastada e toda debochada, dando em seguida dois tapinhas eu meu rosto – Pensei que sua amiguinha fosse mais importante que o seu dinheiro, mais se não for, pelo menos não perco a viagem né? – Colocou a arma no canto de minha testa e estalou a língua como se fosse um tiro – Ou eu acabo com vocês dois – Riu alto e debochado, aquilo já dizia tudo.
Minha calmaria se esvaiu com aquela sua ultima frase, eu estava totalmente em pânico, desolada e aturdida. Conhecendo Richard, sabia que ele não ia medir esforços pra cumprir o que disse, e isso me apavorava, pois sabia que isso ia além de um simples assalto, isso que se passava agora era um acerto de contas.
– Bom já que o meu irmãozinho não se mexe, creio que você Rokety que responde quando Bruno entra em seu estado lamentável de lerdeza de processamento de ordem certo?
Logo que ele disse isso ouve uma movimentação por parte dos seguranças, porém uma movimentação silenciosa, era tudo por olhar, que vinham desde de mim até Bruno, todos esperando uma atitude nossa. Mais assim que vi Bruno dando um passo a frente, senti meu coração se apertar e minha respiração fica irregular, pois sabia muito bem o que ele pretendia fazer, e quando nossos olhares se encontraram eu gritei com ele dizendo um não despercebido para que ele recuasse.
Eu preferia a mim do que a ele.
Os palhaços vendo sua movimentação apontaram suas armas pra ele, o que deixou mais em pânico ainda.
Não B. não faz isso – Pedi com a voz embargada. Eu sabia as conseqüências disso.
Isso é comigo não com você – Respondeu docemente.
Por favor não faz... – Segurava ao máximo o soluço que se formava na minha garganta, e ele me encarou pra logo fugir do meu olhar.
Sinto muito
Jeferson! Kevin! Não deixem! O impeçam agora!
Desculpe Rock – Lamentou-se Jeferson.
Bruno parou e me encarou intensamente, naquele instante eu percebi que em qualquer situação, isso não seria diferente, eu e ele tomaríamos a mesma decisão na qual um pudesse salvar outro, mesmo que doesse, mesmo que machucasse, mesmo que fosse nossa vida, eu não poderia deixar Richard o machucar, ele é um psicopata que faria de tudo pra machucar meu amigo, e me machucar também, e eu não deixaria ninguém machucar ele, e nem ninguém ali. Não consegui segurar e deixem que as lágrimas quentes rolassem por meu rosto por vê-lo ceder, por minha causa.
E isso não podia acontecer. Bruno não estava bem pra passar por situações desse tipo.

Bruno olhou de relance pra mim, e com um aceno com a cabeça pedi pra que ele progredisse com as respostas. Pelo que pude notar e ouvir, B. havia tendo algumas tonturas, dores de cabeça, e hoje um desmaio. O que para mim e o medico, era preocupante, já pra ele, coisa normal, estresse do trabalho.
– Ok Senhor Coller, vamos fazer exames, e isso não é stress – Alertou o medico, que se chama Deris, antes de sair da sala e nos deixar a sós.


Eu te amo – Falei e ele me encarou com olhos cheio d'água e balançou a cabeça – Não importa o que aconteça, eu te amo muito, demais.
Respirei fundo e passei as costas da mão no rosto tomando coragem, respirei de novo, e encarei Bruno, Jeferson, Kevin e os outros convidados, eles não tinham culpa do que aconteceu a anos atrás, alias, ninguém nessa sala tinha, mais alguém teria que pagar.
Não Rock! – Tentou inutilmente.
– Eu respondo no lugar de Bruno, afinal somos sócios. – Falei encarando Richard que deu um largo sorriso de satisfação.
– Rock! – Se pronunciou Jeferson em auto e bom som.
– Isso é bom, pois do que conheço da nossa Rokytizinha ela é pulso firme, e não um bunda mole igual ao meu irmãozinho – Disse dando uma fungada perto do meu ouvido – Cheirosa – Comentou.
– Não toque nela! – Alterou-se Bruno, apontando a arma pra Richard.
– Calma B. vai fica tudo bem...
– É tudo bem – Garantiu me interrompendo – Eu vou cuidar dela. – Deu um sorriso maléfico. – Agora vamos ao que interessa? – Falou entediado.
Richard pra provoca Bruno, pegou meus cabelos e deu um puxão me fazendo grunhi de dor.
– Eu já disse pra não tocar nela! – Bruno estava com tanto ódio que sua arma tremia em sua mão – Por favor, vamos troca de lugar!
– Não – Richard respondeu por mim – Negociar com a Rokytizinha é bem melhor – Deu outra fungada perto do meu pescoço olhando diretamente pro B. – E outra abaixa essa arma, ou aponta ela pra sua cara.
Confia em mim – Pedi.
Eu confio, só não confio nele – Sussurrou baixinho.
– Vamos direto ao que interessa – Disse friamente – Se você não quer ficar aqui a noite toda, eu também não quero.
Ele deu uma risadinha de canto.
– Rokety sempre Rokety, dura, direta, sem meios termos, fatal – Deu ênfase na ultima palavra – Você não mudou muito.
– Queria poder dizer o mesmo – Retruquei – Com o tempo você ficou mais nojento e escroto, digno de uma camisa de força.
– Ok, não tenho tempo pra perde com você vadia, quero tudo que tem no cofre – Falou pra mim, mais deu pra senti que era pro Bruno que ele se referia.
Soltei uma risada escandalosa, eu não ouvi aquilo.
Richard me olhou não entendendo minha reação.
– Você bebeu? – Exclamei debochada – É impossível, o abrimento do cofre só é realizado com a senha mestra do banco, e junto com o representante deles, o cofre é simbólico, não trabalhamos com dinheiro, você acha que a gente é burro? – Era tudo mentira, o cofre existia, não havia banco, mais eu torcia para que meu blefe desse certo.
– Rock enquanto você se esfregava com o Kaulitz por parques e até mesmo aqui na boate, eu estudava tudo aqui, então não queira me enganar – Ele falou e eu fiquei estática.
Como é que é? – Ouvi Bruno – Como assim parques e aqui na boate? Ah, mais a noite não pode ficar melhor!
Isso é mentira! – Me defendi.
– Mentira? – Indagou sarcástico – Olha como eu sou legal com vocês, oh palhaço traga pra mim as fotos!
Não bastava ele vim aqui e querer roubar o que meu amigo demorou tanto pra construir, ele tinha que vim e tenta me destruir e junto minha amizade.
O palhaço entregou a ele um maço e cuidadosamente ele se aproximou de Bruno tenho seus palhaços na sua cola, pronto pra qualquer momento abrir fogo, segurou mais ainda meu braço para que não fugisse.
– Olha agora e diz que é mentira – Jogou as fotos na cara de Bruno, esse só pegou duas e olhou, respirou fundo e eu abaixei o olhar, sabia que ele estava raiva. – Vem vamos depois se der, vocês resolvem as diferenças.
Voltamos onde estávamos antes, Bruno resmungava sem parar.
Vai ficar tudo bem – Tomei coragem e falei.
Não, não está tudo bem!
– Agora, mais já já vai ficar! – Falei otimista.
– O que você tanto resmunga? – Ele me puxou e eu fiquei apavorada.
– Solta ela e eu te levo até o cofre – Exigiu Bruno. – Pode pega tudo, leve o que quiser.
Ouve um silencio enquanto Richard analisava a proposta, e alguns clientes conseguiram sair do salão principal.
– Não – Falou firme – Eu solto ela, daí quando eu sai daqui vocês me metem bala? Nem pensar.
– Te dou meu Helicóptero. – Insistiu.
– Ok sua proposta é boa, palhaço acompanha ele, e qualquer movimento suspeito: bala a queima roupa, não poupe munição. – Fez um gesto com as mãos simulando um tiro.
Bruno saiu acompanhado com o tal palhaço olhando por ultimo a mim.
Em seguida outro palhaço seguiu o mesmo corredor pra o nível de baixo, levando as bolsas que provavelmente carregariam o dinheiro, havia 10 palhaços no total, mais nós tínhamos o triplo de homens. Richard aproveitou e começou a beber direto da garrafa enquanto esperava os outros voltarem.
Só que lá em baixo o procedimento estava demorado, porém, ninguém aqui em cima haviam sequer um minuto abaixado as armas, eu só me sentia mais confiante porque Jeferson estava ali, sabia que ele abriria fogo sem pestanejar.
Agora é só espera calma – Falou.
Estou calma. – Falei não vendo que Richard estava bem atrás de mim.
Richard me olhou com os olhos semi-cerrados, balançou a cabeça e disse:
– Estou realmente irritado Rokytizinha! – Puxou meu cabelo – Muito irritado! – Gritou e em seguida disparou um tiro pro ar.
E foi ai que tudo começou.
Por instinto me joguei desengonçada no chão, meu ouvido zunia pelo fato do tiro ter sido dado do lado da minha orelha. Gritos, pessoas correndo e tiros, não havia mais o silencio de antes, e eu engatinhava pelo chão enquanto os tiros passava por cima de minha cabeça.
De relance vi Bruno entrar atirando no salão em total caos, ele atirava por todo lado assim como todos faziam, não vi Richard no meio no do caos de gente. Me levantei e fui me esgueirando pelos cantos até chegar aonde estaria o meu celular, mas no meu caminho havia um dos palhaços, eu poderia não saber atirar mais eu sabia bater, e por instinto dei um soco na sua cara, bati até ele ficar inconsciente.
Assim que terminei com aquele, voltei ao que iria fazer antes, mais tudo parou, eu não ouvia nada, não sentia nada, estava mole, como se a gravidade não me prendesse mais ao chão. Vi Richard dá um sorriso vitorioso e sair de mãos dadas com um dos palhaços, ele tentava se reerguer mais não conseguia.
Corri o mais rápido que pude, mais rápido do que eu achará que podia correr, ele colocou a mão na camiseta branca e ergueu.
– Bruno... Bruno olha pra mim... – Pedi – Só pra mim.
– Eu estou furado?
Apesar de eu falar pra ele olha pra mim, ele ainda se prendia no vermelhão da sua roupa e mão.
– Sh olha pra mim, só pra mim – Peguei seu rosto entre as mãos.
– Rokety? – Murmurrou.
– Está tudo bem, tudo bem – Garanti dando um sorriso molhado pelas lagrimas que já estavam caindo – Alguém, por favor, chama um medico, por favor... – Gritei.
Ele respirava com dificuldades.
– Hey os pegamos! – Contei a ele.
Seus olhos tremiam e devagarzinho ele os abriu, ainda restava vida naqueles olhos verdes lindos. Ele passou a mão suja no meu rosto, e eu me curvei diante de seu toque.
– Fica comigo? – Pediu baixinho. – Não me deixe sozinho.
– Não vou deixar, nunca.
– To com frio me abraça? – Me ajeitei naquele canto, o abraçando o mais forte que podia. – E se cuida.
Richard, o causador dos problemas de Bruno havia voltado pra terminar a guerra travada há anos atrás, e talvez nem soubesse que acabara de destruir o opoente, que muito infelizmente era meu amigo.

Postado por: Grasiele

2 comentários:

  1. Eu estava super sumido daqui, não é mesmo? Mas prometo voltar sempre e acompanhar suas maravilhosas FanFics ^^

    Abraços,
    http://therevolucaonerd.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Desculpe Victhor, mas nunca te vimos por aqui! rs
      Enfim, volte sempre, você sempre será bem-vindo! E ficamos felizes que goste das nossas fanfics, muito obrigada!

      Excluir

Arquivos do Blog