terça-feira, 2 de outubro de 2012

Call Of Destiny - Capítulo 11 - Diferente e meio inexplicável!


Era como estar no inferno! Eu costumava amar boates, principalmente as de Las Vegas... sim, eu já estive em Las Vegas, foi o meu presente de aniversário de 15 anos. A minha mãe nunca bateu muito bem da cabeça mesmo. Isso é um fato mais do que provado!
Porém, nesse momento, eu estou pior que roupa velha que a gente doa porque não traz mais utilidade e só ocupa espaço. Pois bem, eu me sentia sem utilidade.
Eu estava SOZINHA em uma boate de Las Vegas, não fazia ideia, porque ninguém “chegou” em mim ainda. Será que eu estava feia? Não é possível!
Claro, sem mencionar, que o Kaulitz pegou 25 garotas, isso da última vez que ele passou aqui, dando as notícias, o que já faz uns 40 minutos, ou seja, já deve ter pegado mais umas vinte e cinco, se ainda não foi embora da balada levando algumas três! Isso me ajudava para me deixar mais pra baixo.
Nick e Liz pararam uma de cada lado meu no barzinho, e ficaram olhando pra um ponto fixo na pista de dança, bem atrás de mim. Me virei, e tive a mesma visão do inferno que as meninas. Tom idiota Kaulitz, aos amassos com uma ruiva ridícula.
– Quem é essa agora? – Nick perguntou de olhos arregalados. Coitada, ela não conhece nem metade da fama de Tom Kaulitz.
– Deve ser mais uma. – Liz comentou, quase rindo.
Nick ficou com uma interrogação na cara como se estivesse em conflito com neurônios e tentasse entender o motivo daquele “mais uma”.
– Eu não entendo! – Disse, fazendo as duas se virarem pra mim. – O que diabos essas garotas veem nele? – Perguntei.
– Nos diga você! – Liz disse, arrancando um risinho discreto de Nick.
– Haha, Lizzie, por que você não vira comediante? Ah sim, porque você já tem o cargo de ensinar Georg à desenhar dinossauros.
Liz abriu a boa pra responder, mais foi interrompida pelo ridículo do Tom, que havia largado a garota e se aproximado de nós, sem quem percebêssemos. – Hey meninas. – Ele sorriu. – Já são 45! – Ele sorriu sacana e me olhou. – Alguém viu Jess, para ser a 46?
– Alguém me chamou? – Jess apareceu com uma garrafa de Ice na mão. Hoje, ela tinha trocado as calças por um vestido curto. Não, Jess não era uma vadia, ela só gostava muito de diversão. Eu entendia isso. Tom que era um galinha.
– E aí, Jess, quantos você já pegou? – Perguntou Tom, encarando-a com o piercing em movimento.
– Vinte e três! – Disse ela. – E você?
– Uau, nada mal para uma iniciante. – Tom riu e sussurrou para Jess quantas ela já tinha pegado, e ela soltou um palavrão alto. Eles riram, mas por que eu não estava achando graça? Ah, claro, eu não estava nessa diversão.
– E aí, meninas, vocês estão se divertindo também? – Perguntou Jess, para nós.
– Claro! Estou aqui no embalo tomando vodca e essas daí, refrigerante. – Eu abri um sorriso grande e depois ri da minha desgraça.
– Pegaram alguém? – Jess reformulou a pergunta.
– Não. – Eu e Nick respondemos juntas, mas estranhei o fato de Liz ficar calada. Sabe que isso deve ter alguma coisa haver com Georg?
– Caramba garotas, vocês estão fracas hoje. Vamos nos divertir.
– Eu não me divirto muito trocando coisa insignificante e nojenta como saliva com diversas pessoas. – Disse Nick, a dona terno e gravata.
– Eu curto. – Jess retrucou.
– Tom Kaulitz em versão feminina. – Liz disse rindo.
Não sei por qual motivo, odiei aquela comparação, foi ridícula. Bufei com raiva, e Nick me olhou séria, depois olhou pra minha irmã, como quem diz“para, ela ficou brava”.
– Então, Jess, que tal ser a minha número quarenta e seis?
Jess balançou a cabeça, pensando.
– Gostei da ideia! – Admitiu – Diversão entre chefe e assistente pessoal! – Eles soltaram gargalhadas.
Tom já tinha colocado a mão na cintura dela e aproximava sua boca como se fosse devorá-la. Não acredito que estou vendo isso. Virei o rosto e basicamente, gritei, pedindo mais um mix de absolut com frutas.
– Eu vou sair daqui! – Bufei, colocando o copo de bebida vazio na bancada, e indo embora.
Passar no meio daquele monte de gente, era uma coisa extremamente difícil, por que os banheiros não ficam do lado do bar? Tem mesmo que ficar do outro lado? Puta merda, só dificulta a passagem.
Andava olhando pra baixo o tempo inteiro para não tropeçar com aqueles meus dois pés esquerdos, quando consegui finalmente passar no meio de toda aquela multidão de gente, cometi o erro de olhar para trás e me dei conta de que nem tinha passado muito de onde eu sai. E tive a linda, para não dizer o contrário, visão de Tom Kaulitz jogando charminho para uma garota loira, peituda com uma bunda do tamanho de New York.
Não, mas o pior foi que eu vi logo ao lado dele a porta do banheiro. E refiz meu caminho, passei rápido do lado deles, esbarrando “sem querer” no ombro do Kaulitz. Ok, talvez não tenha sido tão sem querer assim.
Entrei em um corredor bem escuro, onde ficava os banheiros, e antes que pudesse tocar a maçaneta da porta do banheiro feminino, um cara alto, dos cabelos negros, me puxou pelo braço, me apertando contra a parede.
– Me solta! – Disse com raiva, tentando sair de lá, mas, o cara era forte!
– Ah gatinha, não faz manha não, o papai aqui não gosta de bater em gatinhas mimosas. – Ele sussurrou no meu ouvido.
– SE MANDA DAQUI! – Gritei.
Ele foi bruto, apertando meu braço com tal força que eu acho que poderia ficar roxo mais tarde e tentou selar meus lábios. Ok, ele conseguiu, mas ao tentar aprofundar o beijo, ele foi arremessado para longe de mim. Olhei assustada para Tom, que de alguma forma, não se encontrava agarrado com uma loira peituda.
– Ela disse pra você se mandar daqui! – O Kaulitz gritou bem alto, me puxando para dentro do banheiro feminino.
Ele praticamente me jogou dentro do banheiro feminino, trancando a porta, e me olhando nervoso.
– Caramba Cloe! – Ele gritou. – Eu te perco de vista por dois minutos e você já se mete em problema.
– Ameba, eu não te pedi ajuda, tá legal? – Gritei irritada. Puta merda, a culpa nem é minha.
– Você podia simplesmente agradecer por eu ter tirado o cara da sua boca. – Ele me encarou.
– Eu não te agradeceria porque eu mesma podia fazer isso. – Revirei os olhos. – E porque você é um galinha, idiota que fica aumentando sua lista de vadias divertidamente e literalmente pegando a primeira que aparece.
Ao invés de disso, eu poderia dizer que eu gostei da sua camiseta que eu mesma havia comprado e separado para a turnê, e perguntar se ele não podia ouvir meu coração que ficava constantemente batendo mais alto que minha respiração. Eu não sabia se estava aliviada por ele ter me tirado de lá, ou com raiva, porque havia sido ele quem me tirou.
– Ciúmes? – Ele arqueou uma sobrancelha.
– NÃO! – Gritei.
– Ficou com ciúmes porque a Jess aceitou a ficar comigo e eu nem perguntei para você. – Ele afirmou com cara de convencido.
– Eu não fiquei com ciúmes, porque a personalidade imbecil de vocês dois não me interessa! – Eu bati com minha mão fechada em seu peito algumas vezes com raiva, ele segurou meu pulso, ainda mantendo aquela cara de safado.
– Para de me bater! – Ele disse, elevando o tom de voz.
– Não! Porque eu te odeio! – Gritei.
– Esta descontando seu ciúme na força, e alguém se esqueceu de te lembrar que você é minúscula e fraca. – Ele revirou os olhos. – Pequena, você poderia deixar de ser tão cega e...
– EU NÃO ESTOU COM CIÚMES, KAULITZ!
– ... PERCEBER QUE EU SÓ FIQUEI COM QUARENTA E SEIS GAROTAS PORQUE EU SÓ QUERIA BEIJAR VOCÊ!
As últimas duas nossas frases saíram meio emboladas uma na outra, mas eu consegui ouvir a dele e ele provavelmente conseguiu ouvir a minha.
– POR ISSO VOCÊ É O MAIOR ESTÚPIDO DA FACE DA TERRA!
– POR QUE EU QUERO BEIJAR A SUA BOCA? – Gritou de volta.
Eu soltei meus pulsos das suas mãos e fiquei na ponta dos pés que meus saltos me permitiam, chocando sua boca contra a minha. Suas mãos foram rapidamente direcionadas para a minha cintura, me apoiando. Logo depois que aconteceu aquela “colisão”, eu me afastei, esquecendo-me de beijá-lo, mas fora apenas milimetricamente, para sentir sua respiração se chocar com a minha e ter certeza de que eu estava fazendo aquilo. Ataquei sua boca com raiva, puxando suas tranças, enquanto ele segurava minha cintura com a mesma raiva. Puxei suas tranças com força, na intenção de machucar, e apertava cada vez mais seus lábios contra os meus, com uma força que veio de não sei aonde.
O Kaulitz também não deixou barato meus “carinhos agressivos”, e me colocou contra a parede com força, me fazendo bater as costas e gemer de dor nos seus lábios. Ele desceu as mãos da minha cintura para minhas coxas, apertando com ainda mais força. Isso com certeza deixaria marca. Segurou a borda da minha saia de couro e puxou de leve, mas sem realmente ter a intenção de me tirar a saia.
O beijo era quente. Era muito quente. Só a sensação dos seus lábios nos meus já me deixava eufórica, misturada com a raiva e ciúmes que agora pareciam não ter sentido, me fazia querer o sabor da sua boca cada vez mais profundo na minha. Eu estava estranhamente me divertindo, em uma guerra morna com seu membro molhado e quente lutando para ter espaço na minha boca, enquanto eu mesma lutava para ter espaço na sua.
Ele então foi parando o beijo aos poucos, eu senti isso, dando mordidas leves, porém doloridas em seu lábio inferior; ele descolou a boca da minha, arrastando-a pelo meu rosto, do meu pescoço, distribuindo beijos e subindo até o lóbulo da minha orelha, e mordiscando de leve, e então sussurrou um “para”.
Eu soltei toda a respiração que guardava em seu pescoço, respirando com força, meus músculos relaxaram com seu sussurro. Virei o rosto até chegar em seus olhos. As órbitas castanhas brilhavam dominantes para cima de mim. Então ele pegou as minhas mãos e jogou-as por cima de seu ombro, passou as mãos em volta da minha cintura, me segurando com delicadeza, porém, com muita firmeza. Então, selou nossos lábios, de modo calmo e gentil, bem diferente de instantes atrás.
Ele me ergueu de leve, me colocando em cima de seus pés, me fazendo ficar na ponta dos pés, para que ficássemos do mesmo tamanho. Não deu certo, porque de qualquer forma eu era mais baixa, só que ajudou.
Agora eu sentia nossos lábios se movendo com suavidade e um aparentemente, romantismo. Era um beijo doce, diferente e meio inexplicável.

Postado por: Grasiele

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