terça-feira, 2 de outubro de 2012

Call Of Destiny - Capítulo 13 - Jess é um caso sério de internação.


– Err... Hm... Desculpa! – Jess disse finalmente depois de longos dez segundos, vermelha.
– Hm... tudo bem! – Tom deu um sorrisinho amarelo, saindo de cima de mim. – Eu estou indo lá pro meu quarto, sabe como é, o Bill deve ter ido me procurar, não me achou e deve tá preocupado! – Ele disse isso tudo muito rápido, palavra em cima de palavra. Depois saiu quase correndo, e fechou a porta.
– Eu atrapalhei né? – Jess perguntou SUPER envergonhada, quase roxa. Nunca pensei que a veria assim. Conheço ela faz muito pouco tempo, mas nesse tempo dá pra se perceber que ela não é o tipo de pessoa que fica envergonhada ou constrangida. Ela é cara de pau.
– Não! – Eu disse tentando sorrir. – Tudo bem! Estava mesmo querendo que ele se afastasse...
– Não está não! – Ela disse olhando pro chão.
– Eu já disse que tudo bem Jess, não se preocupe, chegou na hora certa! – Eu sorri. E ela realmente havia chegado na hora certa, porque eu estava a poucos passos de me entregar aos “encantos” daquele verme do Kaulitz.
– Cloe... – Ela olhou nos meus olhos. – Então, agora eu finalmente “meti a cara no hambúrguer” e entendi que você gosta... você sabe... Me desculpe por tê-lo beijado. – soltei uma gargalhada estrondosa, tenho certeza que os vizinhos do quarto escutaram!
– Jess... – Fiquei séria de repente. – Não viaja, cara!
Foi a vez dela de rir.
– Eu sei que você vai negar por um bom tempo, e eu vou estar sentada esperando que você admita isso, mas por enquanto, me desculpe por isso.
Eu revirei os olhos, cruzando os braços.
– Posso te contar por que aceitei beijá-lo? – Perguntou.
– Você gosta dele também? – Arregalei os olhos. – Quero dizer, não também, porque só você aparentemente gosta dele, eu não, que isso, só falei errado, escapou...
– NÃO! – Ela gritou meio desesperada. – Calma, não é nada disso.
– Ah... – Dei um suspiro de... alívio? – Então... creio que não tem outro motivo oras. Você beijou ele porque sentiu vontade, não deve ser presa por isso!
Eu ri levemente.
– Cloe, o que eu vou te contar tem que ficar entre nós. Ninguém mais sabe disso. – Ela disse me olhando com confiança, mas medo ao mesmo tempo.
– Não pode ser tão ruim assim! – Eu disse puxando-a pra se sentar na cama. Revirei os olhos. E soltei um “puff” com a boca.
– Eu sou fã do Tokio. – Ela disse.
– Haha. – Eu retruquei rapidamente. – Como é? Ok, é ruim assim.
Nós rimos ao mesmo tempo.
– Não é ruim para mim, é ruim para eles! Eles não podem saber! Nunca, jamais! Eles teriam medo de mim, me tratariam diferente, nem se quer falariam comigo! – Ela disse desesperada. – Ou talvez, ou talvez... Sei lá, me tratar como fã ao invés de amiga e assistente. Seria um inferno. E eu perderia o emprego ou me demitiria...
– Ei, calma! – Interrompi-a – Eu não vou contar, e vou poupá-la de um discurso infinito sem respiração no meio.
Ela riu e respirou.
– Então. – Continuou. – Eu beijei o Tom porque era um sonho meu... sabe, ele é meu ídolo, é amor de fã.
– Ok. – Eu sorri. – Não tem problema.
Mas por dentro, eu estava super aliviada. Como eu iria competir com uma garota extremamente igual ao Tom, linda como a Jess é, e cheia de personalidade? O Tom iria escolher ela, claro.
– Mas você gosta dele. E ele de você! Todo mundo já percebeu. Só eu, que sou bocó que ainda não tinha me ligado. – Eu dei uma gargalhada, mas fiquei séria com o “você gosta dele”.
– Desencana disso Jess! – Sorri e Jess olhou o relógio do lado da minha cama.
– Puta merda! Melhor eu dormir, tá tarde!
– Tá bom, vai lá! – Sorri. Ela levantou e andou em direção a porta.
– Cloe... – Ela me chamou, fazendo-me virar pra si. – Obrigada. – Eu sorri, e ela retribuiu ao sorriso, saindo logo em seguida.
Já estava deitada na cama, pronta pra desligar a luz, quando ouço alguém abrindo a porta bem devagar. Esse ser de outro planeta colocou a cabeça pra dentro do quarto, me olhou e deu um sorrisinho amarelo.
– Onde a senhorita estava dona Liz? – Perguntei, vendo-a entrar por completo no quarto, fechando a porta bem devagar, pra não fazer barulho.
– Com o Georg. – Ela disse rápido e sem delongas.
– Wow! – Dei um sorrisinho sem vergonha. – Estavam fazendo o que?
– Nada do que você tá pensando. – Disse.
– Então...?
– A gente saiu pra dar uma volta por ai. – Ela sorriu olhando a janela. – Ninguém o reconheceu. Foi bem tranquilo.
– Legal, e por que você não vai dormir, ou catar o Georg de novo? – Perguntei, fazendo-a me olhar com aquela cara de “nossa, que bom que você se importa comigo”. Eu ri.
– É que... bom, sabe...
– Ah, eu já entendi! – Eu sentei na cama, de frente pra ela. – Chegou a hora daquela conversa né? – Ela me olhou confusa. – Liz, quando um homem e uma mulher sentem muito desejo um pelo outro, eles tiram a roupa, então eles fod-
– Cala a boca, Cloe. – Ela começou a rir – Eu sou a mais velha aqui. E não é nada disso não.
– Então desembucha, srta. Listing!
– Eu nunca beijei o Georg! – Ela disse bem baixo e rápido, olhando pro chão. Então eu soltei uma ENORME gargalhada. Foi tipo, uma gargalhada de bruxa do mal, daquelas que judia da pessoa, mas depois eu fiquei séria.
– Sério? – Perguntei. Mas, alguma coisa estava errada, alguém perguntou junto comigo. Liz me olhou estranho, levantou da cama, foi até a porta e a abriu. Adivinha quem estava lá? Não, não era o Hitler. Era o Tom, aquela ameba.
– Mas que merda é essa? – Perguntei levantando da cama e indo até os dois.
Tom abriu um sorriso pervertido e a Liz estava vermelha por ter outra pessoa ouvindo o que ela falou. Tom tentou se explicar que ele só queria vir me dar boa noite. Liz abriu aquele sorriso pervertido e eu bati nela, então ela brigou com o Tom por estar ouvindo conversa, mas isso tudo se acabou quando eu fechei a porta e fui dormir, porque eu estava caindo aos pedaços.
(...)

Senti alguma coisa me acertar bem forte na cabeça, mas era uma coisa macia e fofa. Mas ainda assim, era uma coisa me acertando na cabeça.
– ACORDA CLOE! – Ah, como ele é doce!
– O que você quer? – Resmunguei, me remexendo na cama e trocando a cabeça de lado, me afundando nos edredons fofos.
– Que você acorde! Nós vamos caminhar! – O Kaulitz disse, puxando o cobertor de cima de mim. – UAU! Você tem realmente belas pernas.
– Cala a boca, seu tarado! – Ronronei. – Que horas são?
– Duas da tarde.
– Tá muito cedo. – Grunhi.
– Ah, vamos lá Cloe. Nem eu que sou eu estou dormindo! – Ele disse pulando em cima de mim na cama. – E outra, todo mundo vai.
– Porque você está com fogo no rabo, e mande um beijo para todos que vão. – Voltei a resmungar. – E, sai de cima de mim. – Ordenei.
E então eu senti ele passar a mão desde a batata da minha perna, até a parte de trás das minhas coxas, subindo rapidamente. Aquilo me deixou facilmente arrepiada, pois minhas pernas estavam quentes e ele estava gelado. O Kaulitz riu.
– Não! – Ele disse. – Eu não saio até você levantar.
– Sai Kaulitz! – Disse brava. – Eu já disse que não vou.
– Você vai sim!
– Não vou! – Eu vou resistir até o último minuto da minha vida.
(...)
Tom deitou em cima, ainda em cima de mim, agora com a cabeça perto da minha e começou a assoprar meu ouvido. Caralho, aquilo sempre me deu uma agonia dos infernos! – TÁ BOM, EU LEVANTO!
– Nossa... – Ele riu. – Como você é resistente. – E saiu de cima de mim.
Me troquei bem rápido, colocando um short que eu uso pra fazer exercícios, um daqueles tops de ginastica, com o moletom de cima. Meu cabelo? Bom, juntei aquele monte de palha e prendi em um rabo de cavalo. Coloquei meu tênis e saímos.
– Nossa Cloe... – Estávamos dentro do elevador. – Que short.
– Problema? – eu disse sem encará-lo. – É do tamanho que eu gosto.
– No que eu gosto também! – ele riu.

(...)

Lá estávamos nós, caminhando por um extenso parque perto do hotel.
Liz e Georg estavam mais a frente, conversando e rindo, e às vezes a Liz abaixava a cabeça, dando aquele sorrisinho tímido dela que eu bem conhecia. Nick e Bill conversavam muito, e os olhos de Bill brilhavam em cada frase que ela terminada, como se estivesse submerso em pensamentos para o futuro dos dois. É, eu sei, bem estranho. Eles nem namoram nem nada disso. E o pior, é que a coitada da Nick nem percebia. Parece que a coitada da Nick não retribuía.
Jess corria na frente de todo mundo, exibida e atlética, e o Gustav ia atrás dela, quase morrendo de cansaço, tentando fazer com que ela parasse. E ela apenas corria de costas, olhando pra ele e rindo, dizendo “Vamos Gustav, você está muito fora de forma!”. E eu? Bom, eu observava tudo aquilo rindo, andando no meu ritmo sem graça.
Então senti alguém me empurrando, chamando a minha atenção. Ah, era o Kaulitz, tinha que ser. Empurrei ele de volta, e então ficamos naquele empurra-empurra, enquanto caminhávamos e ríamos. Até ouvirmos muitas gargalhadas, e olhamos pra onde todos estavam olhando, e eu tive que rir também.
Gustav estava todo encharcado de água, porque aparentemente a Jess havia empurrado ele dentro do chafariz.
Eu e o Kaulitz caímos na gargalhada, junto com todos os outros, principalmente Jess, que ria mais que todo mundo ali, e ainda foi tentar ajudar o coitado a sair da lagoa, o que de fato, não deu muito certo, porque ela mais ria do que ajudava. Tadinho, deveria existir uma lei de nunca implicar com o Gustav, porque ele é muito lindo. Jess é um caso sério de internação.
– Cloe... – Kaulitz chamou minha atenção para si. – Preciso que vá a um lugar comigo hoje, lá pras seis da tarde.
– Precisa nada, você só precisa mesmo de ar, água e comida... E sexo, no seu caso.
– Você não entendeu, Cloe: você VAI comigo hoje, às seis da tarde.
Revirei os olhos.
– Para que, Kaulitz?
– Eu vou mudar o visual. – Ele sorriu.

Postado por: Grasiele

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