sábado, 29 de outubro de 2011

E Se Fosse Verdade? - Capítulo 30 - Ela ficou balançada.

(Contado pela Kate)

      Cheguei em casa, e estava subindo as escadas. Minha mãe me chamou, mas eu nem dei ouvidos. Tranquei-me dentro do quarto, deitei na cama e abracei o travesseiro. Eu sabia que não deveria, mas não consegui segurá-las. As lágrimas escorreram pelo meu rosto. Eu estava confusa, sem saber o que pensar. Não sabia se acreditava no Tom, ou simplesmente o ignorava. Mas não tinha como ignorar algo assim. De alguma forma, aquelas palavras me tocaram, e pela primeira vez achei que o que ele disse foi sincero. Mas eu não posso acreditar! Eu não quero e nem devo! Estou com o Bill, e ele sim me ama de verdade.

           - Kate. – Bill batia a minha porta, e eu nada respondia. – Kate, você está bem?

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(Contado pelo Bill)

      Cheguei a poucos minutos na casa da Kate, e sua mãe me disse que ela poderia não estar bem, pois chegou e se trancou no quarto. Fui até lá, e bati na porta, mas ela não respondia nada, e eu já estava começando a imaginar que ela pudesse ter desmaiado ou algo parecido. Obviamente eu não iria arrombar o local, então fiquei esperando alguns minutos, até que ouço a porta ser destrancada.

      A mesma se abre, e a me ver, Kate me abraça. Ela estava chorando, e me abraçava com força.

           - Ei. O que houve? – perguntei preocupado. Não ouvi uma palavra se quer sair de sua boca, a não serem soluços.

      A direcionei para dentro do quarto, e a sentei na cama. Agachei-me, ficando de frente para ela.

           - O que aconteceu? – perguntei mais uma vez.
           - Diz que me ama?

      Eu não fazia idéia do porque ela estar daquele jeito, mas estava precisando de mim mais que nunca naquele instante.

           - Eu te amo, mas... mas o que houve?
         
      Kate se inclinou e me abraçou novamente. Depois se afastou um pouco e me beijou. Um beijo longo, e diferente de todos que já havíamos dado. Era inexplicável.

           - Eu te amo. – disse ela.
           - Também te amo. – repeti. – Mas pode me contar o que te deixou assim?
           - Me perdoa?

      Me levantei, e sentei-me ao seu lado.

           - Porque está dizendo isso? – perguntei.
           - Porque eu acabei de descobrir que sou a garota mais sortuda desse mundo, e não soube dar valor!
           - Kate... eu não estou entendendo.
           - Não precisa entender.

      Alguns minutos mais tarde, estávamos deitados na cama. Ela com sua cabeça apoiada sobre meu braço, e eu acariciando seus cabelos. Eu ainda não havia entendido nada, mas estava começando a achar que tinha a ver com o Tom. Não quis perguntar para não criar algum tipo de conflito, e além do mais, a Kate já estava dormindo.

      Me levantei devagar para não acordá-la. A cobri com seu lençol, coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, e lhe dei um beijo no rosto. Olhei mais uma vez para trás, pra ter certeza de que ela estava dormindo, então apaguei a luz, e sai do quarto, fechando a porta.

      Sua mãe estava sentada no sofá, assistindo televisão. Fui até lá.

           - Srta Spencer...
           - Bill. Como ela está?
           - Agora está dormindo, mas ela estava chorando.
           - E sabe me dizer o porquê?
           - Ela não me falou.
           - Irei vê-la.
           - É melhor deixá-la dormir. Converse com ela amanhã, quando estiver se sentindo melhor.
           - E ela comeu alguma coisa?
           - Nada. Disse que não sentia fome.
           - Estou preocupada com ela.
           - Eu também. Bem, é melhor eu ir, já está ficando tarde. Qualquer coisa é só me ligar.

      Entrei no carro e fui pra casa. Mas meus pensamentos estavam lá ao lado da Kate. Eu não consegui dormir muito bem, só pensando nela e em como ela poderia estar.

Postado Por: Grasiele

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