terça-feira, 2 de outubro de 2012

Call Of Destiny - Capítulo 3 - Cíumes? Longe disso!


– Queremos com manteiga, por favor! – Eu disse para a atendente do balcão onde faziam as pipocas, antes de entrar no cinema.
– Não, foi mal, ignora essa meia-sombra, nós queremos SEM mateiga. – Aquele projeto de rapper disse enquando dava umas piscadelas para a atendente que estava do nosso lado.
– Kaulitz, querido, cala a boca antes que eu te meta um soco na cara! – Sorri irônica. – Moça... – me virei pra atendente de novo. – Por favor, nós queremos com manteiga.
– Smith, baixinha, fica na sua e respeite os mais velhos e mais altos. – Ele sorriu, e se virou pra atendente. – Sem manteiga.
– Cala a boca, Kaulitz, seu verme mal digerido! – Eu estava começando a ficar nervosa, aparentemente, ele não estava nem aí. – Nós queremos com a porra da manteiga. E se você retrucar novamente, eu vou enfiar seu guarda-roupa de ogro sua garganta abaixo!
Tom bufou, cruzando os braços e assim que os sacos de pipoca foram deixados em cima do balcão, ele pegou dois gigantes e me puxou pelo braço com ignorância.
O Kaulitz estava andando com a maior naturalidade, na sua maior pressa. Acontece que eu sou baixa e tenho pernas curtas! Estava quase tropeçando e essa probabilidade me deixava furiosa.
– Que merda, Kaulitz! Anda mais devagar.
– Você é a maior lerda, formiga.
– Para de me chamar de formiga, seu estúpido! – Resmunguei.
Quando chegamos à entrada do cinema, um cara nos pediu os bilhetes pra poder entrar. Merda! Deve estar com a Liz, tinha que ser loira mesmo pra esquecer de nos entregar. Como as minhas mãos estavam ocupadas segurando a bandeja de refrigerantes, não tinha como pegar o meu celular no bolso, então...
– Kaulitz ! – Chamei a atenção dele pra mim. – Pega o meu celular aqui no meu bolso. – Disse virando a cabeça pra trás, indicando em que bolso estava meu celular.
– Hum... – Ele disse com um sorrisinho sacana - Belo bumbum. Até agora pouco você me odiava, e agora está me pedindo para colocar a mão aí... Ok!
– Olha aqui, seu pervertido sem cabeça, o dia em que eu pedir pra você colocar a mão na minha bunda, vai ser o dia que eu estiver caindo de bebâda, drogada, sem responsabilidade, depois de dar uns pegas no Kurt Cobain. E levando em conta de que ele está morto, isso nunca vai acontecer.
– Claro. – Ele enfiou com tudo a mão na minha bunda pra pegar o celular. Eu dei um pulinho de surpresa e ele gargalhou.
Depois de pegar o celular, deu um tapinha de leve na minha bunda. Argh! Isso vai ter volta!
– Agora, olha nos contatos, e procura o nome da Liz. – Eu disse rápido.
Ele demorou, demorou, demorou. Eu acho que ele é burro, e não sabe que Lizzie se escreve com “L”!
– Tomgo, qual é a dificuldade? – Perguntei o encarando.
– Porra baixinha. Você tem bastante contato em? Só tem homem nessa merda.
– Para de fuçar nos meus contatos, e pega logo o número da Liz, vesgo! – Disse.
– Pronto! – Finalmente ele achou. – Descobri a senha das suas mensagens! – sorriu vitorioso.
– Que?! Merda, Kaulitz, me dá isso aqui! – Eu coloquei a bandeja de refrigerante na mão do cara que estava pegando os bilhetes, pra tentar recuperar o meu celular. Sem sucesso. Tom é mais alto e o levantou lá no alto.
– Calma baixinha, eu tava só brincando, achei o número da Liz. – Ele disse me entregando o celular.
– Pega essa merda dessa bandeja logo, que eu vou ligar pra ela. – Disse apontando a bandeja, na mão do cara que recolhe bilhetes.
– E o que eu faço com a pipoca anã vesga?
– Enfia no c-
– Olha a boca menina. Deixa o teu pai saber que você fica falando essas coisas.
– Kaulitz, eu estou á um pingo de perder a paciência contigo. Então é melhor não me provocar! – Ele revirou os olhos.
Liguei para a Liz, não sei se o celular está pra vibrar ou pra tocar. Também não estava nem aí, porque ela nem me ajudou quando o Georg disse pra mim ir com o Tomgo comprar a pipoca.
– Alô? – Finalmente ele atendeu, já estava demorando.
– Liz querida, você esqueceu de me entregar os bilhetes da entrada. – Disse colocando muita, mas muita ironia no “querida” .
– Nossa, é verdade! – Ela disse como se tivesse descoberto o mundo. – Vou aí levar pra você e pro Tom.
– Ok, tapada! – Desliguei o celular.
Olhei pro Tom, e ele estava piscando para uma garota que estava parada na frente de uma vitrine, mas ao invés de olhar as roupas, estava olhando o idiota do Kaulitz. Ai coitada, se ela ao menos soubesse da enorme fama dele.
Papai me disse algumas coisas sobre os garotos da banda ontem á noite. Eu acho que sei um pouco deles. Mas ele me assegurou de que os meninos escreveriam um pouco sobre eles pra mim e pra Liz, assim ficaria mais fácil pra nós trabalharmos juntos.
– Vamos gente! – Liz apareceu, dando nossas entradas diretamente ao carinha que estava lá recolhendo os bilhetes, e que segurou minha coca. Eficiente ele não?
Entramos no cinema, e já tinha começado a introdução do filme, ai que ódio desse Kaulitz, eu queria ver desde o começo. É lerdo demais.
Segui Liz até a fileira de bancos, e não poderia ter coisa pior! Eu sentaria do lado do Kaulitz de qualquer jeito. Estavam sentados respectivamente: Gustav, Liz, Georg, Bill, e tinha mais dois bancos. Será que eles ainda não entenderam que eu NÃO SUPORTO o Kaulitz?
Sentei entre Bill e Tomgo. Pelo que eu estou vendo, o filme vai demorar, e muito!
Nos primeiros quarenta minutos de filme, eu já tinha dado uns quinze mil tapas no Kaulitz! Ele era insuportável. Me dava uma enorme vontade de amarrar ele e bater, bater, bater e bater mais ainda. Sem parar!
Estava comendo pipoca de boca aberta. - Olha a saia dela! - Gritou ele! ELE GRITOU NO FILME!
– Eu sei, indecentemente curta, e para de gritar, tarado!
Todo mundo em volta já havia reclamado, e pedido pra nós ficarmos quietos, mas parece que o Kaulitz nunca foi em um cinema na vida, porque ele não para de falar, nem de se mecher.
Um cara deu um cutucão no ombro do Kaulitz, ele olhou pro cara, e era aquele carinha que estava recolhendo os bilhetes na entrada do cinema.
– Eu devo pedir que vocês seis se retirem dessa sala imediatamente. – O carinha nada legal sussurrou. – Estão perturbando as outras pessoas.
– Olha... – o Tomgo começou – Eu não quero perturbar ninguém, só essa formiga vesga aqui do meu lado. – Ele soltou um risinho.
– Então a perturbe fora daqui. Por favor, saiam! Não quero ter que pedir aos seguranças pra lhes tirarem daqui. – O carinha dos bilhetes disse sério.
– Você sabe quem eu sou? Eu sou Tom Kaulitz! Guitarrista da banda mais famosa da Alemanha! – Disse o Kaulitz. - Essa - Ele apontou para os garotos - é a banda, e essas duas garotas são filhas do dono da Universal!
– Hm, e eu devo informar que estamos nos Estados Unidos, eu não falo alemão, e Universal para mim é só aquele canal de televisão que passa House e CSI.
Eu tive que rir! Kaulitz me olhou feio. Ele se levantou e chamou o pessoal no grito. Eu, Liz, Georg, Gustav e Bill, levantamos e saímos do cinema, espumando de tanta raiva. Eu, sem dúvidas, estava sentindo uma vontade imensa de bater no Kaulitz.
– Você é um idiot,a Tom. Por sua culpa fomos expulsos do cinema. – Bill disse pro Tomgo, enquando estávamos no McDonalds do shopping.
– Olha Bill, eu não queria nem ter vindo aqui. E vocês ainda quiseram me fazer ver aquele filme. – o Tomgo respondeu.
– Precisava ficar implicando com a Cloe? Pra que tudo isso? – O Georg “perguntou”.
– É, cara, acustume-se, ela vai arrumar suas roupas pro resto do trabalho dela! - Gustav completou.
– Olha Tomgo, eu sei que você me odeia porque eu bati no seu carro, e eu te odeio porque você é você. Mas... – pensei um pouco – Mas nada, é isso e pronto! Você me fez perder o filme que eu mais gosto. – Bufei e fiz biquinho.
– Awn... – Tom me olhou e fez biquinho também, prendendo minhas bochechas com suas mãos. – Tadinha da baixinha. – Eu revirei os olhos.
Ele estava fazendo de tudo pra me provocar... e estava conseguindo, faltava pouco, muito pouco pra voar no pescoço dele, e fazer picadinho de Kaulitz.
– OH MY GOOOOOD! É O TOKIO HOTEL! AAAAAAAH.
Eu, e todos, ouvimos gritos e nos viramos. Uma legião de meninas estavam vindo em direção aos meninos. Liz me segurou pelo pulso e me puxou, me levando quase como se estivéssemos em uma maratona olímpica de 100 metros rasos para longe dos garotos.
Tom e os meninos começaram a distrubuir autógrafos. Não simples autógrafos. Tom distrubuia a cada autógrafo, um beijo no rosto de cada garota enxerida, e mirava minha pessoa, piscando, me levando aos nervos. O que ele queria dizer com isso? Me deixar com cíumes? Estava longe disso!

Postado por: Grasiele

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