terça-feira, 2 de outubro de 2012

Call Of Destiny - Capítulo 27 - Epílogo


Fazia quase dois meses que estávamos na casa dos garotos na Alemanha, simplesmente fazendo nada. E com isso, eu quero dizer muita comida gordurosa, filmes, descanso, e nada para fazer. Eu havia acabado de chegar do supermercado com Lizzie depois de ser cercada por paparazzi perguntando sobre o meu relacionamento secreto com Tom – e eu preferi acenar e sair correndo. Por que eles não vão perseguir o Tom e perguntar isso pra ele? Nem era para eu ser alvo de flashes, eu nem sei tocar triângulo!
Nos primeiros dias, conheci Simone e Gordon, que foram muito gentis e são incríveis. Eles também falaram algo de eu ser um anjo, porque Tom nunca havia se apaixonado. Simone me mostrou fotos de Bill e Tom quando eram bebês... Uma coisa que Tom não pode nem sonhar, porque Simone disse que tanto ele, quanto o Bill, odeiam que ela mostre essas fotos.
Bill tinha recebido as fotos que Georg mandou, e quando chegamos à casa, todos estavam comentando e zoando Tom, dizendo que ele ficava uma graça de cueca box, na beira da pia. Hum, eu tenho que concordar.
Estava no banheiro do quarto do Tom, procurando um prendedor de cabelo que eu tinha certeza que estava ali, só não lembro em que lugar.
Ouvi a porta do quarto se abrindo e pessoas conversando, entrando e fechando a porta. Percebi depois que era Tom e os meninos, mas também havia uma voz fina e irritante, que eu jurava ser aquela baixinha que tem um estilo totalmente Tom Kaulitz no feminino.
As vozes iam ficando mais próximas e eu consegui ouvir a conversa.
– Como assim! Eu nunca namorei alguém sério até dois meses atrás, nunca pedi alguém em namoro, quanto mais em casamento! – Tom se exaltava e as outras pessoas riam. – E se ela rejeitar?
– Aí você faz o que você sabe fazer melhor. – Disse Gustav.
– Ser irritante.... – Disse Georg.
– ... E persistir. – Completou Bill.
– Quer saber? Eu não sou nada familiar, é melhor esquecer essa ideia. – A voz de Tom ficava cada vez mais alta como se ele estivesse vindo em direção ao banheiro.
– NÃO, TOM! – Gritou a voz feminina. Eu tenho certeza que é a Jess. Mas o que ela está fazendo aqui? – TOM KAULITZ! Presta atenção, seu idiota: você não vai desistir dessa ideia. Você a ama?
– Sim... – Tom respondeu como se bocejasse.
– Você tem certeza?
– Sim. – Continuou respondendo como se estivesse de saco cheio.
– Então você tem todos os motivos para pedir ela em...
– Alguém amarra essa criança e joga no fundo no mar. – Disse Tom – Eu vou jogar essa aliança no vaso...
O trinco da porta do banheiro se mexeu e eu me afastei, acabando por bater na pia e não ter saída. A porta se abriu rápido e Tom entrou, ficando estático quando me viu ali. Ele me encarava assustado e meio receoso.
– Você ouviu? – Perguntou.
– Vo-você vai me pedir em casamento? – Perguntei de volta. Às vezes eu sou tão babaca.
Tom abriu a boca algumas vezes, na intenção de falar alguma coisa, mas a fechava novamente, pois nada saía. Olhei para trás dele, e vi quatro seres olhando nós dois sem dizer uma palavra.
Georg estava comendo uma banana, Gustav comia um pacote de biscoitos de chocolate, Bill estava sentado na cama e Jess ao lado dele, com um sorriso tão grande, que não cabia na boca.
Jess levantou da cama depressa.
– Surpresa!? – Ela gritou e veio correndo em disparada até onde eu estava. Infelizmente, ou felizmente, Tom barrava sua passagem na soleira da porta. Ela até tentou passar por baixo do seu braço, foi quando eu reparei que ele segurava um anel, mas não tive tempo de enxergar ou analisar o anel. Foi tão rápido! Jess esbarrou do braço de Tom e a aliança que ele possivelmente segurava, voou longe, por cima da minha cabeça e caiu dentro do vaso automático.
A boca de Tom, Bill, Georg, Gustav, Jess e também a minha, formaram um perfeito O. Ficamos todos paralisados com a cena da aliança indo por água abaixo. Jess parou e ficou olhando para dentro do sanitário, depois olhou para mim e para o Tom, com um sorrisinho amarelo no rosto, e um olhar de desculpas.
– Opa. – Ela sussurrou para si mesma. – Agora não tem mais aliança.
– EU GASTEI EUROS NESSA COISA! – Tom gritou. Foi quando ele percebeu que eu ainda estava ali. Eu sorri amarelo. Tom olhou pra mim, e eu olhei para ele... Nenhum de nós dizia uma palavra se quer.
Ele se virou e pegou a tal banana que Georg segurava e voltou a se virar para mim. Nós encaramos a banana e ele estendeu na minha direção. A banana meio mordida e sem casca.
– Casa comigo? – Perguntou, rindo. – Eu te amo. – Esticou ainda mais a banana.
Esse é o momento em que eu reflito sobre o amor e digo uma frase bonita? Bem, eu só estava encarando a banana e contando mentalmente quantas bactérias tem a boca de Georg. E o quão era estranho ver Tom segurando uma banana. Ironicamente, também me veio à cabeça um determinado momento em que eu estava com Liz, reclamando de Tom e ela me veio com a frase “Isso ainda dá casamento”. Destino irônico dos infernos.
– Cloe, você está demorando e eu estou ficando com medo da resposta. – Tom disse, dando um pequeno sorriso de nervoso e baixando a cabeça.
Dei um sorriso de orelha a orelha, abaixei seu braço com a banana e ergui seu rosto, o que não foi esforço porque eu já sou bem baixa.
– Acho que sim... – Eu respondi, passando as mãos (que tremiam, diga-se de passagem) em volta de seu pescoço e me aproximando lentamente.
– Você acha? – Ele franziu a testa e eu gargalhei.
– É claro que sim.
O sorriso dele foi tão grande e sincero e eu sabia naquele momento que aquele destino idiota estava totalmente certo o tempo inteiro, e nada poderia ser diferente para encontrar aquele cara, o Tom Kaulitz. Ele era o cara dos meus pesadelos. Mas apesar disso, era tudo que eu desejava mais profundamente.
– Tom se casando antes de Bill? Essa vai entrar pra história. – Gustav comentou baixinho, nos tirando do transe.
Tom me apertou na cintura, me puxando para si.
– Eu amo você. – Sussurrou, com nossos lábios próximos.
– Eu amo você! – Retruquei.

“Ah, mas que vontade enorme que me dava de socar a cara dele naquele exato momento. Eu nunca, em toda a minha vida, conheci alguém tão convencido quanto Tom Kaulitz. Convencido, egocêntrico pelo visto e narcisista - uma forma mais bonitinha de chamá-lo duas vezes de egocêntrico.
– Ai que ódio eu tenho dele. – Grunhi.
– Isso ainda dá casamento. – Liz disse rindo.
– Vira essa boca pra lá que quem está de pegação com o baixista sexy é você, Lizzie. – Disse eu, ela riu.”

Postado por: Grasiele | Fonte: x

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