terça-feira, 12 de julho de 2011

Nós Dois - Capítulo 71 - Tom



 Eu havia voltado da África louco para procura la. Antes de sair de casa me sentei no carro e fiquei la alguns minutos pensando no que fazer. Meu telefone tocou, era a resposta da mensagem que eu havia mandado a garota alguns minutos atrás.
Atendi a chamando pelo nome, que eu sabia porque anotava junto com o numero no celular. Marquei o lugar que pegaria ela no centro e depois iríamos para o hotel. Era automático como eu agia, e fácil. Mas era patético, no caminho enquanto ia ao encontro da tal garota, eu criava ilusões na minha cabeça como se tivesse indo ao encontro dela, chegando la, ela estaria me esperando, eu a beijaria e treparia com ela, tocaria seu cabelo, sua pele, falaria seu nome. Mas era outra que estaria em seu lugar. Era mais fácil sair com outras quando ficávamos muitos dias sem nos ver, eu imaginava que ela estaria na companhia de Peter, então eu partia para outra, mas sendo tão ridículo quanto eu vinha sendo, pensando nela todo tempo, usando qualquer outra para atingi la. Eu já havia enlouquecido a muito tempo.

Em uma esquina perto de casas residenciais, eu parei com meu Audi. A garota entrou, ao olhar para ela percebi que desejava um beijo ou algo mais caloroso. Ela vestia saia bem curta, eu então a apertei entre as pernas e a beijei no pescoço, ela gemeu baixo, mais tempo do que eu passei com minha boca em sua pele.
Segui com o carro para o hotel que ficava do outro lado da cidade. Não me lembro onde a havia conhecido se havia sido como fan ou não, mas ela era gostosa e estava na minha lista de preferências.

No meio do caminho notei que precisava parar no posto. Sai do carro e fui direto a bomba, a garota saiu do carro tambem se encostando na lateral, se insinuando com as pernas a mostra ela olhava para mim, eu olhei para ela e sorri, mas me virei para bomba prestando a atenção enquanto abastecia. Distraído tentando pensar em mil outras coisas para tentar evitar procurar Mila.

De repente escuto a garota gritar, quando me viro ela esta no chão com o cabelo todo no rosto, e Mila com seus olhos queimando de ódio olhando para mim. Fiquei completamente em choque ao vê la ali, não consegui largar a bomba de gasolina, era como se tudo que ela sentisse naquele momento ficasse bem claro, eu sabia o ódio que ela estava sentindo. Mas meu peito se comprimiu junto, eu tinha medo de perde la, e pela primeira vez isso me deixava terrivelmente assustado.
Piorou quando vi Peter saindo da loja do posto, agora eu poderia explodir de tanto ódio, apertei o punho com tanta força que em um soco eu esmagaria sua cara estúpida.

Tom: O que você ta fazendo aqui? - Achei que não conseguiria falar.
Mila: Porque? Não contava que eu poderia estar aqui? Que idiota que você é.
A garota que só agora eu me lembrava que estava ali se levantava para revidar a agressão de Mila, mas Peter ameaçou intervir, ele a protegia, e me afrontava com essa atitude.
- Vaca. - A garota gritou para Mila.
Mila: Fala isso mais uma vez sua vadia.
Peter entrou novamente entre elas, ele estava cheio de si, tendo certeza que agora ficaria por cima, eu acabaria com ele quando tivesse chance.
Tom: O que é isso? Você ta andando com esse filho da puta e vem tirar satisfações comigo?
Mila: CALA ESSA BOCA SEU DESGRAÇADO.

Ela partiu para cima de mim tentando me bater, seu hálito doce chegou em meu rosto primeiro fazendo com que eu quisesse segura la e prende la a mim, mas somente a segurei pelos pulsos olhando em seus olhos, eu não queria machuca la. Peter a puxou de minhas mãos, o que eu não vi como proteção, ele tentava tirar la de mim, via isso como uma vitória. Mila chutava os pés descalços na minha direção

Tom: Conseguiu o que queria não foi Peter?
Peter: Eu não precisei fazer nada, meu querido, você fez sozinho, te agradeço.
Mila: Dessa vagabunda pelo menos você sabe o nome, seu idiota?

Eu olhei para ela me sentindo culpado, eu tentava colocar outra em um lugar que era dela, mas não havia como. Eu queria mostrar indiferença ou qualquer outra coisa, mas eu estava ainda sem saber o que fazer, com Peter ali só piorava as coisas. Ela então veio na minha direção com o dedo apontado.
Mila: Você nunca mais olha na minha cara, ESQUECE QUE EU EXISTO.
Eu bati a mão em seu dedo o retirando da minha cara, só pensei em segura la para tentar quem sabe olhando somente em seus olhos eu conseguisse dizer alguma coisa. A peguei segurando em seus braços e a encostei contra o Audi.

Tom: Quem você pensa que é pra apontar o dedo na minha cara? O que ta fazendo junto dele aqui, você pode me responder isso?
Mila: Não me toca, não encosta essas suas mãos sujas em mim.
Eu sabia que ela havia estado com ele, provavelmente trepado com ele, eu me sentia agora no direito de fazer o que acabava de fazer. Desejei que não houvesse mais ninguem em volta, para poder beija la, resistindo ao meu beijo mas cedendo aos poucos.

Ela não me respondeu e me empurrou com toda força para que eu a soltasse.
Ela saiu andando determinada e ainda chorando em direção ao carro, Peter com seu ar vitorioso foi atrás dela. Isso me tirava o chão, esse poder que ele achava que poderia ter sobre ela, as lágrimas que ela derramava por minha causa nunca seriam derramadas por causa dele, isso me deixava satisfeito.
Quando ela se virou se sentando no carro eu ainda não conseguia tira meus olhos dela. Eu não a deixaria fugir. Eu tinha que olhar nos olhos dela, sentir o quanto ela me odiava por me desejar.

Tom: Entra, vou te deixar em casa.
- Como assim? Nós não vamos...
Tom: Nós não vamos a lugar nenhum, por favor entra no carro.

Eu estava completamente focado em ir atrás de Mila, meu peito apertava a cada segundo que eu perdia.
A garota falou alguma coisa algumas vezes durante o caminho, acho que perguntou quem era a Mila, eu não respondi, só conseguia ouvir o ronco do motor acelerando.
Deixei a garota na porta de onde ela havia me indicado e com a mesma velocidade voltei o caminho em direção a rua de Mila, esperaria a noite toda se fosse nescessario.

Parei o Audi do outro lado da pista quase em frente a casa dela, Fiquei dali olhando todos os movimentos da casa, imaginando se ela já havia voltado, se estava no quarto ou se ainda estava com Peter, ai eu começava a pensar que la poderia querer se vingar, e ele concerteza se aproveitaria.
Mas quando ela surgiu correndo vindo da outra rua, meu coração se acelerou, ela imediatamente me viu parado ali, e pareceu querer recuar. Ainda estava descalça com o cabelo bagunçado, linda.
Eu não podia ficar parado, comecei a sair do carro, mas quando o fiz ela correu a rua que continuava, e então comecei a correr atrás dela com toda velocidade que me era permitido.

Na rua deserta e sem muitas saídas ela se enfiou em um beco qualquer na curva ela diminuiu a velocidade foi quando pude me aproximar, na metade do beco eu já alcançava, ela gritou perdendo força eu então a segurei pela cintura e a joguei contra a parede, minha boca quase colou a sua, eu já não conseguia respirar, mas somente sentir seu cheiro, seu hálito entrou pela minha boca fazendo meu coração bater mais forte do que já batia.

Mila: ME SOLTA...
Ela gritava tentando empurrar meu corpo, eu tapei sua boca, ela tentava me chutar entre as pernas no rosto, me dava socos nos braços, seu corpo lutando contra o meu me despertava, me queimava de desejo.
Tom: Isso, me bate, mostra que me odeia.
Mila: Eu não quero explicações, e nem vou lhe dar nenhuma.
Tom: Eu vou tirar você da minha cabeça, te prometo isso.
Mila: É o que tava tentando fazer?
Tom: O que você estava fazendo com o Peter la?
Mila: Não te interessa.

Ela iria me provocar até quando pudesse, e isso me deixava maluco, o que ela escondia de mim acabava comigo, havia uma necessidade monstruosa em mim de saber o quanto de prazer ela sentia ao ser tocada por Peter.
Tom: Mila, EU PRECISO saber.
Dei um soco na parede atras de sua cabeça, nem sei como não senti dor ao atingir o tijolo, que quase se esfacelou na minha mão.
Mila: Porque não me procurou, porque fez isso comigo?
Tom: Porque eu odeio amar você.
Eu estava definhando, me humilhando para ter tudo que ela pudesse me dar, o aperto em meu peito era maior do que eu conseguia suportar, lágrimas brotavam dos meus olhos contra minha vontade.
Mila: Eu vou para Austria com Peter, isso é bom pra você?
Eu a encarei já tendo certeza que a perderia, desnorteado eu tentava falar.
Tom: Isso é pra me punir?
Mila: É pra me livrar de você.
Tom: Mentira, você me quer, quer ficar aqui, comigo.
Mila: E eu vou ganhar o que com isso?
Tom: Eu ganhei alguma coisa? Eu ganhei alguma coisa desde que te conheci?
Mila: Eu to cansada disso, cansada.
Minha cabeça começava a latejar de dor, a encostei em meu braço tentando pensar em alguma solução. Ela se moveu parecendo querer sai de onde estava, eu despertei determinado a não deixar.
Tom: Aonde você vai?
Mila: Eu vou pra casa.
Tom: Não, me desculpa, por favor, fica comigo.
Mila: Me solta.
Eu ainda a queria, a desejava, não me interessava outra coisa. A segurei pelo quadril a apertando por debaixo de sua saia, fui deslizando sua calcinha mas ela segurou minhas mãos tentando me impedir.
Tom: Mila, não, não faz isso.
Mila: Me solta, se não eu grito.
Tom: Você não vai sair daqui.
E ela não sairia mesmo, seu cheiro já havia me dominado, sua pele tocando a minha de forma agressiva já me fazia implorar para ter la.

Ela começou a lutar comigo, impedindo que eu a tocasse, me batendo no peito, tentei beija la mas ela virou o rosto me deixando somente seu pescoço ao alcance de minha boca. Eu o beijei sugando seu cheiro me embriagando sem medo.
Mila: Por favor me deixa sair daqui.
Seu corpo aos poucos se rendia ao meu domínio, agora com as mãos livres sem tentar impedir que ela me batesse, abaixei sua calcinha e a toquei entre as pernas massagenado sua entrada umidecendo meus dedos.
Ela se encostou na parede deixando seu corpo livre para mim, eu me abaixei deslizando minhas mãos por suas pernas na altura de sua virilha e já louco para meter eu a chupei, com minha lingua eu quase a engolia, sugando cada centímetro de sua entrada.
Ela me levantou me segurando pela blusa, eu ainda lambia os cantos da boca faminto.
Mila: Eu odeio você.
Peguei sua mão e a coloquei dentro da minha calça, ela apertou meu pau com força, era assim que ela me odiava, desejando meu pau na sua buceta.
Tom: Isso, aperta ele.

Sua boca perto da minha me provocava, eu a engoli com um beijo, e ela então se rendeu a mim, sua língua se movia junto da minha, o momento que eu ansiava algumas horas atrás acontecia, Mila em meus braços.
Eu a virei de costas, e sem querer esperar nem mais segundo para ter la, rapidamente puxei seu traseiro contra meu pau a penetrando, senti sua entrada se contrair me apertando la dentro, eu gemi mais alto do que pretendia, encostei minha boca em suas costas sentindo o cheiro de seu cabelo.
Minha força estava fora de controle, ao puxa la novamente contra minha cintura quase a levantei do chão. Seu corpo frágil se entregava, e eu em entregava ao meu vicio, a minha dependência interminável dela.
Tentando me segurar eu pensava em manter o controle, mas queimando dentro dela era difícil na maioria das vezes, eu gozei relaxando meu corpo, minha pele toda se arrepiou pedindo o toque dela.
Eu a segurei pela cintura a abraçando forte, logo minha pele voltou ao normal com o calor do seu corpo, sua cabeça posava exausta sobre meu ombro.

Tom: Gostosa. - Falei em seu ouvido.

Ela suspirou dobrando os joelhos, comigo ainda dentro dela. Eu gemia baixo como se me restassem muito pouco de minhas forças. Mila segurou minhas mãos que a abraçavam e tentou me afastar, ela me empurrou com força contra outra parede, rapidamente segurei minhas calças abertas e fechei, mas não satisfeito com a forma como ela agia, eu a empurrei contra a parede novamente, a segurando para que o impacto não a machucasse novamente.

Tom: Você conseguiu o que queria, agora vai embora? Porque cruzou o meu caminho?
Mila: Vamos parar de culpar um ao outro, tudo que fizemos foi inconsequente, mas agora eu quero fazer a coisa certa.
Tom: E fazer a coisa certa é ir para a Áustria com o filho da puta do Peter?
Ela tentava se afastar, buscar forças para dizer o que nenhum de nós havia conseguido até agora, que não haveria depois. Mas eu não podia pensar no depois ou então enlouqueceria.
Mila: Vem aqui.
Ela me puxou pela blusa encostando sua boca macia na minha, fechei os olhos para somente respirar seu hálito.
Mila: Eu sou completamente apaixonada por você.
Oh Deus, com tão pouco ela me deixava de joelhos.
Tom: Fala isso de novo.
Mila: Eu sou apaixonada por você, mas você não vê futuro para nós dois, e você sabe disso. Você gosta de mim mas não quer gostar.
Tom: O que você quer que eu faça? Me diz, porque a única coisa que eu consigo fazer é ir atrás de você ou de qualquer outra que consiga tirar você da minha cabeça.
Mila: Você faz isso porque gostar desse joguinho, é pra se vingar de mim.
Tom: Não, nunca foi, desde a primeira vez foi pra tentar mostrar pra mim, que eu ainda era o mesmo, que você não mudaria quem eu era, eu juro que tentei, mas enquanto em trepava com elas, era em você que eu pensava.
Mila: Para de dizer isso, por favor.

A verdade que eu escondia até de mim mesmo, eu despejava tudo aos poucos para ela, se eu contasse quanto me rastejava para ter la, fingindo indiferença provavelmente teria pena de mim.

Tom: Eu quero você, eu quero só pra mim.
Nos abraçamos novamente, a envolvi com meus braços a segurando forte com seu rosto colado ao meu peito, abaixei minha cabeça passando meus lábios em seu pescoço.
Mila: Eu quero te dizer uma coisa, mas não quero que você responda, não agora.
Tom: Fala.
Mila: Eu te amo.

Meu coração disparava, completamente extasiado por ouvir isso, ela era minha, completamente minha, o pedido de meu silencio nunca havia sido tão conveniente ou então eu me ajoelharia ao seus pés falando muito mais do que um simples "Eu te amo", arrancaria meu coração do peito e entregaria a ela, era o que a agonia de não saber até que ponto ela me amava me fazia querer fazer, arranca lo do meu peito literalmente. Mas havia um preço a se pagar depois da entrega.

Tom: Você diz isso porque tem certeza que não vai me ver mais.
Falei baixo e a olhando nos olhos agora, olhos que quase derramavam lágrimas agora.
Mila: Não quero que você pense isso, porque não posso dizer que nunca mais irei te ver.
Tom: Eu vou atrás de você.

E eu iria mesmo, isso nunca acabaria, enquanto eu tivesse forças iria atrás dela sem me importar o quanto idiota eu era. Eu sabia que essa despedida era diferente de todas as outras, mas na minha cabeça não havia um fim, ela tentava me dizer Adeus, mas não faria isso.
Eu poderia tentar, por um tempo me afastar e deixar que outras coisas tomassem conta da minha cabeça, eu faria isso, mas até quando?
Mila:F az um favor pra mim, cuida da sua banda, da sua vida.
Tom: Ga..
Mila: Não fale de outras garotas, não fale que...você sabe.
Eu só queria beija la agora, ficar longos minutos com minha língua a brincar com sua boca. Eu me aproximei para beija la, mas ela recuou, meu coração voltava a bater agoniado fora de controle, ela estava me rejeitando.
Mila: Não.
Ela não me olhava nos olhos, aproveitando que eu já não tinha mais forças para faze la ficar, ela se soltou do meus braços me deixando somente com a parede a minha frente, foi andando em direção a luz que vinha da rua lentamente, sem olhar para tras.
Tom: MILA.
Gritei com toda força que tinha, mesmo sabendo que não surtiria nenhum efeito e que não a faria voltar correndo.
Ela dobrou a esquina me deixando sozinho ali no escuro, fiquei em pé por alguns segundos no mesmo lugar que ela havia me deixado, mas aos poucos fui me sentando no chão. Encostei as costas na parede junto com minha cabeça olhando para o alto.
Segurei firme entre as minhas pernas com ódio por ser tão idiota e nunca conseguir dizer nada, dizer o que ela queria ouvir de mim. Fechei os olhos ainda sentindo o gosto da sua boca na minha, pensando em uma maneira de ainda tentar falar com ela.
Peguei meu celular do bolso e escrevi uma mensagem, tentando de alguma forma responder o que ela havia pedido que eu não respondesse antes.

- Eu tambem...
- Amei cada segundo com você.


Eram palavras insignificantes e não mostravam absolutamente nada do meu desespero, da minha loucura, da minha obsessão. Eu te amo era pouco diante do quanto eu estava entregue a ela.
Desde o inicio ela havia mexido comigo de uma forma única, eu sabia que em pouco tempo eu estaria envolvido de uma maneira que nunca estive antes. Ela abriu meu peito sem minha autorização tirando tudo que havia de mais sujo, vergonhoso, humilhante que eu poderia esconder. Mas eu ainda fingia muito bem, fazendo a acreditar o quanto eu era superior e poderia machuca la muito mais do que ela a mim, mas eu havia saído muito mais machucado disso tudo.

Enxugando as lágrimas que eu havia derramado em silencio me levantei do chão andando completamente sem rumo em direção ao meu carro, na frente de sua casa. Evitando o olhar para sua janela entrei e fui embora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog