terça-feira, 2 de outubro de 2012

Call Of Destiny - Capítulo 15 - Uma história meio distorcida.


Aquela nanica louca dormiu o trajeto toda da boate até o hotel, e quando finalmente chegamos, ela não queria nem saber de acordar. Fiquei olhando-a dormir em meu ombro, ela era realmente linda, tinha um rosto tão bonito. Sem perceber, sorri, e ela já havia aberto os olhos. Me remexi no táxi incomodado.
– Hora de ir, anã vesga. – eu disse, puxando-a pelo braço para fora do táxi, sem nem deixar tempo para que ela respondesse.
– Ai Kaulitz! – Ela disse, se pendurando em mim. – Tá tudo rodando! – ela ria feito uma retardada.
– Aqui está. – paguei o motorista do táxi. – Obrigado! – me virei para Cloe. – Vamos logo! – ela assentiu com a cabeça.
Não demos nem dois passos, e aquele anão de jardim da Cloe caiu no chão, rindo feito uma idiota. Cara, ela caiu no chão, não ganhou em uma loteria! Bêbado é foda mesmo! Será que eu dou esse trabalho pro Bill?!
– Olha o trabalho que você dá pra mim! – Eu ajudei ela a se levantar. – Vai, sobe em cima de mim! – Eu disse, me abaixando para que ela subisse.
– Awn! Você é um fofo, Kaulitz! – Ela disse, tenho quase certeza de que sorriu. É, ela realmente devia estar bêbada. Finalmente, ela subiu nas minhas costas. Passei as mãos para segurá-la pelas pernas. Alguma coisa boa tinha que ser aproveitada disso!
A levei até seu apartamento e deitei-a na cama. Ela ficou lá jogada me olhando.
– Então... está entregue. Boa noite, Cloe.
Me virei de costas, e em questão de segundos, senti braços me segurando por trás e mãos entrando por debaixo da minha camiseta, em seguida, senti unhas fincadas em minha barriga. Me arrepiei, porque as mãos dela eram frias.
– Ora, ora, ora. Parece que alguém aqui se arrepia com o meu toque! – Ela disse baixinho.
Então ela foi descendo as mãos, e quando chegou ao cinto da minha calça, tive uma reação que nem mesmo eu esperava de mim.
– Já chega, Cloe! – Tirei as mãos dela de lá, e me virei, bravo. Ela sorriu pra mim, tenho que confessar que quase me rendi, porém, ela deu uma leve bambeada.
Peguei seu pequeno corpo, e joguei por cima dos meus ombros, ela começou a se debater.
– Onde você tá me levando? Me solta! – Ela reclamava. – Bem, a não ser que seja para o seu quarto.
– Vamos tomar um banhozinho de água fria, Cloe! – Eu disse, rindo. – Claro que a segunda opção não é má ideia, mas você está bêbada.
– Não! – Gritou. – Eu não quero! – E começou a se debater mais ainda, parecendo aquelas crianças, que quando ficam emburradas, pode aparecer o Hulk para pegar elas, que não consegue.
Abri a porta do banheiro, e liguei o chuveiro na água gelada, ainda com o gnomo jogado sobre os meus ombros. Eu a coloquei embaixo da água, segurando seu ombro, para que ela não saísse.
– Argh... ESTÁ FRIO SEU FILHO DA PUTA! – Ela gritou, deixando água cair nos seus olhos. Ela tentava estender as mãos para me bater ou seja lá o que for, mas seus braços eram curtos demais para me alcançarem.
– Ah, mas você jura?! – Eu ri com a ironia. Que maldade, Tom, está se aproveitando e rindo de uma pessoa bêbada! Ok, de uma meia pessoa bêbada.
– Sim! – Ela deixou de tentar me bater e começou a jogar água em mim.
Soltei ela, formando um perfeito O na minha boca. – Não acredito que você me molhou! – Grunhi. Acontece que esse desvio de atenção foi o que ela se aproveitou para segurar minha camisa com as duas mãos e me puxou para dentro do chuveiro, junto com ela.
– Pronto, agora você está todo molhado! – Ela gargalhou.
Tive vontade de socar a cara daquela nanica! Mas me lembrei que ela estava bêbada, porque nunca em sã consciência ela me puxaria para debaixo do chuveiro com ela. Mas estávamos ali, debaixo do chuveiro, molhados, juntos.
– Você é idiota, garota?! – Gritei, e ela se assustou. – Olha o que você fez! Você molhou toda a minha roupa nova, mas tudo bem, minha estilista aqui é você, MAS NÃO É VOCÊ QUE FAZ MEUS DREADS! E eu vou demorar um século secando meu cabelo!
– Cala a boca, Kaulitz! – Ela gritou de volta, e dessa vez, eu me assustei. – Você adorou a ideia. – Completou baixinho, e rindo perversamente.
Eu ri. – Tem razão. – A puxei para perto, colando nossos corpos debaixo da água fria. Ela olhou em meus olhos, depois em minha boca, soltando um risinho sapeca ao me ver brincando com o piercing. Então, sem tempo para mais nada, a beijei com vontade. Ela agarrou meus dreads, tentando colar ainda mais nossos corpos. Desci minhas mãos para suas coxas, puxando-as pra cima, segurando todo seu peso e deixando nossos tamanhos iguais. Ela prendeu as pernas em volta da minha cintura. O beijo era urgente, era quente, afobado. Era uma vontade oculta, que nós dois tínhamos desde aquele episódio no banheiro. Ela parou o beijo para respirar, mas eu não desgrudei de sua pele nem um momento, descendo meus lábios para seu pescoço, e dando leves mordiscadas.
– MAS QUE MERDA É ESSA?! – Gritou Lizzie da porta do banheiro, presenciando toda a cena, junto com o Georg. – O que você pensa que tá fazendo, Tom Kaulitz? Seu tarado! Estava se aproveitando da minha irmã bêbada!
Coloquei Cloe no chão e ela começou a rir. Eu também comecei a rir. Quero dizer, “ah, que legal, Lizzie e Georg pegou a gente!”.
– Lizzie, não é nada do que você está pensando! – Eu falei, rindo e tropeçando nas palavras.
– Ah, mas é claro, você não estava beijando minha irmã! Não mesmo, eu tenho seis graus de miopia!
Georg começou a rir também. Eu desliguei o chuveiro e segurei Cloe pelos ombros, entregando-a para Lizzie.
– Toma, tenta cuidar de uma criatura bêbada sem dar um banho frio! – Eu disse.
– Olha, Tom, eu tenho certeza de que consigo sem precisar beijá-la. – Disse Liz e então riu. Então agora estávamos todos rindo.
Georg entregou uma toalha para mim e nós dois saímos do banheiro. Bom, na verdade, a Liz nos expulsou de lá, começando a tirar a roupa molhada da Cloe. Eu queria ficar lá para ver mais, só que não deu.
Depois de uns cinco minutos, a Liz saiu com a Cloe enrolada em uma toalha.
– Podem ir meninos! Eu cuido dela agora! – Liz disse, sentando Cloe na cama. Eu e Georg andamos em direção a porta. – Tom? – me virei. – Amanhã a gente conversa! – Fodeu!
– Ok, Liz. – Eu tentei sorrir, mas acho que não funcionou, então me virei e sai junto com o Ge, que apenas acenou e sorriu para Lizzie.
Fechamos a porta e ficamos em silêncio por alguns segundos sem sair da frente da porta. E então começamos a rir novamente. Eu apontei para Georg e ele apontou para mim.
– Cara, você estava beijando ela! – Ele gargalhou.
– Cara, você tá pegando a irmã dela! – Eu gargalhei. Ele ergueu a mão para que eu batesse.
– Toca aqui! – Disse, e eu bati em sua mão.

POV’s Cloe
Acordei meio tonta naquela manhã, olhei em volta, e não me lembrava de nada da noite passada. Só me lembro que fomos a uma boate jogar strip poker, mas não lembro de ter jogado, porque antes de começar a partida, eu já comecei a me afogar naquela bebida colorida que me deixava tonta só com o perfume. Olhei minhas vestes, estava com um pijama. Não me lembro de ter voltado, nem de ter vestido um pijama, e não tinha maquiagem borrada no meu rosto.
Ouvi o barulho da porta, e olhei na direção da mesma. Um Kaulitz de pijama entrava de fininho, pensando que eu ainda deveria estar dormindo. Quando me viu olhando com uma cara de interrogação, deu um sorrisinho amarelo.
Eu passei a mão no cabelo e bocejei.
– O que aconteceu? – Perguntei sem esperar que ele dissesse alguma palavra. – Não me lembro de voltar pra cá.
– Você não se lembra? – Ele me pareceu triste. – Tivemos uma noite tão linda ontem. – Eu arregalei os olhos.
– Como é que é? – Eu disse com os olhos quase saltando para fora. – Me explica isso direito, seu filho da mãe!
– Você não se lembra nem do chuveiro?
– Ai, santa vodca. – Eu quase gritei. – Como assim “do chuveiro”?
– Ué baixinha, foi você quem quis! – Ele disse, dando de ombros – Me puxou para dentro do chuveiro. Me assediou lá na boate de strip poker. Me beijou no banho. Arranhou minha barriga. – Ele levantou a camiseta, mostrando-me arranhões em todo o seu abdômen. Puta que pariu!
– PUTA QUE PARIU – Eu gritei, de olhos arregalados. Tom começou a rir. – Eu estava bêbada, seu estúpido!
– Você achou que eu iria me controlar só porque você estava bêbada? Claro que não! Você é gostosa, tive que aproveitar! – Ele continuava rindo. Não dava para saber se era zoação ou se ele estava rindo de mim. – E outra, as pessoas dizem que quando ficamos bêbados só criamos coragem para mostrar o que está escondido dentro de nós. Você me disse cada coisa. – Ele assoviou olhando para o teto.
– O que foi que eu te disse, Kaulitz? – Perguntei desesperada.
– Que queria passar a noite comigo. – Pronto, eu morri. – Ficou me tentando, querendo que eu caísse sobre os seus encantos e suas safadezas. Nosso beijo molhado e quente no chuveiro. – Ele sorriu. – Sabia que você sentou de pernas abertas na minha frente? Para mim? – eu já não sabia se respirava ou se chorava. Ou se morria. E ele continuava rindo, como se tudo tivesse uma graça imensa.
Fiz biquinho, encarando ele, que não parava de rir.
– Para de rir Kaulitz! Fala sério!
– Mas eu estou falando sério! – Ele riu.
– Eu não acredito que você se aproveitou de mim! – Acertei um soco em seu braço e enfiei minha cara no travesseiro mais próximo, e o desgraçado continuava rindo da minha cara.
A Liz entrou no quarto, e olhou para o Tom, que ainda ria, depois para mim, que ainda estava emburrada, em seguida soltou um riso abafado.
– Fui! – Ela disse virando, e batendo a porta.
– LIZZIE VOLTA AQUI GAROTA! – Não obtive respostas. – Argh, que bela irmã eu tenho!
– Bela mesmo e super conveniente, chega sem-pre nas horas corretas! – Ele resmungou - Bom Cloe, eu vou pro meu quarto, sabe, estou com sono, você acabou com as minhas energias ontem! Principalmente no cavalinho. – CAVALINHO?! CAVALINHO?! MAS QUE PORRA SERIA O CAVALINHO? – Você deveria descansar também, ainda está cedo para levantar. – Ele sorriu, andou até mim, e me deu um beijo no canto da boca, me deixando surpresa. Depois se virou e foi embora.
E agora? Essa história era ou não verdadeira? Bom, e-u-n-ã-o-s-a-b-i-a! Eu não me lembrava! Puta que pariu! Nunca mais vou beber! Vou virar freira e contar para o padre que fui assediada pelo Deus do Sexo da Alemanha! Talvez o padre tenha inveja de mim.

Postado por: Grasiele

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