terça-feira, 2 de outubro de 2012

Call Of Destiny - Capítulo 14 - Strip Poker


Tenho que admitir, por mais que o meu orgulho não goste nem um pouco disso, Tom estava lindo, e eu estava me segurando para não pular em seu pescoço. Orgulho, cadê você?
Só um momento de insensatez! Opa, meu orgulho voltou. E o meu senso crítico perfeito também! O idiota havia trocado as tranças por aquele pico de piolho do Bob Marley, mais conhecido como dreads e que chegou à mim que ele já havia usado uns anos, quando ainda tinha os cabelos loiros.
E ele ainda tinha que me carregar para ficar observando aquele processo lento e sem graça, em que eu fiquei fazendo nada além de ler uma revista de moda atualizada e ouvir música no meu MP4.
Estávamos quase chegando ao hotel, e por mais incrível que pareça, durante esse final de tarde, eu e o Kaulitz só brigamos três vezes, isso é um recorde e tanto.
– Você... Hm, ficou bem diferente. – Eu comentei enquanto o Kaulitz estacionava o carro na garagem do hotel.
– Por que esse seu orgulho besta não te deixa admitir que você está surtando por dentro porque eu estou lin-do? – Disse o senhor sou-o-centro-do-universo.
– Porque ele está ocupado impedindo você de olhar para a sociedade e ver que você não chega aos pés da beleza, que está toda concentrada em pessoas como... – Pensa, Cloe, pensa em alguém mais bonito que o Tom Kaulitz! – Hã, Jared Leto, por exemplo, do 30 Seconds To Mars!
– Haha, aquele gay é mais bonito do que eu? – Ele riu, debochado – Conta outra. Mas me diga, quando é que nós vamos terminar o que começamos noite passada? – Perguntou, com aquele sorriso “Devilish”.
Eu soltei uma gargalhada.
– Quando o inferno congelar! – Desci do carro, deixando com a mesma cara de taxo que ele nasceu.
Andamos um do lado do outro nos empurrando, feito duas crianças – coisa que eu tinha quase certeza que ele era – até o elevador. Incrível como dez ou quinze segundos parecem uma eternidade quando se está dentro de um elevador com Tom Kaulitz. Fica aquele silêncio dos infernos em que você não sabe o que a outra pessoa está pensando e prefere nem encarar.
– Pare de olhar para as minhas pernas, Kaulitz! – Disse sem nem sequer olhá-lo, arrancando uma risada abafada do mesmo.
Fomos para o quarto da Lizzie, pois ela havia avisado mais cedo que era lá onde estariam.
Quando entramos no quarto da minha irmã, todos pararam o que estavam fazendo e ficaram olhando pro Tom. Eu sabia que iam ter essa reação. Fiquei me imaginando dentro da cabeça da Jess, devia estar pirando, afinal, ela era fã. E o pior de tudo é que isso só aumentava o ego do Kaulitz. Eu passei direto, revirando os olhos, joguei minha bolsa na cama dela.
– Ok, ok! Eu sei que sou bonito, e essa mudança só ressaltou a minha beleza, mas podem, por favor, parar de babar em mim? – E quem foi que disso isso? Quem adivinhar ganha uma bala, ah espera, eu não tenho bala para TODO MUNDO.
O Kaulitz se jogou na cama do meu lado, com os pés para fora da mesma, assim como eu. Ge estava sentado – esparramado – em um sofá de três lugares junto com Nick e Lizzie. Gus e Jess estavam sentados no chão, encostados na cama. E Bill estava jogado em uma poltrona preta. Ficamos olhando um para a cara do outro que nem um bando de idiotas sem vida, que não tem o que fazer.
– Nossa, gente, como essa coisa está parada. – Jess ressaltou.
– E olha que somos astros do rock. – Disse Gustav, me arrancando risadas. Dica para quem achou que a vida de astros do rock é animada: ela não é sempre assim.
– Que tal irmos á uma boate com Strip Poker? – Disse Tom, rindo.
Ficou um silêncio por menos de dois segundos.
– Eu topo! – disse Georg prontamente, mais do que animado, lançando um rápido olhar sem vergonha para a minha pobre e inocente irmã-freira. Pobre e inocente? Senta lá, vai.
– Eu também topo! – Disse um Bill com um sorriso pervertido que eu não conhecia.
– Eu to dentro! Não tenho nada a perder! – Cruzes, até o Gustav concordou!
– Fala sério, até eu percebi que isso era zoação dele! – Eu levantei os braços, de olhos arregalados.
– É! Eu não estava falando sério. – Disse o Kaulitz, abrindo em seguida um sorriso de orelha à orelha. – Mas, já que vocês toparam, parece ser divertido, não é, Jess? – Vai saber o que se passou pela cabeça desse ninfomaníaco.
Jess gargalhou. Gêmeos. Humpf.
Olhei para o rosto de cada uma das meninas, e poderia jurar que sabia exatamente o que se passava por aquelas mentes. Jess, eu tinha quase certeza de que estava pensando alguma coisa como “beleza, mais garotos nus para a mamãezinha aqui”. Nick, como é a mais certa DA CABEÇA de todos, devia estar pensando algo como “Deus do céu, eles são malucos, mas parece ser divertido”, digo isso pelo sorrisinho que ela deu depois de um tempo para “absorver” a ideia. E Lizzie, bom, não era difícil imaginar o que a minha irmã estava pensando, devia estar tipo: “ai. Meu. Deus. Vou ver o Georg nu!”
– Eu to dentro! – Jess disse rapidamente, dando um sorrisinho malicioso.
– Parece loucura... – começou Nick. – Mas eu estou nessa com vocês! – sorriu.
– Me inclua fora disso, colega. – Eu disse.
– CLOE FAZ UM FAVOR, VOCÊ TÁ MORRENDO DE VONTADE DE IR, ADMITE. – Liz disse rindo.
Todos se viraram para mim, e ficaram me encarando.
– Nossa, Lizzie, cala a boca. – Eu fiquei vermelha e todos riram.
– Beleza, vamos nos arrumar! – Tom bateu palmas e saiu voando do quarto.

(...)

Depois de longas uma hora e meia, estávamos todos prontos para sair e ir jogar Strip Poker. É, eu acho que isso vai dar merda! Sabe por que eu acho que isso vai dar merda? Porque eu NÃO SEI jogar Poker.
Quando chegamos naquela boate, o meu coração quase saiu pela boca. Puta merda, quanto homem gostoso nós tínhamos por ali, heim? Chegava até á dar água na boca. Olhei para a Jess nesse momento, e a mesma estava lambendo os beiços. Eu tive que rir daquilo.
– Vamos para a mesa! – Bill disse sorrindo.
– Um aviso garotas: a única regra do Strip Poker é não jogue se o seu sutiã hoje não for de rendas. – Disse o tarado do Tom, fazendo todas nós rirmos.
– Quem vai jogar? – Eu perguntei.
Todos ali levantaram as mãos, e eu pensando que seriamos só nós. Ainda vieram mais alguns gatos e outras mulheres no mesmo jogo, senão não teria graça ferrar só com meus amigos e o Tom.
O Kaulitz se sentou do meu lado, tinha quase certeza de que por trás disso estavam as más intenções. Ele se sentou com toda aquela pose de “estou aqui para jogar sério”, mas por favor, quem vem sério para jogar strip poker? Tinha umas piranhas (aquelas que o Tom ficou flertando) que estavam usando no mínimo três peças de roupa, elas NÃO VIERAM para jogar sério, tenho certeza.
Então jogo começou!
POV’s Lizzie
A bebida foi distribuida antes mesmo de começar o jogo, e só pelo perfume daqueles drinks coloridos, eu sabia que não estavam puros. Preferi não me arriscar e tentei até avisar à Cloe, mas por outro lado, estava sentada entre Tom e um cara que não conhecíamos, e não parecia querer saber de ficar sóbria.
Depois de um tempo de jogo, estavam todos, com pelo menos sem uma peça de roupa. Bom, exceto por Nick e Cloe, que já haviam tirado algumas mais por suas más jogadas.
Cloe e Nick estavam bebendo uma bebida muito forte, que segundo o garçom que as serviu, se chamava Everclear. Tom disse que do jeito que elas estavam indo no jogo, só bebendo mesmo pra ter coragem de tirar tudo, e foi o que elas fizeram, beberam. E muito. E caramba, aquela era a Santa da Nick soltando o coque apertado e mostrando uma cara de safada para cima do Bill, que, bem, adorou aquilo.
De sóbria só estávamos eu, o Gustav e por incrível que pareça, o Tom. Sim, o Tom! Não sei por que, mas o mesmo bebeu apenas um ou dois copos de alguma bebida que eu não conhecia, deveria ser refrigerante ou Red Bull.
Tom estava, sem sombra de dúvidas vencendo, ainda tinha o tênis, a calça e a camiseta. Como ele era tão bom nisso? Nick e Cloe estavam perdendo, obviamente. Jess estava logo atrás de Tom, com o vestido e a meia calça. Bill estava apenas de calça e camiseta. Eu estava com a minha calça, e o meu sutiã. Gustav estava de calça, assim como o Georg. Tinha mais aquelas pessoas que não conheciamos, as putas que ficaram nuas foram eliminadas e os rapazes continuavam ali. Claro que todos ali estavam na maior cara de pau, principalmente quando o Tom ferrou com a Cloe no poker e a fez tirar mais uma peça. Fodeu.
– E aí, Cloe, vai tirar o sutiã? – Perguntou Tom. Não pense que só porque a Cloe estava bêbada, o Kaulitz deixou de secar ela.
– Desculpa, Kaulitz, mas hoje você não está com sorte. – Ela abriu um sorriso alterado, se abaixou e tirou um anel do dedo do pé.
– Acessório vale? Não! Eu quero ver ela nua! – Disse Tom. Todos rimos, é claro. Inclusive Cloe, que deu um tapa nele. – Droga, a graça acabou de acabar, pronto, venci.
Ele jogou as cartas na mesa e levantou os braços. Eu pensava que esse jogo não iria acabar enquanto todos estivessem nus, mas finalmente, acabou!
– MAIS UMA PARTIDA! – Gritaram.
– Ok, mas eu estou fora. – Eu disse, seguida por Tom, Cloe, Gustav, Georg, Bill e mais tarde, Nick, que foi retirada à força. Sim, Jess continuava jogando.
– Por que você não vem beber com a gente, amor? – Georg perguntou no pé do meu ouvido me fazendo ficar arrepiada. Ele me segurou pela cintura e bateu meu corpo de costas contra o seu.
– Porque eu não gosto de beber. – Eu respondi fracamente, sentindo o fôlego faltar.
– Ah não pode ser! – Ele me virou para si, colando ainda mais nossos corpos. – Me diga o motivo real! – Ele disse bem perto, fazendo-me sentir seu hálito quente próximo á minha boca.
– Eu já cometi algumas loucuras além do normal quando ficava bêbada. – engoli seco. – Só estou evitando mais confusão.
– Você é linda! – Ele se aproximou mais de mim, quase selando nossos lábios.
– E você bebeu demais por hoje! – Dei um leve empurrão nele, e sai em direção ao banheiro, deixando-o sozinho.
Passei no meio daquele bolo de gente, procurando desesperadamente por um banheiro. Quando finalmente vi aquela portinha indicando o banheiro feminino, meus olhos chegaram a brilhar, mas antes de dar o primeiro passo em direção ao banheiro, vi um casal no corredor escuro, um casal muito familiar pra mim. Nick e Bill. SAFADA! Eu me controlei para não ter um ataque de risadas.
Lógico que eu teria que espiar eles, não é mesmo? Alguém teria que ficar sabendo disso, porque se a Nick ou o Bill se lembrassem disso no outro dia, certamente não diriam á ninguém. Sem graça.
Bill passou a mão pela cintura da Nick, dando um leve puxãozinho nela pra cima, então ele passou a outra mão pela perna da mesma, que sorriu. Ele chegou ainda mais perto dela, se é que isso era possível. Então, sem quebrar o olhar, a ergueu pela cintura e a colocou sentada em um tipo de muretinha que tinha ali, ficando no meio de suas pernas, passando as mãos pelas mesmas, e apertando, então do jeito mais selvagem que eu nunca imaginei em nenhum dos dois, eles se beijaram.
Abri a boca em um perfeito O, chocada pela cena que tinha acabado de presenciar, e quando iria me virar pra ir embora dali, alguém me puxou e me prensou na parede, colocando um braço de cada lado meu, me impossibilitando de sair.
– Eu estou sóbrio o suficiente pra ter certeza de que é você que eu quero há um bom tempo! – Georg disse bem perto de mim. – A bebida só me trouxe a coragem que faltava. – Senti a minha respiração falhar.

POV’s Tom
Eu estava sentado em uma mesa, tomando um drink leve que eu bebi a noite toda, sem a mínima vontade de dançar ou pegar ninguém, quando sinto uma presença atrás de mim. Sorri ao sentir o seu perfume.
– E aí, egocêntrico, não vai pegar ninguém? – perguntou Cloe, passando por mim, e sentando em cima da mesa, de frente pra mim, com uma perna de cada lado do meu corpo.
– Não hoje, eu estou com vontade de concluir algo que eu comecei com uma garota em especial. – Sorri. Fiquei admirando aquele corpo perfeito, que me fazia ter vontade de tê-la naquele momento, em cima dessa mesa, na cadeira, onde fosse, mas eu a queria. Ela pegou a bebida das minhas mãos e bebeu, deixado sem querer, escorrer uma gota pelos seus lábios. Eu fiquei admirando por onde a gota escorregava.
Me aproximei, puxando-a pelo seu queixo para perto. Cloe riu. Ela saiu de cima da mesa e sentou-se lentamente no meu colo. Eu arfei com o susto e ela abriu um sorriso maior. Qual o problema dela hoje?
– E quem é a garota? – Provocou ela.
– Alguém...
Eu me segurei ao máximo para não ficar mais excitado do que já estava, só de senti-la em cima de mim, mas lembrei de que ela estava bêbada, e mesmo estando extremamente sexy, e me deixando doente de vontade dela, eu não podia, por mais que eu quisesse. Quando eu fizesse isso com ela, seria pra ela lembrar-se de mim também.
– Eu deixo você ficar comigo hoje. – Disse, se mexendo no meu colo. Eu mordi o lábio inferior, fechei os olhos e tentei me concentrar em afastá-la.
– Cloe – Eu afastei seu rosto delicadamente. – Você não está bem. Deixa pra próxima.
– Toooom! – Ela fez um biquinho. Como resistir?
– Não, Cloe. – Eu a fiz se levantar do meu colo e coloquei meu casaco nela feito uma criança, uma criança que estava emburrada e com as mãos espalmadas em meu peito como se pedisse por carinho ou doce... ou quem sabe vodka.
– O que há com você hoje?! – Ela grunhiu, e bateu no meu peito com pulso fechado. Eu coloquei seu cabelo para trás e me aproximei calmamente, deixando parecer que eu iria beijá-la, mas apenas beijei seu rosto e a fiz ficar quieta.
Segurei-a pela cintura e a guiei até onde Gustav, o outro sóbrio além da sumida da Liz que deveria estar se agarrando com o meu cactus.
– Vou levar a nanica embora. – ela me olhou mortalmente pelo apelido, e Gus apenas assentiu rindo.
Chegamos aos seguranças do casino e os caras me barraram, perguntando se eu era parente da nanica. Fazer o que, tive que mentir e dizer que era o namorado dela, pra depois aturá-la ficar olhando a viagem de táxi inteira para mim com aquela cara feia e dizendo que não era minha namorada. Chegou uma hora que ela encostou no meu ombro e fechou os olhos. E ainda tenho que servir de babá! Não fui pago pra isso, que eu saiba, ela que foi!

Postado por: Grasiele

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