terça-feira, 2 de outubro de 2012

Call Of Destiny - Capítulo 12 - I should have kissed you.


Eu não sabia o que estava fazendo! Eu só sabia que era algo que eu não devia nem ter começado, eu era só a número quarenta e oito, lembrei que para Tom Kaulitz, o que importa é a quantidade.
Parei o beijo no mesmo instante em que me veio o pensamento “eu sou só mais uma na sua interminável lista”. Abri os olhos e o vi me olhando com uma cara interrogativa, como se perguntasse que merda eu estava fazendo.
Tirei as mãos de seu pescoço, sai de cima dos seus pés, me afastando um pouco, e o encarei.
– Parabéns, Kaulitz... Conseguiu com que eu fosse sua número quarenta e oito.
Revirei os olhos, suspirando pesado.
Não, eu não disso isso com raiva, disse com um fiozinho de esperança de que ele negasse e dissesse que foi diferente, mas ele apenas ficou quieto, nem sequer podia ouvir sua respiração. Seu silêncio era a mesma coisa que ouvir um “talvez”, é ruim porque ainda deixa, mesmo que meio bamba, uma esperança.
O olhei incrédula pelo silêncio, me virei, fui em direção a porta e sai do banheiro, sem olhar para trás, tentando - sem sucesso - esquecer o que tinha se passado ali. Infelizmente, seus lábios ainda pareciam estar grudados nos meus, e ah, que lábios e que beijo.
Procurei as meninas com os olhos e as encontrei no bar, conversando e rindo. É, parece que a Jess já estourou a cota de “peguetes” da noite. Ah, sabia que um deles é o Tom Kaulitz?! É verdade, todo mundo sabe, todo mundo viu!
– E ai meninas? – Me aproximei com a cabeça meio baixa.
– Hey Cloe. – Jess cumprimentou de volta. – Onde esteve? – Droga, nem sequer posso olhar para a cara dela sem pensar que beijamos o mesmo cara na mesma noite.
– Estava no banheiro. – Respondi. – Que tal irmos comer hambúrguer? – Perguntei sem delongas. Queria sair de lá, mesmo que para isso se cumprir, Jess tivesse que vir junto.
– Ah, por mim tudo bem. – Nick respondeu. – Já estou cheia desse lugar, tem muito barulho.
– Concordo! – Liz se manifestou pela primeira vez desde que cheguei.
– Tudo bem! – Jess disse. – Vou lá chamar os meninos pra irem com a gente. Alguém viu o T-?
Segurei seu braço, me segurando também para não gritar e mandá-la ir se ferrar por se preocupar com o Tom tanto quanto eu.
– Não! Vamos só nós! – Sorri amarelo.
– Tá bom! – Jess disse estranhando minha reação meio desesperada.
Entramos no carro de Nick, que era todo limpo e perfumado. Cara, eu acho que ela tem transtornos, mas precisamente obsessivo compulsivo. Tudo dela é perfeitamente arrumado... carro, roupa, cabelo, Bill Kaulitz, show, agenda, enfim tudo!
Encontramos uma daquelas lanchonetes que ficam abertas a madrugada inteira, o que não me chamou a atenção, afinal de contas, era Las Vegas, praticamente tudo fica aberto de madrugada inteira, ah que sonho.
Descemos do carro, e rapidamente entramos na lanchonete. Nos sentamos e pedimos hambúrgueres gigantes e copos de coca-cola para cada uma, eu estava mesmo morrendo de fome e louca para me enfiar na gordura saturada.
– Então meninas, enquanto a comida não chega, vamos colocar a conversa em dia. – disse Jess.
– Jess... – Nick riu. – não tem nada pra colocar em dia aqui!
– Ah duvido! Cloe, o que você estava fazendo no banheiro? – Perguntou Jess, rindo, ao me ver corar como um pimentão.
– Estava fazendo o que se faz em um banheiro. – Disse, olhando para o lado, tentando disfarçar a cor das minhas bochechas.
Lizzie estava estranhamente quieta, falou poucas vezes no caminho até a lanchonete, apenas ria ou comentava alguma coisa das nossas piadas.
– E você dona Liz, o que tem pra nos contar? – Jess perguntou, notando o silêncio que vinha da parte da minha irmã.
– Nada! Fiquei no bar com a Nick bebendo refrigerante a noite toda. – Ela disse com aquela cara de “pareço santa, mas não sou, e vocês não precisam saber disso”.
– Tudo bem! Se vocês não querem dizer, eu compreendo! – Jess disse.
– Mas não tem nada pra dizer Jess. – Eu disse fazendo círculos na mesa com o dedo.
– Claro que tem! Garotas, eu estou falando de balada e Las Vegas, por favor, damas, a noite foi divertida, eu só não posso dizer por Nick que só bebe refrigerante, agora, Liz, tá na cara seu lance com o Ge Sexy e eu sei que você foi se pegar com alguém, Cloe, ao invés de ir ao banheiro. – Jess revirou os olhos.
– Mas então, Jessica, como foi beijar seus... sei lá quantos garotos? – Nick fez a pergunta que Jess ansiava por.
– Foi divertido.
– Como alguém se diverte assim, por favor! – Nick retrucou.
– É porque você é toda apaixonada aí e não sabe como é. – Disse Jess.
– Você não gravou o nome de nenhum, Jess. – Nick revirou os olhos.
– Gravou o do Tom. – Disse Liz, fazendo um comentário e rindo.
– Foi muito bom beijar o Tom. – Jess falou com os olhos arregalados. – Foi tipo, uma explosão de fogos de artifícios na minha boca precisamente, caralho, como aquele garoto sabe beijar!
– Parece até que você está apaixonada por ele, cruzes. – Disse Liz.
Aquele comentário combinou tanto com a minha situação que eu acabei por enfiar a cara no hambúrguer em minhas mãos, enchendo minha cara de maionese. Tudo isso porque eu não queria ouvir ela ter falado isso. Como se enfiar a cara no hambúrguer fosse me fazer ficar surda.
– Cloe... – Liz me olhava segurando a risada. – Você tá bem?
– Uhum! Ótima! Não vê? – Sorri, pegando um guardanapo, daqueles de papel e limpando o rosto.
Conversamos e rimos muito enquanto comíamos, só que dessa vez, Lizzie estava mais presente na conversa e Jess não tocou mais no assunto do beijo com o Tom. Acho que perdi muito tempo brigando com o Kaulitz, porque não sabia quase nada das meninas e descobri isso conversando naquela noite. A Liz estava tão informada e eu estava brisando sobre elas. Elas me zoaram por uma boa meia hora por eu ter enfiado a cara no hambúrguer, mas tudo bem.
Chegamos ao hotel bem rápido, afinal, parecia que tudo de bom em Las Vegas acontecia na mesma estrada, longa e distante que você não se pode ver o fim. Então o hotel, a boate e a budega de hambúrguer ficavam juntinhas.
Nos despedimos e eu entrei no meu quarto. Naquele corredor também estavam os quartos dos meninos, mas isso não vem ao caso, estavam todos se divertindo na boate e se esqueceram da gente. Eu fui tomar um banho, que não foi nada rápido, digamos que, um tanto quanto demorado. Queria que aquele cheiro de Tom Kaulitz saísse de mim, ou eu iria ficar até atordoada, e se não fosse pouco, era capaz que eu sonhasse com ele.
Saí do banheiro, me arrumei com um short preto curto de malha, e uma blusa de alças, e coloquei um roupão por cima, passando pelo corredor e adentrando o quarto da Liz, mas não tinha ninguém lá, nem no banheiro.
E eu estava pensando em falar com ela sobre o Tom!
Estranhei, afinal, se ela fosse sair, me avisaria. Bom, ela deve só ter ido ao quarto das meninas falar com elas. Anotei em um papelzinho em sua escrivaninha que eu queria falar com ela. Voltei para meu quarto, pronta para dormir.
Eu já estava até me cobrindo, mas aí alguém abriu a porta atrás de mim bem devagar, então eu me virei para ver quem era.
– Cara, eu estava te procurando para falar sobre-
Eu parei de falar.
– Ah... – Arregalei os olhos e me descobri, me levantando da cama. – Kaulitz?
– Eu continuo com o seu beijo na minha cabeça – Disse Tom, fechando a porta rapidamente e tentando não fazer barulho. – e o que você disse para mim. – Ele andou devagar até a mim, mas eu estava do outro lado da cama. – Que merda, você estava bem ali e eu simplesmente não te respondi.
Ele ultrapassou a cama, e eu fui me afastando cada vez mais, na mesma rapidez que ele se aproximava. Eu não tinha mais saída, e passei por cima da cama. Foi então que ele notou que era uma brincadeira, me olhou, e deu aquele sorrisinho sapeca dele, começando a correr atrás de mim.
Corri em volta do quarto, enquanto ele passava pela cama naquele momento, e logo depois, eu estava voltando a passar pela cama, e ele atrás de mim. Ríamos enquanto corríamos, e ele não desistia de tentar me pegar. Mas esse momento não duraria muito, afinal, ele é um pouco – muito – mais ágil do que eu; então novamente ele me deixou sem saída, e eu fui tentar passar por cima da cama, mas ele foi mais rápido subindo na mesma também. Abriu os braços e se jogou para cima de mim, me agarrando e nos fazendo cair na cama.
Tom juntou meus braços em seu peito e tentou me beijar, até selando nos lábios, mas impedi que conseguisse mesmo me beijar. Ele tentou de novo, e eu novamente resisti, o fazendo rir, e iniciar um beijinho de esquimó entre nós dois, que ainda ríamos.
Então de repente, rir ficou cansativo para nós dois, nos fazendo ficar sérios, e olharmos um nos olhos do outro, passando dos olhos para a boca, e novamente voltando aos olhos, repetindo o processo algumas vezes.
Nossas respirações se chocavam, estava um silêncio do caralho, muito, muito próximo, e sabe quem sabia que não iria mais resistir não beijar o cara mais sexy da face da terra por mais de alguns segundos? Parabéns, você acertou, não foi o Kevin, fui eu.
Até a hora em que me arrependi de voltar os olhos à sua boca, pois ele estava passando a língua no piercing, daquele jeito. Aquele jeito dele. Sabe... AQUELE PUTO JEITO.
Eu já estava quase abrindo minha boca para chamar ele de volta para um beijo. Infelizmente...
– Cloe, onde diabos está a louca da sua irm-?... - Jess parou na porta com os olhos arregalados, mas tratou de abrir um sorriso amarelo e meio “não acredito que estou vendo isso” – Ops...

Postado por: Grasiele

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