terça-feira, 2 de outubro de 2012

Call Of Destiny - Capítulo 7 - Tombos chamam mais atenção do que esperava!


Aguentar mais um dia com eles ia ser muito, mas muito difícil, imaginem uma turnê inteira! E depois também, era um emprego fixo, aguentaria eles por muito tempo ainda.
Liz estava super animada, conversando com os meninos (se engraçando para o Georg), enquanto eu olhava em volta para ver se não encontrava Jess e Nick, elas estavam bem atrasadas.
Olhei para trás, e vi duas garotas: uma alta de salto, e uma baixa de tênis, elas eram completamente diferentes e quando olharam em minha direção, começaram a acenar que nem malucas. Acho que eram elas.
– Liz! – cutuquei Liz, fazendo ela se virar pra mim. Apontei para as duas meninas e disse: – São elas?
– Acho que sim! – Liz sorriu, e acenou de volta para as meninas.
Elas vieram em nossa direção, e chegaram sorrindo, cumprimentando á mim e a Liz com beijos no rosto, enquanto só a garota mais baixa cumprimentou todos os meninos do Tokio com beijinhos, a mais alta apenas disse oi, e acenou. Mas tenho a impressão de que ela estava bem tímida e ficou encarando Bill por um tempo, que estava tão tímido quanto.
– Nossa, como foi difícil achar vocês. Aliás, eu sou a Jess. – Disse a garota mais baixa, e mais sorridente.
– Eu sou a Nick. – A mais alta sorriu para nós todos, ela falava um pouco mais baixo.
– É um prazer meninas. – Eu sorri. – Eu sou a Cloe, e essa do meu lado, é a minha irmã Liz. Estilista e maquiadora respectivamente.
– Já conhecem os idiotas do Tokio Hotel? – Perguntou Liz retoricamente e Georg olhou fingindo estar de mal com ela. – Podem escolher o garoto em que terão a relação de ódio, porque será impossível ficar o tempo inteiro com paciência para todos esses bebezões.
Jess era uma menina muito bonita, embora seu jeito de se vestir e de andar denuncie uma garota de 16 anos no máximo. Eu gostei do estilo dela. Ela usava roupas e tênis bem parecidos com o do Kaulitz mais velho, o Tom, e também parecia aquele tipo de menina-menino que se pudesse andaria sem camisas e jogaria vídeo game o dia inteiro. Nos daríamos bem.
Nick, por outro lado, já era uma mulher um pouco mais formal. Ela tinha uma aparência jovem, mas pelo seu rosto já é de se perceber que ela tem entre seus 22 anos. Mas suas roupas lhe aparentam uma imagem de mulher ainda mais velha. Saias justas e blusas mais neutras com saltos e um rabo de cavalo com um grande cabelo loiro quase sem nenhum fio fora do lugar.
– Desculpa, nós tínhamos marcado lá na loja, certo? – Liz disse, se lembrando do combinado. Jess acenou positivamente com a cabeça.
– É que o Tom resolveu me encher, então a gente se perdeu do grupo, e nos encontramos aqui. – Eu disse explicando a situação. Jess e Nick apenas riram. Já perceberam que o meu garoto “ódio” é o Tom.
Eu disse “meu” garoto? Repito: o garoto do meu ódio...
– Tudo bem. – Nick disse. – Nós nos atrasamos também.
– Aliás, desculpa pelo atraso. – Jess disse. – Mas a Nick demora demais pra arrumar o cabelo.
Nós rimos.
– Nós fizemos umas compras para ter o modelo básico do visual dos garotos – eu comecei informando – e acho que agora é tudo. Convidamos vocês mesmo para nos conhecermos, mas acabamos esbarrando sem querer com eles. Que tal tomarmos um sorvete?
– Uma ótima ideia. Eu gosto daquela sorveteria que tem também iogurte, que é mais natural, no lado Leste. – Disse Nick.
– Ok, eu pago. – Logo anunciou Bill.
Olhamos todas nós garotas para ele.
– Te convidamos, por acaso, senhor Kaulitz? – Perguntei educadamente da mesma forma que poderia me referir a Tom, aliás, são gêmeos, tem o mesmo sangue estúpido na veia, apesar de eu acreditar que Tom seja mais idiota e com menos neurônios que ele deixou no caminho para Bill.
– Convidaram por telepatia, aliás, vão na frente. – Disse Tom – Eu vou carregar a baixinha para comprar um telefone e depois eu me encarrego de pagar o sorvete dela.
– Oba, celular! – Sorri, vendo meu grupo de amigas me deixar para trás com Tom Kaulitz. Encarei ele. – Espera, é só mais uma desculpa para elogiar minhas pernas, ameba?
– Não Cloe. – Tom revirou os olhos – Vamos comprar a porcaria do seu celular agora.
Andamos lado a lado, coincidentemente sem nenhuma briga naquele curto caminho até a operadora próxima e adentramos a loja. Tom ficou de olho nas pernas de uma atendente esquisita que perseguia um gordo estrangeiro provavelmente daqueles países da américa do sul que falam línguas estranhas e eu escolhi com cuidado meu novo BlackBerry. Ok, não foi com cuidado, eu simplesmente bati o olho naquele BlackBerry de capa preta reluzente que parecia ser muito caro!
– Tooooom, eu quero esse! – Grunhi na parte do “esse”.
– É o que? Essa porra custa caro! Trata de escolher um celular igual ao que você tinha.
– Seu estúpido, eu tinha um Iphone, você estragou e essa é minha chance de ter um celular com um teclado bonitinho. O BlackBerry é mais barato que o Iphone, idiota.
Dessa forma, contando os “zeros” para Tom, ele concordou em me pagar a porcaria do BlackBerry e eu sai da loja já alterando meu plano de fundo. Tom pegou o celular da minha mão e fez algumas alterações, me puxando pelo cabelo e tirando uma foto nossa. Quando fui ver, ela estava como plano de fundo e o seu número era a chamada de emergência. Revirei os olhos e guardei o celular. Depois iria alterar isso.
– Vamos logo tomar o sorvete, baixinha! – O Kaulitz mais burro disse, me dando um soquinho no ombro de camarada.
– Vamos! Antes que eles esqueçam que existimos e vão embora. – Eu disse acelerando o passo.
Estranhamente eu estava mais preocupada em chegar na sorveteria, do que discutir com o Kaulitz. Quanto mais rápido chegassemos lá, menos tempo eu e o Kaulitz ficaríamos sozinhos!
– Que pressa é essa, Cloe? – Perguntou, andando do meu lado, só que um pouco mais devagar, afinal, as pernas dele são compridas.
– Pressa nenhuma, ué. – Eu disse sorrindo torto. Ele riu.
Por mais rápido que eu andasse, parece que nunca chegava em sorveteria nenhuma. Devem ter se enganado. Não tinha nenhuma sorveteria por ali.
– Ali, nanica. – Tom notou minha completa falta de habilidade espacial e me puxou pelo braço, me fazendo virar pra ele, e apontou pra uma sorveteria rosa.
– Ah, tá! – Me soltei dele devagar e disse firme: – Não me toque. Vamos logo!
Assim que chegamos na sorveteria, eu e o Kaulitz logo avistamos o pessoal sentado em uma mesa. Nos encaminhamos até lá e quando chegamos perto, percebemos que só tinham mais duas cadeiras, pior que isso, uma do lado da outra.
Lá se vai minha chance de me afastar do traste depois de conseguir o que eu queria.
– Liz. – Chamei minha irmã; ela me encarou – Deixa eu sentar aí?
Fiz aquela cara de bebê pidão. Nunca convence ela.
– Não! – Ah, mas é claro, o Georg estava do lado dela. – Senta aí.
Apontou para a cadeira que estava atrás de mim.
– Não quero sentar perto desse rapper mal amado. – Bufei.
– Mas vai! – Georg disse. Que isso heim, mal entro pra família, e já tá achando que tem intimidade.
Me sentei entre Bill e Tom, enquanto Tom se sentou entre eu e Jess. Peguei o cardápio, e comecei á olhar os vários tipo de sorvete que eu poderia tomar. Sem mais nem menos, o Kaulitz puxou o cardápio da minha mão.
– Você é muito lerda. Deixa eu ver primeiro. – Disse ele, passando os olhos pelo cardápio.
– Ô seu monte de bosta ambulante, me devolve essa merda. – Puxei o cardápio da mão dele. – Eu tinha pegado primeiro.
– Cloe, larga de ser fresca. – Ele pegou mais uma vez o cardápio. – Eu sou mais rápido e vou escolher seu sorvete já que eu quem vou pagar.
– Vai se ferrar, como você não precisa de mim para te arrumar, EU não preciso de você para me sustentar! Me dá essa porcaria desse cardápio e se quiser ser "rápido" da sua forma lezada, pega outro!
– Que se dane. – Ele puxou o cardápio novamente. - E para sua informação, minha fama paga seu salário.
Eu não poderia discutir... Mas poderia começar a lhe estapear e pegar o cardápio novamente.
O resto do pessoal? Nem estavam ligando pra nós. Creio que, enquanto eu e a ameba comprávamos o meu celular, a Liz e os meninos avisaram Nick e Jess sobre isso, pois as duas nem pareciam perceber aquela nada pequena discussão.
Tentei puxar o cardápio da mão do Kaulitz mais uma vez, só que ele já estava esperando por isso, então segurou com mais força. Nós ficamos nesse puxa-puxa de cardápio, até que, para a MINHA ALEGRIA, eu me desequilibrar, fazendo o banquinho em que estava sentada cair, assim, me levando junto para o chão, e levando junto comigo a ameba do Tom idiota que caiu por estar naquele puxa-puxa infantil comigo... em cima de mim.
– Sai de cima de mim, Kaulitz! – Eu grunhi.
– Por que eu deveria? A visão aqui é bela. – Ele disse rindo e olhando para onde deveria ser... aquele filho da puta olhava para o decote gigante da minha blusa, o qual ele estava bem próximo!
– Saaaaai! – Disse, empurrando ele. – Você é pesado.
Ele saiu de cima de mim bem devagar e quando eu fui me levantar, me surpreendi por nem ter precisado fazer esforço, pois o Kaulitz puxou-me pela minha mão e assim que alcancei meu tamanho normal ele segurou-me na cintura para ter certeza de que eu estava em pé.
TODO mundo ficou nos olhando dessa vez (ahá, chamei atenção?), não só o pessoal da mesa, mas as pessoas que estavam na sorveteria também, inclusive os atendentes. E a grande fama do Tom Kaulitz era bem fácil de se reconhecer.
– Kaulitz, já pode me soltar. – Eu disse rápido e ficando corada, olhando para o chão.
– Que tal irmos embora? Já passamos bastante mico nesse shopping hoje. – Disse Gustav rindo. Me surpreendi, ele quase nem fala!
– Boa ideia! – O Bill concordou com ele.
– Nick, Jess, vamos para o nosso apartamento. – Disse Liz.
– Ok! – Nick e Jess concordaram ao mesmo tempo.
– Não! Vamos para o nosso! - Retrucou Bill com aquele sorriso gigantinho e fofo que conquistava todos, inclusive a cara da Nick que estava ficando quase azul de tanto sorrir. - Mais espaço e mais diversão. E claro, podemos nos conhecer melhor todos juntos.
– Sem que a Cloe e o Tom chamem atenção do mundo e da Rússia com suas provocações.
– É claro, vai ser divertiro! - Concordou Georg e logo depois Tom, me encarando dos pés a cabeça como se avaliasse meu preço...
– Vai? - Perguntei retoricamente.
Realmente acho que deveria começar a me preparar psicologicamente para o que vinha a seguir.

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog