terça-feira, 2 de outubro de 2012

Call Of Destiny - Capítulo 21 - What About Now?


Eu estava em uma competição de hambúrguer, toda lambuzada de ketchup e maionese, e restávamos apenas eu e meu adversário, Tom Kaulitz. Sempre. Estava quase ganhando a competição, pois meus hambúrgueres estavam acabando e o Kaulitz já estava fazendo cara de enjoado a cada mordida.
Senti uma coisa grande e pesada cair sobre meu corpo, com o susto do impacto, abri os olhos. Ah, merda! Era um sonho! Quando eu vou, finalmente, vencer o Kaulitz em alguma coisa, alguém me acorda e me tira dos meus sonhos.
– Ei, acorda, Cloe. – Disse o próprio Kaulitz, sussurrando perto do meu rosto. Ele pôs as mãos na minha barriga e apertou. Qual foi sua intenção?
– O que!? Estava tão bom! – Fiz biquinho e voltei a fechar meus olhos, tentando voltar ao sonho.
– É, eu sei, todos dizem isso quando acordam de um sonho comigo. – Ele riu.
– Como você sabe? – Perguntei, surpresa.
– Você estava mesmo sonhando comigo? – Ele parou de repente e abriu um sorriso como se tivesse descoberto o país das maravilhas de Tim Burton, com o chapeleiro maluco e tudo.
Fiquei vermelha, me dando conta de que ele estava só brincando.
– Não! – Eu neguei fortemente – Não estava não, eu heim, estava sonhando com... Um hambúrguer.
Ele gargalhou.
– Nós vamos até a praia, pequena esfomeada. – Disse e logo deu um beijo estalado em minha bochecha, saindo de cima de mim. – Levanta e se arruma. Vamos sair em meia hora.
– Ok, ok. – Levantei morrendo de preguiça. – Cara, me diz como você consegue acordar tãaaaao cedo, acordar cego deveria ser proibido! Em um mundo perfeito, isso não seria obrigatório porque acordar cedo é muito difícil. E eu sei que você só veio me acordar porque iria perder!
Continuei falando mesmo que nem as paredes estivessem me ouvindo mais. E deixei deitado na minha cama, um Tom que tinha uma expressão interrogativa no meio da cara por não saber do que diabos eu estava falando. Catei um short, uma blusa meio transparente e um biquíni que não fosse tão velho, com estampas fora de moda e com uma calcinha tapa–toda–sua–bunda. Acabei por achar um biquíni decente – leia–se “biquíni para provocar um Tom Kaulitz da vida” – de um azul marinho bonito, tomara–que–caia de amarrar.
Me troquei rapidamente e deixei meu cabelo solto, coisa que eu raramente fazia, pois na maioria das vezes ele ficava armado e parecendo um pico, mesmo sendo liso. Eu costumava deixá–lo preso em um coque bem mal feito, despojada, como uma secretária de moda atarefada.
– Cloe – Ele me chamou quando saí do banheiro, eu me virei, percebendo que ele já não se encontrava mais deitado em minha cama, e sim bem próximo a mim, como se tivesse se levantado que nem o the flash sem nem emitir barulho. Tomei um susto. – Não acha que esse short está muito indecente? – Ele me avaliou de cima em baixo várias vezes.
– O que isso importa? – Respondi tentando controlar minha respiração, pois ele estava se aproximando de mim lentamente.
– Sabe que eu não aprovo isso, certo? – Segurou minha cintura com força – Todos vão ficar olhando para a minha estilista, e isso vai me obrigar a ficar o tempo inteiro agarrado em você. – Ele fez um biquinho como se ficar agarrado a mim fosse um esforço muito grande da sua parte, mas logo depois abriu um sorriso provocativo bem próximo da minha boca, e eu gargalhei nervosa com uma intensa vontade de beijá–lo.
– Nossa, que trágico. – Eu fingi drama. – Mas acho que vou continuar com esse short mesmo. – Eu ri e automaticamente, ele riu também. Como da primeira vez que nos beijamos, Tom me ergueu, colocando–me em seus pés e abraçando minha cintura, enquanto eu ficava na ponta dos pés e passava os braços pelo seu pescoço.
Quando já estava quase encostando sua boca na minha, ouvimos alguém bater na porta.
– Só vim avisar, que estamos saindo daqui a cinco minutos. – Alguém, que parecia ser Gustav, gritou do lado de fora do quarto, e logo depois, não ouvimos mais nada.
Podíamos muito bem continuar o que estávamos fazendo, mas aquilo havia quebrado totalmente o clima, e eu tenho certeza que eu estava mais vermelha que um pimentão naquele momento.
– Quando Gustav estiver bem no clímax com uma garota, eu vou abrir a porta e quebrar seu clima para ele ver como é bom. – Tom falou, me soltando e levantando as mãos para o alto – É melhor irmos.
– Também acho. – Olhei para ele. – Vou só pegar meus fones. – fui em direção à cômoda que havia do lado da cama, abri a primeira gaveta e peguei meus fones. Notei aquele cubo mágico que Tom havia me entregado no outro dia quando fui... Hum... Entregar–lhe a mala que foi parar em meu quarto por engano. – Ah, aqui está seu cubo, aquele que você me deu outro dia. – Disse me virando para ele, e entregando–lhe o cubo.
– Mas, que porra é essa? – Ele perguntou chocado. – Você conseguiu resolver esse cubo em dois dias, enquanto eu tentava–o resolver há duas semanas?! – Chocou–se.
– Não tem truque... Ok, na verdade tem, eu vi um video na internet ensinando a resolver. Mas você precisa pegar quando estiver em um bom dia, ou de bom humor, porque se não, se desconcentra e qualquer coisa te aborrece. – Sorri, fechando a gaveta, e andando até a porta. Olhei para o Kaulitz, que me olhava chocado. – Você não vem? – Perguntei rindo.
– Vou, eu vou sim. – Ele jogou o cubo na minha cama, e veio até mim.
– Não vai levar o cubo? – Perguntei estranhando.
– Eu venho buscar mais tarde. – Sorriu sapeca, e puxou a porta para fechá–la. Tom escorregou a mão até a minha e entrelaçou nossos dedos de uma forma meiga até o elevador.
Quando a porta do elevador se abriu, ele soltou minha mão e lançou–me uma piscadinha. Todos estavam na recepção, pelo que me parece, apenas esperando por Tom e eu.
– É muito curioso como sempre que todos já estamos aqui e a porta do elevador se abre, Tom e Cloe sempre aparecem juntos. – Comentou Georg, supondo algo que eu preferi ignorar para não quebrar–lhe a cara.
– Muito interessante sua observação, Ge, agora vamos. Não quero chegar tarde. – Jess disse nos apressando. Ela estava nervosa por alguma razão, eu notei.
Todos foram andando até o tour bus dos meninos, e sim, ele nos leva para todo tipo de lugar. Antes de entrarmos, puxei Jess pelo braço.
– O que houve? Você parece nervosa.
– É que eu tomei uma decisão hoje. – Ela sorriu vacilante. – Vou contar tudo aos meninos. – Arregalei os olhos, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, Nick apareceu na porta, chamando por nós duas, que entramos sem dizer uma palavra sequer.
Fomos o caminho inteiro conversando e rindo, mas como a praia não era muito longe do hotel, logo nós chegamos. Era uma praia pouco movimentada, na verdade, era quase deserta. Claro, para a sorte dos meninos, que só queriam descansar dos shows e da vida pública um pouco.
Nick sentou–se ao lado de Bill, que estava encostado em uma pedra, e recebeu a namorada com um enorme sorriso; a mesma o abraçou, e ficaram ali, conversando e rindo discretamente, como o casal tímido que eles formavam. Eles oficializaram o namoro há um dia, na lanchonete enquanto eu tomava um milkshake e cuspi fora quando disseram “ESTAMOS NAMORANDO” e eu tomei um susto.
Georg abaixou–se na frente de Lizzie, e a mesma subiu em suas costas, então os dois saíram passeando pela praia, rindo, e ele às vezes corria, para tentar assustar Liz que ria e gritava sem parar. Nem me lembra uma outra Smith escandalosa. Georg e Liz pareciam viver em um filme de comédia romântica mais para romance do que comédia. Eles estavam sempre rindo, mas nunca se beijavam perto da gente, mas, claro, eu e Tom os flagramos esses dias.
Jess saiu correndo para o mar feito uma alucinada que nunca havia estado próxima a uma praia na vida. Seu corpo chocou–se contra a água e ela desapareceu na água.
Além de mim, Gustav era o único decente. Eu e ele ficamos meio que, parados, um ao lado do outro, observando para onde os outros iam e onde iríamos ficar. Ele acabou por tirar a camisa e se deitar na areia, bem ali onde estava.
Por um momento, eu perdi Tom de vista e nem me importei. Avistei uma pedra grande e no rasinho, que tinha o sol batendo forte contra a mesma. Não perdi tempo, escalei a pedra que devia ter um metro e sessenta de altura, forrei uma toalha, tirei o short e a camisa, liguei o fone na maior paz e me deitei de costas, fechando os olhos e cantarolando junto com Chris Daughtry a música “What About Now?”, no acústico.
Eu quase saltei dois metros quando senti mãos sujas de areia segurarem meus tornozelos e me puxarem. Eu escorreguei pela pedra, tirando os olhos e gritando. Iria cair direto na água fria que eu havia me livrado, mas fui impedida por quem me puxou. Tom estava rindo da minha cara assustada. Agora ele me segurava no colo e me sujava de areia, foi quando eu percebi que ele estava todo sujo.
– Eu quase morri de ataque cardíaco! – disse brava.
– Pode me bater a vontade depois. Mas, agora, quero aproveitar que ninguém está nos vendo. – Ele empurrou meu corpo até ele encostar de volta na pedra. Pensei que fosse me beijar, mas ele desceu os lábios até o meu pescoço, dando leves mordidas no mesmo e alguns chupões também, isso me arrepiava de uma forma impressionante. Não aguentando mais a vontade de ter seus lábios colados aos meus, puxei seu queixo delicadamente, fazendo–o me fitar e então sorri, mordendo o lábio inferior. Ele aproximou nossos rostos, e deixou que nossos narizes se tocassem levemente, depois aproximou sua boca da minha, e deu alguns selinhos leves e demorados. Vagarosamente, pediu passagem para sua língua invadir minha boca, que eu cedi no mesmo instante. Uma das mãos dele foi até o meu rosto e me sujou de areia na bochecha. Desgraçado.
O beijo começou calmo e apaixonante, mas aos poucos foi se tornando quente e urgente, o que me deixou, e com certeza a ele também, descontrolados. Suas mãos, que antes passeavam pela minha cintura, agora já haviam explorado todo o meu corpo... Minhas mãos, que haviam ficado em seus ombros durante todo o tempo, agora usavam as unhas para arranhar as costas de Tom.
Ele foi escorregando e me levando junto até outro lado da pedra que ninguém ainda podia ver e nos sentamos na areia com minhas pernas por cima das suas.
Estávamos lá, dois babacas, se beijando atrás de uma pedra, sujos de areia, e ainda por cima, nem estávamos ligando para isso. Quero dizer, eu estava. Mas o beijo ainda era mais importante.
– Eu... – ele foi parando o beijo com selinhos. – Gosto de segredos... – tentou tomar fôlego. – Vamos fazer desse o nosso segredo. – sorriu malicioso, e por mais estranho que seja... Eu gostei da ideia.
Ele levantou e estendeu a mão para me ajudar a me levantar.
– Vire–se. – Ele disse e eu me virei. Então, ele delicadamente, passou a mão pelas minhas costas, tirando a areia que nela havia ficado, e ele foi abaixando... Depois ele agachou, e foi tirando a areia das minhas pernas, começando pelo tornozelo, e indo até as minhas coxas.
– Ok, eu já estou limpa, se afastada do meu traseiro. – Eu ri.
– Tem certeza de que não quer que eu limpe? – Ele perguntou rindo.“Claro que eu quero”, pensei.
– Não, claro que não. – Me virei rindo também, e tirando a areia do bumbum. – Deixe–me te ajudar. – coloquei as mãos em seus ombros, e ele se virou de costa para mim. Passei as mãos por suas costas, tentando tirar a arei de seu corpo, com a mesma delicadeza que ele tirou a areia do meu.
Quando menos esperei, ele puxou minhas mãos, fazendo–me abraçá–lo por trás. Guiando minhas mãos, ele as passou por todo seu peito nu, me deixando a ponto de um ataque de loucura. Vale ressaltar: me deixando a ponto não, me fazendo DEFINITIVAMENTE TER um ataque de loucura.
Tirei minhas mãos que estavam embaixo das de Tom rapidamente, temendo perder o controle em plena praia. Ele então se virou para mim e encostou–me na pedra, colocando as mãos em minhas coxas, e apertando–as, me fazendo soltar um gemido que era para continuar dentro de mim! Ele sorriu e deliciou–me com seus lábios mais uma vez. Depois de longos minutos nos beijando sem respirar direito, ele interrompeu o beijo. Argh! Estraga prazeres.
– Vamos dar o ar da graça antes que sintam nossa falta. – Disse ele passando o dorso da mão na boca e depois limpando a minha, que provavelmente estava cheia de restos de baba de Tom Kaulitz.
Saímos de trás da pedra e fomos conversando normalmente, como se não estivéssemos acabado de nos agarrar.
– Mas então, eu não acredito, você beijou mesmo o sapo esperando que ele se transformasse em príncipe sem ter ideia de que existia um príncipe na Alemanha respirando nesse mesmo dia?! – Tom fez uma vozinha gay de surpresa e eu comecei a rir, me perguntando de onde ele tinha tirado aquele assunto.
– Sim! – Eu entrei na brincadeira e arregalei os olhos – Eu beijei mesmo o sapo sem saber que Gustav Schäfer existia!
Tom começou a gargalhar e me deu um peteleco.
– O príncipe sou eu, anta.
– Não, eu juro, é o Gustav, ele é mais bonito que você. – Eu afirmei rindo.
Nos sentamos com o resto das pessoas que estavam rindo de alguma coisa que iríamos descobrir.

POV’s Tom

– Como assim, um encontro, Gus? – Perguntei rindo pela felicidade do meu amigo, ao contar, mais uma vez, o que havia acontecido para Cloe e eu.
– Isso mesmo que você ouviu. – Gus disse sorrindo. – Eu tinha uma amiga que vivíamos colados e ela deve ter me stalkeado e achado meu número de telefone. E andamos conversando pelo celular há alguns dias... E quando voltarmos da turnê, eu e ela iremos ter um encontro, com direito a vela e buquê de rosas.
– Que bom Gus! – Lizzie disse contente por ele.
– Nosso garoto vai deixar de ser virgem, Georg! – Eu zoei.
– Ei, Jess, tudo ok? – Bill perguntou, notando que a garota não havia dado um pio durante quase toda a conversa.
– A–ham. – ela deu um sorrisinho amarelo, e pude ver Cloe a olhando preocupada, e pior ainda, parecia saber de alguma coisa. – Bem, é que... Tenho uma coisa para contar para vocês. – baixou os olhos.
– Você ama o Gustav secretamente e agora ficou triste que ele vai sair com outra? – Eu brinquei.
– Ah – Gustav arregalou os dois – Desculpa, Jess.
– O que? Não – Ela gargalhou pela primeira vez no dia e depois voltou a ficar séria.
– Pode falar. – Bill disse, sorrindo amigavelmente para a garota. Todos nós a olhamos, atentos ao que ela falaria, e Cloe, mais uma vez, a olhava diferente.
– Sou fã de vocês. – Ela disse em um fio de voz, bem rápido.
– Eu sei, todos são meus fãs depois que me conhecem. – Eu balancei a cabeça.
– Ah, tá sei... Onde quer que nós assinemos? – Bill perguntou rindo, e fazendo um “clic”, como se estivesse pegando uma caneta para assinar um autógrafo, o que fez todos nós rirmos, menos Cloe e Jess. Ok, Cloe estava escondendo uma gargalhada.
– Eu estou falando sério. – Jess disse, levantando os olhos, e nos encarando, era quase impossível não notar o medo da rejeição em seus olhos.
Bill parou de rir e ficou sério e surpreso. Isso quase fez Jess ter um ataque de medo, ela estava quase chorando, mas então ele riu baixinho e ela se acalmou mais. Ele estendeu os braços e agarrou a garota para um abraço inesperado.
– Vocês não estão bravos? – Ela se surpreendeu depois de cada um de nós a puxamos para um abraço. Acabou que ela ficou molhada e suja de areia.
– É quase impossível não percebermos que você é nossa amiga sem segundas intenções. – Gus disse, sorrindo, e fazendo Jess dar um sorriso de orelha a orelha.
Todos rimos, e nos sentamos, e a conversa começou a ficar mais animada e divertida, pois agora, Jess também fazia parte dela, e dava todo o ar da perversidade que ela... Ei!
– Ei, Jessica! – Eu disse de repente. – Então esse seu ar safado e essas roupas tamanho XX você copiou de mim?
Jess ficou vermelha e todos ficaram em silêncio. Eu voltei a intervir.
– É ISSO AÍ, GAROTA! APRENDEU COM O MESTRE – Estendi a mão e ela bateu com um cumprimento.
– Pois é... A turnê logo acaba. – Gus disse, quando o assunto entre nós havia acabado. E fazendo todos nós nos encararmos.
– Agora eu quero relaxar... E quando a turnê acabar, eu vou sair para fazer algumas compras e depois vou hibernar. – Cloe disse rindo, fazendo todos rirem, mas eu não consegui sorrir.
Naquele momento, uma dor inevitável de medo e surpresa me atingiu no peito, e eu não pude deixar de temer e pensar certas coisas. Eu vou perder a Cloe?

Postado por: Grasiele

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