(Contado pela 3º pessoa)
Os dias pareciam estar voando de tão rápido que passaram. O Tom foi transferido de sala, e agora estudava “ao lado” da Kate, que não gostou muito da idéia. O Bill odiou completamente, mas não poderia fazer nada.
Os alunos estavam calados, ouvindo atentamente o novo assunto que o professor de história explicava. Um homem bate a porta, pede licença e entra com um buquê de rosas vermelhas na mão. Ele olha pra um papelzinho, em seguida diz:
- Kate Spencer, é dessa sala?
Um pouco envergonhada, Kate se levanta, avisando que é ela.
- Mandaram eu lhe entregar este buquê. – disse ele.
- Obrigada. – respondeu ela.
- Tem mais. A pessoa também mandou dizer: “Nunca irei te esquecer, haja o que houver”.
- Pode me dizer quem é essa pessoa?
- Sinto muito.
A primeira pessoa que lhe veio em mente foi o Bill, e assim que o sinal tocou, ela saiu da sala e foi procurar o namorado para agradecer.
- Adorei as flores. – disse ela.
- Que flores? – pergunta Bill.
- Aquelas que mandou entregar lá na sala.
- Mas eu não...
- Nem adianta mentir! Sei muito bem que foi você!
Bill não respondeu nada, pois não teve tempo. A Kate lhe deu um beijo, e de longe Tom observava tudo, ao lado de seu amigo John.
- Tá vendo só? Ela acha que foi ele. – disse Tom.
- E porque não vai até lá e diz quem realmente foi o “culpado”?
- Porque eu sou um idiota! Não deveria ter insistido nessa história!
- Vai entregar a Kate de bandeja pro Bill?
- Eles estão namorando! O que eu poderia fazer?
- Tenho uma idéia! Vem comigo!
Os meninos pediram permissão ao diretor do colégio, e foram embora. Chegaram num pequeno aeroporto, e contrataram um piloto com seu monomotor.
- Por favor, não se atrase! – disse Tom.
- Pode deixar. Ás 12h00 em ponto estarei sobrevoando o local! – disse o piloto.
Eles retornaram ao colégio, e ficaram aguardando em frente ao mesmo. Tom não parava de olhar no relógio, ansioso.
- Calma Tom. Vai dar tudo certo. – disse John.
- Será?
- Seja confiante.
Finalmente o sinal toca mais uma vez, e os alunos começaram a sair de suas salas. Os portões foram fechados para que ninguém pudesse sair antes de tudo acontecer. Os alunos ficaram aglomerados no pátio sem entenderem absolutamente nada. Der repente o monomotor começou a sobrevoar o colégio, e anunciou para que todos pudessem ouvir:
- Kate Spencer, esta é pra você!
O piloto começou a fazer piruetas pelo céu, e acabou escrevendo as palavras “eu te amo!”. Várias pessoas começaram a aplaudir, e Bill não estava gostando nada daquilo. De cima de uma mesa, Tom e John procuravam pela Kate, para terem certeza de que ela viu tudo. E lá estava ela, no meio da multidão, abraçada ao Bill. Aquilo desanimou um pouco o Tom, mas como sempre, ele tinha seu amigo para lhe dar forças e um enorme apoio.
- Acho que não deu muito certo. – disse Tom.
- Então vamos partir pro plano B.
- E qual é o plano B?
O relógio já marcava 13h15. Kate estava sentada no sofá da sala, assistindo televisão, ao lado de sua mãe. A campainha toca.
- Deixa que eu atendo. – disse Kate.
- Não. Estou mais próxima da porta. – disse sua mãe.
Minutos depois, ela retorna com um buquê de rosas brancas.
- É pra você. – disse ela, entregando a Kate.
- Quem mandou?
- Não sei. Mas tem um cartão.
Kate pediu que ela segurasse as rosas, enquanto lia o cartão.
“Eu lembro quando nos beijamos, e ainda tenho aquela sensação em meus lábios. E posso dizer honestamente que andei pensando muito em você.”
- Não tem remetente. – disse Kate.
- E você não sabe quem é?
- Acho que é o Bill, mas... não sei direito.
Meia hora depois...
- Mais rosas? – pergunta Kate.
“Eu deveria sentar e esperar pra sempre?”
As horas passavam, e as flores não paravam de chegar acompanhadas de um bilhete, que nunca revelava quem era o autor de tudo aquilo.
- Se essas flores continuarem chegando, não terá mais vasos para colocá-las. – disse a mãe de Kate.
- Eu sei. Mas não posso fazer nada.
- Trate de descobrir quem é, e peça que pare.
A campainha toca novamente, e desta vez a Kate quem foi atender. Ao invés de receber as flores, ela pegou apenas o bilhete e de tanta raiva, fechou a porta na cara do entregador.
“Achei que as chances de encontrar alguém como você eram de uma em um milhão, mas finalmente encontrei. Estarei sempre com você, mesmo que me odeie.”
- Só podia ser você, Tom Kaulitz. – disse Kate a si mesma.
Postado por: Alessandra
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