quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dangerous - Capítulo 8 - Meu amigo


O nosso almoço estava mais para janta, mais como eu só estava com o café da manha no estômago,eu ia comer essa tal macarronada até não agüenta mais.
– E agora acrescentando o elemento X... – B. dizia brincalhão.
– Mais conhecido como molho pronto – Interrompi, recebendo uma cara feia do B.
– Que seja – deu de ombros – eu digo nosso rango está pronto – Sorriu limpando as mãos no pano de prato.
– Genteee – Aline chamou nossa atenção.
– Que foi lombriga loira? – Disse B. distraido.
– Idiota – mostrou a língua – Eu adoraria almoç.. janta com vocês, mais eu tenho que ir.
Bruno levantou a cabeça, que até então estava praticamente dentro da panela do molho e disse bem sacana:
– Não foi ainda? É por falta de 'thau'? Thaaauuuu – tiro o pano de seus ombros e foi chacoalhando na direção dela.
– Garoto se 'ta achando que eu sou um cachorro? – Disse indignada. Eu só observava as demonstrações de afeto.
– Não – Disse serio.Aline sorriu – Acho que você é uma cachorra mesmo – Sorriu vitorioso. Eu ri da cara da Aline.
– Ei, Ei – interrompi, antes que o assassinato acontecesse – Bruno! – repreendi – Aline, que pena – Abracei ela de lado, indo até a porta – Quando tiver outra macarrona eu te aviso ok? – pisquei, ela assentiu. Dei um beijinho de despedida e fechei a porta. Encarando o ser de olhos verdes, que estava jogado no sofá.
– Vamos comer?
– Vamos – Concordei animada. B. tentou se levantar, porem quando ia ele se desequilibrou e voltou a sentar com a mão na cabeça – Está tudo bem Bruno? – me coloquei ao seu lado, desesperada – o que aconteceu? Tá sentindo alguma coisa?
– Foi só uma tontura – Disse com a mão na cabeça – Estou bem
Me senti aliviada, porem não menos preocupada.
– Deve ser fome – me levantei – vou servi alguma coisa pra você fique ai – Fui em direção a cozinha, peguei dois pratos e servi macarrona, peguei a salada em cima da mesa, e levei a mesinha no centro da sala, voltei peguei o refrigerante e os copos e me sentei ao seu lado novamente – E ai com fome da sua comida?
– Não quero comer – Disse cansado.curvando seu pescoço no meu ombro.
– Essa tontura deve ser fome – passei a mão carinhosamente nos seus cabelos – Come pelo menos um pouquinho – disse meigamente.
– To com sono também – falou com os olhos fechados. – mais eu preciso fala com você.
– Diga, mais você vai come – peguei seu prato e me inclinei pra frente, nós dois dobramos as pernas, em forma de indiozinho.
– Meu sócio o Claudio ...
– Sim – Levei a colher no maior estilo aviãzinho até sua boca.
– Ele vai sai da nossa sociedade,e vai vende sua parte – paro e mastigou a comida – O refri – pediu, me curvei e peguei lhe entregando – Falei que você ia se interessa – abriu a boca, eu enrolei mais um pouco de macarrão e levei a sua boca.
– Depende quanto que ele quer – enfiei uma garfada na boca.
– 500 mil, em espécie – levou o refri até sua boca.
– Meio salgado esse preço não? – indaguei, não que eu não pudesse pagar essa quantia, só eu não estava desespera por ter uma boate, eu já tinha muitos negócios, que na maioria meu pai cuidava, e restante meus advogados.
Ele balançou a cabeça em duvida.
– Acho que não – abriu a boca novamente, levei o garfo a sua boca.
– Porque não? – questionei.
– Pensa, nós temos filiais por toda a Alemanha, e aqui na America – fez um sinal com os dedos demonstrando dinheiro – movimentamos muito dinheiro, isso não é nada, se você for coloca no papel....
– È – concordei, tomando um pouco de refri – mas se é tão caro, porque ele esta vendendo tão barato? – Perguntei desconfiada.
Drogas
Isso me fez lembrar que eu tinha que conta algumas coisas a ele, menos uma, essa ninguém precisaria saber, somente eu.
– Encontrei uma pessoas aquele dia na boate – Comecei olhando suas expressões, que passo de tranqüila, para uma mais aterrorizada – Tem algo a me dizer Senhor Bruno Coller?
Ele deu uma tossidinha básica, bebeu mais um pouco de refrigerante e me olhou.
– Eu queria te dizer isso lá no aeroporto,mais sei lá não queria estraga sua felicidade – se justificou, tirando o prato do meu colo – Ficou brava?
Não pude deixar de rir, era óbvio que eu não ia ficar brava, ainda mais se for por causa daquele estúpido.
– Claro que não meu gato – pulei no seu colo, distribuindo pequenos beijos.
– O que ele disse a você ? te reconheceu? – Disse eufórico.
– Nada – Dei um curto sorriso. – só uma briguinha básica – revirei os olhos.
– Nada – repetiu sério
– Nada – Voltei a afirma, torcendo pra ele acredita – Só aconteceu uma pequena coisa – levei a mão na sua frente, mostrando como era pequeno.
– Conta – Agora quem falava, era seu espírito de velhinha fofoqueira.
– Hoje quando eu fui compra o carro ele estava na revendedora brigamos e eu chutei suas partes baixas ele falo que queria conversa fomos até uma fabrica abandonada discutimos por causa do Gabriel ele me beijou eu beijei ele e pra finaliza com chave de ouro transamos em cima do capo e eu deixei ele lá no meio do nada fim. – respirei fundo, tinha falado muito rápido.
Bruno me olhou de boca aberta, balanço a cabeça, me olhou novamente, suspirou alto, passo as mãos no cabelo. E começo a rir, eu não entendi, mais sua risada era tão gostosa, que eu automaticamente comecei a rir também. E rimos por incontáveis minutos. Até que paramos aos poucos, regularizando a respiração.
– Então quer dizer que você – Disse ofegante – deixo o famoso Bill Kaulitz no meio do nada? – Falou descreste. Eu assenti, ele levantou a mão pro alto, levei a minha de encontro a sua, e entrelaçamos nossos dedos – Quero morre seu amigo.
– Queria que seu nome fosse esperança – Disse de repente mudando o assunto
Porque? – pergunto curioso.
– Porque a esperança é a ultima que morre – Falei, voltando a um assunto que eu não queria me lembra nem pensa, pois machucava, doía, e me corroia por dentro.
– Eu to aqui com você pra sempre – me abraçou, afagando meus cabelos – Há males que vem pra bem, temos que aceita, compreender – me deu um beijinho na testa.
– Nem sempre compreender é aceitar – respondi triste.
– Você tem que se afasta dele – Não era um pedido, era uma ordem, sua voz era severa.
– Como? – arqueei a sobrancelha – tombei com ele 2 vezes em menos de 24hrs!
Conversamos por horas em maneiras absurdas de não fazer meu caminho traçar com o do Kaulitz, porem uma coisa não podíamos esquecer, se eu fosse comprar a parte na boate, ver o Bill seria mera conseqüência, e eu ia ter que aprender a conviver com sua presença na minha vida, nem que fosse por algumas horas.
Ficar ali, algumas horas com meu amigo, jogar conversa fora, rir de qualquer porcaria dita, e desabafar, era realmente muito bom, dava a mim uma paz interior inexplicável, só sei que fazia bem. Me completava.
– Vamos num racha hoje? – B. pergunto super entusiasmado.
Me surpreendi, eu sempre soube que B. gostava dessas coisas, algumas vezes ele até correu, e sofreu um grave acidente, o que me fez vir da Itália pra cá, desespera, pois ele tinha tido Traumatismo Craniano, mais parece que nem essa experiência de quase morte, fez ele ficar longe das pistas.
– Racha Bruno? Racha! – Disse indignada me levando do sofá – tá louco? – ele aproveito minha deixa e deito, ocupando todo o espaço do sofá.
– Não vou correr – se defendeu – apenas olha, e fazer algumas apostas – deu de ombros – Topa? – me olhou inseguro.
– Não vai correr? – ele assentiu – Ok – ele sorriu – só aposta – ressaltei – se eu souber que você andou correndo, ao invés de apostar ah B. – semi cerrei os olhos – eu não queria estar na sua pele.
Bruno, num salto ninja se pois na minha frente, colocando a mão na minha frente. Uma oferta
.- Um acordo – propôs – Eu não corro mais, se você fizer um acordo comigo.
– Um acordo – repeti desconfiada – Que tipo de acordo?
– Simples, eu não corro, você não se corta por causa daquele idiota – Disse, ainda com a mão entre nós.
Eu arregalei os olhos, me perguntando em que momento ele viu o corte, e se Aline também tinha visto, não ela não viu, disse comigo mesma, do contrario ela teria comentado, ou feito um escândalo, ela não sabia desse meu problema.
– Quando? – Disse me referindo ao corte.
– Quando você foi levar o garfo a minha boca, o curativo – aponto para meu braço – Agora você entende porque eu quero que você se afaste dele? – me olhou com compaixão – Se ele tivesse mesmo te dito nada, você provavelmente não teria se cortado. – pegou meu braço, tirando devarzinho o curativo. Olhou pra mim, depois voltou seus olhos ao corte – Está inchado, e ainda está meio aberto – suspirou, levando seus lábios gélidos ao meu corte dando um carinhosos beijo – Vai sara agora. E ai feito?
– Feito – fechei o curativo e apertei sua mão.
– Promessa é ,,,
– Divida – completei.
E era. Até quando eu não sabia, mais ia tenta ao máxima cumpri essa. Depois de selarmos nosso acordo. Subimos pra o quarto dele, pra dormir um pouco, estávamos cansados.
Me deitei em sua cama, tenho ele ao meu lado, bocejando a cada respirada. É ele estava mais cansado.
– Tenho outra novidade – disse sonolento, e de olhos fechados.
– Conta – incentivei.
– Agora não – sussurrou – mais a noite, pelas minhas expectativas, você vai odiar, mais fazer o que? – falou pensativo – não dá pra agrada a todos.
– Ok, ok – dei pequenos tapinhas nas suas costas – Vamos dormi, e depois você me conta, essa novidade.

Sabe aquela horrível sensação em que você , deita, fecha o olho e de repente alguém te acorda? Mas na verdade você dormiu por horas?. Pois é.
– Rokety já são quase 21:00 horas levanta – Disse, me chacoalhando.
– Eu não trabalho por hora – resmunguei – me deixe dormi.
– Seus pais te ligaram – disse – eu falei que você estava aqui.
– Obrigado.
– 10 minutos lá em baixo – Falou saindo pela porta.
– Droga!
Cambaleei até o banheiro e lavei a cara, escovei meus dentes, passei a mão na roupa, pra vê se melhorava seu estado. E desci, B. me esperava já arrumado e todo perfumado.
– Seu café – me entrego uma xícara. O olhei estranho.
– Desde de quando você faz café? – Beberiquei, e estava bom.
– Eu? – aponto pra ele – eu não, quem faz é aquela maravilha criada pelo homem, a cafeteira.
Dei de ombros, e tomei o resto do meu café. Peguei na minha bolsa umas maquiagens e melhorei meu estado. Descemos conversando sobre o racha que ia acontece hoje, B. estava todo empolgando.
– Nossaaa – Disse assim que viu meu carro – lindo – passou a mão no capo.
Respirei fundo e disse :
– B – ele se virou pra mim – Sabe que eu contei que transei com o Bill né?
– E..?
– Foi no capo – sussurrei baixinho. Mais eu não segurei a risada, e comecei a rir, Bruno passava a mão freneticamente na roupa, fazendo cara de nojo.
– Filha da mãe! Agora vamos já deu por hoje – se encaminhou pro seu carro.

Fui seguindo o carro dele, dirigi por mais ou menos 1 hora, o lugar aonde ocorria as corridas era bem afastado da área urbana, por causa dos policiais. De longe já possível ouvir o barulho das músicas altas, e os roncos do motor. As mulheres estavam bem vulgares, com saias minúsculas no maior estilo '' tomara que me coma'' ridículo.
Estacionamos numa vaga que o Bruno me disse que era pra os VIP. Fomos andando até chega aonde o alvoroço de pessoas era maior. B. cumprimentava a todos, me parecia que ele era bem conhecido ali. Assim que termino, ele me apresentou a algumas pessoas. Sorri pra tenta fazer uma social, mais não gostei nada do modo em que me olhavam.
– Eeeii pessoal dá pra tirar o olho? – Um rapaz pediu brincando, mas dava pra ver que era só superficialmente. Todos se afastarem imediatamente.
– E ai brother – B. deu alguns passos, e eles deram um toque de mano. – me diz quando é que você vai devolve aquela banheira que você chama de carro pro Martin Luther king?
– Depende, a gente combina e devolve junto, o meu carro e o seu. – retrucou.

Aquelas brincadeiras, aquele jeito, nada tinha mudado, ele continuava o mesmo, porem agora mais grande, não vou me surpreende se souber que é que organiza os rachas. Ele sempre gostou do proibido, da adrenalina, ele era do contra.
– Jeff?
– Rokety? – ele veio com um largo sorriso no rosto, e me abraçou, me levantando do chão – Quanto tempo hein?
– Só alguns anos – me colocou novamente no chão.
– Aquela frase '' Quem é vivo sempre aparece'' combina perfeitamente com você – Disse – Vai correr? – Perguntou, e eu pude ver o brilho nos seus olhos.
– Não – Disse – talvez outro dia, estou enferrujada.
– Ok, e você Bruno, vai?
– Desculpe irmão, hoje não vai dá – respondeu de cabeça baixa.
– Hoje e nunca – Falei autoritária – Jeff – o encarei – se ele correr você me avisa, e se não avisa o pau come pros dois – ameacei.
Porém tinha uma coisa que eu não entendia, se essa era a novidade, porque ela era tão ruim? Porque eu não ia gosta? Eu adorava o Jeferson, e o B. sabe isso.
– Essa era novidade? – Disse alto.
– Que novidade? – Jeff pergunto olhando pra mim e pro Bruno.
– Essa era a novidade B. ? – Perguntei novamente, me agarrando no pescoço do Jeff – Eu adorei – Sorri.
– Amorzinho, demoro hoje, aonde você estava? – uma voz se destacou daquelas que estavam em nosso redor. Mas não foi isso que me chamo a atenção.
Essa voz se dirigia ao meu amigo. Se dirigia de uma forma intima demais, uma intimidade que só eu tinha.
– Calma – Jeff sussurrou, porém tarde demais.
Eu já me encaminhava em direção aos dois, com uma cara de nenhum amigos mesmo.

Postado por: Grasiele

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