terça-feira, 2 de outubro de 2012

Call Of Destiny - Capítulo 2 - Eu a odeio... Eternamente!


Nós estávamos lá no estúdio do Tokio Hotel, esperando o David e o Tony chegarem. Eles tinham nos dito que precisavam muito falar com a gente, e nos mandaram esperar no estúdio, que eles não demorariam. Mas adivinhem só... eles estão demorando! E muito! Eu poderia estar dormindo.
O tempo que eu passava desocupado, era o tempo em que eu ficava pensando naquela nanica vesga que estragou meu bebezinho. É uma ridícula mesmo! Como é que alguém consegue bater em um carro parado? Eu respondo! Aquela nanica da Cloe. Argh que raiva!
Ela é tão pequena, chega a dar dó. Pra vocês terem uma noção eu olho pra baixo quando vou falar com ela. Ela é muito menor que eu. Parece tão frágil e inofensiva, mas não é. Aquela ruivinha vesga que se acha melhor que o super homem. Sim, ela é ruiva, o cabelo dela é alaranjado, mas não tingido, percebe-se de longe que é natural.
Oh. Santa. Vodka. Por que motivos eu reparei tanto assim naquela nanica? Credo, sai daqui coisa maligna que está tentando me dominar! Esse corpo não lhe pertence!
– Não é Tom? – Georg disse, me fazendo acordar.
– O que? – perguntei perdido no assunto.
– A Liz é muito linda. – Bill disse lentamente, como se estivesse falando com um idiota.
– Quem é Liz? – puta merda, eu devo ter viajado por um bom tempo.
– Tom... é a irmã da Cloe, aquela que bateu no seu carro. – Gustav disse tentando me fazer lembrar.
– Eu nem me lembro de como ela era! – fui pegar água no frigobar.
– Claro que não! – Georg riu. – Você tava ocupado demais babando pela Cloe. – todos riram do comentário.
– É Tom, se eu fosse o Tony, abriria os olhos com você! – Gustav fez piadinha.
– Vou falar pra ele tomar cuidado. – Bill riu do próprio comentário.
– Cuidado Tom, ela pareceu querer te matar quando você a chamou de nanica vesga. – Georg me “alertou”.
– E daí?! – perguntei desinteressado. Lógico, tudo o que vem dela não me dá interesse algum.
– Você pode se apaixonar. – Georg disse, e Bill riu, acompanhado de Gustav.
– Do que você tá falando, seu idiota? – Perguntei retoricamente, irritado.
– Ih Tom, estamos zoando você e a baixinha, relaxa, cara. – Georg disse jogando as mãos pra cima em sinal de rendimento.
– Essa reação te entregou, Tom. – Bill disse rindo. – Ge jogou verde e colheu maduro! – Os dois panacas bateram as mãos rindo.
– Como vocês são estúpidos. Eu odeio aquela nanica. Viram como ela é? Ela bateu o meu carro, e brigou comigo! É uma lunática mesmo. Não deve nem ter amigos.
– Ah, vai Tom... Ela pode até ter batido no seu carro, mas que ela é bonita. ela é! Não como a irmã dela, é claro, aquela Liz é muito gostosa. – Georg me olhou desafiadoramente. Encarei.
– Bonita, a Cloe? Ela é linda. O Tony teve uma baita sorte, porque as filhas dele são muito lindas. – Gustav disse com os olhinhos brilhando. Haha, que gay! Não pega nem resfriado.
– Ela pode até ser bonita. Mas não é do meu interesse. – disse com olhar superior. – Eu gosto de mulheres de verdade. É, a Liz é gostosa.
– Tudo bem Tom, se você não se interessou, eu vou a luta. – Bill disse sério.
– Que? – o fitei incrédulo. – Como você seria CAPAZ de sair com a anã vesga que acabou com meu bebezinho?
– Tom... – Bill começou calmo. – Eu estava brincando. – Gustav e Georg caíram na gargalhada.
– Não teve a menor graça! – Virei a cara e acabei entornando água na minha roupa. Os garotos riram. - E não foi engraçado me fazer gritar como se eu estivesse com ciúmes.
– Você precisava ver sua cara. Foi tipo, muito hilária! – Georg fez esse comentário completamente desnecessário.
– Olhem aqui... – apontei o dedo na cara dos três. – Eu odeio aquela anã eternamente! E não será mais permitido mais nenhum elogio á ela aqui dentro ouviram? Só criticas que não sejam construtivas, até porque, é impossível que ela cresça!
– E quem disse que você manda em alguma coisa aqui? – Georg riu.
– Olha Geor... – ele me interrompeu.
– Meu novo passatempo favorito... – andou tranquilamente pelo estúdio. – Elogiar a Cloe. – sorriu maroto. É um filho da mãe mesmo.
– Chega desse assunto. Cansei! – Eu já estava irritado. Falar daquela formiga me estressava. – Vocês sabem o que o David e o Tony querem conversar com a gente? – mudei completamente de assunto.
– Isso Tom, certinho você, muda de assunto mesmo! – Georg reparou, e Bill soltou uma daquelas gargalhadas esquisitas.
– A gente não sabe Tom. – Gustav me respondeu. Muito obrigado, pelo menos um. – Mas parece que é sobre as meninas.
– Quantas são? – perguntei fingindo interesse.
– Quatro. – Eu ri com a inocência do Gustav ao falar isso.
Ouvi o barulho da porta, virei pra trás pra ver quem era, David e Tony vinham conversando e rindo muito, quando olharam pra minha cara, riram mais ainda, acho que a piada era eu.
Levantei as mãos para o alto. - Por que todo mundo tirou o dia hoje para olhar para minha cara e rir? - Grunhi e me joguei no sofá próximo.
– Nada com você, Tom, só estávamos falando se negócios. – Disse David, forçando a ser sério – Bem meninos, a turnê começa em duas semanas, e já conseguimos uma maquiadora, estilista e produtoras de uma idade parecida com a de vocês. Agora a tarefa é a seguinte: pegar um papel sei lá e escrever sobre a personalidade de vocês, para a estilista Cloe e a maquiadora Liz. Vocês precisam entregar o quanto antes para elas fazerem uma análise sobre vocês. Bill, como só você é muito necessário a maquiadora, os outros não precisam entregar papéis extras para Liz.
– Como é? Eu vou ter que falar sobre MIM para aquela vesga louca da Cl-
Antônio me olhou dos pés a cabeça. Putz, esqueci que ele é o pai dela! Virei meu rosto para Bill e sibilei: C-L-O-E.
– Exatamente, Tom, que bom que você entendeu o recado. Agora até mais vocês. – David acenou e foi embora.
– Foi só isso? Que perda de tempo! – Grunhi.
– Sempre o Tom para reclamar. – Georg revirou os olhos. – Então, vamos sair? Elas devem estar nos esperando já prontas.
– Elas quem? – Perguntei.
– Você ficou surdo, idiota? – Bill gargalhou – Nós falamos! Vamos sair com a Cloe e a Liz, vamos ao shopping... Agora!
– Vamos? – Perguntei retoricamente.
– Sim, vamos. – Gustav sorriu.
– Espera aí, eu não concordei com isso. Eu vou ficar aqui. – Revirei os olhos.
– É claro que ele vai. – Disse Georg.
– Você quer apostar? – Perguntei, sorrindo ironicamente.
(...)
Eu bufei. Olhei em volta. Nem sinal delas.
– Se eu tivesse apostado, eu ganharia dinheiro. – Disse Georg.
– Cala a boca. – Retruquei. – Estão vendo? Nem sinal delas! As “profissionais” estilista e maquiadora deram um BOLO na gente. Elas não vão vir. Podemos voltar para casa, eu quero d-
– Olá garotos! Demoramos demais? Desculpinha, eu estava em uma guerra fria com as minhas maquiagens, e a Cloe com suas roupas. – Me virei, e lá estavam elas, com aqueles sorrisinhos cativantes no rosto. MAS A CLOE NÃO ME ENGANA, ELA É UMA...
– Então, vai rolar um cinema? – Perguntou Cloe, a anã vesga.
– Não. – Resmunguei. Ela me encarou.
– Eu topo. – Disse Bill, seguido por Georg e depois Gustav. Revirei os olhos.
– Que tal vermos o episódio 1 de Star Wars em 3D? Eu adoro Star Wars e soube pela internet que o cinema daqui é um dos melhores em 3D. – Tagarelou a anã.
– Não, eu odeio Star Wars... – E odeio você, completei mentalmente.
– Ah, qual é, Tom, vamos ver Star Wars. – Georg retrucou. Ele tirou um bolo de dinheiro da carteira e jogou na minha mão – Aproveita, vai lá comprar a pipoca com a Cloe.
Nos encaramos. Ela me olhou com um ar de “venci”. Eu revirei os olhos. Eu a odeio... eternamente!

Postado por: Grasiele

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