terça-feira, 2 de outubro de 2012

Call Of Destiny - Capítulo 6 - Está me provocando!


– Você ligou pra elas? – Perguntei pra Liz, enquanto entrávamos em uma loja de roupas no shopping.
– Liguei antes de sairmos de casa. – Liz me respondeu.
– E então?
– Elas vão chegar um pouco mais tarde. Mas é bom, assim podemos ler o que os meninos escreveram para nós duas.
– Ah, é verdade! Tinha até esquecido disso. - Vim no shopping para fazzer compras para eles e não lembrava o que tinham escrito nos papéis das personalidades.
– Eu só tenho que ler o do Bill, afinal, eu só vou maquiar ele de bem diferente. Os outros é só uma base para entrar em palco. Você tem que ler o dos quatro. – Liz disse, rindo logo em seguida.
– Que ótimo heim! – Eu disse com sarcasmo. – Me dá aqui. – disse estendendo a mão.
– Aqui. – Liz me entregou uma pasta, com quatro papéis dentro.
– Vamos lá.
O primeiro papel era, adivinhem de quem? Com a enorme sorte que eu fui abençoada ao nascer, era de Tom Kaulitz; revirei os olhos, e comecei a ler o que aquela anta tinha escrito.
“Eu sou o mais importante da banda, então a minha aparência é a mais importante também. Ninguém gosta do Georg, então jogue uns trapos nele, que está ótimo, não vão reparar nele mesmo. Ao contrário do que pensam, o Bill não é o mais querido, sou eu. As fãs amam esse meu jeito de andar, de falar, de me vestir, então, não tente me mudar. Só me vista de forma boa, e que esteja ao meu agrado. Claro, não que eu precise de você. T Kaulitz.”
Ah, mas que vontade enorme que me dava de socar a cara dele naquele exato momento. Eu nunca, em toda a minha vida, conheci alguém tão convencido quanto Tom Kaulitz. Convencido, egocêntrico pelo visto e narcisista - uma forma mais bonitinha de chamá-lo duas vezes de egocêntrico.
– Ai que ódio eu tenho dele. – Grunhi.
– Isso ainda dá casamento. – Liz disse rindo.
– Vira essa boca pra lá que quem está de pegação com o baixista sexy é você, Lizzie. – Disse eu, ela riu.
– Vamos ler os outros.
Dei um suspiro pesado, e murmurei um “ok”. Eu estava me achando menos estilista e mais babá.

(...)

Fizemos compras em algumas lojas do lado Oeste do Shopping para mais Bill do que outros, e claro, já sabíamos o tamanho deles. Algumas peças mais decentes para Tom e a mesma coisa de sempre para Gustav, que preferia ser simples, algumas coisas mais... sexys para Georg que Liz fez questão de reparar só.
Estamos chegando próxima a praça de alimentação, onde antes tinha uma grande loja de games. Bem, eu era uma menina bem menininha, mas amava jogos e video-games. Eu só virei o rosto para o lado para perguntar se a Liz queria dar uma passada lá dentro e ela havia desaparecido. Como isso é possível? A Liz desapareceu! E novamente me virei para a loja de games, mas foi tudo tão rápido que eu só analisei os fatos mais tarde.
Senti alguém me agarrando pela cintura e me puxando para dentro da loja de games.
Eu iria gritar. Iria. Mas preferi não chamar atenção levando em conta o fato de quem ter me agarrado era uma estrela do rock que facilmente seria destacada se alguém gritasse perto.
– Não aprendeu a cumprimentar as pessoas não, Cloe? - Disse a voz irritante daquela pessoa irritante que escreve coisas irritantes e não faz nada além de comer, dormir, transar e me irritar!
– Aprendi a cumprimentar pessoas, não animais, Tom. – Sorri com sarcasmo.
Eu não estava acreditando que eles estavam aqui. Só podia ser um pesadelo. Como é possível que bem na mesma hora que eu e Liz resolvemos ir ao shopping, o Tokio Hotel também resolve, e justo na loja ao lado. Na Califórnia tinha tantos shoppings!
– Seu sorriso sarcástico é adorável. - Sussurrou ele, ainda me segurando pela cintura e agora se posicionando atrás de mim para me conduzir para mais adentro da loja de games. Os pelos da minha nuca se eriçaram. Isso é um detalhe irrelevante.
– Não poderia dizer que seu sorriso egocentrista é adorável, e nem que nada é adorável, porque você é uma bosta. - Uma bosta que mil e quinhentas garotas amam, completei mentalmente.
– Você é irritante, Cloe. - Sussurrou ainda mais perto do meu ouvido. Ok, agora ele estava encostando o rosto na minha nuca. Não devo ter comentado ainda que minha nuca é meu ponto fraco para me conquistar, por isso logo tratei de afastá-lo. - E eu adoro o efeito que causo em você.
– Que efeito você possivelmente causa em mim, ameba? – Perguntei após dar uma gargalhada estrondosa.
– Você fica nervosa e arrepiada. – Ele riu. – Mal me conheceu, e já está se apaixonando?
– Eu não me apaixono por idiotas sem-noção, Kaulitz. Eu acho que é você quem está se apaixonando, porque seu sentimento não é retribuído e eu devo ser a única menina que esnoba Tom Kaulitz – sorri marota e logo quase gritei ao constatar que ele estava indo com a boca em direção ao meu pescoço. – Isso não vai funcionar!
– Como se alguém um dia fosse querer algo com você. - Ele disse, me soltando e revirando os olhos. Vontade de jogar na cara dele quem é que estava agora mesmo tentando me morder.
– Agora que me lembrei, você está me devendo um celular novo.
– No seu mundo eu te comprarei um celular novo. - Ele riu sarcasticamente. Eu vou dar um soco na cara desse menino.
– Aí estão vocês! - Disse Liz aparecendo de repente com Georg logo atrás. Eles possivelmente estavam de mãos dadas, pois a mão da Liz desaparecia atrás dela. Eu sabia que ela só estava se engraçando com o Georg. – Tom, rolou uma seção de amassos entre vocês no caminho da frente da loja para dentro? Demoraram! Eu até ganhei de Georg no CoolBoarder!
– Gracinha, Lizzie, rolou seção nenhuma entre mim e o Tom – murmurei. – Mas aposto que rolou entre você e esse grandão aí. – Tom gargalhou concordando.
– Se afaste do meu marido Liz. – Disse o rapper falsificado.
Rolou uns choques elétricos entre Liz e Tom no momento, em que ela disputava pelo seu pré-namorado e Tom pelo seu ex-marido, atual pretendente de Liz.
– Anda Tom, vamos, você vai comprar uma merda de um celular novo pra mim! – Disse irritada.
– Não nanica, esquece! – Ele disse calmo.
– Vai sim, seu monte de estrume. – Revirei os olhos.
– Porra anã, não vou te comprar um celular novo. – Ele bufou perdendo a paciência.
– VAI SIM KAULITZ! – As pessoas já nos encaravam. Droga, daqui a pouco uma legião de menininhas de treze anos atacariam, e o meu celular novo, como fica?
– Ô estúpidos, parem com isso, as pessoas já estão encarando. – Liz disse calma pra nós dois.
– Você quer a merda do celular, Cloe? – A ameba paranormal do Kaulitz perguntou bravo.
– Claro! Você estragou o meu, então é sua obrig... – o Kaulitz me jogou em seu ombro. – Kaulitz me põe no chão, seu idiota.
– Vamos comprar aquela merda de celular – ele bufou irritado, e saiu andando comigo jogada em seu ombro, esperneando e lhe dando socos feito uma louca, por todo o shopping.
O monte de merda apodrecida do Kaulitz, andou por uns 10 minutos, e já tínhamos passado por umas oito lojas de celular. A maioria das operadas mais legais já haviam ficado para trás.
– Uau! Cloe, sua perna é linda. – Aquele cara de pau do Kaulitz disse.
– Caralho, cala a boca! – Esperneei com medo de minha saia preta subir. – Me põe no chão Kaulitz!
– Fica quieta, menina.
– SOCORRO! – Eu comecei. – ESSE MALUCO QUER ME LEVAR EMBORA! SOCORRO!
Tom logo me colocou no chão depois do meu grito e tapou minha boca com sua mão gigante que na verdade, tapava minha boca, meu nariz e quase meus olhos.
– Ai como você é linda. – Ele resmungou com raiva.
Eu olhei para os lados e de repente vi uma linda livraria. Como eu amava livrarias. Apontei para a livraria e ele sem querer soltou minha boca, então eu corri para dentro das paredes de vidro, devorando títulos de livros com os olhos. Tom veio atrás de mim sem vontade nenhuma. Peguei algumas novidades para ler as sinopses.
Tom apenas caminhava e via algumas coisas em prateleiras. Talvez ele nem tenha neurônios o suficiente para apreciar a arte da leitura.
– Olha que livro maneiro esse, Cloe. – Disse Tom.
Deuses! Será mesmo que ele criou capacidade mental para apreciar um livro? Me aproximei com medo do que viria. Ele abriu uma página de um livro estranho com várias fotos dele e do Bill. Fiquei olhando aquela coisa.
– Que porr-?
– É uma biografia não-autorizada dos gêmeos Kaulitz, cara, eu não sou gay, mas esses garotos são lindos!
Revirei os olhos. Esse filho da mãe está me provocando.

Postado por: Grasiele

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