terça-feira, 2 de outubro de 2012

Call Of Destiny - Capítulo 9 - Muito sono e Tom Kaulitz!


O céu ainda estava escuro e eu queria dormir mais!
– Cloe, acorda, já são quatro horas da manhã, e as cinco, nós temos que estar prontas! – Liz falava sem parar no meu ouvido. – VAMOS CLOE! – ela gritou. Eu dei um pulo.
– Já acordei porra. – Eu disse irritada. Não sei se perceberam, mas a Liz tem uma mania de me acordar. E eu odeio ser acordada, levanto irritada demais.
– Garota, parece até que esqueceu que agora você trabalha!
– Ah, esse é meu trabalho? Acordar cedo e ainda aturar o Kaulitz? Beleza, heim! – Grunhi, irritada.
Levantei da cama a contra gosto. Afinal, quem em santa lucidez, sai da cama às quatro da manhã porque quer? Vou te dar uma resposta: ninguém, nem mesmo eu, minha alma ainda estava jogada na cama.
Fui para o banheiro fazer minha higiene matinal. Tomei banho, e lavei aquele bagaço de laranja que chamam de cabelo. Eu me arrumo mais rápido que a Liz, até porque eu não passo tanta maquiagem que nem ela, e tenho mais facilidade para escolher roupas, mas ainda assim, eu não estava vendo nada, só pegando roupas que estava na minha frente.
Coloquei uma calça preta, colada ao corpo, uma blusa cinza, com uma jaqueta preta por cima, e uma bota de cano baixo. Não passei maquiagem nenhuma, basicamente, a preguiça e a fome eram muitas. Deixei o cabelo solto e molhado, para que secasse ao natural nessa porcaria de umidade de Los Angeles de depois eu ficasse com o cabelo cheio três vezes mais.
Desci as escadas parecendo uma múmia, na verdade, desci as escadas dormindo, nem banho ajuda quando se acorda às quatro. Liz tinha preparado meu café da manhã e eu tive que manter os olhos bem abertos para comer, antes que minha cara caísse no prato. Liz me fazia muitas perguntas que eu respondia com um “não sei”. Não sei onde está minha mala, não sei onde está a escova de cabelo, não sei onde está minha alma, não sei onde está meu pé... Eu estava um cacto!
O celular de Liz começou a tocar. Ela atendeu rapidamente.
– Alô? Ah, oi Bill! – Disse ela. – Certo, estamos indo.
Ela olhou para mim.
– Mas vou precisar de reforço para rebocar a Cloe. Ela está morta de sono. Exatamente, isso que dá passar a noite discutindo com Tom e ter que acordar às quatro. – Então ela desligou e comentou alguma coisa sobre Tom Kaulitz também estar um trapo, menos prestável que uma pedra.
Ele já é menos prestável que uma pedra naturalmente, por favor, me conte uma novidade.
Eu deitei a cabeça na mesa, enquanto olhava para Liz pegando as malas e fazendo tudo que eu deveria estar ajudando-a. Mas eu senti que dormi.
Liz teve a coragem de me pegar no colo. Eu fechei os olhos e provavelmente comecei a roncar, permitindo que meu cabelo caísse no rosto levemente. Senti que estava sendo carregada de casa para o ônibus de turnê do Tokio Hotel, e os garotos falando e falando baixinho, e depois os barulhos se calaram e eu senti um cobertor sendo passado pelos meus braços. Aê, finalmente alguém me entendeu e me deixou dormir! Só que eu ainda estava no colo da Liz.
Fiquei no colo dela por muito tempo no ônibus... dormindo... de onde veio esses músculos em que eu estou abraçada?
Abri os olhos. A janela do ônibus mostrava que estávamos em movimento e era mais tarde, parecia ser por volta de dez horas da manhã. Tirei o cabelo do rosto e vi que um cobertor rosa conhecidíssimo me cobria, então eu levantei a cabeça mais um pouco, vendo um Tom Kaulitz adormecido, me segurando fortemente no colo com seu cobertor rosa em volta de mim!
Minha reação? Foi chocante! Eu gritei o mais alto que pude e Tom acordou na maior pressa, bocejando palavras desconectas e trocando olhares comigo. Ui, ele percebeu que eu acordei!
– O que foi, vesga?! – Ele gritou de volta.
Eu me soltei do cobertor rosa e cheguei para trás, saindo do seu colo e... caindo no chão. Olhei em volta. O ônibus do Tokio Hotel não parecia um ônibus, e sim uma casa em movimento. Era espaçoso, tinha sofás, uma mini cozinha, bem apertada, mesinhas onde Gustav estava sentado junto com Bill em seus notebooks, e uma outra em que Liz estava desenhando em um papel branco com lápis coloridos... Pelo visto, era só eu e Tom dormindo e ainda por cima, abraçados! Quem deixou isso, diretor? QUEM DEIXOU?
Levantei do chão o mais rápido que pude, e olhei pra todo mundo, e ninguém teve a capacidade de olhar pra mim.
– Liz, por que eu estava deitada com essa merda desse Kaulitz? – Perguntei com a raiva estampada no meu rosto, tentando me controlar pra não enforgar o pescoçinho de cada um presente nesse ônibus, bem lentamente, para que sofram mais. Ok, isso foi dramático.
– Cloe, você não estava aguentando nem andar. E eram só vocês dois que estavam dormindo. – Ela disse com tédio. – Pra que tanto drama?!
– Drama?! Drama?! – Perguntei com os olhos arregalados, e aquela cara de “não acredito que você falou isso”. – Isso não é drama.
– É sim! – Gus e Bill responderam em uníssono.
– Não é! – Grunhi, fazendo cara feia pra eles, que se encolheram.
– Nanica, presta atenção. – Disse o Kaulitz, me fazendo virar para encará-lo. – Fica quietinha, e me deixa dormir. – Ele resmungou. E quando eu ia responder ele me interrompeu. – Você deveria me agradecer, porque mesmo morrendo de sono, eu te carreguei pra dentro do ônibus, e compartilhei meu cobertor com você.
– Olha Tom, eu nem te respondo como você merece, porque quero que você durma, pra não ter que ouvir sua voz. – Sorri sarcástica.
– Isso nunca vai acabar? – Perguntou Jost, sem interesse na resposta, passando na minha frente e indo para a cabine do motorista.
– Cadê a Nick e a Jess? – Perguntei sentando ao lado da minha adorável e por enquanto viva, irmã.
– Acabaram de descer, pra comprar comida pra nós. Se você não percebeu, o ônibus parou. – Ela disse lentamente, prestando atenção em seu desenho.
– Georg foi junto? – Perguntei sem interesse, e ela apenas murmurou um “uhum”.
Fiquei olhando em volta, e não tinha nada pra fazer, nem nada pra pensar. Bill e Gus estavam bem concentrados em seus notebooks, Liz ainda estava desenhando, eu espiei e vi que era um dinossauro (olha que coisa legal e construtiva para fazer!), e o Kaulitz com menos neurônios voltou a dormir. Não via a hora de que as meninas e o Ge chegassem com a comida.
Peguei meu celular, que estava na minha bolsa, e olhei a hora, 10 e 45 da manhã. Mexi mais um pouco na bolsa, e acabei encontrando meus companheiros de todos os momentos: meus fones de ouvido; conectei os fones ao celular, e coloquei Nirvana pra tocar.
Encostei no mesmo sofá que o Kaulitz, mas eu estava de um lado, e ele do outro.
Como eu imaginei, voltei a dormir. Incrível como eu posso não ter o mínimo de sono, se eu colocar uma música que eu goste pra tocar, é tiro e queda.
Depois de pouco tempo dormindo, diria que uns 20 ou 30 minutos, no máximo, senti alguém me cobrindo de leve. Me senti mais quentinha, era uma sensação boa. Puxaram meus pés pra cima, esticando meu corpo. Ai que sorte a das minhas costas. Virei de lado, e dormi de conchinha.
(...)
– Cloe... – Ouvi Liz sussurrar de leve. – Cloe, acorda, chegamos no hotel. Vai poder dormir um pouco melhor.
Levantei devagar, com a vista embaçada, e meio grogue, por causa do bom tempo que fiquei dormindo.
Meu celular? Acabou a bateria, óbvio! Nenhum celular aguenta tanto tempo. Nem um novinho que nem o meu.
Andar estava difícil. Dormi com as botas, e o meu pé já estava latejando, quase tanto como a minha cabeça. Ia ser duro me acostumar com isso.
Senti alguém me segurar pela cintura, me ajudando a andar. Tenho quase certeza de que era o Kaulitz, olhei para a cara dele e vi alguma coisa parecia com aquela besta, minha vista estava embaçada demais.
Andamos mais um pouco, até entrar no hotel, agora eu já estava mais normal, e não parecia tanto com um zumbi. Me soltei do Kaulitz, e enquanto Jost pegava a chave dos quartos, arrastei Jess pra procurar um banheiro comigo.
Achei um banheiro, rapidamente joguei uma água no rosto, e prendi o cabelo em um coque mal feito.
– Vamos! – Puxei a Jess, que estava quase dormindo em pé. Pelo visto eu não era a única que estava um lixo.
Chegamos à recepção, e Jost ainda estava lá. Conversando alguma coisa que eu não entendia com a recepcionista.
– Algum problema? – Cutuquei Liz.
– Não, não. – Ela sorriu torto.
De repente Jost se virou pra nós e deu um sorrisinho amarelo.
– Temos um pequeno problema pessoal. – Ele disse chamando a atenção de todos. - Temos dois quartos, com duas camas de casal em cada, e um com uma só. Então... Cloe, Liz, Jess e Nick, dividem um quarto. Tom, Bill, Gus e Ge, dividem o outro. – Nós concordamos de bom grado. – Ah, e se precisarem de alguma coisa, o quarto de vocês é um de frente pro outro.
Ele nos entregou as chaves, e subimos para os quartos. As meninas foram direto para o quarto 412, e os meninos pro 413.
Cheguei no quarto jogando os meus sapatos em qualquer canto.
– Hey Cloe, nos conte, como é a encoxada do Tom? – Jess perguntou fazendo uma cara de sem vergonha. Acho que ela é a irmã perdida dos Kaulitz. SÓ PODE.
– Do que você tá falando, garota? – Eu perguntei tirando aquelas roupas que estavam incomodando.
– Ué, você dormiu no colo dele. – Liz disse, e Nick soltou uma risadinha abafada.
– Vão se ferrar! – Disse deitando na cama, e me cobrindo. Hora de dormir de novo. – Façam alguma coisa produtiva, tipo uma agenda para a programação de hoje à noite, desenhar um dinossauro ou separar as maquiagens que o Bill vai usar!
É, deitar no colo de Tom Kaulitz seria uma coisa inesquecível pra mim. Só não sabia se isso era bom, ou ruim.

Postado por: Grasiele

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