terça-feira, 2 de outubro de 2012

Call Of Destiny - Capítulo 19 - Hold my hand as strong as you can!


POV’s Tom

Às vezes a esperteza dela me dava calafrios, e por isso, eu resolvi confiar nela.
– Tom, criatura, desculpa a demora, estava despistando a Cloe. – Lizzie soltou tudo de uma vez, assim que entrou no meu quarto, ofegante. Jogou-se na minha cama e eu fiquei encarando.
– O que a criatura número dois tem de tão importante pra falar que precisa até se aproveitar do conforto da minha cama? – Perguntei desligando a TV com o controle, e mudando minha posição na cama de deitado, para sentado.
– Educação? Oi? – Ela revirou os olhos. – Um oi Lizzie, tudo bem com você, não tem problema ter se atrasado, cairia bem, obrigada. – Eu soltei um risinho.
– Você que já entrou se jogando. Fala logo Lizzie. - Eu a apressei. - Daqui a pouco alguém aparece por aqui.
– Ok, olha Tom. - Ela se virou na cama, ficando de frente para mim. – O que eu vou te contar, vai ter que ficar só entre nós. - Assenti. - Bom isso que aconteceu com a Cloe, só eu sei. Mas hoje, você também vai saber. Porém, nunca deixe a Cloe saber que você sabe. – Suspirei de tédio e mandei-a adiantar. - A Cloe era uma garota muito ingênua Tom, ingênua e meiga. Bem diferente de quem ela é agora.
– Algum dia ela foi meiga? Olha isso sim é novidade. – Fiz palhaçada e Liz me jogou um olhar que avisava que se eu continuasse fazendo graça, ela iria me comer vivo, e não seria no sentido gostoso. – Ok, desculpa, pode continuar.
– Sabe aquele... Nathan Sykes? Atualmente membro daquela banda, The Wanted?
– Conheço sim. - Eu afirmei. – Nos encontramos numa festa. Ele parece ser um cara legal, tipo o Bill assim, que acredita no amor, e outras drogas.
– É ele só parece mesmo. – Ela fez uma expressão de repugnância. - A Cloe o conheceu em um dos eventos que a minha mãe era convidada, levando junto com ela, eu e a Cloe. A Cloe era romântica e sonhadora, Tom, ela acreditava que acharia o seu par perfeito. Sua "ligação do destino". – Eu ri com o termo romântico e bizarro - Mas esse Nathan, se aproximou dela de sacanagem, pura sacanagem. Cloe saiu de casa em um dia frio, estava nevando. Mas ela disse que precisava vê-lo, dizer que estava pronta para "ir mais além", se é que você entende. - Ela arqueou a sobrancelha. É Liz, eu entendi muito bem. – Ela falou comigo antes, eu achei babaquice, porque ela só conhecia o Nathan há pouco tempo. – Então Lizzie parou de contar. Ela ficou meio pensativa. – Olha, eu realmente não deveria falar isso, então... Hum, a Cloe foi traída, certo? E então ela decidiu que ficaria centrada no futuro dela e que não iria mais acreditar em babacas egocêntricos e metido à famosos e pode-tudo.
– Ei, ei, espera aí! – Eu apontei – Eu não sou babaca egocêntrico, nem metido à pode-tudo, mas eu sou muito famoso. – Abri um sorriso galanteador e ela me encarou com desdém. – Ok, parei com isso agora. Conta o meio da história, por favor? Eu sei que está faltando algo... O Nathan simplesmente não ligou para ela?
– Não, não. – Ela mexeu a cabeça – Quem dera que fosse apenas isso. Ela me contou mais tarde quando voltou: quando chegou lá, bateu na porta, e ninguém abriu para ela, foi quando ela percebeu que a mesma estava aberta, então entrou. - Liz deu um longo suspiro. - Ela ouviu alguns barulhos vindos do quarto de Nathan, e foi ver o que era. Ah, para deixar claro que nessa época, ele e ela estavam saindo juntos. Eles estavam meio que namorando, e ele era todo romântico com ela... Mas eu não fui deixada enganar. Uma vez, quando saímos juntos, eu vi que ele era um babaca quando ela foi ao banheiro e ele ficou flertando comigo.
– Que babaca. – Eu repeti.
– Exatamente. Quando chegou lá, na casa do Nathan naquele dia frio, Nathan estava transando com aquela atriz inglesa, Mischa Barton. - Liz disse na lata, sem voltas. - A Cloe deu um grito, que segundo ela, não era para ter acontecido. Ela chamou atenção deles e como a merda já estava feita, ela começou a gritar com o Nathan. E esse babaca nem ficou arrependido de ser pego no flagra. Ele riu para ela, e bem onde estava, disse para ela que estava brincando com ela, que nunca gostou dela e, argh, ele é o maior babaca que eu já vi na vida. Disse que ela era um jogo que ele estava jogando e tentando chegar à “porta secreta”, mas ela nunca se abria para ele.
Eu ri e fui fuzilado com os olhos de Lizzie. Eu tenho sérios problemas em rir na hora errada.
– Desculpa, mais uma vez. – Eu fechei os olhos e tentei parar de rir. – Ele é um babaca, cafajeste e, hum, esses xingamentos que vocês garotas gostam de nos xingar.
– Viu Tom? Esse é o seu problema, você se coloca na mesma categoria do Nathan, quero dizer, você faz parte! Mas você é reconhecido assim, o Nathan era um príncipe encantado.
– É o que? – Eu repeti.
– Me deixa terminar, tá legal? Cloe sofreu bastante porque estava apaixonada por ele, ela vivia chorando e na época, estava num trabalho muito bom como estilista, mas foi demitida por faltar muito, mas o que podia fazer? Ela estava doente por aquele cara!
Então, eu fiquei sério.
– Para de falar sobre a Cloe assim. – Eu pedi sério. – Eu, hum, sinto algo doloroso quando você conta que ela estava assim.
Lizzie, de repente, abriu um sorriso gigante.
– E aí está onde você se diferencia do Nathan. Você gosta da Cloe.
– E pare de me comparar com esse Nathan, falou?!
– Deixe-me terminar. Depois dessa merda gigante, Cloe disse que não iria mais se apaixonar, iria se concentrar na carreira dela e não iria confiar mais em caras babacas assim. Ela disse uma vez, que se o amor é coisa do nosso cérebro, química, então ela poderia controlar isso. Eu não entendi direito, mas até agora ela não se apaixonou de novo. Bem, até agora. E esse também foi o motivo de nós termos vindo para cá. Brigamos com a nossa mãe, eu continuei do lado da Cloe e como mais velha, decidi que sair de lá seria melhor para minha irmã mais nova.
– Hã? - Perguntei confuso. – Digo, hã, Liz? Vocês brigaram com a mãe de vocês e vieram para cá? E o que o Nathan tem a ver com isso?
– Ah, a mamãe sempre foi interesseira por famosos. Por isso ela casou com papai, divisão de bens... A questão é que, quando ela ficou sabendo que a Cloe e o Nathan não estavam mais juntos, ficou atrás de Cloe dizendo que ela era estúpida, ridícula por não ter ficado com ele. Ela até soube que Nathan traiu Cloe, e a perseguição ficou pior quando chamou Cloe de fraca por não segurar ele. Foi capaz de dizer que ela foi burra demais em não ter engravidado dele.
– Sem ofensas, mas SUA MÃE É LOUCA. - Eu disse assustado. Nunca pensei que uma mãe pudesse agir assim com os filhos.
– Eu sei Tom. – Ela riu. – Agora entende por que ela não confia em você? Se aquele Nathan, que parecia um principezinho, fez isso com ela, imagine como ela deve se sentir em relação á você, que tem fama de Deus do Sexo no mundo todo? A Cloe só quer passar longe de você.
– Eu nunca faria isso com ela, Liz! – Eu disse, elevando a voz. – Você acredita em mim?
– Eu? Ah, eu sim, porque eu sei a diferença entre você e o Nathan. Mas a Cloe não.
– E qual é?
– Bom primeiramente, você gosta dela. Você quer conquista-la, você procurou ajuda para conseguir isso, você não precisa esconder que é safado e quer que ela te aceite assim, mas confie em você... Eu posso citar mais algumas diferenças.
Eu ri e olhei para o teto. Mas então, me veio algo em mente.
– Lizzie, a Cloe é... - Ela me olhou confusa, esperando que eu continuasse - Você sabe...
– Ah, você quer saber se ela é virgem? - Lizzie riu. - Por que você quer saber? Isso é invasão de privacidade. Não vou te contar. - Revirei os olhos. - Mas, como sou uma boa "futura cunhada", vou te dar umas dicas sobre a minha irmã.
– Desembucha, porque era isso que eu estava esperando esse tempo todo.
– Espero que você já tenha notado, porque senão, você é muito cego. Quando a Cloe fica nervosa, ela se afasta, fica em silêncio e tenta se concentrar só em si mesma. E quando isso acontecer, repare, vá atrás dela. Ela não vai te querer por perto, mas faça-a rir e descontrair o clima, sem deixa-la ainda mais nervosa, ouviu?
– Ahá, essa é a parte difícil, eu só faço merda.
– Eu sei bem. – Ela riu – Quando ela fica triste, tenta disfarçar, solta um sorriso frouxo, pois não quer que pensem que ela é fraca. Eu costumo não perguntar o porquê de ela estar triste. Apenas abrace-a, e quando ela se sentir confortável, dirá o que aconteceu por vontade própria e sabe o que mais? Quando ela conta, significa que achou confiança na pessoa.
– Ei, essa é uma boa ideia.
– Claro. Outra! Bom, esse é mais um truque do que uma dica, mas é fácil saber o que ela está pensando só pelos olhos e pelos movimentos da boca, repare nisso. E mais, quando ela fica com vergonha, fica enrolando as pontas do cabelo com o dedo. - Eu ri, baixando a cabeça. - O que foi?
– Liz, eu já sei de tudo isso. Reparo mais nela do que você ou o Bill podem imaginar. - Dei um sorrisinho discreto. E ela deu um sorriso fraterno.
– De onde o Bill saiu? - Ela riu, fazendo a pergunta em relação ao que eu tinha acabado de dizer.
– É que o Bill sempre sabe de tudo. Ou pelo menos ele pensa isso. - Ela riu, acompanhada por mim.
– Tudo bem. – Voltou a ficar séria – Já sei! Vamos convidar os outros para ir ao parque de diversões? – Perguntou, de repente. – Vamos fazer a Cloe confiar em você para ir àquele brinquedo... Qual nome? Que sobre e depois despenca e quase faz a Cloe morrer de medo... Elevador!
– Porra, Lizzie, você é um gênio. - Eu disse e puxei sua cabeça brutalmente e beijei seu rosto, me levantando e calçando um tênis.

POV's Cloe
Dia tedioso e principalmente quente em Dallas. Finalmente estávamos avançando para além da Califórnia. Estive o dia inteiro vendo televisão, feliz por ninguém ter vindo me tirar do meu sossego. Além do mais, eu estava apenas de short e um sutiã florido. Estou dizendo, estava um calor do cão!
Isso era para ser uma coisa boa, afinal, tudo o que eu queria era paz para poder descansar para o show do dia seguinte, certo? Errado! Eu queria fazer alguma coisa, qualquer coisa. Sair para ver umas roupas na vitrine, fazer as unhas – SIM, FAZER AS UNHAS, POR FAVOR –, pegar alguém na boate, largar alguém na boate, comer uma pizza, sei lá, qualquer coisa. Deve estar todo mundo namorando. A Nick e o Bill, a Lizzie e o Ge, a Jess e algum dos homens dela, o Gustav e o Tom... Ok, esse último casal não existe, mas eu venho insinuando que o Tom é gay em mente, vai que eu esqueço que gosto dele.
Peguei o controle da TV para mudar de canal, mas alguém escancarou a porta, adivinha quem era? Rufem os tambores e distribuam balas para quem disse Tom Kaulitz. Eu puxei um travesseiro e cobri a parte de cima do meu corpo.
– EDUCAÇÃO, SOCORRO, ALGUÉM NECESSITA DE VOCÊ. – Eu gritei, vermelha.
– Se arruma Cloezinha. – Ele disse. - Nós vamos ao parque de diversão. Tá olhando assim por quê? Eu já te vi de sutiã.
Isso serviu para me deixar mais vermelha.
– Desculpa, mas não quero ir ao parque de diversões com você, Tomzinho.
– Todos nós vamos! - Jess disse, entrando no meu quarto com Nick, Bill, Liz, Gus e Ge.
– Gente, eu estou de sutiã, dá pra saírem daqui? Caiam fora! – Eu disse.
– Pega! – Disse Nick, me jogando uma blusa. Vesti a blusa, já desembuchando outra pergunta.
– Mas, e se alguém reconhecer vocês? – Eu perguntei.
– Relaxa Cloe, tá tudo bem. - Ge assegurou.
– JÁ QUE INSISTE - Eu levantei rindo, e fui ao banheiro me arrumar melhor.
– Você não vai contestar? - Ouvi Kaulitz gritar do quarto.
– Não, eu estava mesmo querendo sair. - Respondi rindo.
– Então com o Georg você aceita sair, né? – Disse o mesmo, todo cheio de implicância... Ou seria ciúmes? Não, Cloe, para de imaginar coisas.
Depois de alguns minutos, eu saí do banheiro pronta, e estavam todos no meu quarto esperando. Eles haviam se arrumado antes mesmo de vir me chamar.
– Vamos pessoal! - Bill disse animado, passando a mão em torno da cintura da Nick, que corou feito um pimentãozinho.
Nós todos fomos juntos no tour bus que agora já havia tido o pneu trocado. Eu sei que um tour bus é bem chamativo, mas não tinha nenhum outro carro que era capaz de abrigar oito pessoas.
Nós fomos o caminho todo conversando e rindo. E por incrível que pareça eu e o Kaulitz não brigamos uma só vez. Acho que ele estava mesmo falando sério quando propôs aquele negócio de amizade.
Quando chegamos ao parque, eu fiquei alucinada, era muito bonito e brilhante. Acho que era capaz de iluminar a cidade toda com aquelas luzes. Os brinquedos eram todos enormes. Mas eu não vou a nenhum. De repente, eu entendi aquela parada de "relaxa Cloe, tá tudo bem".
Estava um silêncio, não?
Eles mandaram fechar o parque! Só para oito pessoas. Isso é mesmo possível? Ah Cloe, sua bobinha, com dinheiro, tudo é possível.
– Vocês fecharam o parque só para nós? - Perguntei incrédula.
– Não, mano, as pessoas que estavam aqui se transformaram em pombos e não fazem mais tanto barulho, como você pode ver. – Disse Gustav, cheio de... Socorro, o mundo está perto do fim! GUSTAV DE IRONIA? Todos riram inclusive eu, claro.
Liz puxou o Ge para ir à montanha russa, imagina como deve ser assustador ir só os dois. O Bill conduziu Nick para ir à roda gigante, Jess se dirigiu ao túnel do medo – TODA CHEIA DE CORAGEM, deixando Gustav, eu e Tom indo ao posto de algodão doce. Eu comprei um rosa, Tom comprou azul e Gus comprou verde.
– E vocês, não vão sair e brincar em algo? – Perguntou Gustav.
– Mas é claro. – Eu sorri – Tá vendo aquele carrossel ali? É todo meu. Tchau.
Fui me afastando, mas senti alguém me puxar pela camisa e quando vi, estava caminhando ao lado de Tom em direção ao brinquedo mais assustador do parque, em minha opinião.
– Olha lá, Cloe, o elevador! Eu adoro esse brinquedo.
– Não! Eu não vou, não mesmo. – Eu disse, tentando enfiar meus pés na areia de onde andava.
– Ah, qual é. Medo, Cloe?
– Sim, exatamente isso, medo.
– Medo por quê?
– Porque é muito alto, e isso desce na velocidade do cão. Fora que pode despencar a qualquer momento. - Eu disse, arregalando os olhos, imaginando tais cenas na minha cabeça.
– Confia? - Ele me olhou rindo, sabia que eu não ia confiar nele. Eu neguei com a cabeça.
Então, quando menos esperei, senti meus pés sendo levantados do chão, e pude ver o Kaulitz me jogando por cima de seus ombros.
– Me solta Kaulitz, por favor, me põe no chão! - Eu comecei baixo, mas como ele não resolveu me soltar, eu comecei a gritar e espernear em cima de seus ombros. Dei tapas fortes nele, ou pelo menos eu pensava que eram tapas fortes, porque ele só ria, e continuava me levando em direção ao Elevador. – KAULITZ, VOCÊ NÃO ESTÁ ENTENDENDO, EU. TENHO. MEDO.
Tom só foi me soltar quando foi me colocar para sentar naquela cadeira. Ele desceu aquela proteção, prendendo meu corpo, e então se sentou ao meu lado, deixando que o cara que trabalhava lá, fechasse a dele.
– SEU LOUCO! E DEPOIS QUER QUE EU CONFIE EM VOCÊ!
Ele me olhou, e estendeu a mão.
– É isso mesmo, eu quero que você confie em mim na base do susto. – Ele riu. – Pega a minha mão.
– Não! Você é um idiota! – Gritei, morrendo de medo e vendo meus pés balançarem. O Elevador estava subindo. – ESTÁ SUBINDO! AH, NÃO!
– Cloe, me dá a mão? – Ele fez biquinho – Acho que eu vou ficar com medo também.
– Argh, você não sabe como eu te odeio!
– Talvez eu saiba, talvez não... O-oh – Disse, assim que o Elevador chegou ao seu máximo. – Vai pegar a minha mão ou não?
– TÁ LEGAL! ME DÁ A MÃO! – Gritei e logo senti sua mão agarrar a minha, e entrelaçar nos meus dedos. Olhei para seu rosto no último segundo antes do Elevador despencar.
Ele sorriu, sabia que eu iria gritar, não iria tapar os ouvidos, só sorriu porque... Hum, deveria estar querendo me hipnotizar com seus olhos. O Elevador despencou. Eu gritei mais que os meus pulmões aguentavam, sem desviar meus olhos dos seus. Eles me passavam muita confiança. Eu cheguei lá embaixo ainda gritando e quando o Elevador começou a subir de novo, eu já estava rindo e minha risada se misturava com a de Tom de uma forma engraçada que me deixava confortável.

Postado por: Grasiele

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